As duas Taças das Bolinhas nas mãos do Sport

Sport com a taça das bolinhas em 1988, celebrando o título brasileiro de 1987. Crédito: Arquivo DP/D.A Press

Há uma confusão histórica acerca da famosa Taça das Bolinhas.

O clube campeão tem ou não a posse do troféu?
Que taça é aquela ainda guardada no cofre de um banco no Rio de Janeiro?

Voltemos um pouco no tempo para esclarecer essas dúvidas…

O tradicional troféu, oficialmente chamado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975, num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 156 esferas, sendo uma de ouro.

O troféu tinha um regulamento próprio para a posse. No caso, o clube precisaria ser tricampeão, com conquistas seguidas, ou penta, de forma alternada.

Brasileirão de 1987, final: Sport 1 x 0 Guarani. Foto: Arquivo/DP/D.A PressE assim durou a história da taça das bolinhas até 1992. No período, todos os times ergueram o belo troféu ainda no gramado, após as grandes decisões.

Após toda a festa, era preciso devolver o troféu à CBF, que a cada ano dava outro em troca. Uma réplica da taça das bolinhas, em dimensões menores.

Em fevereiro de 1988, todo o elenco do Sport se reuniu no Recife Antigo, na beira do Rio Capibaribe, para mais uma foto do título sobre o Guarani. Na cena, uma raridade no arquivo do Diario de Pernambuco, os dois troféus nas mãos dos leoninos, o original e a réplica oficial. O menor, como se sabe, segue na Ilha.

Já o troféu original saiu de cena em julho de 1992, quando o Flamengo foi campeão brasileiro mais uma vez, superando o Botafogo. O Rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista.

Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, por exemplo, só viria em 1994 -, a CBF resolveu instituir um novo troféu no ano seguinte. E a taça das bolinhas, a maior de todas elas, foi esquecida.

Por isso, em discussões como “o troféu está na Ilha”, “o troféu está na Gávea”, ou “o troféu está no Morumbi”, saiba que todos os torcedores estão certos. Só resta saber quantas réplicas cada um ganhou entre 1975 e 1992…

Brasileirão de 1987, final: Sport 1 x 0 Guarani. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

Campanha desastrosa com inúmeras goleadas sobre o Timbu

Série A 2013: São Paulo 3 x 0 Náutico. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

No Morumbi, o Náutico manteve a sina desastrosa na Série A, com a 20ª derrota em 29 rodadas na competição. Está bem distante na última colocação.

Diante do ameaçado São Paulo, nesta quarta-feira, o Timbu não só perdeu como foi goleado mais uma vez. Nada menos que a 9ª goleada sofrida pelo Alvirrubro, considerando os resultados com a clássica vantagem de pelo menos três gols.

O revés por 3 x 0 nesta noite, incluindo um golaço do irregular Paulo Henrique Ganso, é o mais comum, com seis jogos assim. Quase sempre no mesmo script. O time pernambucano arrisca algo nos primeiros 15 minutos, sofre um gol ainda no primeiro tempo e desmonta. Na etapa final, nenhum poder de reação…

Náutico 0 x 3 Vitória
Cruzeiro 3 x 0 Náutico
Criciúma 3 x 0 Náutico
Náutico 1 x 4 Atlético-PR
Náutico 0 x 3 Vasco
Portuguesa 3 x 0 Náutico
Náutico 1 x 4 Cruzeiro
Internacional 4 x 1 Náutico
São Paulo 3 x 0 Náutico

Ps. O Timbu também goleou, duas vezes: 3 x 0 no Inter e no Coritiba.

Série A 2013: São Paulo 3 x 0 Náutico. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Divisão das massas entre fanáticos, torcedores, simpatizantes e indiferentes

Torcidas de Sport, Santa Cruz e Náutico

Medir o grau de envolvimento de um torcedor com o seu o clube é algo bastante subjetivo. Tal torcida ama mais, a outra é “modinha”, aquela lá nem gosta tanto de futebol. É o tipo de discussão com as mesmas palavras no Recife, em Fortaleza, Salvador, Belém, Curitiba, Belo Horizonte etc.

Portanto, entrando nesta polêmica seara, a Pluri Consultoria resolveu estabelecer de forma prática a curva de preferência dos torcedores brasileiros. Em sua última pesquisa, com 10.545 entrevistados, em janeiro de 2012, foi perguntado a todos que admitiram torcer por um time o quanto essa agremiação representava. Resposta única, com as opções fanático, torcedor, simpatizante e indiferente, mas só a partir da subjetividade, sem considerar aspectos como venda de ingressos e uniformes, sócios em dia e/ou audiência televisiva.

A partir das respostas, os dados foram mensurados e organizados em uma tabela detalhada visando o mercado esportivo e ações estratégicas.

Os rivais das multidões se saíram muito bem. O Santa cravou o 4º lugar, atrás apenas da dupla Grenal e dos incansáveis seguidores do Atlético-MG. Com 16,3% de sua massa composta por fanáticos, o Tricolor é o único dos 18 clubes listados abaixo das Séries A e B, o que só denota um feito maior. O Sport até ficou na frente em termos absolutos (2,29 milhões x 1,42 milhão), mas o grau de fanáticos foi um pouco menor (13,1%). Ainda assim, um bom 8º lugar.

Já o Náutico apareceu agrupado em “outros clubes”, com índice geral de 16 milhões de pessoas. Ao blog, porém, a consoltoria revelou os dados alvirrubros: 9% fanaticos, 46% torcedores, 32% simpatizantes e 13% de indiferentes.

Subjetividade à parte, eis o estudo sobre as torcidas mais fanáticas do país…

Estudo sobre o fanatismo clubístico da Pluri Consultoria em 2013

Estudo sobre o fanatismo clubístico da Pluri Consultoria em 2013

A vigésima oitava classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 28ª rodada. Crédito: Superesportes

Faltando dez rodadas para o fim do Brasileirão, o Náutico está a 9 pontos do vice-lanterna e a 17 do primeiro time fora da zona de rebaixamento. A goleada sofrida para o Inter foi o 19º revés do Alvirrubro, agora com um “turno” de derrotas.

Na liderança, o Cruzeiro, apesar das duas derrotas seguidas, segue folgado na liderança, com dez pontos de vantagem na corrida pelo tricampeonato.

A 29ª rodada do representante pernambucano
16/10 – São Paulo x Náutico (21h)

Jogos no estado pela elite: nenhuma vitória timbu, 2 empates e 5 derrotas.

Um Timbu franco atirador, mas com nova derrota na conta

Série A 2013: Internacional 4 x 1 Náutico. Foto: Alexandre Lops/Site Oficial do Inter

Sem grandes aspirações para o restante do Brasileirão, o Náutico começou a atuar como franco atirador. Contra o Inter, na Arena, o Alvirrubro havia feito a sua melhor apresentação na competição. Repetir a atuação em Caxias do Sul era o desejo da equipe, que acabou tendo liberdade para sair para o jogo de forma mais audaciosa.

O time carece de mais qualidade, claro, ou não estaria na péssima situação em que se encontra. Agradou nos primeiros instantes, mas com o Colorado se moldando com o passar do tempo, o Náutico terminou goleado por 4 x 1. Foi a 19ª derrota em 28 jogos. Um turno inteiro atrás no placar, num rendimento risível.

Neste domingo, ao não jogar de maneira recuada acabou cedendo bastante espaço – sem surpresa para os próprios alvirrubros, diga-se. Diante de um time técnico, isso não pode acontecer em demasia. Aconteceu, mais uma vez, na fria tarde no interior gaúcho. Logo aos 16, D’Alessandro marcou um golaço – antes, o Timbu reclamou um pênalti, algo raríssimo nesta campanha.

Como não mudou a sua postura ofensiva, apesar da desvantagem, o Náutico até arrancou o empate com Tiago Real, em jogada individual. Antes do apito para o intervalo, porém, outro belo gol colorado, num chute colocado de Otávio. Aí, enfim, o time abriu os olhos para tentar evitar uma goleada. Não conseguiu. No segundo tempo, Willians e Kléber definiram o placar.

É possível que Martelotte siga criando novas alternativas até o fim da Série A, sobretudo se já estiver confabulando uma formação para o próximo ano. Assim, o técnico terá mais dez testes de alto nível pela frente, sempre como franco atirador…

Série A 2013: Internacional 4 x 1 Náutico. Foto: Alexandre Lops/Site Oficial do Inter

O primeiro aplicativo oficial da CBF para smartphones

Aplicativo oficial da CBF para smartphones

A CBF lançou o seu primeiro aplicativo. O programa grátis, à disposição para iPhones e iPads, terá acompanhamento ao vivo dos resultados dos torneios sob a chancela da entidade, como as Séries A, B, C e D do Brasileirão e a Copa do Brasil, incluindo, claro, a participação dos times pernambucanos.

No menu, opções para classificação, tabela, artilharia etc. Além disso, matérias e vídeos especiais também serão liberados. O programa produzido pela Mowa Sports demanda 6,7 megas de memória nos aparelhos.

Saiba mais detalhes sobre o aplicativo oficial da confederação aqui.

Conheça também outros aplicativos voltados para o futebol pernambucano:

Todos com a nota, Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Superesportes.

Primeiro turno do Brasileirão 2006-2013

Confira a classificação do primeiro turno em todas as edições da Série A com o formato atual, por pontos corridos e 20 clubes participantes.

2013 – Mais uma arrancada mineira no primeiro turno. Em vez do Galo, a Raposa. O Cruzeiro teve 70,1% de apoveitamento, mantendo pelo segundo ano seguido o índice do líder do Campeonato Brasileiro acima dos 70%.

16º lugar na 19ª rodada: 22 pontos, 38,5% e 3 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2013. Crédito: ogol.com.br

2012 – O Atlético-MG conseguiu o maior aproveitamento da história no primeiro turno, com 75,4% dos pontos. Ainda assim, perdeu mais que o vice-líder Flu.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, todos os quatro integrantes acabaram descendo à Série B após o returno.

16º lugar na 19ª rodada: 17 pontos, 29,8% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 45 pontos, 39,4% e 4 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2012. Crédito: ogol.com.br

2011 – Líder isolado, o Corinthians teve 64,9% de aproveitamento no primeiro turno. Mesmo caindo para 62,2%, o Timão ficou com o título nacional.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, apenas o Atlético Mineiro conseguiu escapar da degola, somando 30 pontos no returno.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 2 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 43 pontos, 37,7% e 2 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2011. Crédito: ogol.com.br

2010 – O desempenho do Fluminense, líder do primeiro turno, foi de 66,6%. Ao fim da competição, o Flu caiu para 62,2%, mas conquistou o título.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Atlético-MG e Atlético-GO, que somaram no returno 28 e 25 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 3 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 42 pontos, 36,8% e nenhum ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2010. Crédito: ogol.com.br

2009 – O aproveitamento do líder Inter, de 64,9%, caiu para 57,0%. Acabou sendo ultrapassado pelo Flamengo, que evoluiu de 50,8% para 58,7%.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, somente o Fluminense conseguiu escapar, somando 31 pontos no returno.

16º lugar na 19ª rodada: 19 pontos, 33,3% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 46 pontos, 40,3% e 1 ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2009. Crédito: ogol.com.br

2008 – O aproveitamento do Grêmio, líder do 1º turno foi 71,9%. No fim, caiu para 63,1%. acabou ultrapassado pelo São Paulo, tricampeão, que passou de 57,8% para 65,7%.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Santos e Fluminense, que somaram no returno 28 e 29 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 20 pontos, 35,0% e 1 ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 44 pontos, 38,5% e nenhum ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2008. Crédito: ogol.com.br

2007 – O aproveitamento do líder São Paulo, que era de 70,1%, caiu para 67,5%. Ainda assim, o Tricolor manteve o primeiro lugar.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Atlético Paranaense e Náutico, que somaram no returno 32 e 29 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 24 pontos, 42,1% e 2 pontos de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 45 pontos, 39,4% e 1 ponto de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2007. Crédito: ogol.com.br

2006 – O aproveitamento do líder São Paulo , de 66,6% no primeiro turno, subiu para 68,4% após 38 rodadas. Foi o campeão.

Da zona de rebaixamento na 19ª rodada, escaparam Goiás e Corinthians, que somaram no returno 34 e 33 pontos, respectivamente.

16º lugar na 19ª rodada: 21 pontos, 36,8% e nenhum ponto de vantagem
16º lugar na 38ª rodada: 44 pontos, 38,5% e 5 pontos de vantagem

Primeiro turno do Brasileirão de 2006. Crédito: ogol.com.br

A vigésima quinta classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 25ª rodada. Crédito: Superesportes

O Campeonato Brasileiro apresentava uma tabela disforme desde julho, quando o Atlético Mineiro teve um jogo adiado pela CBF por causa da campanha na Libertadores. A partida contra a Ponte Preta, com goleada mineira por 4 x 0, enfim deixou todos os 20 times com o mesmo número de partidas.

Após a 25ª rodada da Série A, o Timbu reduziu para cinco pontos a distância sobre o 19º lugar. Em relação ao próximo jogo, contra o Cruzeiro, será um duelo de extremos, com 39 pontos de diferença.

A 26ª rodada do representante pernambucano
06/10 – Náutico x Cruzeiro (16h)

Jogos no estado pela elite: 10 vitórias alvirrubras, 3 empates e 2 derrotas.

Timbu e Leão no mundo da Lua

Charge sobre o Leão e o Timbu no "mundo da Lua", no Diario do dia 2 de outubro de 2013. Arte: Samuca/DP/D.A Press

Mais uma rodada com vitórias de Náutico e Sport nas Séries A e B.

Enquanto na segundona o Leão voltou ao G4, na elite o Timbu voltou a sonhar.

Na charge de Samuca, no Diario de Pernambuco desta quarta-feira, foco no moral elevado da dupla centenária, batendo na Lua…

Aguerrido, o Náutico conquista a vitória em Campinas no último ato

Série A 2013: Ponte Preta 1 x 2 Náutico. Foto: RODRIGO VILLALBA/FUTURA PRESS

Uma atuação aguerrida, com brio. A vitória timbu em Campinas, de virada e no último lance, emocionou a torcida. Com o 2 x 1, o Náutico, sob o efeito de Martelotte, chegou a quatro jogos sem derrota, com dois empates e duas vitórias nas últimas duas apresentações, com 8 dos 17 pontos na campanha.

O início da partida contra a Ponte Preta, a nesta terça-feira, foi promissor, dando início de uma noite daquelas. Logo aos 7 minutos, Tiago Real fez boa jogada, mas o chute passou raspando. O Timbu, bem postado, ainda reclamou de uma penalidade não marcada no primeiro tempo.

Na primeira etapa, o Alvirrubro trabalhou mais a bola, tendo 57% de posse. Marcou forte, cometendo mais faltas (12 x 5). Não se acovardou, abrindo mão do jogo. Contudo, um erro no finzinho quase custou a tática da noite.

Antes do intervalo, a Macaca abriu o placar numa bobeira da zaga, com William se antecipando ao zagueiro João Felipe num cruzamento rasteiro na pequena área. Saiu o gol, o 12º do centroavanete nesta Série A, e o primeiro tempo acabou. O trabalho de Martelotte foi manter a confiança do time.

Na etapa complementar, o argentino Morales entrou na vaga de Tiago Real. O gringo mMudou o jogo, dando mais qualidade ao meio-campo. De fato, o Alvirubro voltou mais afoito, buscando primeiramente o jogo aéreo, através do uruguaio OIivera disputando a bola à vera com a defesa paulista. Depois, partiu para os contragolpes. Foi dessa forma que alcançou a 4ª vitória na competição.

Os gols de Hugo e Maikon Leite, aos 35 e 48 minutos, reaproximaram o Náutico da própria Ponte Preta. O sofrimento foi tamanho que pouco antes da virada, Hugo ainda perdeu um gol incrível embaixo da trave. Mas a noite era do Náutico.

A situação é dificílima, quase irreversível. Mas o Náutico não irá desistir…

Série A 2013: Ponte Preta 1 x 2 Náutico. Foto: RODRIGO VILLALBA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO