Uma rodada fraca para Pernambuco, com um ponto em dois jogos. Com o empate sem gols com o Bragantino, em São Lourenço da Mata, o Náutico segue na parte de cima da tabela, em 10º. Derrotado pelo ABC em Natal, o Tricolor – ainda com um jogo a menos – vem em 12º. Ambos na zona intermediária, e com a segundona já afunilando…
Na próxima terça-feira teremos rodada cheia, com todos os dez jogos da rodada na mesma noite.
No G4, dois catarinenses, um cearense e um carioca.
A 21ª rodada dos representantes pernambucanos
09/09 – Santa Cruz x Portuguesa (19h30)
09/09 – Vila Nova x Náutico (19h30)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado – e ainda sem data.
O Santa Cruz encarou um ABC bem motivado por sua melhor campanha na Copa do Brasil, e que mostrou futebol para justificar isso. A presença nas quartas de final, por sinal, ainda é algo inédito para o próprio Tricolor.
Sem meia Carlos Alberto, o time pernambucano encontrou dificuldade na criação neste sábado, na Arena das Dunas. Antes, se viu bastante pressionado durante boa parte do jogo. O revés por 2 x 1 saiu no começo dos dois tempos.
Tiago Cardoso fez uma defesaça logo no comecinho da tarde, no início pressão potiguar, que resultaria em gol aos 5 minutos, num chute de Somália. Nas palavras do próprio Sérgio Guedes, o Santa Cruz só começou a “jogar” por volta dos 20 minutos. Nada demais, mas ao menos conseguiu organizar melhor o jogo, evitando a ligação direta.
Na largada da etapa final, quase o cenário. Outro gol do ABC nos primeiros lances, desta vez aos 4, num chute forte de Suelinton. O gol reduziu bastante a chance de reação. Porém, num chute cruzado, Gamalho até diminuiu aos 27.
Seriam quase vinte minutos de pressão, certo? Não. Faltou futebol. Ao Santa, claro. E o olhe que o ABC ainda perdeu um pênalti, numa defesa de Tiago Cardoso num chute de DM9. Muito pouco.
A missão alvirrubra era dar sequência aos bons resultados recentes na Arena Pernambuco. O sábado poderia marcar o terceiro resultado positivo consecutivo no estádio, tirando aquela “inhaca”.
Diante de um algoz na Série B, o Náutico acabou tendo que se contentar com um empate em 0 x 0.
O Timbu tentou forçar pelos lados, sobretudo com Cañete e Crislan. Aos poucos, o Bragantino mostrou porque lutou o quanto pôde contra o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil. Equilibrou as ações, diminuindo o ímpeto timbu, já preocupado em ceder contragolpes.
Após um primeiro tempo em branco, o Braga voltou bem mais perigoso. Criou de cara duas ótimas oportunidades para abrir o placar. Parou em Júlio César. Foi conduzido pelo volante Geandro. Enquanto isso, a torcida alvirrubra – novamente presente em bom número, com 10.165 torcedores – começou a ficar impaciente.
O Timbu ainda teve um gol corretamente anulado por impedimento. Por sinal, seriam mais de 20 minutos de empenho, mas já sem uma aplicação tática. Nada de gols nesta tarde em São Lourenço.
Agora, pela Segundona, o retrospecto aponta sete jogos, com duas vitórias do time paulista, cinco empates e nenhuma vitória pernambucana.
Entre tantas competições e tantos clubes distintos, como mensurar o nível do desempenho? Uma consultoria criou um índice que compara os resultados dos times nas competições oficiais num ano e o gasto no mesmo período.
O índice de eficiência na gestão, elaborado pela Pluri Consultoria, distribuiu os pontos dos torneios com clubes brasileiros. Veja aqui.
O Pernambucano, por exemplo, está junto de Bahia, Paraná e Santa Catarina.
Sem surpresa, o Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores, ficou na liderança de 2013, com 1,95. Foi seguido pelo Atlético Paranaense, que com 81 milhões de reais em receitas foi vice-campeão da Copa do Brasil e 3º lugar na Série A. Fechando o pódio, o Cruzeiro, campeão brasileiro.
A surpresa vem na 4ª colocação, com o Santa. E faz sentido. Com um faturamento de apenas R$ 14 milhões – numa queixa do presidente Antônio Luiz Neto -, o Tricolor foi campeão estadual e brasileiro da Série C. Índice de 1,06.
Nos anos anteriores, também foi campeão estadual, o clube ficou em 10º (2012), 9º (2011). Em relação aos rivais, o Leão apareceu em 11º lugar, com o acesso à elite e o vice local, enquanto o Timbu ficou em 27º, com um índice negativo (-0,2), resultado direto do rebaixamento e da ausência na final estadual.
A consultoria tem levantamentos desde 2008. O maior índice já alcançado num ano foi do Sport em 2008 (títulos da Copa do Brasil e do Pernambucano), com 6,26. Na ocasião, a receita do clube foi de R$ 19 milhões, 1/3 da atual.
Confira o estudo completo sobre o índice de gestão aqui.
A aguardada camisa do centenário do Santa chega ao mercado em 9 de setembro. O padrão especial produzido pela Penalty, com uma suposta versão já na web, vem com uma cor a menos. Nada de vermelho…
Como em sua fundação, o hoje Tricolor resgata a sua origem alvinegra. Durou cerca de um ano, até o início do pioneiro Campeonato Pernambucano, em 1915.
Em 16 de junho foi fundada a Liga Sportiva Pernambucana, atual FPF. No início, não podia haver clubes com as mesmas cores. Já na fundação, um impasse. Santa e Flamengo do Recife optaram pelo branco e preto.
No caso do Santa Cruz, a escolha foi a representação de um ideal. O de aproximar adeptos de todas as raças, pois até a fundação do clube, negros e mestiços eram proibidos de fazer parte do elenco de outros times da capital.
Como nenhum clube cedeu, houve um sorteio. E o Santa Cruz foi obrigado a mudar. No caso, não mudou. Somou mais uma cor, o vermelho indígena.
Como curiosidade, o fato de o clube ter feito o jogo inaugural do Estadual, em 1º de agosto de 1915, no campo do Derby, hoje no centro da PM.
Vestindo com a camisa alvinegra, antes da mudança, venceu por 1 x 0, gol de Mário Rodrigues, que escreveu o seu nome na história do nosso futebol.
A Penalty ainda não apresentou oficialmente a camisa, mas como em outras oportunidades o padrão “vazou”. Estratégia de mercado?
Mas nada como resgatar tudo isso em um uniforme especial, limitado…
Obs1. Existem outras duas versões acerca da inclusão da cor vermelha. Numa delas, o Flamengo do Rio estaria de passagem no Recife, e naquela época o clube usava uma camisa coral (abolida pouco tempo depois). Ainda há a hipótese de inspiração na bandeira da Alemanha usada na Guerra do Reich.
Obs2. A marca PE Retrô já havia lançado uma camisa de malha, licenciada, alusiva a 1914. No caso, já com o vermelho (inexistente na época). Veja aqui.
Um balanço completo dos times pernambucanos no Brasileiro, com as partidas de sexta a domingo, da Série A até a Série D. O destaque no novo 45 minutos é a análise dos triunfos de Santa, Sport e Central sobre Atlético Goianiense, Criciúma e Jacuipense, respectivamente. No fim, uma discussão sobre a nova pesquisa de torcida do Ibope.
O 55º podcast teve 1h25min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A Série B é conhecida pelo seu equilíbrio técnico. Jogos de muita força, com algum lampejo de técnica sendo decisivo nas partidas. Não por acaso, é comum um time ficar entre o acesso e o descenso faltando dez rodadas.
Num campeonato no qual os jogos parecem iguais, técnica e fisicamente, vale enxergar com mais cuidado os números de cada um.
Em 2014, Náutico e Santa Cruz terminaram o turno com 27 pontos, a seis da zona de classificação à elite. No caso tricolor, falta uma partida, que pode fazer com que a campanha seja 27, 28 ou 30 pontos. Historicamente, o último integrante do G4 sempre chegou à metade da competição na casa dos 30 pontos (o que mostra a importância de Santa x Bragantino).
O 4º lugar da segundona na 19ª rodada:
2014 – 33 pontos, 57,8% e 1 ponto de vantagem
2013 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2012 – 34 pontos, 59,6% e 1 ponto de vantagem
2011 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
2010 – 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
2009 – 33 pontos, 57,8% e 3 pontos de vantagem
2008 – 32 pontos, 56,1% e nenhum ponto de vantagem
2007 – 30 pontos, 52,6% e nenhum ponto de vantagem
2006 – 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
Por outro lado, nem sempre o 4º colocado conquistou o acesso após as 38 rodadas. É normal o arranque de uma equipe no returno. A recuperação recorde ocorreu logo na primeira edição do atual formato da Série B, com pontos corridos, com o América de Natal saltando do 12º lugar para a primeirona. Havia somado apenas 25 pontos no turno inicial.
O detalhe básico: todas as equipes neste contexto foram superiores no returno.
Lista de times que subiram com a pior campanha na primeira fase:
2013 – Figueirense (8º com 29) / 31 pontos – 60 pts (4º)
2012 – Atlético-PR (6º com 32) / 39 pontos – 71 pts (3º)
2011 – Sport (5º com 29) / 32 pontos – 61 pts (4º)
2010 – América-MG (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2009 – Ceará (4º com 33) / 35 pontos – 68 pts (3º)
2008 – Barueri (6º com 30) / 33 pontos – 63 pts (4º)
2007 – Ipatinga (9º com 28) / 39 pontos – 67 pts (2º)
2006 – América-RN (12º com 25) / 36 pontos – 61 pts (4º)
Ano -Time (colocação e pontuação no turno) / pontos no returno – pontuação geral (colocação final)
Confira uma análise do primeiro turno de 2006 a 2014 clicando aqui.
O formato atual da segunda divisão nacional, com vinte clubes, quatro vagas para o acesso e outras quatro para o descenso está em vigor desde 2006.
Neste modelo, cada clube enfrenta os 19 adversários como mandante e visitante, totalizando 38 partidas.
Confira todas as classificações após o primeiro turno, com a análise sobre as equipes que futuramente conseguiriam o acesso à elite nacional.
2014 – O primeiro turno da segundona “acabou” faltando um jogo. Santa Cruz x Brangantino segue sem data, devido à campanha paulista na Copa do Brasil. Contudo, o jogo não mudaria o G4. Ao mesmo tempo em que a zona de classificação à elite apresenta um equilíbrio, a sua margem foi mais alta em relação ao ano passado.
4º lugar na 19ª rodada: 33 pontos, 57,8% e 1 ponto de vantagem
2013 – O Palmeiras terminou o primeiro turno na liderança com 73,6% de aproveitamento. Foi ainda melhor no returno, ficando a 6 pontos do baita recorde do Corinthians, em 2008 (85 pontos). O Sport manteve a regularidade – acima dos 30 pontos – e subiu. A surpresa foi o Figueirense, saindo do 8º lugar para o G4. Uma pontuação incrível? Nada disso. Somou 31 pontos. Contou com o nível parelho da competição.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Palmeiras, Chapecoense e Sport
4º lugar na 19ª rodada: 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 60 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Palmeiras (1º): 37 pontos – 79 pts
2º) Chapecoense (2º): 32 pontos – 72 pts
3º) Sport (4º): 32 pontos – 63 pts
4º) Figueirense (8º): 31 pontos – 60 pts
2012 – Com 71 pontos, o São Caetano destruiu todas as projeções conhecidas na Série B até então. O Azulão terminou o torneio em 5º lugar, com uma pontuação acima dos “65 pontos”, apontada anteriormente como margem de segurança. Curiosamente, Atlético-PR e Vitória também somaram 71, mas ambos com uma vitória a mais. Já o Goiás saltou do 5º lugar para o título.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Criciúma e Vitória
4º lugar na 19ª rodada: 34 pontos, 59,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 71 pontos, 62,2% e nenhum ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Goiás (5º): 45 pontos – 78 pts
2º) Criciúma (2º): 31 pontos – 73 pts
3º) Atlético-PR (6º): 39 pontos – 71 pts
4º) Vitória (1º): 27 pontos – 71 pts
2011 – A Lusa, comandada pelo técnico Jorginho, fez uma campanha brilhante, com 81 pontos (71%), liderando do começo ao fim. Enquanto isso, a Ponte desacelerou no returno, conquistando somente 28 pontos, a menor quantidade de um clube que alcançou o acesso. O Sport, única novidade no G4 no fim da competição, melhorou o seu índice e se aproveitou da baixa no Guaratinguetá.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Portuguesa, Ponte Preta e Náutico
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 61 pontos, 53,5% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Portuguesa (1º): 43 pontos – 81 pts
2º) Náutico (3º): 30 pontos – 64 pts
3º) Ponte Preta (2º): 28 pontos – 63 pts
4º) Sport (5º): 32 pontos – 61 pts
2010 – O Náutico chegou a liderar a competição. A boa arrancada deixou o Timbu em 5º lugar, com a mesma pontuação do 4º lugar. O time não manteve a regularidade e fez apenas 17 pontos no returno, terminando a segundona com 48, em 13º lugar. Já o Coritiba subiu o rendimento, somando 33 (57,8%) e 38 (66,6%) pontos nos turnos. A crescente resultou no bicampeonato da Série B.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Figueirense, Coritiba e Bahia
4º lugar na 19ª rodada: 31 pontos, 54,3% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 63 pontos, 55,2% e 1 ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Coritiba (3º): 38 pontos – 71 pts
2º) Figueirense (1º): 31 pontos – 67 pts
3º) Bahia (4º): 34 pontos – 65 pts
4º) América-MG (6º): 33 pontos – 63 pts
2009 – Pela primeira vez, os quatro clubes que terminaram o primeiro turno no G4 conseguiram se manter no pelotão após mais 19 rodadas. Três deles com mais de 35 pontos (61,4%) no returno. Somente o Atlético-GO destoou, com 29 pontos. A queda de rendimento tirou o time da vice-liderança para o 4º lugar. Apesar disso, a margem sobre o 5º lugar se manteve a mesma nos turnos.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Vasco, Atlético-GO, Guarani e Ceará
4º lugar na 19ª rodada: 33 pontos, 57,8% e 3 pontos de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 65 pontos, 57,0% e 3 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Vasco (1º): 37 pontos – 76 pts
2º) Guarani (3º): 35 pontos – 69 pts
3º) Ceará (4º): 35 pontos – 68 pts
4º) Atlético-GO (2º): 29 pontos – 65 pts
2008 – Rebaixado pela primeira vez em sua história, o Corinthians foi soberano durante a sua passagem na segunda divisão nacional, ao estabelecer a melhor campanha da história do campeonato. No primeiro turno, com 39 pontos (68,4%), ainda se manteve próximo aos concorrentes. Com 85 pontos no fim (74,5%), descolou, ficando 17 pontos à frente do vice-campeão.
Do G4 na 19ª rodada subira: Corinthians e Santo André
4º lugar na 19ª rodada: 32 pontos, 56,1% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 63 pontos, 55,2% e 5 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Corinthians (1º): 46 pontos – 85 pts
2º) Santo André (3º): 35 pontos – 68 pts
3º) Avaí (2º): 32 pontos – 67 pts
4º) Barueri (6º): 33 pontos – 63 pts
2007 – Após a falha no returno da temporada anterior, o Coritiba teve uma campanha consistência, quase idêntica ao do primeiro turno. A regularidade, com 60,5% de aproveitamento rendeu o primeiro título da Série B ao alviverde paranaense. Já o Criciúma, líder do primeiro turno, caiu bastante. Terminando na 7ª colocação geral, somando apenas 16 pontos na retomada.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Coritiba e Vitória
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e nenhum ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 59 pontos, 51,7% e 3 pontos de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Coritiba (2º): 34 pontos – 69 pts
2º) Ipatinga (9º): 39 pontos – 67 pts
3º) Portuguesa (7º): 34 pontos – 63 pts
4º) Vitória (4º): 29 pontos – 59 pts
2006 – O Coritiba virou o turno na primeira colocação, com 61,4% de aproveitamento, o mesmo percentual do Náutico, vice-líder. A queda de rendimento na segunda metade da competição, terminando a segundona com índice de 51,7%, custou o acesso ao Coxa. O Galo, por sua vez, somou 42 pontos no returno do Brasileiro e saltou do 5º para o 1º lugar.
Do G4 na 19ª rodada subiram: Náutico e Sport
4º lugar na 19ª rodada: 30 pontos, 52,6% e 1 ponto de vantagem
4º lugar na 38ª rodada: 61 pontos, 53,5% e nenhum ponto de vantagem
Posição final (colocação no 1º turno): pontuação no returno – pontuação total
1º) Atlético-MG (5º): 42 pontos – 71 pts
2º) Sport (3º): 34 pontos – 64 pts
3º) Náutico (2º): 29 pontos – 64 pts
4º) América-RN (12º): 36 pontos – 61 pts
O Náutico encerrou o primeiro turno da Série B na zona intermediária, com 8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Após a boa largada com Dado Cavalcanti, vencendo nas três rodadas anteriores, o Timbu caiu em Campinas quando parecia ter o controle do jogo.
O revés por 2 x 0 neste sábado aconteceu justamente quando o time pernambucano ficou com um jogador a mais em campo.
Após um primeiro tempo equilibrado, mas com o time paulista chegando mais, a segunda etapa começou com o zagueiro Tiago Alves sendo expulso após uma entrada violenta em Marinho. Bem postado em campo, cabia ao Náutico tranquilidade para fazer a bola correr o campo, cansar o adversário e a partir disso usar a velocidade de Marinho e Sassá (Tadeu, novamente apagado, foi substituído).
Contudo, o mandante logo se adaptou à estratégia dos contragolpes, matando a partida. Rafael Costa e Cafu marcaram os gols da Ponte, numa tarde que terminou como num passado não muito distante, sem reação alvirrubra.
Com 27 pontos na classificação, o Náutico vê de relance o G4. Vale o mesmo em relação ao Z4. Para buscar algo mais no returno, será obrigado a fazer uma campanha superior nos 19 jogos restantes. É questão matemática, técnica à parte.
Cinco jogos sem sofrer um gol sequer na Série B. Nas primeiras partidas desta série, mais acaso do que evolução prática em campo.
Mas após cinco rodadas, com mais de 450 minutos disputados, é possível dizer que a defesa coral também passou a fazer a sua parte. Ainda que em cima da hora, já na última rodada do primeiro turno.
Na noite desta sexta, o sistema de marcação foi mais eficiente em casa, com Tiago Cardoso tendo uma jornada bem mais tranquila em relação àquela contra o Avaí.
As constantes mudanças táticas de Sérgio Guedes em busca de um equilíbrio (mais por teste do que por convicção) vão dobrando a desconfiança da torcida.
Na vitória sobre o Atlético Goianiense por 2 x 0, o meia Wescley marcou aos sete minutos e chegou a quatro gols na segundona, enquanto Pingo, também num rebote, fechou a conta nos descontos. Tamanha precaução defensiva se viu nos últimos cinco minutos, com o time mal ultrapassando o meio-campo. Após o apito final, Wescley conseguiu a proeza de ser expulso. Uma pena.
O resultado positivo – deixando o time coral com 27 pontos – reaproximou o clube do G4. Ainda de forma virtual, com base no jogo adiado deste turno, o duelo contra o Bragantino, no Mundão, ainda sem data.
De certa forma, essa partida vai virando uma “carta na manga” para a reta final do campeonato, no qual o povão espera ver a equipe enfim equilibrada. Defensivamente, vai encontrando um caminho…