Sprint nas bilheterias

CashAs cifras milionárias do futebol indicavam que a receita com bilheteria sofreria uma redução no percentual do faturamento dos clubes.

No Brasil, vem acontecendo justamente o contrário no cenário econômico…

A empresa Crowe Horwath RCS acaba de divulgar uma pesquisa que aponta um crescimento gradativo na fatia da receita com bilhetes nos cofres dos clubes do país. E deverá seguir assim.

Em 2009, os times do Brasil arrecadaram R$ 250 milhões somente com ingressos. Houve um aumento de 342% em relação ao primeiro ano da pesquisa, em 2003. O aumento no valor dos bilhetes colaborou bastante, é claro.

Se o ritmo for mantido até 2014 – quando o país deverá ter uma gama de estádios modernos -, a receita neste setor passará dos R$ 430 milhões.

Abaixo, a evolução da porcentagem de bilheteria no faturamento anual do futebol brasileiro, com as médias de público e renda na Série A.

Um detalhe: caso os clubes aproveitassem os jogos para criar receitas mais amplas  (serviços e atividades oficiais nas arenas), o número chegaria a R$ 520 milhões.

2007 – 8% / 17.461 torcedores / R$ 212.309

2008 – 11% / 16.992 torcedores / R$ 267.127

2009 – 13% / 17.807 torcedores / R$ 330.958

A 12 rodadas do fim, o Brasileirão de 2010 segue “morno”. A média – que costuma subir na reta final – está em 14.114, com um borderô médio de R$ 285.369.

Vamos ver se a campanha Todos com a Nota vai acompanhar este ritmo…

Acertou na lata

Latas de cerveja dos clubes cariocas: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco

Latas personalizadas.

A ideia nem é nova, mas faz tempo que estava em desuso. Dando início a um novo ciclo, gerando receita, naturalmente, a Ambev lança neste mês de outubro uma edição especial de cervejas da Brahma com estampas dos quatro grandes clubes do Rio.

Mas a inovação está no detalhe… Nada de distintivos enormes nas latas de alumínio. Os escudos estão lá, é claro. O destaque, porém, vai para a camisa de cada time.

Botafogo, 7: Garrincha.
Flamengo, 10: Zico.
Fluminense, 9: Super-Ézio.
Vasco, 10: Roberto Dinamite.

A ideia deve se estender aos outros clubes patrocinados pela empresa no país. Ao todo, são 21 times, sendo quatro do Nordeste. Dois em Fortaleza (Ceará e Fortaleza) e dois em Salvador (Bahia e Vitória). Faltou o mercado pernambucano (veja AQUI).

Ambev à parte, bem que os clubes do Recife poderiam lançar projetos assim. Tomando como ponto de partida a lata com a “camisa especial”, quais seriam os craques – e os números – dos times pernambucanos? Comente!

Abaixo, a série especial da Kaiser, em 2000, com modelos de Santa, Náutico e Sport. Em 1995, rubro-negros e tricolores também tiveram outras latas, produzidas pela Evansville, dos EUA. Quer ver mais latas de clubes de todo o mundo? Clique AQUI.

Edição especial da cerveja Kaiser em 2000: latas de Santa Cruz, Náutico e Sport

Mano viu

Série B-2010: Sport 1 x 2 Bahia. Ciro, bem marcado e sem movimentar muito, pouco fez na derrota leonina na Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A “dica” havia sido dada pelo blog na sexta-feira (veja AQUI).

E, de fato, o técnico Mano Menezes assistiu ao clássico Sport x Bahia.

Não esteve na Ilha do Retiro, apesar da notícia ter sido ventilada. O comandante da Seleção Brasileira viu a vitória do Tricolor de Aço pela televisão, em um hotel no bairro de Stella Maris, em Salvador (veja AQUI).

Mano viajou discretamente para a capital baiana para conferir no Barradão ao jogo Vitória x Fluminense. Se não veio à Ilha, pelo menos não ignorou a partida.

Do lado do Sport, no entanto, o treinador não viu muita coisa.

Teoricamente, Ciro seria o principal nome a ser observado. Mas o atacante Ciro chegou a quatro partidas sem marcar um gol.

Esse jejum até acontece, ok. O que não deve ter agradado em nada ao treinador – que mira no jogador de 21 anos mais um candidato ao ataque na Olimpíada de 2012 – foi a postura de Ciro, que não se apresentou para o jogo.

Facilmente rendido na marcação, o artilheiro da Série B, com 13 gols, não se mexia.

Ciro não se deslocava e, justamente por isso, só era acionado com no mínimo dois marcadores por perto. Assim, restava pouco espaço para finalização. Pior. Acabou sendo substituído, e sem tanto apoio da torcida naquele momento do 2º tempo. A impaciência já era grande com os erros da equipe.

No gol rubro-negro, o principal jogador do Sport na temporada. Magrão, 33 anos. Técnica apuradíssima, mas a idade o impede de almejar a Canarinha.

Ovacionado já na entrada para o aquecimento no gramado, cerca de 20 minutos antes de a bola rolar, o goleiro teve uma atuação discreta no sábado. Não falhou nos gols. Porém, justamente diante do rival nordestino ele não operou milagres.

No lado do ascendente Bahia, a maior promessa era o ala-esquerdo Ávine, de 22 anos. Franzino, 1,71m  64 quilos, o jogador vem municiando bastante o setor ofensivo. Com contrato até junho de 2011, já tem muita gente de olho em pré-contratos.

Mas, assim como Mano, Ávine não veio ao Recife. Segue se recuperando de uma torção. Torceu, também, pela TV. E viu os jovens baianos aproveitarem a oportunidade no desfalcado time titular. Bahia 2 x 1.

O Clássico do Nordeste foi bem disputado, com estádio cheio e tudo mais. Para Mano, um bom programa no sábado à tarde, descansando no hotel. Como “trabalho” para garimpar possíveis selecionáveis, ainda não foi desta vez…

@C11ro x @ClaroRonaldo

Ranking de Ciro no TwitterSe existe algo polêmico é o tal do “ranking”.

Existem rankings com números absolutos, subjetivos, com regulamentos complexos…

Existe até um ranking nacional do Twitter, o popular microblog da web.

Vários jogadores de futebol já aderiram à rede social. De craques a desconhecidos.

Entre eles, o meia Kaká, do Real Madrid. Mesmo sem jogar muito nos últimos tempos, pois se recupera de uma cirurgia, o craque (@realkaka) é o líder do ranking brasileiro, com uma nota 98.36, segundo o TweetRank (veja AQUI).

Quem aparece bem colocado entre os milhões de usuários do país é atacante Ciro, do Sport. O goleador (@c11ro) está em 148º no Brasil, considerando todas as contas possíveis.

Ranking de Ronaldo no TwitterPara se ter uma ideia, Ciro está na frente do Fenômeno. Sim, Ronaldo. O jogador do Corinthians (@claroronaldo) está na 259ª posição até a atualização desta sexta-feira.

Apesar da popularidade maior do corintiano (além do óbvio), Ciro vence a disputa em “influência” e nota geral, de acordo com o ranking…

Em abril deste ano, quando o perfil do jogador rubro-negro foi o tema de uma reportagem do Diario de Pernambuco (veja AQUI), o número de seguidores (ou followers) de Ciro era de 4 mil. Hoje, o número chega a 43 mil. O Sport tem 8.800.

Como foi dito antes, rankings são polêmicos!

Saiba mais sobre o ranking no Blog de Tecnologia, assinado por Raquel Lima (veja AQUI).

Importando talento

Série A-2010: Grêmio 2 x 2 Flamengo. Petkovic empata o jogo no Olímpico. Foto: Flamengo/divulgação

De acordo com o site da CBF, existem 57 estrangeiros em atividade nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro. Abaixo, a lista agregada, que tem 15 países (veja AQUI).

13 – Argentina
9 – Colômbia
8 – Uruguai
7 – Paraguai
5 – Equador e Chile
2 – Angola
1 – Bolívia, Camarões, Congo, Nigéria, Portugal, Sérvia, África do Sul e Estados Unidos

A única divisão sem representantes de fora do Brasil é a Série D.

A mão de obra estrangeira é apontada como mais barata no futebol do Brasil. Os melhores salários no Uruguai, semifinalista do Mundial, não passam de R$ 34 mil.

Além do valor,  é posível encontrar jogadores de qualidade nos países vizinhos.

A Argentina, por exemplo, é uma fonte inesgotável de talento, como os meias argentinos Montillo (Cruzeiro), Conca (Fluminense) e D’Alessandro (Internacional).

Porém, outros países também geram bons atletas. Somados, os representantes de Colômbia, Uruguai e Paraguai correspondem a 42% dos gringos em gramados brasileiros.

Agora, uma constatação:

Nenhum jogador estrangeiro atua no futebol pernambucano…

Alguns até apareceram por aqui. Mas praticamente na base do DVD.

Vale a nomenclatura

Comunicado da CBF sobre a decisão da Conmebol na Libertadores

A mudança na distribuição de vagas na Taça Libertadores da América, “penalizando” o país do atual campeão, levantou uma polêmica grande no Brasil. É justo?

O post abaixo se propõe a mostrar alguns dados que apontam, na minha opinião, que a decisão não foi justa. Confira a nova distribuição das 38 vagas na Libertadores.

5 vagas – Brasil e Argentina.

3 vagas – Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e México.

1 vaga – Copa Sul-americana.

Brasileiros e argentinos têm duas vagas a mais que os demais, ok.

Mas, comparando de forma mais crua, esse número de clubes é irrisório.

Em termos econômicos, o futebol brasileiro está muito acima dos outros 10 países (incluindo o México). Contratos de patrocínio ultrapassam a marca de R$ 30 milhões por ano a alguns times e acordos com a TV superam R$ 1,4 bilhão por três anos.

Tamanha pujança – considerando a América do Sul – é pontuada pelo aquecido produto interno bruto (PIB) do país, de aproximadamente 2 trilhões de dólares.

A nossa população já passa dos 192 milhões de habitantes. A população do Uruguai, por exemplo, é de 3,4 milhões. Número inferior ao Grande Recife.

Mas é possível argumentar que a seleção uruguaia chegou à semifinal da Copa do Mundo de 2010. De fato, a Celeste ficou em 4º lugar após 40 anos. Um lampejo.

Os clubes uruguaios, porém, pararam no tempo. O último título da Libertadores foi em 1988. Depois, o pentacampeão Peñarol chegou a ser eliminado na Pré-Libertadores.

O maiores salários em Montevidéu não passam dos 20 mil dólares (R$ 34 mil). Um patamar bem abaixo do padrão verde e amarelo. Mesmo o futebol da Série B, diga-se. É bom lembrar que o Sport paga R$ 100 mil mensais a Marcelinho Paraíba.

E o que dizer de Ronaldo, que ganha mais de R$ 1 milhão? Ronaldo. Só essa palavra já deixa claro a diferença em cifras. Essa comparação Brasil/Uruguai foi apenas um exemplo do abismo econômico – e futebolístico – que existe além das fronteiras do país.

Mesmo com um sistema forte, os principais clubes do Brasil gastam forturnas para chegar à Libertadores, tentando uma das quatro vagas na Série A ou na Copa do Brasil.

O esforço vale o status continental, mesmo que alguns adversários apresentem níveis baixíssimos, tanto em técnica quanto em estrutura. E até com um receita menor.

Eventualmente, os brasileiros, favoritos, conquistam a Libertadores.

Como prêmio, a vaga no Mundial de Clubes. Ao país, uma vaga extra na edição seguinte. Mas a Conmebol acabou com o “benefício” (veja AQUI).

A partir de agora, o país do campeão da Libertadores terá que abrir mão da última vaga. No nosso caso, o título do Internacional “tirou” a vaga do 4º lugar do Brasileirão.

Acredite, esse será o preço da vitória.

Ricardo Teixeira promete reagir, como já publicou a CBF (veja AQUI).

A CBF, que articulou até a Copa do Mundo de 2014, precisa reverter logo isso.

A briga vale uma nomenclatura já popular na Série A: G4. A mudança para “G3” vai implicar em perdas consideráveis no principal produto do nosso futebol. Reduzir o entusiasmo pela classificação continental limita ainda mais a disputa no Brasileirão.

Tudo por causa do sucesso local na Libertadores. Paradoxal e injusto.

Inversão de valores

Série A-2010: Santos 4 x 2 Atlético-GO. Jogo-chave no episódio Neymar/Dorival Júnior. Foto: Santos/divulgação

Santos, você acaba de ter uma atitude medíocre. Neymar, você acaba de ganhar a antipatia de muita gente. Dorival, parabéns pela postura…

O técnico Dorival Júnior foi demitido do Santos na noite desta terça-feira. O treinador perdeu a queda-de-braço com o jovem Neymar, de 18 anos.

Um garoto que parece ser absolvido de qualquer polêmica justamente por isso, por ser um “menino”. Passível de todos os erros possíveis. Afinal, ele ainda vai amadurecer…

Cercado pelo empresário, pelos pais, pelo clube. Superprotegido. Blindado.

Mas até quando a visível falta de educação do craque do Peixe será ignorada? Há algum tempo as suas atitudes vêm ganhando tanto espaço quanto os seus dribles.

Como todos já sabem, Neymar saiu distribuindo palavrões para o agora ex-técnico e para o capitão santista, Edu Dracena, durante a vitória por 4 x 2 sobre o Atlético-GO.

O motivo? Não foi autorizado a cobrar uma penalidade na partida. Vale lembrar que Neymar já havia desperdiçado alguns pênaltis nos últimos tempos.

Após muita articulação sobre a (justa) punição ao menino, eis a inversão de valores.

Neymar está de volta ao Santos. Vai jogar o clássico contra o Corinthians.

Dorival está demitido. Ter tentado exercer o seu comando minou o seu trabalho.

A Neymar, o campo livre para molecagens… Que belo exemplo para os mais jovens!

Coisa de menino.

Libertadores e futuro

Confira abaixo o vídeo com a apresentação detalhada do projeto do Internacional para o estádio Beira-Rio, um dos 12 selecionados para a Copa do Mundo de 2014.

O atual campeão da Taça Libertadores vai dar um salto grande em organização.

Ao todo, o clube gaúcho vai investir R$ 150 milhões na reforma. A futura arena deverá ser uma das mais bonitas do próximo Mundial.

E em dezembro o clube ainda terá o “bônus”, com a disputa do Mundial de Clubes.

Gigante…

País dos manos

Corinthians, 100 anosO Corinthians vai completar 100 anos nesta quarta-feira. O novo centenário da praça.

É uma data especial, com direito a uma megafesta organizada em São Paulo. Para se ter ideia, o jogo contra o Vasco, pela Série A, foi remarcado, para deixar a data livre.

Os patrocinadores do clube, que injetaram milhões em Ronaldo e cia agora tentam obter o retorno.

A Nike, um dos principais suportes do Timão, lançou uma campanha publicitária sensacional sobre o centenário do Corinthians.

A empresa realizou, ainda que de brincadeira, o que muitos torcedores sempre sonharam: transformou o clube em um país de fato.

A República Popular do Corinthians (veja o site oficial clicando AQUI).

O novo “país” teria 30 milhões de habitantes. Segundo o Ibope, são 25,8 milhões.

Precisão à parte, agora os “manos” têm passaporte…

Em busca da soberania midiática

Filme "Soberano", sobre o hexacampeonato brasileiro do São Paulo

O São Paulo se consolidou nesta década como o time mais vencedor do país. Na minha opinião, o clube é mesmo o maior do Brasil, em títulos, estrutura e organização.

Menos em torcida. Está em 3º, atrás de Flamengo e Corinthians. Mas na sala de troféus…

É o maior campeão mundial, com três títulos.
É o maior campeão continental, com três Libertadores.
E é, também, o maior campeão brasileiro, com seis conquistas.

Depois da dobradinha Libertadores/Mundial em 2005, o Tricolor Paulista engatou uma sequência com o até então inédito tricampeonato da Série A de forma consecutiva.

Glórias em 2006, 2007 e 2008.

Com um certo atraso, o São Paulovai lançar nos cinemas, em 17 de setembro, o filme “Soberano”, sobre o inédito hexacampeonato brasileiro. O filme, que tem roteiro de Carlos Nader e direção Maurício Arruda, conta com images históricas e depoimentos, como o de Muricy Ramalho, que comandou os últimos três títulos.

Confira o trailer abaixo. Veja o site oficial da película AQUI.

Em tempo: o certo “atraso” talvez tenha sido até proposital.

Em 1º de setembro, o rival Corinthians completará 100 anos de história. O filme tricolor acabou sendo um forma de dividir as atenções. Ou então foi mesmo coincidência…