Em Campina Grande, um verdadeiro alçapão esperava os corais. Precisando da vitória a todo custo, o Treze levou o jogo do Amigão, o maior estádio da cidade, para o acanhado PV, com a torcida colada e campo menor. Tentou pressionar, mas esteve num péssimo domingo. Ainda mais com o atento sistema defensivo do Santa Cruz, que não deixou o adversário ter uma mísera oportunidade durante 89 minutos. Só que futebol, como se sabe, dura ao menos 90…
Controlando a partida e ciente dos demais resultados da última rodada do grupo A da terceirona, o tricampeão pernambucano segurava bem empate sem gols, já com a noite caindo na Borborema. Até que, aos 45 do segundo tempo, na base do abafa, Chorão cruzou da direita e Giancarlo cabeceou firme, para o chão, sem chances para o goleiro Tiago Cardoso, 1 x 0.
O gol classificou de forma dramática o alvinegro paraibano, no último instante, e embaralhou toda a classificação. Até mesmo a posição coral, que por muito pouco não perdeu a liderança. A primeira colocação foi retomada logo depois porque o Fortaleza também sofreu um gol no último lance do dia.
Encerrada a dura fase de grupos, a Cobra Coral parte para as quartas de final, a fase decisiva do Brasileiro. Precisará de suas principais peças, ausentes no PV, e da tranquilidade demonstrada em quase toda a apresentação na Paraíba. Está a dois jogos da Série B. Pela frente, os mineiros do Betim. Do interior paraibano para o interior mineiro, mas com uma visível diferença técnica pela frente…
A CBF lançou o seu primeiro aplicativo. O programa grátis, à disposição para iPhones e iPads, terá acompanhamento ao vivo dos resultados dos torneios sob a chancela da entidade, como as Séries A, B, C e D do Brasileirão e a Copa do Brasil, incluindo, claro, a participação dos times pernambucanos.
No menu, opções para classificação, tabela, artilharia etc. Além disso, matérias e vídeos especiais também serão liberados. O programa produzido pela Mowa Sports demanda 6,7 megas de memória nos aparelhos.
Saiba mais detalhes sobre o aplicativo oficial da confederação aqui.
Conheça também outros aplicativos voltados para o futebol pernambucano:
De tão fácil, a missão acabou se tornando ardilosa. Vencer o lanterna e já rebaixado Rio Branco, com 16 derrotas em 18 jogos, levaria o Santa à liderança da Série C. Entraria no G4 atropelando os adversários. Era uma obrigação.
A partida isolada e quase secreta pelo grupo A, nesta quinta-feira, cumprindo uma tabela curiosa da CBF, manteve todas as torcidas envolvidas bem atentas. Mas apenas uma comemorou, a maior de todas.
Em peso e à distância, o povão vibrou com a vitória por 2 x 0, diante de um adversário de pouca técnica, mas motivado pela promessa de malas brancas.
Uma injeção financeira de R$ 100 mil. Nada mal, ainda mais considerando que a renda da partida pra lá distante foi de apenas R$ 830.
Os 127 pagantes presentes no estádio Florestão, no Acre, assistiram in loco aos gols de André Dias e Raul, ainda no primeiro tempo. Foram os “privilegiados” da noite. Literalmente, pois pouquíssimos tiveram a chance de acompanhar o jogo que deixou o tricampeão pernambucano com 31 pontos a duas rodadas do fim.
Não teve transmissão ao vivo via televisão e até mesmo pelo rádio – única mídia disponível à parte da arquibancada – foi complicado, uma vez que os primeiros trinta minutos na AM e FM perderam espaço para a tradicional A Voz do Brasil, programa radiofônico com mais de 70 anos de história.
A ameaça era antiga. Possível desde o primeiro dia do ano, quando entrou em vigor a nova redação da lei sobre o Todos com a Nota. Nela, os bilhetes promocionais aos grandes clubes da capital só seriam liberados mediante acordo para atuar na Arena Pernambuco. O blog já havia alertado (veja aqui).
Até então, consciente da medida impopular, que seria colocar os clubes contra a parede para forçar a adesão, o governo do estado fazia vista grossa. Nesta segunda, o comando tentou executar a regra pela primeira vez. Até porque a conta que precisa ser paga na Arena só faz aumentar…
Surpreendeu ao suspender a reserva de ingressos do TCN para Sport e Santa Cruz – o Náutico, claro, não sofreria qualquer tipo de retaliação, pois já assinou com o consórcio do empreendimento em São Lourenço.
A polêmica durou cerca de duas horas. Até que os ingressos para o próximo jogo envolvendo rubro-negros ou tricolores – no caso, Sport x Joinville – foram liberados. Logo depois, a explicação. A direção leonina cedeu à pressão e aceitou levar dois jogos da atual segunda divisão para a Arena.
Ou seja, a ida do Leão para o estádio da Copa, que poderia ser uma baita atração, acabou sendo viabilizada da forma mais antipática possível. E aí, Sport e Santa erram feio nesta negociação.
Parece faltar a compreensão sobre a ordem de importância do programa. Não é a dupla das multidões que precisa do Todos com a Nota para se manter em atividade. É exatamente o contrário, pois rubro-negros (com 164.439 pessoas cadastradas) e tricolores (101.172) correspondem a 78,55% de todos os inscritos no programa, com 338 mil usuários na região metropolitana.
Suspender os corais e os leoninos significaria, consequentemente, suspender a estrutura do programa, cujo mote é aumentar a arrecadação estatal via ICMS, através das notas fiscais angariadas pelos portadores dos cartões magnéticos do Todos com a Nota. Em 2013, só para o Recife, o repasse do estado do imposto sobre circulação de mercadorias e prestações de serviços (ICMS) já passou de R$ 456 milhões. A contrapartida aos clubes nos últimos quinze campeonatos estaduais foi de R$ 51 milhões.
Atualmente, o Sport tem 8 mil ingressos promocionais à disposição na Segundona, com R$ 13 por cada entrada. Já o Santa Cruz tem direito a 15 mil bilhetes na Terceirona. O governo banca R$ 10 por cada um.
Em caso da manutenção da suspensão, seria inviável ocupar o tobogã da Ilha de outra forma? Inclusive pelo mesmo preço. No Arruda, com 24 mil lugares no anel superior, promoções até por valores mais baixos bancariam todo o setor.
Curiosamente, esta temporada vem marcando um aumento expressivo no quadro sócios dos dois clubes, com 20.788 rubro-negros em dia e 13.658 tricolores, ambos ainda subutilizados nos respectivos borderôs. Ou seja, o público consumidor nos dois rivais é bem considerável.
Na Arena Pernambuco, o bilhete subsidiado, independentemente da divisão nacional, é de R$ 25, bem acima dos valores praticados nos dois clubes. Porém, com quase 40% nas mãos do consórcio, o que causa parte do impasse.
Portanto, o simples fato de ver uma diretoria ceder à pressão em menos de duas horas é o ponto mais estranho de toda a história. Como é possível, com números tão claros, que dirigentes das duas agremiações não saibam a esta altura o poder que têm em mãos? Talvez saibam, mas aí os bastidores realmente comandam as principais decisões, mexendo com o destino de milhares de aficionados…
A vitória teria deixado o Santa Cruz na vice-liderança da Série C. Com o empate sem gols, em casa, o Tricolor acabou fora do G4. Contudo, o time irá cumprir o jogo a menos que tem em relação aos demais. Teoricamente, partida para três pontos. Ou seja, a liderança isolada segue ao alcance.
Apesar de nove times já terem disputado disputado 18 jogos, a rodada deste fim de semana equivaleu à 17ª da tabela. A classificação seguirá assimétrica, com números distintos, até a 22ª rodada.
A 17ª rodada do representante pernambucano 02/10 – Rio Branco x Santa Cruz (19h30)
O futebol nacional foi encerrado na noite deste domingo com a disputa entre Santa Cruz e Sampaio Corrêa. Apesar da transmissão aberta na televisão, o jogo atraiu a maior multidão do estado neste ano, com 38.415 torcedores, superando os 38.211 do primeiro jogo da final estadual (veja aqui).
Em campo, um Santa com bastante disposição, impondo velocidade desde o primeiro instante, sobretudo com o estreante Siloé, compondo a dupla de ataque com André Dias.
O time buscava a vitória para alcançar a vice-liderança da terceirona. A barreira para uma melhor atuação foi a técnica mesmo, com inúmeras tentativas infundadas no ataque.
Acuado, o time maranhense ia dando chutão pra afastar o perigo. Aos poucos, percebendo os espaços nas laterais, a Bolívia Querida começou a assustar. Equilibrou a partida e passou a arriscar de longe. Numa dessas tentativas, Tiago Cardoso fez uma boa defesa.
No segundo tempo, uma partida bem nervosa. Aos 11 minutos, numa cabeçada de Eloir, Tiago Cardoso espalmou, com a bola batendo na trave. Aos 30, do outro lado, André Dias também mandou na trave, também de cabeça.
Apesar do susto no povão nos descontos, o empate em 0 x 0 acabou mantido, deixando o tricampeão pernambucano na 5ª colocação. Quebrou a sequência de vitória e embolou ainda mais o grupo A da Série C…
A influência dos clubes de futebol do Rio de Janeiro é enorme na Paraíba. A ponto de atrapalhar o desenvolvimento dos times locais, limitando o tamanho das torcidas.
O Flamengo, clube de maior torcida no estado vizinho, volta e meia ocupa as manchetes paraibanas. Internet, impresso, televisão.
Vasco, Fluminense e Botafogo também têm espaço. A disputa para Botafogo, em João Pessoa, Treze e Campinense, ambos em Campina Grande, torna-se acirrada.
Em 19 de agosto, por exemplo, o Correio da Paraíba trouxe a manchete de duplo sentido, “Botafogo na ponta”. Na verdade, o peso era mesmo para o alvinegro paraibano, líder na Série D, e o carioca na A.
Agora, em 23 de setembro, uma manchete exclusiva ao “Belo”, que conquistou o acesso à terceirona. E que esse destaque na imprensa se torne corriqueiro por lá, até porque o futebol paraibano está querendo reagir, com um 2013 já histórico.
Campinense, o campeão da Copa do Nordeste.
Botafogo, garantido na Série C de 2014.
Treze, líder da terceira divisão nacional.
O Treze, aquele mesmo goleado pelo Santa Cruz na última rodada do primeiro turno, assumiu a liderança do grupo A da terceirona. Já o Tricolor, que venceu pela segunda vez fora de casa, no domingo, voltou ao G4, a zona de classificação à fase decisiva da competição, em busca do acesso à Série B.
Apesar de seis times já terem disputado disputado 17 jogos, a rodada deste fim de semana equivaleu à 16ª da tabela. A classificação seguirá assimétrica, com números distintos, até a 22ª rodada.
A 17ª rodada do representante pernambucano 29/09 – Santa Cruz x Sampaio Corrêa (16h)
Em qualquer conta coral, o Santa Cruz teria que vencer dois jogos longe do Arruda para alcançar a duríssima classificação às quartas de final da terceira divisão. Essas duas partidas seriam impreterivelmente contra Baraúnas e Rio Branco, com péssimas campanhas e virtualmente rebaixados.
Sim, aquele mesmo Baraúnas que havia vencido o Tricolor no Recife. O resultado foi tratado como surpresa e, sem falsa modéstia, teria mesmo que ser assim. Era preciso se impor no Rio Grande do Norte, mas não em Mossoró.
Em Goianinha, no caminho para Pipa, os corais se sentiram em casa neste domingo, com a torcida tomando conta do acanhado estádio, com 2.533 pagantes. Até mesmo porque esse foi o objetivo do mandante, querendo faturar em cima do povão. Faturou só a bilheteria R$ 68 mil, porque os três pontos vieram mesmo para o Arruda. O suado 3 x 1 foi um resultado importantíssimo, recolocando o tricampeão pernambucano no G4.
André Dias abriu o placar logo aos 6 minutos. Com a vantagem, o time recuou e acabou sofrendo o empate aos 42 minutos, através de Índio. No minuto seguinte, os corais ainda acertaram a trave.
O segundo tempo foi um sofrimento só. Chances perdidas, bola na trave, defesaça do goleiro etc. Até que Raul cabeceou para as redes aos 21 minutos. Sem trocadilho, Luciano Sorriso alegrou de vez a torcida aos 46 minutos, garantindo uma boa volta na BR-101.
Copeiro, o Salgueiro voltou a orgulhar todo o estado, ao vencer o Plácido de Castro por 3 x 1, neste domingo, se garantindo na semifinal da quarta divisão e já classificado à terceirona de 2014. Fez história, mais uma vez.
No próximo ano, o Carcará disputará o Campeonato Brasileiro em uma divisão diferente pela 5ª vez seguida. Desde 2010, se alterna entre as séries D, C e B.
Nesta tarde, no estádio Cornélio de Barros, o clube sertanejo conseguiu o 12º acesso de um representante local no Brasileirão, contabilizando todas as divisões.
O sistema de acesso e descenso foi implantado no futebol nacional em 1988. Levando em conta as quatro divisões, confira quais times pernambucanos já subiram de série, desconsiderando o tapetão.
1988 – Náutico (Série B)
1990 – Sport (Série B)
1992 – Santa Cruz (Série B)
1999 – Santa Cruz (Série B)
2005 – Santa Cruz (Série B)
2006 – Sport e Náutico (ambos à Série B)
2010 – Salgueiro (Série C)
2011 – Náutico e Sport (ambos à Série B) e Santa Cruz (Série D)
2013 – Salgueiro (Série D)