O pulso rubro-negro ainda pulsa

Série A 2012: Sport x Ponte Preta. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Na quarta-feira, a derrota do Bahia para o Palmeiras apareceu como mais uma chance.

A oito pontos de distância do 16º colocado, o Sport jogaria no dia seguinte. Em casa, contra a Ponte Preta. Uma oportunidade daquelas para reduzir a enorme diferença.

Se bem que cinco pontos ainda formariam um hiato daqueles. Mas, para zerar essa diferença toda, um passo de cada vez. O primeiro seria na noite desta quinta.

A torcida, descrente, apareceu em número reduzido, com menos de doze mil pessoas.

Desfalcado de Hugo, cérebro da equipe, o time teria a volta do irregular Marquinhos Gabriel. O time paulista também veio bem desfalcado, incluindo o centroavante Roger.

O jogo foi bem apagado na primeira meia hora de bola rolando. Até que apareceu a qualidade de Cicinho, bastante acionado na partida.

Com uma precisão incrível, o lateral-direito cruzou com muito efeito para dois gols no primeiro tempo. Certeiro para Rithely e Tobi, em cabeçadas fulminantes.

Antes do intervalo, uma bobeira da zaga, com o gol campineiro. Como de praxe, nenhum jogo do Leão nesta Série A foi tranquilo. Nenhum! Dito e feito.

A Ponte foi pra cima na segunda etapa, contando com uma leve colaboração da defesa leonina, afobada na saída de bola. Nervosismo compreensível pela má fase do clube.

Aos 35 minutos, o alívio. Vilão na última rodada, Gilsinho deu a volta por cima.

Como se não bastasse ter atraído a marcação da Ponte, “amarelando” quatro adversários, ele ainda marcou um golaço de falta, fechando o placar, 3 x 1.

Esta foi apenas a sétima vitória rubro-negra na competição iniciada em maio. Mais. Foi a primeira por mais de um gol de diferença.

O 16º lugar ainda está longe do Leão. A autoestima, porém, melhorou. Já é algo…

Série A 2012: Sport x Ponte Preta. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A eterna metamorfose alvirrubra no Brasileirão

Série A 2012: Coritiba 2x1 Náutico. Foto: Geraldo Bubniak/Fotoarena/Estadão

Os trinta jogos anteriores mostravam uma impressionante regularidade.

Em quase todos os jogos em casa, vitória. Em quase todas as partidas fora, derrota.

A diferença no aproveitamento do Náutico nesta Série A comprova a metamorfose que a equipe sofre dependendo do local. Dependendo do gramado.

Nos Aflitos, o Alvirrubro vem atuando de forma implacável. Os 35 pontos no Eládio de Barros Carvalho geraram um aproveitamento de 77%, o quarto melhor da competição.

Um desempenho mediano como visitante e a campanha seria histórica. Contudo, fora de Rosa e Silva o time somou apenas cinco pontos, na lanterninha deste quesito. O índice já era pífio, de 11%. Após mais um revés, caiu para 10%.

Na noite desta quarta-feira, em Curitiba, o escrete armado por Alexandre Gallo não demonstrou o mesmo espírito de outras jornadas na competição.

Os pernambucanos ainda buscavam uma postura mais compacta em campo quando, com apenas dois minutos, Alemão marcou um gol contra após a defesa de Felipe.

Depois disso, o time mal passou do meio-campo. Araújo mais uma vez não atuou bem. Kieza, isolado na frente, pouco foi acionado. Na verdade, o Coxa pressionou mais.

E o alviverde paranaense ampliou aos 37 minutos, com o artilheiro Deivid escorando um cruzamento livre, livre de marcação.

Na segunda etapa, Kim até entrou no lugar de Araújo. Deu mais mobilidade ofensiva. Aos 32, Kim lançou Kieza, que entrou na área sozinho, driblou o goleiro e… perdeu.

Até Kieza, desta vez. No entanto, o matador teve uma segunda chance, aos 43 minutos. O camisa 9 não vacilou e chegou a doze gols em catorze jogos.

Mas já era tarde para uma reação, Coritiba 2 x 1 Náutico.

Agora, como de praxe, é a vez de mostrar a força nos Aflitos…

Série A 2012: Coritiba 2x1 Náutico. Foto: Coritiba/divulgação

As ligas de futebol mais populares do mundo

As 20 ligas com as maiores médias de público no mundo em 2011/2012. Crédito: Pluri Consultoria

Eis a nova lista com as maiores médias de público das principais ligas do futebol mundial, em levantamento da Pluri Consultoria. O ranking, com dados da temporada 2011/2012, é uma atualização do último estudo realizado (veja aqui).

O (mau) desempenho brasileiro aponta que uma receita direta de aproximadamente R$ 200 milhões deixou de existir na última Série A, só com bilheteria.

Até porque o índice de ocupação, de 44%, foi o pior entre as vinte maiores ligas…

Entre as causas desse índice aquém do potencial estão a qualidade dos jogos, o preço do pay per view, valores do ingresso e de outros serviços (alimentação, estacionamento etc), condição e acesso dos estádios e, claro, violência. Ao todo, são catorze pontos.

Com as doze arenas da Copa do Mundo e os novos estádios de Grêmio e Palmeiras, o país terá uma oferta de 765 mil assentos de primeiro nível até 2014.

Com isso, a empresa prevê um acréscimo de 40% na média de 2011, elevando o índice a 20.500 torcedores por jogo, o que não ocorre há quase três décadas.

Se essa expectativa for correspondida, a taxa nacional de ocupação chegaria a 60%.

A 30ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 30 rodadas. Crédito: www.pe.superesportes.com.br

Fim da trigésima rodada da Série A, com sentimentos opostos nos rivais centenários.

Domingo marcado por mais uma vitória alvirrubra e mais uma derrota rubro-negra.

Nos Aflitos, o atacante Kieza, sempre ele, marcou o único gol da partida contra o Palmeiras, reafirmando a força timbu em seu reduto, 1 x 0. O foco já começa a ser uma boa classificação visando a Copa Sul-americana, a ser definida na Copa do Brasil.

No estádio Independência, o Sport bem que tentou segurar o Atlético Mineiro. Esteve em vantagem durante boa parte do jogo. No finzinho, num sufoco danado, sofreu a virada em partida com arbitragem pra lá de polêmica, 2 x 1.

A 31ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

17/10 (19h3o) – Coritiba x Náutico

Em Curitiba (4 jogos): 1 vitória alvirrubra, 1 empate e 2 derrotas

18/10 (21h00) – Sport x Ponte Preta

No Recife (2 jogos): 2 vitórias rubro-negras

Com sofrimento além da conta, Leão perde em BH

Série A 2012: Atlético-MG x Sport. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Tudo ia contra a lógica…

Três derrotas seguidas, desestimulado e com a chance de rebaixamento chegando a 96%. Ataque inoperante, seis meses sem marcar um gol de bola parada.

Sem contar o fortíssimo adversário pela frente, o terceiro colocado, jogando com o apoio da torcida neste domingo. Em casa, ainda não havia perdido na competição.

Contra tudo isso, o Sport parecia surpreender em Belo Horizonte.

Vencia o Atlético Mineiro até os 31 minutos do segundo tempo. Gol de cabeça de Hugo após cobrança de escanteio de Cicinho, aos 15 minutos da primeira etapa.

Até a igualdade, o sufoco foi intenso, além de uma arbitragem controversa, minando quase toda as ações leoninas, fora os dois pênaltis não assinalados.

Caseiro além da conta o árbitro Flávio Rodrigues Guerra.

Ainda assim, o time pernambucano encaixou alguns contragolpes.

Em um deles, Gilsinho fez muito torcedor rubro-negro arrancar os cabelos ao entrar cara a cara com o goleiro. O atacante perdeu uma chance de ouro de ampliar.

Rithely também havia perdido o seu gol, como quase sempre acontece. Uma vantagem mais larga fez falta até o apito final, com quatro minutos de acréscimo.

Aos 31 e aos 47 minutos, o atacante Leonardo virou a partida, 2 x 1.

Dois gols sofridos no segundo tempo, algo de praxe nesta campanha na Série A. Nas três derrotas anteriores, dos onze gols sofridos, nove haviam sido na segunda etapa.

Havia esta preocupação. Desta vez, até houve luta. Não bastou… Faltou afinco.

Série A 2012: Atlético-MG x Sport. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Timbu segue imparável nos Aflitos, apesar do freio de mão

Série A 2012: Náutico x Palmeiras. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press

Não foi a melhor apresentação do Náutico nos Aflitos.

Não atacou tanto e também não marcou com a mesma pressão já vista nesta competição. Acredite, isso não importa. No apito final, o script foi o mesmo.

Mais uma vitória alvirrubra em seu caldeirão, com um tento de Kieza, é claro. Onze gols em treze atuações do artilheiro com a camisa vermelha e branca.

O desempenho do centroavante enfim chama a atenção do estado.

Em grande fase jogando no Recife, o Timbu encarou um Alviverde completamente desfalcado, sem peças como o atacante Barcos e o meia Marcos Assunção.

Ao forte mandante, o inverso, com a volta de duas peças essenciais. O próprio Kieza e o volante Elicarlos, que dá equilíbrio ao meio-campo armado por Gallo.

O triunfo por 1 x 0 sobre o Palmeiras, na tarde deste domingo, aumentou o já alto rendimento do Náutico no estádio Eládio de Barros Carvalho nesta Série A.

São 11 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, com um aproveitamento de 77,7%.

Dos 40 pontos, 35 foram conquistados em casa, numa diferença quase inacreditável. Com a chance de rebaixamento irrisória, o clube já vislumbra um voo mais alto.

Os alvirrubros começam a consolidar a posição na antiga zona de classificação à Copa Sul-americana. De fato, essa zona não existe mais. De forma direta…

Terminando no máximo em 13º lugar, o Náutico só não disputará o torneio internacional se não (reforçando: “não”) chegar às oitavas de final da Copa do Brasil do ano que vem.

Em seu último ano, o velho estádio empurra o Náutico para os seus objetivos. Mesmo com o freio de mão puxado, como neste domingo, o Náutico faz sua torcida acreditar…

Série A 2012: Náutico x Palmeiras. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press

Quatro vermelhos que mudaram a história no Arruda

Série C 2012: Santa Cruz 1x2 Fortaleza. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Alerta vermelho ligado para a classificação coral na Série C.

São apenas quatro vitórias em dezesseis atuações. Muito pouco para um favorito.

Mais uma chance foi deperdiçada neste sábado. O Santa dominou o Fortaleza no primeiro tempo. O adversário, que não perdia há treze jogos, sequer finalizou.

O bicampeão pernambucano, aliás, ostentava a vantagem mínima no placar, no gol contra marcado de cabeça por Esley.

No finzinho da primeira etapa, uma confusão generalizada mudou bastante a história da partida no Arruda, com a presença de 25 mil torcedores.

Após uma disputa pela bola aérea, Esley acertou uma cotovelada em Chicão. O volante coral sangrou bastante e passou o sangue no rosto do adversário (veja aqui).

Enquanto isso, um empurra-empurra com todo mundo envolvido e os dois técnicos tentando apartar. Sobrou vermelho para todos os lados.

Pressionado, o árbitro Paulo Godoy Bezerra abriu mão da simples advertência. No Santa, saíram Chicão e Everton Sena. No Fortaleza, Esley e Ciro Sena.

Sandro Barbosa, que ocupava o lugar do suspenso Zé Teodoro na área técnica, e Vica também tiveram que se retirar do campo. Na etapa complementar, campo aberto para apenas dezoito atletas, além da falta de orientação tática de forma direta.

As equipes voltaram com duas mudanças cada, visando a estabilidade defensiva. No Tricolor, deixaram o campo Luciano Henrique e Renatinho. Fim da quase nula criatividade.

Não houve compactação alguma e a defesa pernambucana falhou feio aos 8 minutos. A bola sobrou para Careca, na pequena área. Bateu fraquinho e empatou.

A virada cearense veio numa linha burra da zaga, aos 23. Assisinho, em posição duvidosa, ficou cara a cara com Tiago Cardoso, driblou o goleiro e rolou a bola, 2 x 1.

A partir daí, a torcida não poupou ninguém. Principalmente o ídolo Dênis Marques.

A primeira derrota tricolor em seu estádio nesta Terceirona poderá custar caro. Faltando duas partidas para o fim desta fase, o Tricolor passa a secar para avançar…

Série C 2012: Santa Cruz 1x2 Fortaleza. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Probabilidades da Série A 2012 – A 9 rodadas do fim

Projeções dos sites Infobola e Chance de Gol sobre o rebaixamento na Série A 2012 a 9 rodadas do fim

Uma situação quase consumada após a 29ª rodada do Brasileirão. Veja as projeções para evitar o descenso. Contexto a favor dos Aflitos e desforável na Ilha. Irreversível?

Os cálculos “anti-rebaixamento” são do Infobola e Chance de Gol, respectivamente.

Confira também a classificação atualizada da Série A e a projeção anterior.

Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Bahia (35 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar do descenso seria de 46 pontos.

A projeção aumentou novamente. Agora foram dois pontos em relação à rodada passada, sempre arredondando os dados para cima, com a margem de segurança.

O Náutico aparece com uma chance remota de cair, entre 1% e 2,9%. Precisaria somar mais 9 pontos, em tese. Três vitórias. E o Timbu ainda terá cinco jogos nos Aflitos.

Já o Sport agoniza. A probabilidade de queda à segunda divisão vai de 90% a 96,3%. Necessita de mais 19 pontos, ou 6 vitórias e 1 empate. Só com uma arrancada surreal.

Uma ressalva. Segundo o Chance de Gol, com 46 pontos, a margem atual, o risco é menor que 0,01%. Com 45, índice de 0,1%. Com 44, o dado fica em 0,8%.

Além dos sites de probabilidades em campeonatos de futebol, há os cálculos do departamento de matemática da UFMG. Nesta, Náutico em 3,0% e Sport em 81,3%.

A 29ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 29 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da vigésima nona rodada da Série A, com duas derrotas pernambucanas.

Contudo, um destino bem diferente para os rivais centenários…

Na quarta, o Alvirrubro fez uma boa partida e vencia o jogo em Campinas até os 29 minutos do segundo tempo, quando rapidamente sofreu a virada da Ponte Preta, 2 x 1.

Na quinta, também à noite, Sport foi atropelado pelo Grêmio. Enquanto o time gaúcho subiu para o 2º lugar, a equipe pernambucana ficou com um pé na 2 ª divisão.

A 30ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

14/10 (16hoo) – Náutico x Palmeiras

No Recife (13 jogos): 5 vitórias alvirrubras, 3 empates e 5 derrotas

14/10 (16h00) – Atlético-MG x Sport

Em Belo Horizonte (14 jogos): 2 vitórias rubro-negras, 5 empates e 7 derrotas

O rebaixamento moral do Sport, matemática à parte

Série A 2012: Sport 1x3 Grêmio. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Na calculadora, a matemática insiste em dizer o contrário.

Projeções, equações de segundo grau, logaritmos…

Juntando tudo e multiplicando por dez, ainda aparece um percentual irrisório de chance.

O Sport está abraçado a isso, para não dizer que já está abraçado à segunda divisão.

Após as duas goleadas sofridas em São Paulo, para Corinthians e Portuguesa, o time teria um novo técnico, no último lampejo de “motivação”. O emprestado Sérgio Guedes.

O Leão enfrentaria um adversário qualificado, o terceiro colocado. Porém, a delegação do Grêmio viajou desfalcada de nomes como Zé Roberto, Elano e Marcelo Moreno.

Nos primeiros instantes, um futebol afobado, com inúmeras bolas alçadas na área. Aos poucos, foi sendo anulado pela marcação tricolor, pelos contragolpes bem articulados.

Desmarcados, Leandro e Kléber levavam perigo. Mas coube a Anderson Pico, que não havia marcado um gol sequer na Série A, abrir o placar.

Série A 2012: Sport 1x3 Grêmio. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

No último lance do primeiro tempo, um retrato do ímpeto do Sport nesta competição.

A zaga afastou mal uma bola. A pelota passou na frente de Anderson Pico, na meia-lua. O gremista escorregou, mas teve tempo para levantar, olhar a meta de Magrão preparar o chute e bater colocado. Vantagem, apito para o intervalo e uma torcida perplexa.

Na volta para a etapa complementar, a necessidade de fazer dois gols para manter a esperança rapidamente se dissipou na noite desta quinta.

De fato, saíram dois gols. Do bem armado time de Vanderlei Luxemburgo.

Aos 6 minutos, Leandro, numa arrancada para desmoralizar a pesadíssima defesa formada por Bruno Aguiar e Ailson. Aos 11, Marquinhos, aproveitando uma sobra sem qualquer contenção dos rubro-negros. De pênalti, Hugo diminuiu aos 34.

Outo revés na conta, por 3 x 1, repleto de vaias dos 12.817 torcedores, com direito a faixas e cartazes contra a gestão de Gustavo Dubeux. Ainda mais com a diferença para deixar a zona de rebaixamento ampliada de seis para oito pontos.

Não há administração que se sustente sem os resultados no gramado.

Série A 2012: Sport 1x3 Grêmio. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press