A gravação do podcast 45 minutos teve mais de 2h30, debatendo o futebol pernambucano com as pautas em destaque na semana. Começamos com o Santa, que nesta semana vai à Colômbia jogar pela Sul-Americana. Poupando João Paulo e Keno, Doriva sinaliza um time misto. Com o time afundado no Brasileiro, foi mesmo uma boa decisão? Argumentamos prós e contras. Em seguida, o trabalho de Oswaldo no Sport, com 14 derrotas em 30 jogos e escalações controversas. Seguindo com a chance final do Náutico, baseada no rendimento do meio com Marco Antônio, Renan e Vinícius. Além disso, outros temas no trio, classificação das Séries A e B, quartas da C e decisão na D.
Confira um infográfico com a pauta completa clicando aqui.
Estou neste podcast ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
As taças das principais competições organizadas pela CBF ganharam detalhes dourados na repaginação feita entre 2013 e 2015. Os modelos do Brasileirão e da Copa do Brasil influenciaram em quase todas as peças, doze ao todo. Antes, exceção feita à Copa do Nordeste, todos eram prateados. A gradativa mudança começou com o mata-mata nacional, substituindo o modelo adotado durante cinco anos. Em 2014 foi a vez de mudar os objetos de desejo das Séries A e B.
A antiga taça do Brasileirão vigorou de 1993 a 2013, enquanto na Segundona era a mesma desde 2002. Agora, ambas têm o nome da patrocinadora, a Chevrolet. O agressivo marketing se deve ao naming rights com a montadora, com vínculo até 2017. Logo, caso não seja renovado, um novo troféu será instituído. Em 2015, mais três mudanças, nas Série C e D e no Nordestão. As últimas duas divisões seguiram o topo da casta, com a bola dourada em destaque.
A Lampions foi a única que manteve o design. A mudança, sutil, foi o acréscimo de dois anéis, simbolizando a entrada dos estados do Piauí e do Maranhão, enfim incorporados na disputa. Outras competições surgiram no período, como a Copa de Verde, em 2014, e as categorias júnior e juvenil do Brasileiro e da Copa do Brasil – no Sub 20, as taças lembram as versões profissionais. Espaço também para os dois torneios nacionais femininos, na categoria adulta.
Entre as doze taças, qual é a mais bonita? E a mais feia?
Acima, Séries A, B, C e D, Copa do Brasil e Nordestão. Abaixo, Copa Verde, Brasileiro Sub 20, C. do Brasil Sub 20 e 17, Brasileiro e C. do Brasil feminina.
Relembre as versões anteriores das taças das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste clicando aqui.
O América não enfrentava os grandes clubes do Recife desde 2012. Classificado ao hexagonal do título, o Mequinha reviverá velhos clássicos do futebol pernambucano, na época em que era considerado um dos grandes, justificando os seis títulos em sua galeria na Estrada da Arraial. Tendo como principal nome o atacante Carlinhos Bala, que já defendeu Santa, Sport e Náutico, o Alviverde festejou a classificação em Pesqueira, com os jogadores segurando calendários para uma foto. Datas asseguradas, literalmente. Afinal, o time jogará a Série D no segundo semestre, em 2016 e em 2017. Antes, tem o Estadual pela frente, com seis confrontos de farta história.
Desde a pioneira edição do Pernambucano em 1915, na condição de co-fundador da liga sportiva, o América enfrentou o Trio de Ferro em 899 oportunidades, segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro. Venceu 168 vezes, ou 18,68% jogos. Nada mal para quem não é campeão há 72 anos…
Clássico da Amizade – América x Santa Cruz 313 jogos 195 vitórias tricolores (62,30%) 54 empates (17,25%) 63 vitórias alviverdes (20,12%) 1 resultado desconhecido (0,31%)
Primeiro jogo: Santa Cruz 4 x 0 América (10/10/1915, Campina do Derby) Último jogo: Santa Cruz 5 x 0 América (08/04/2012, Arruda)
Clássico da Técnica e da Disciplina – América x Náutico 296 jogos 185 vitórias alvirrubras (62,50%) 57 empates (19,25%) 54 vitórias alviverdes (18,24%)
Primeiro jogo: Náutico 0 x 6 América (15/08/1916, British Club) Último jogo: América 2 x 2 Náutico (29/02/2012, Ademir Cunha)
Clássico dos Campeões – América x Sport 290 jogos 194 vitórias rubro-negras (66,89%) 43 empates (14,82%) 51 vitórias alviverdes (17,58%) 2 resultados desconhecidos (0,68%)
Primeiro jogo: Sport 2 x 3 América (09/04/1916, British Club) Último jogo: América 2 x 4 Sport (10/03/2012, Ademir Cunha)
Devido a um ajuste no calendário da CBF, todos os campeonatos estaduais de 2016 classificaram os clubes duas edições seguidas da Série D, 2016 e 2017. A partir do próximo ano, a classificação valerá somente para o ano seguinte, a partir de 2018, claro. Assim, melhor para Central e América, que garantiram duas tentativas de ascender à Terceirona. Enquanto a Patativa chegou a 33 participações nacionais, sendo a sexta na quarta divisão, o Mequinha chegou a 6, sendo a primeira em 25 anos! Não disputava o Brasileiro desde a Série B de 1991, quando foi 59º lugar num torneio com 64 equipes.
Classificados ao hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016, os dois times completaram o ciclo de participações nacionais do estado na temporada. Confira, então, a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Ao todo, os 20 times que já representaram o estado disputaram 304 edições de oito competições diferentes desde 1959, na criação da Taça Brasil.
Representantes em 2016 Série A – Sport e Santa Série B – Náutico Série C – Salgueiro
Série D – Central e América Copa do Brasil – Santa, Salgueiro, Sport e Náutico
Náutico – 76 participações de 1961 a 2016
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)
21 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
19 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)
Sport – 73 participações de 1959 a 2016
Brasileirão (38)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
35 – Série A (campeão em 1987)
22 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)
Santa Cruz – 71 participações de 1960 a 2016
Brasileirão (24)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
21 – Série A (4º em 1975)
22 – Copa do Brasil (11º em 1997)
19 – Série B (vice em 1999, 2005 e 2015)
3 – Série C (campeão em 2013)
3 – Série D (vice em 2011)
Central – 33 participações de 1972 a 2016
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
6 – Série D (12º em 2009)
Salgueiro – 12 participações de 2008 a 2016
3 – Copa do Brasil (13º em 2013)
1 – Série B (19º em 2011)
7 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (4º em 2013)
Porto – 11 participações de 1994 a 2014
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
2 – Série D (18º em 2014)
América – 6 participações de 1972 a 2016
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)
1 – Série D (2016, a disputar)
Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)
Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)
Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991 1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)
Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)
Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)
Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)
Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)
Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)
Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)
Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)
Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)
Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)
Serra Talhada – 1 participação em 2015
1 – Série D (25º em 2015)
A saga coral de uma década indo ao fundo do poço e ressurgindo para o futebol, com o retorno à elite, é mesmo digna de filme. Nenhum clube do país superou tamanho calvário. E essa história será contada em um filme oficial do Santa.
Produzido pela TV Coral, com entrevistas com jogadores (Grafite com relatos da estreia, João Paulo emocionado, Lelê, Aquino, Daniel Costa…), integrantes da comissão técnica e outros personagens decisivos para o acesso, o vídeo tem a premissa de contar a história a partir dos bastidores do clube. Conversas de vestiário. Por enquanto, um vídeo de seis minutos com alguns trechos. Segundo o clube, o torcedor deve “aguardar fortes emoções para o seu coração tricolor”.
O filme deve ser lançado ainda em 2016, em DVD, como produto oficial.
Apesar da 6ª colocação na Série A, o Sport subiu apenas uma colocação na lista, figurando em 19º lugar. Melhor rankeado entre os pernambucanos, o Leão por pouco não liderou entre os nordestinos, ficando a 126 pontos do Bahia, que se manteve na ponta pelo segundo ano seguido. A título de curiosidade, os pontos obtidos na Copa do Brasil de 2008 não contam mais para o Leão, pois o título aconteceu há sete anos, já fora do alcance da lista atual. O Náutico, que ficou a um triz do acesso, também ganhou uma posição, se mantendo entre os cinco da região. Contudo, a pontuação atual (6.139) é a menor do clube.
Não foi diferente com o Santa Cruz, também subindo um degrau. Vice-campeão da Segundona, o clube foi do 36º para o 35º – a sua melhor posição, que ainda reflete a passagem na quarta divisão. Ao trio, pesou contra a baixa pontuação na Copa do Brasil de 2015 – o Ceará, por exemplo, fez má campanha na Série B, mas somou 1.000 pontos por ter chegado às oitavas da copa nacional.
Outros seis clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts). Ao todo, são 223 clubes na lista organizada pelo departamento de competições da CBF.
Os quatro títulos estaduais nos últimos cinco anos sacudiram a autoestima, mas sair do limbo nacional era questão de honra para um clube tão grande, tão tradicional, tão querido. A cada acesso conquistado no campo, legitimamente, uma letra erguida pelo povão simbolizando novos ares no futebol.
Treze, Betim e Mogi entraram às avessas na vida do Santa. Do nervosismo diante de 59 mil pessoas contra os paraibanos, quando o calvário começou a acabar. No gol de Caça-Rato, ao vivo para todo o Brasil, dando ao clube a decência de um calendário completo. Por fim, a goleada em Itu, com 1.400 tricolores presentes e outros tantos torcendo de longe. Juntas, as três letras têm um significado único.
Em 2015, os principais campeonatos de futebol ao alcance dos brasileiros contaram com placas estáticas com os nomes dos torneios bem no centro do campo. Ladeadas pelos prismas publicitários, naturalmente. Em Pernambuco, sem contrato de naming rights nesta temporada, os painéis de LED na lateral do gramado, de frente para as cabines de televisão, focaram marcas exclusivas com revezamento de 30 segundos.
Apenas dois torneios não têm uma empresa atrelada à denominação oficial: Série D e Sul-Americana. No caso da Sula, não houve a renovação com a Total, companhia francesa de petróleo. As parcerias atuais, através de agências de marketing esportivo, são as seguintes: Libertadores/Bridgestone, Série A/Chevrolet, Copa do Brasil/Sadia, Série B/Chevrolet e Série C/Caixa.
As reproduções abaixo contemplam emissoras em sinal aberto, sinal fechado e digital, com Globo, Band, Rede TV, Sportv, Esporte Interativo e TV Criativa. Com a transmissão e a reprodução dos jogos, com compartilhamento voluntário do público, a marca de um campeonato demanda a autopromoção…
Taça Libertadores da América (Cruzeiro 0 x 3 River Plate, Sportv)
Copa Sul-Americana (Sport 4 x 1 Bahia, Fox Sports)
Série A (Sport 2 x 0 São Paulo, Band)
Copa do Brasil (Flamengo 0 x 1 Vasco, Globo)
Série B (Náutico 2 x 1 Santa Cruz, Rede TV)
Série C (Botafogo-PB 2 x 2 Fortaleza, Esporte Interativo)
O departamento de competições da CBF vem executando, desde 2013, uma gradativa repaginação dos troféus oficiais dos campeonatos nacionais organizados pela entidade. Começou com a Copa do Brasil, substituindo um modelo adotado durante cinco anos. Em 2014 foi a vez de mudar os objetos de desejo das Séries A e B. No Brasileirão, a antiga taça vigorou de 1993 a 2013, enquanto na Segundona o troféu era o mesmo desde 2002. Agora, as peças têm até o nome da patrocinadora, a Chevrolet, gravado nas bases.
A medida extrema de marketing no Campeonato Brasileiro se deve ao acordo de naming rights com a montadora, com vínculo até 2017. Ou seja, caso não seja renovado, certamente um novo troféu será elaborado. Já as duas divisões mais baixas, C e D, ainda não foram contempladas com acordos mais robustos, mantendo as peças em vigor, com ajustes mínimos, na cor. Em 2011, os dois troféus ganharam um tom prateado. À parte dos torneios profissionais, a disputa mais importante na base é a do Brasileiro Sub 20, chancelado pela confederação em 2015, com um troféu inspirado na categoria principal. Antes, o torneio era disputado no Rio Grande do Sul, organizado pela federação gaúcha.
Você concorda com as mudanças nos troféus? Qual é o mais bonito?
Acima, os novos troféus. Abaixo, os antigos. Pela ordem, da esquerda para direita: no alto, Série A, Copa do Brasil e Série B; embaixo, Série C, Série D e Brasileiro Sub 20.
A Série D foi criada em 2009. Lá, o Central sofre há tempos. Já está na quinta participação, sempre sonhando com um calendário mais digno, a partir da terceira divisão do futebol nacional, com ao menos 18 jogos no segundo semestre. Em 2015, chega ao mata-mata pela quarta vez. Para conquistar o acesso, será preciso superar mais duas fases, alcançando a semifinal. No drama da Patativa, a história sempre terminou nas oitavas de final.
O drama da Patativa nas oitavas de final 2009 – Alecrim (0 x 2 e 1 x 0) 2013 – Botafogo-PB (3 x 1 e 1 x 3, saindo nos pênaltis) 2014 – Confiança (0 x 1 e 1 x 1) 2015 – Lajeadense (?)
A viagem até Lajeado, no interior gaúcho, terá 2.889 km, uma das mais longas da história alvinegra, sem dúvida. Lá, o confronto começará em 27 de setembro, com o jogo em Caruaru no domingo seguinte. O Central passou de fase como líder do grupo A4, com a quinta melhor campanha geral: cinco vitórias, um empate e duas derrotas. Na última rodada, goleou o já eliminado Serrano por 3 x 0, no Lacerdão, com gols de Candinho e Viola (2), e se beneficiou da derrota do Estanciano para o Treze, com a liderança caindo no colo.
Caso passe da Lajeadense, irá pela primeira vez ao “mata-mata do acesso”. E nas quartas não há chaveamento prévio. Os oito classificados serão encaixados pelas campanhas gerais (1º x 8º, 2º x 7º etc). Até hoje, o único acesso do Central foi em 1986, quando venceu seu grupo no Torneio Paralelo e disputou a Série A do mesmo ano. Está na hora de a Patativa voar de novo, para longe…