Agora sim, a atualização da história no campo virtual.
Em fevereiro o blog havia alertado sobre um erro daqueles no site oficial da CBF, com a exibição de troféus errados para os torneios nacionais organizados pela entidade.
Na Copa do Brasil, por exemplo, a taça em questão era a de um modelo antigo, extinto em 2007. E olhe que a peça era repetida na versão feminina do mata-mata.
Na Série D estava ainda pior, pois sequer havia uma peça para simbolizar a competição.
Finalmente, então, o departamento de comunicação da Confederação Brasileira de Futebol percebeu o equívoco e corrigiu o portal.
Portanto, eis os seis troféus nacionais em disputa na atualidade…
Considerando as versões atuais, apenas um deles está em Pernambuco.
Confira uma postagem com as taças dos dez torneios organizados pela Fifa aqui.
O ponto final foi em 7 de fevereiro de 1988, definitivo. Naquele domingo, o zagueiro Marco Antônio acertou uma cabeçada fulminante, no segundo tempo, após cobrança de escanteio pelo lado direito. O Sport vencia o Guarani por 1 x 0, na Ilha do Retiro, e conquistava o título de campeão brasileiro de 1987.
Quantas vezes essa história (cansativa) já não teve um ponto final?
Na oficialização da vaga à Libertadores de 1988, quando a CBF foi pressionada pela Fifa para confirmar o Leão no torneio internacional.
Em 1994, quando a 10ª Vara da Justiça Federal expediu a sentença com vitória do rubro-negro pernambucano, como o único campeão daquele conturbado Nacional.
Em 1997, na decisão do Tribunal Regional Federal, confirmando a sentença anterior.
Em 1999, quando o STJ não julgou o mérito do caso, aceitando a decisão original.
Em 16 de abril de 2001, quando acabou o último prazo para recurso do Flamengo.
Em 2007, quando a maior emissora do país precisou se desculpar após “esquecer” o título do Sport em um programa de alcance nacional, depois de ameaça de processo.
Em 2009, quando o Flamengo, ao ganhar novamente o Campeonato Brasileiro, teve o título de “hexa” negado pela CBF.
Em 2011, depois que o São Paulo recebeu a “Taça das Bolinhas”, como primeiro penta.
Em 2011, quando a CBF foi obrigada a voltar atrás em uma decisão de dividir o título poucos meses depois da publicação da resolução, novamente com ameaça de processo.
Mais uma vez em 2011, neste 26 de julho, quando a Fifa, surpresa com a visita na Suíça de dirigentes rubro-negros de Pernambuco e do Rio de Janeiro, motivados pelo longo impasse, simplesmente diz, através de documento oficial:
“A Fifa não tem competência para definir quem é o Campeão Brasileiro de 1987. Isso é um assunto interno da CBF.”
Abaixo, a lista de campeões da CBF, devidamente atualizada. Haja ponto final.
Buenos Aires – Ao todo, 22 clubes de sete países já conquistaram a Copa Libertadores da América desde 1960, quando o Peñarol ergueu o inédito troféu.
Na Argentina, além dos pontos para fotos com réplicas – como no bar Tierra de Heroes e na Bombonera -, é fácil encontrar nas ruas miniaturas dos campeões da Libertadores.
Acima, um quadro com todos vencedores. No detalhe, pela falta de espaço, o novo campeão, o Santos, ainda está “fora”. Cada peça sai em média por 10 pesos…
Os brasileiros fazem a festa. Sobretudo os torcedores de São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Vasco e Palmeiras…
A ideia bem que poderia ser ampliada em solo nacional. Qual torcedor não gostaria de comprar a réplica dos troféus da Brasileirão e da Copa do Brasil?
Existe a chance. Abaixo, o que diz a CBF sobe o assunto, através artigo 4 do capítulo II (do troféu e dos títulos) do Campeonato Brasileiro da Série de 2011:
A CBF não permite e não autoriza a reprodução do troféu e das medalhas distribuídos com os clubes campeão e vice; a CBF pode autorizar, mediante solicitação, a reprodução de troféus em dimensões menores do que o troféu original.
Complexo do começo ao fim, longo, arrastado, cansativo.
O episódio do título brasileiro de 1987 ainda rende. É, possivelmente, a competição de futebol mais polêmica da história em relação ao desfecho, sempre mutável.
Já teve de tudo. Julgamento nas esferas esportiva e cível, caso transitado em julgado, reviravolta com resolução administrativa da CBF, nova ação judicial e revogação.
Nesse tempo todo, o caso chegou a bater na porta da Fifa, em 1988, quando o então secretário-geral da Fifa Joseph Blatter viajou ao Rio de Janeiro e deu um ultimato à CBF, ordenando a indicação do Sport à Libertadores.
Em breve, a sede da entidade, em Zurique, na Suíça, poderá receber novamente a papelada do conturbado Brasileirão. Após a nova ação leonina na Justiça Federal, ainda que sobre o mesmo conjunto de papéis do caso encerrado em 16 de abril de 2001, a diretoria do Flamengo já divulgou que pretende levar o impasse à corte da Fifa.
Nas regras da entidade, é proibida qualquer interferência da justiça comum para discutir o mérito esportivo. Entre as punições mais severas – ainda que não tenha sido aplicada -, a desfiliação, da entidade ou do clube. A punição de praxe: dois anos sem jogar.
A Fifa passou a tomar atitudes deste porte com mais ímpeto na década de 1990. Até a entidade se pronunciar de novo, o caso ainda deverá continuar lento, sem fim.
Mas vamos a uma hipotética dúvida para o torcedor do Sport, em último caso…
Caso o preço para ter de uma vez por todas a exclusividade do título brasileiro de 1987 fosse sofrer a punição da Fifa, qual opção você escolheria:
1) Ficaria dois anos sem jogar, contabilizando dois rebaixamentos. Caso consiga o acesso este ano, o clube voltaria em janeiro de 2014 na Série C.
2) Recuaria e tiraria a ação contra a resolução 02/2011 da CBF, aceitando a divisão oficial do título nacional.
Comente sobre tal hipótese, que, acredite, não deve ser descartada…
Vai começar o corre-corre nos aeroportos internacionais brasileiros.
Não com a saída, mas com a chegada de atletas do exterior.
Nesta segunda-feira, de forma oficial, a CBF vai liberar as transferências internacionais no futebol, na já popular “janela”, como ficou conhecido o período.
Já tem gente com a passagem comprada e com o passaporte em mãos!
O prazo para este tipo de contratação, segundo a diretoria de registro e transferências da CBF, vai de 20 de junho a 20 de julho.
Quer ajudar o seu clube?
Então indique reforços obscuros, escondidos na Europa ou em outros continentes, com preço acessível para o mercado pernambucano…
Notificada pela Justiça Federal, a Confederação Brasileira de Futebol se viu obrigada a publicar a resolução 6/2011, revogando a sua decisão de dividir o título brasileiro de 1987, fato que havia ocorrido há quatro meses.
Acima, um print screen do site oficial da CBF. Nota-se que o nome do Sport está escrito de forma errada e que o Flamengo segue como campeão de 1987…
A imagem foi captada pelo blog às 21h desta quinta-feira. Veremos quanto tempo será gasto para atualizar a página da entidade…
A CBF está ou não está cumprindo a determinação da 10ª Vara da Justiça Federal?
Durou apenas seis dias a última versão do ranking de títulos nacionais de elite no Brasil, elaborado pelo blog. Como a CBF revogou a divisão do Brasileirão de 1987, neste 15 de junho, através da resolução 6/2011, então o Flamengo volta a figurar com oito taças.
Ao todo, existem 22 clubes campeões nacionais em 80 torneios realizados.
10 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
8 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990 e 2006; C: 2001)
7 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999 e 2005; CB: 1995, 2002 e 2009)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – Cruzeiro (A: 2003; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
4 – Fluminense (A: 1984 e 2010; R: 1970; CB: 2007)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).
Os títulos foram somados sem distinção. O blog sabe que as competições têm pesos bem diferentes, é claro. Já a diferença nas posições com clubes com o mesmo número de taças foi estabelecida pelo último título, com vantagem para o mais antigo.
Obs. As competições de elite levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), Robertão (1967/1970), a Série A (1971/2010), a Copa do Brasil (1989/2011) e a Copa dos Campeões (2000/2002). O que todos esses campeonatos têm em comum? Todas eles classificaram os vencedores à Libertadores.
A Confederação Brasileira de Futebol remexeu o passado novamente.
O passado mais atual da Série A, com a interminável edição de 1987.
Após editar na surdina uma resolução (nº 02/2011) que dividia o título brasileiro de 1987 entre Sport e Flamengo, a entidade foi notificada pela 10ª Vara da Justiça Federal e resolveu voltar atrás nesta quarta-feira. Mais uma vez.
Assim, ela foi obrigada a reeditar outra RDP, agora a nº 06/2011 – assinada pelo presidente Ricardo Teixeira -, por mais que a nota deixe claro que cabe recurso à CBF.
Começa, então, uma nova batalha judicial pela Série A mais polêmica da história?
Seja qual for a resposta, o Sport não desistiu da briga. E isso é importante em uma conquista tão batalhada quanto essa, no campo e nos tribunais.
São Paulo – Foram mais de 30 minutos durante o traslado do bairro do Novo Brooklin até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, nesta quarta, através de vias expressas.
Ao volante, o paulistano Jorge Abud Arossa, 57 anos, descendente de libaneses e italianos. Os sobrenomes já indicavam o seu passado.
A veia italiana da família resultou na paixão clubística, pelo Palmeiras, amor da colônia do País da Bota. Aliás, são duas paixões. O Palmeiras e o Anti-Corinthianismo.
Durante a bem humorada conversa sobre futebol (99% do tempo), Seu Jorge não escondia a felicidade em lembrar os fiascos alvinegros na Libertadores – o Timão é o único dos grandes clubes do estado que jamais conquistou a competição.
Na última participação, este ano, queda ainda na Pré-Libertadores, diante do Tolima.
Não basta secar o time. É preciso secar toda a estrutura. Ou falta dela, no caso.
“Você não faz ideia do que é essa torcida (do Corinthians). São muito chatos, em qualquer fase e qualquer horário. Se o Palmeiras perde qualquer jogo eu recebo um caminhão de e-mails de dois amigos querendo fazer graça. Ou então telefonam. Passam dois meses sem ligar, mas aí se lembram de mim pra isso. Não importa a situação, mas eles sempre pensam que são os maiores em tudo, só por causa do torcida. Mas eles não têm nem estádio. Quer dizer… Têm. A Fazendinha, desativada e que não cabe ninguém. Aquilo é a cara do Corinthians.”
No trajeto, a tal Fazendinha surgiu ainda na via da Marginal Tietê. Trata-se de um estádio acanhado, utilizado pelo Timão apenas como campo de treinamento.
Oito quilômetros depois, já na Avenida Ayrton Senna, apareceu, na mesma margem direita da pista, o terreno da futura Arena Corinthians, em Itaquera. Projeto visando a Copa do Mundo de 2014 e orçado em R$ 700 milhões, lotado de incentivos fiscais.
Por enquanto, apenas a limpeza do terreno, com pouca movimentação. Atraso puro!
Segundo Seu Jorge – contente com o descaso alheio -, isso não deverá mudar muito.
“Esse estádio não sai. Nunca saiu. Na década de 1980 teve o ‘Corintião’. Lançaram outros depois. É sempre a placa com um ‘em breve’. O estádio do Palmeiras está sendo reformado. Para São Paulo não ficar fora da Copa, acho que vão acabar levando para lá. Aí quero ver os meus amigos me mandarem e-mail se acontecer.”
No fim, ele lembrou de um episódio triste, para o lado alviverde.
“Em 2002, quando o Palmeiras caiu para a segunda divisão (nacional), apareceu corintiano em todo lugar para fazer gozação. Quando eles caíram (em 2007), foi uma alegria que eu nunca vi nessa cidade. A maioria ficou feliz (somando as torcidas de Palmeiras, São Paulo e Santos). Será que acontece isso no Recife?”
Com a palavra, os internautas…
Em tempo: Jorge também falou do Sport (“Tivemos uma animosidade na Copa do Brasil e na Libertadores”), que teve a sua torcida na final da Copa do Brasil de 2008.
“Torcer pelo futebol do estado na final? Meu filho, ver o Corinthians perder aquele título para o Sport Recife não tem preço. Não apareceu um na manhã seguinte.”