Os resultados da 24ª rodada da segunda divisão foram favoráveis ao Sport, com derrotas de Chapecoense, Joinville e Paraná. Contudo, o time leonino não conseguiu se aproximar do G4 porque também perdeu, para o mais que líder Palmeiras, com 17 pontos de vantagem sobre o 5º colocado. O acesso alviverde é questão de tempo, inclusive o título. Sobre o 5º colocado, não é mais o Sport, mas o surpreendente Icasa, com um investimento mensal que não chega a R$ 300 mil.
A 25ª rodada do representante pernambucano
28/09 – Bragantino x Sport (16h20)
Um jogo da 23ª rodada, Chapecoense x Figueirense, foi adiado para 22/10.
Os números da partida entre Palmeiras e Sport, neste sábado, foram equilibrados, mas, efetivamente, os dados pernambucanos foram superiores, como nas finalizações certas (6 x 5) e passes certos (286 x 279), além de ter errado mesmo passes (27 x 28), segundo o scout do footstats.
No placar do Pacaembu, Verdão 2 x 1. Afinal, uma vitória se constrói com gols.
O Alviverde que o diga, ao abrir o placar com apenas 57 segundos. O visitante nem chegou a tocar na bola. Com a devida orientação para arremates de longe, Wesley se aproveitou do enorme espaço dado pela cabeça de área leonina.
De forma bem agressiva, esse gol acordou o Sport. O domínio no primeiro tempo foi claro, com várias oportunidades criadas pelos laterais, com mais liberdade ofensiva e cobertura. Faltou acertar o pé rente à trave. Felipe Azevedo e Lucas Lima perderam gols incríveis, cara a cara. O próprio Azevedo, em jogada individual, ainda acertou a trave.
No intervalo, Gilson Kleina sacou um atacante (Kardec) e colocou um volante (Charles), apesar da vantagem mínima. Sabia que precisava mudar o esquema para contornar o cenário. De fato, até melhorou. Porém, o maior benefício foi a passividade da intermediária rubro-negra, novamente dando espaço a Wesley. Mais um gol num chute de fora da área, desta vez rasteiro.
A partir daí, Geninho se mexeu e acionou o volante Chumacero, que teve nesta tarde teve o seu maior tempo de jogo pelo clube, com 38 minutos, incluindo os acréscimos. Grata surpresa. A afobação inicial do boliviano foi dando lugar a um jogador rápido, batalhador e com bom passe. Útil.
É verdade que nesse meio tempo a estrutura tática armada por Geninho passou por outra transformação, com a expulsão de Tobi. Este, numa péssima tarde. Mais uma. Para qualquer jogada com falta. Assim, o veterano zagueiro espaço para Osvaldo, uma prata da casa que vem agradando.
No finzinho, o gol de Rithely, desviando o cruzamento do instável Marcos Aurélio, ainda deu um fio de esperança numa partida de bom futebol do Sport. Mas ficou nisso e o time sequer pontuou. Era preciso somar, ainda mais após os tropeços dos adversários diretos para o G4 da Série B. Pelo menos ficou a impressão de uma evolução no desempenho da equipe…
A vitória na Ilha do Retiro sobre o Guará, com menos de 12 mil torcedores, ajudou levemente o Sport. A diferença em relação ao G4 caiu de cinco para quatro pontos, agora com o Joinville na mira, em vez do Paraná. A noite desta terça teria uma rodada cheia na segundona, a 23ª, mas a partida, em Chapecó, foi adiada por volta de voo.
O Palmeiras, próximo adversário rubro-negro, já entrou em contagem regressiva para o acesso. Com mais 4 vitórias e 1 empates, o Verdão deverá assegurar a vaga.
A 24ª rodada do representante pernambucano
21/09 – Palmeiras x Sport (16h20)
Um jogo da 23ª rodada, Chapecoense x Figueirense, foi adiado para 22/10.
A vitória era essencial, para o Sport e para Geninho. Para afirmar uma recuperação e dar sequência ao comando do técnico, em sua segunda partida no time. E como no primeiro turno, o Leão voltou a vencer o Guarantinguetá.
Em vez de goleada, vitória apertada por 1 x 0, mantendo o ânimo renovado. Foi o mesmo placar do sábado, mas numa atuação um pouco melhor. Em ambas, a defesa passou zerada, um alento para um setor tão (merecidamente) criticado.
Nesta terça, repetindo o 3-5-2, mas com mudanças pontuais, com George Lucas na lateral direita e Osvaldo na zaga, o Leão parecia mais organizado, pelo menos defensivamente. Os rubro-negros tocaram bastante a bola no 1º tempo, com 61 passes a mais que o adversário (186 x 125). Contudo, foi nítida a falta de objetividade, com nenhuma finalização com perigo, apenas chutes mascados.
O domínio apenas territorial irritou parte da torcida. A partida permanecia truncada na primeira etapa, até o susto provocado por Cleiton Pedra, que arriscou de muito longe. Num chutaço, quase surpreendeu Magrão, atento.
No segundo tempo, o time manteve a formação, com Marcos Aurélio em uma noite apagada. Decisivo, Geninho mexeu na equipe e a cobrou mais. Aos 23 minutos, já com a disputa parelha, um golaço do meia Ailton, aquele mesmo revelado pelo Náutico há uma década e que acabara de entrar no lugar de Lucas Lima. Tocou duas vezes na bola. Um passe e o chute de fora da área.
O grande susto veio aos 34 minutos, com o gol paulista, numa cabeçada de Pedro Paulo, mas corretamente anulado por impedimento. Àquela altura, o Leão já havia desperdiçado duas boas chances de ampliar, mas conseguiu segurar o resultado. E ensaia uma reação em cima da hora na Série B…
A vitória sobre o Figueirense, na Ilha do Retiro, elevou o Sport ao 5º lugar na Série B. Após 21 rodadas, o Leão está a cinco pontos do G4. Entre os sete primeiros colocados, que brigam de forma mais concreta pelo acesso, é o único com saldo negativo, motivado pela pior defesa no pelotão, com 37 gols sofridos. Um ajuste no setor é pra lá de necessário para almejar a volta à zona de classificação.
A 23ª rodada do representante pernambucano
17/09 – Sport x Guaratinguetá (19h30)
Com a implantação dos pontos corridos, em 2003, novas expressões ganharam popularidade no futebol brasileiro. As quatro primeiras colocações, com as vagas à Libertadores na elite e ao acesso na segundona, logo viraram o G4.
Algum tempo depois, na mesma lógica, os últimos quatro lugares foram apelidados de “Z4”, com os rebaixados. Outra denominação já ganha as arquibancadas. Trata-se do 5º lugar na Série B, ou a “portaria”. O time mais próximo ao acesso, no “quase”. Neste sábado, ao voltar a vencer na segunda divisão nacional, no 1 x 0 sobre o Figueirense, o Sport chegou à tal 5ª colocação.
Porteiro? Sim, e até feliz neste contexto – ainda mais ao finalmente terminar um jogo sem sofrer gol. Após um turno quase inteiro entre os melhores, a equipe não se acertou mais, sobretudo com a defesa mais vazada da competição, e foi caindo, caindo. Já estava em 8º lugar, distante. Agora, de novo na beira do G4, está a cinco pontos do Paraná e a seis do Joinville, os primeiros alvos.
O experiente técnico Geninho chegou na noite de sexta-feira. Manteve a formação adotada por Neco no último treino. No caso, o 3-5-2, com a volta de Marcelo Cordeiro no lado esquerdo no lugar do fraquíssimo Peri. É notória a deficiência de Cordeiro na recomposição. Contudo, ofensivamente é produtivo – algo que Peri não foi em setor algum.
No único gol da tarde, diante de 11.825 torcedores na Ilha, a participação de quatro leoninos. De Marcos Aurélio para Patric, para Rithely, e para gol com o desvio de Felipe Azevedo. A partida foi dominada pelo Leão, mas sem tanto afinco nas finalizações. Com mais tempo, Geninho terá 16 rodadas para tirar diferença na tabela e evitar a “portaria” na 38ª rodada. Aí sim, irreparável.
Eugênio Machado Souto, o Geninho, viveu o grande momento de sua carreira como técnico em 2001, quando comandou o Atlético Paranaense na conquista do título brasileiro. Rodou bastante e em 2007 desembarcou pela primeira vez no Aeroporto dos Guararapes com o objetivo de treinar um time pernambucano. Seis anos depois, um novo desembarque, para o 4º trabalho na cidade..
Aos 65 anos, carrega história no currículo e trabalhos sem grandes resultados nas últimas temporadas. No estado, chega mais uma vez como bombeiro, justamente pelo histórico e estilo de trabalho.
2007/Sport: Evitou o rebaixamento do time na Série A.
32 jogos, 13 vitórias, 7 empates e 12 derrotas (47,9%)
2009/Náutico: De novo na elite, não evitou o descenso timbu.
28 jogos, 8 vitórias, 6 empates e 14 derrotas (35,7%)
2010/Sport: Acabou em 6º lugar na Série B e não obteve o acesso.
25 jogos, 12 vitórias, 8 empates e 5 derrotas (58,6%)
2011/Sport: Na sequência, treinou a equipe no 1º turno do Estadual.
9 jogos, 4 vitórias, 2 empates e 3 derrotas (51,8%)
O Sport já soma cinco jogos sem vitória na Série B, com quatro derrotas e um empate. Com a desandada em campo, despencou do G4 para a 8ª colocação, a seis pontos de distância do Joinville, que fecha o grupo dos classificados à elite.
Apesar da folha milionária, uma das maiores da segundona, o time apresenta um saldo negativo de gols, agora com a pior defesa da competição.
A 22ª rodada do representante pernambucano
14/09 – Sport x Figueirense (16h20)
Uma atuação vergonhosa do Sport. Não foi a primeira no ano, mas foi emblemática. Diante do lanterna da segunda divisão, o Leão foi goleado.
Derrota por 4 x 2, com amplo domínio do ABC, um carrasco em 2013. Em todos os gols, falhas gritantes da defesa. Posicionamento, lentidão, furada.
O goleiro Magrão, quase sempre contido, não escondeu a irritação com a quantidade de vezes que foi buscar a bola nas redes. Ao todo, já são 37 gols sofridos em 21 partidas. O adversário potiguar, por exemplo, levou 35.
Apesar da briga pelo acesso – que pelo futebol apresentado se parece mais com um sonho -, o Leão conseguiu a proeza de ocupar agora o status de defesa mais vazada da competição.
Na noite desta terça, em Natal, o fraquíssimo primeiro tempo em branco parecia indicar um jogo insosso. Na etapa final, com a desatenção do visitante, os gols do ABC saíram em escala industrial. Marcos Aurélio marcou um gol e acertou a trave três vezes, sendo um pingo de lucidez num mar de ostracismo técnico.
Em relação à marcação, em nenhum momento o esquema com três volantes deu certo. Pior. Fábio Bahia, que entrara no lugar do prata da casa Welton, nulo em campo, ainda foi expulso de forma infantil.
No fim, a certeza de muito trabalho para Neco. Sim, o interino foi efetivado como o técnico para o restante da Série B minutos antes da entrada no gramado.
Opção do presidente Luciano Bivar, que havia se queixado publicamente de Martelotte, por este não concordar com as suas “sugestões” na escalação. Supondo que isso tenha ocorrido já nesta partida, a comissão técnica Neco/Bivar começou da pior forma possível…
Os estádios Luiz Lacerda, em Caruaru, e Presidente Vargas, em Campina Grande, têm alguns pontos em comum. Ambos alvinegros e localizados nas duas tradicionais capitais nordestinas do forró.
Porém, ao entrar nesses locais o torcedor se depara com mais um detalhe, de viés histórico, na mesma mensagem pintada de uma ponta a outra.
“Campeão brasileiro Série B – 1986”
Central e Treze. Os primeiros campeões nacionais de seus estados?
Curiosamente, Patativa e Galo não disputam a posse do mesmo título, até porque Criciúma e Inter de Limeira também entrariam na disputa.
Na verdade, os quatro clubes pleiteiam há quase três décadas a oficialização da disputa, num formato bem polêmico. Em 1986, a segundona nacional, até então chamada de Taça de Prata, foi substituída pelo “Torneio Paralelo da CBF”, dividido em quatro chaves, com nove times cada uma.
Os vencedores ascenderam à elite do Brasileirão no mesmo ano – fato comum naqueles tempos. Não houve uma final entre os quatro clubes, que desde então passaram a considerar a conquista, sem disputa pela exclusividade.
Posteriormente, Central e Treze foram incisivos no movimento à parte da falta de reconhecimento da CBF. Pediram autorização às respectivas federações estaduais para pintar em seus estádios o “título brasileiro”. Foram atendidos.
Já a Internacional de Limeira trata a conquista como Série B, mas ressalva a falta da chancela. O Criciúma, por sua vez, também lembra a trajetória em sua página na web, mas como Torneio Paralelo mesmo.