O Ibope atualizou o levantamento com os clubes mais populares do Brasil nas redes sociais, com um enorme crescimento da Chapecoense, que pulou do 24º para o 7º lugar, com milhares de torcedores de outros clubes seguindo o alviverde após a tragédia na Colômbia. Neste contexto, a Chape deixou para trás clubes como Vasco, Cruzeiro e Galo, com torcidas bem maiores – por baixo, 10x mais, segundo pesquisas tradicionais do próprio Ibope.
Com dados colhidos no dia 15 de dezembro, o quadro traz quatro plataformas: facebook (a mais popular entre os clubes de futebol), twitter (a mais usada para notícias), instagram (imagens) e youtube (vídeos). O critério do levantamento, divulgado pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, obviamente leva em conta somente as páginas oficiais – que não necessariamente são as mais numerosas. Para a lista de 35 clubes foram incluídos as 20 equipes presentes na Série A de 2016, além dos 15 clubes com as maiores bases digitais nas Séries B e C. Focando no futebol nordestino, o blog listou os clubes com mais torcedores/curtidores em cada plataforma.
Líder na região e agora 13º no país (também ultrapassado pela Chape), o Sport tem 171 mil seguidores a mais que o Bahia, que, por sua vez, ainda lidera no canal principal, o facebook. O rubro-negro aparece à frente no twitter e no instagram, com o tricolor baiano voltando à dianteira no youtube, numa briga apertada, que ainda tem o Santa, via TV Coral. Já o Náutico, apesar da reformulação em suas redes, aparece estagnado, atrás até da dupla de Natal.
Os 10 nordestinos com mais usuários nas redes sociais* 1º) Sport (2.461.815) 2º) Bahia (2.290.381) 3º) Vitória (1.424.038) 4º) Ceará (965.295) 5º) Fortaleza (800.373) 6º) Santa Cruz (790.990) 7º) América-RN (368.339) 8º) ABC (346.894) 9º) Náutico (328.603) 10º) Sampaio Corrêa (222.541)
Top 5 do NE no facebook* 1º) Bahia (1.090.570) 2º) Sport (1.038.921) 3º) Ceará (639.027) 4º) Fortaleza (575.979) 5º) Santa Cruz (562.977)
Top 5 do NE no twitter* 1º) Sport (1.191.359) 2º) Bahia (1.056.789) 3º) Vitória (926.261) 4º) Ceará (191.054) 5º) Fortaleza (118.998)
Top 5 do NE no instagram* 1º) Sport (214.330) 2º) Ceará (125.923) 3º) Bahia (124.098) 4º) Vitória (110.247) 5º) Santa Cruz (100.416)
Top 5 do NE no youtube* 1º) Bahia (18.924) 2º) Sport (17.205) 3º) Santa Cruz (17.125) 4º) Ceará (9.291) 5º) Fortaleza (8.570)
* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
Confira o levantamento anterior, de 19 de setembro, clicando aqui.
Pelo segundo ano seguido, Pernambuco se mantém em 7º lugar no Ranking da CBF, somando os pontos de todos os dez representantes locais nos torneios nacionais das últimas cinco temporadas. O estado é líder absoluto na região, no período de 2012 a 2016, com Bahia e Ceará, nesta ordem, na sequência. Já no cenário geral, para evoluir será preciso um esforço coletivo enorme. Hoje, são quase sete mil pontos em relação ao Paraná, que em 2017 terá dois clubes no Campeonato Brasileiro, o que já torna-se quase irreal a possibilidade de ultrapassagem – dependeria de uma grande campanha local na Copa do Brasil.
Percentual dos clubes na pontuação do estado em 2016: Sport – 8.019 (34,13%) Santa Cruz – 5.730 (24,39%) Náutico – 5.401 (22,99%) Salgueiro – 2.461 (10,47%) Central – 789 (3,35%) Serra Talhada – 459 (1,95%) América – 255 (1,08%) Porto – 171 (0,72%) Ypiranga – 153 (0,65%) Petrolina – 51 (0,21%)
Vale lembrar que a colocação da federação estadual, na lista organizada pela confederação brasileira de futebol, influencia diretamente no número de vagas de cada uma tanto na Copa do Brasil quanto na Copa do Nordeste (abaixo). Hoje, Pernambuco tem direito a três participantes nas duas competições.
Copa do Brasil (via estadual) 5 vagas – 1º e 2º (SP e RJ) 4 vagas – do 3º ao 5º (MG, RS e SC) 3 vagas – do 6º ao 14º (PR, PE, GO, BA, CE, RN, PA, AL e MT) 2 vagas – do 15º ao 22º (PB, MA, SE, DF, PI, AM, AC e MS) 1 vaga – do 23º ao 27º (ES, RO, TO, AP e RR)
Copa do Nordeste (via estadual) 3 vagas – 1º e 2º (PE e BA) 2 vagas – do 3º o 9º (CE, RN, AL, PB, MA, SE e PI)
O situacionista Arnaldo Barros venceu com folga Wanderson Lacerda (61% x 38%) e irá comandar o o Sport no biênio 2017-2018. O dirigente, que acumulava a vice-presidência executiva e de futebol, terá um orçamento superior a R$ 200 milhões, somando as duas próximas temporadas – no ano vigente, o último de Martorelli, a projeção orçamentária já passa de R$ 113 mi. Nunca se viu tanto dinheiro na Ilha do Retiro, o que aumenta bastante a responsabilidade do advogado, que terá no futebol (com seguidas falhas em 2016) o carro-chefe desta administração, que larga na primeira divisão e com dois anos sem títulos.
Faturamento anual do Sport: 2011 – R$ 46.875.544 2012 – R$ 79.807.538 (+70,2%) 2013 – R$ 51.428.086 (-35,5%) 2014 – R$ 60.797.294 (+18,2%) 2015 – R$ 87.649.465 (+44,1%) 2016 – R$ 113.000.000* (+28,9%) * Projeção (o balanço oficial sai em abril de 2017)
Como mote de campanha, a prioridade na Copa do Nordeste e na Sula (que começará no primeiro semestre), em detrimento do Estadual, onde deve jogar no hexagonal com um time mesclado. Tal cenário rendeu uma nota oficial da FPF, sob revolta. Essa visão, que contrapôs o adversário na eleição, acabou referendada pelos sócios contribuintes, responsáveis pela maior vantagem – antes, na apuração com patrimoniais, diferença era menor, 55% x 45%.
Sobre a eleição, que reuniu ex-presidentes nas chapas (com Gustavo Dubeux e Homero Lacerda no lado vencedor), o pleito já está na história. Registrou, com sobras, a maior votação entre clubes pernambucanos. Na verdade, o rubro-negro já detinha as cinco maiores votações, num reflexo da política do clube, com seguidos bate-chapas (este foi o 6º!). Considerando os 16,5 mil sócios aptos para o pleito de 2016, a participação do quadro social chegou a 24,6%.
Os bate-chapas com mais votos em Pernambuco: 1º) 4.063 – Sport (2016, Arnaldo Barros eleito com 2.509, ou 61,7%)
2º) 3.456 – Sport (2008, Silvio Guimarães eleito com 2.614, ou 75,6%) 3º) 3.441 – Sport (2012, Luciano Bivar eleito com 1.971, ou 57,2%) 4º) 2.997 – Sport (1974, Jarbas Guimarães eleito com 2.308, ou 76,6%) 5º) 2.816 – Sport (2000**, Luciano Bivar eleito com 1.805, ou 64,0%) 6º) 2.403 – Sport (1978, José Moura eleito com 2.091, ou 87,01%) 7º) 2.224 – Sport (1986*, Homero Lacerda eleito com 1.381, ou 62,0%) 8º) 2.146 – Náutico (2013*, Glauber Vasconcelos eleito com 1.575, ou 73,3%) 9º) 1.957 – Sport (2010, Gustavo Dubeux eleito com 1.922, ou 98,2%) 10º) 1.818 – Sport (2014, João Humberto Martorelli eleito com 1.542, ou 84,8%) 11º) 1.817 – Sport (2006, Milton Bivar eleito com 1.560, ou 85,8%) 12º) 1.787 – Santa Cruz (2012, Antônio Luiz Neto eleito com 1.636, ou 91,5%) 13º) 1.696 – Sport (2002, Severino Otávio eleito com 1.478, ou 87,1%) 14º) 1.632 – Náutico (2011, Paulo Wanderley eleito com 1.139, ou 69,7%) 15º) 1.544 – Náutico (2015*, Marcos Freitas eleito com 777, ou 50,3%) 16º) 1.435 – Santa Cruz (2010, Antônio Luiz Neto eleito com 1.134, ou 79,0%) 17º) 1.405 – Santa Cruz (2006*, Edson Nogueira eleito com 731, ou 52,0%) 18º) 1.387 – Santa Cruz (1975, José Nivaldo venceu com 1.195, ou 86,1%) 19º) 1.337 – Santa Cruz (2004, Romerito Jatobá eleito com 895, ou 66,9%) * Vitória da oposição ** Desconsiderando os 719 votos impugnados judicialmente (3.548 ao todo)
O calendário de jogos oficiais será farto no Recife na temporada 2017. Com o Trio de Ferro presente no Nordestão, após um breve hiato, o número mínimo de apresentações é o do Náutico, com 55, dado já elevado, com média de um jogo de futebol a cada 5,7 dias, descontando o período de férias e pré-temporada.
No outro extremo, o Sport pode chegar a inacreditáveis 90 jogos. A marca soa irreal, pois teria que disputar o título nos quatro torneios com mata-mata previsto. De toda forma, isso representaria uma média de 3,4 dias entre cada partida. No caso tricolor, a pré-classificação às oitavas da Copa do Brasil reduziu a lista em 6 jogos. Entretanto, o clube também foi prejudicado pela decisão da Conmebol, que o tirou da Sula (com o torneio, a sua agenda poderia chegar a 84 partidas).
O calendário de competições oficiais no país, descontando amistosos, prevê 312 dias de ação, de 29 de janeiro (estreia no Campeonato Pernambucano) a 6 de dezembro (decisão da Sul-Americana). Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete clubes pernambucanos inscritos em competições nacionais.
Sport (de 57 a 90 partidas em 2017, em 5 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (28/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série A (14/05 a 03/12) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Copa Sul-Americana (05/04 a 13/12) – de 2 a 12 jogos (até 6 fases)
Total em 2016: 66
Santa Cruz (de 56 a 72 partidas em 2017, em 4 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (29/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série B (13/05 a 25/11) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (26/04 a 12/10) – de 2 a 8 jogos (até 4 fases)
Total em 2016: 73
Náutico (de 55 a 78 partidas em 2017, em 4 torneios) Copa do Nordeste (26/01 a 24/05) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (29/01 a 07/05) – de 10 a 14 jogos (até 3 fases) Série B (13/05 a 25/11) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2016: 54
Salgueiro (de 35 a 58 partidas em 2017, em 3 torneios) Estadual (04/01 a 07/05) – de 16 a 20 jogos (até 4 fases) Série C (07/05 a 15/10) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (08/02 a 12/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
Total em 2016: 42
Central, América e Serra Talhada (de 22 a 36 partidas em 2017, em 2 torneios) Estadual (04/01 a 07/05) – de 16 a 20 jogos (até 4 fases) Série D (04/06 a 17/09) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases)
Total em 2016: 24 (América), 22 (Central), 22 (Serra)
Saiba mais sobre o novo calendário do futebol brasileiro clicando aqui.
Um sorteio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu todos os caminhos da Copa do Brasil de 2017 até a terceira fase (tabela abaixo), com 80 clubes, entre eles Sport, Náutico e Salgueiro, disputando dez vagas. Na quarta fase haverá um novo sorteio para os confrontos, com os cinco classificados compondo as oitavas de final (a quinta fase) com os oito participantes da Libertadores e outros três pré-classificados, Santa Cruz (Nordestão), Paysandu (Copa Verde) e Atlético-GO (Série B). Lembrando que, agora, as duas primeiras fases são disputadas em jogos únicos. Na 1ª fase, mando do pior rankeado e vantagem do empate ao visitante (os três pernambucanos jogam fora). Na 2ª, sorteio de mando e pênaltis como desempate. A partir da 3ª volta o tradicional “ida e volta”.
Confira o chaveamento completo em uma resolução melhor aqui.
Possíveis adversários:
Sport (vice-campeão) 1ª fase – CSA 2ª fase – River-PI ou Sete de Setembro-MS 3ª fase – Ceará, Boavista-RJ, Portuguesa-SP ou Uniclinic-CE
Náutico (3º lugar) 1ª fase – Guarani-CE 2ª fase – Sampaio Corrêa-MA (fora) ou São José-RS (fora) 3ª fase – Internacional-RS, Princesa-AM, Oeste-SP ou Friburguense-RJ
Salgueiro (4º lugar*) 1ª fase – Sinop-MT 2ª fase – Fluminense-RJ ou Globo-RN 3ª fase – Criciúma-SC, Santo André-SP, CRB-AL ou Altos-PI * Ganhou a vaga após o Santa ganhar a pré-classificação às oitavas.
Distâncias aéreas na estreia: 1.843 km – Sinop (Sinop) x Salgueiro (Salgueiro)
498 km – Guarani (Juazeiro do Norte) x Náutico (Recife
200 km – CSA (Maceió) x Sport (Recife)
Em 2016, a estreia local foi trágica. Só o Santa avançou, despachando o Rio Branco-ES. O Náutico parou no modesto Vitória da Conquista, enquanto o Sport optou pela Sula, até então com a obrigação da eliminação precoce na Copa do Brasil, jogando com um time mesclado com juniores contra a Aparecidense. Derrota lá e lô. Já o Salgueiro não foi páreo para a Ferroviária de São Paulo.
Desempenho na 1ª rodada da Copa do Brasil (1989-2016):
Santa Cruz 22 participações 16 classificações (72%) 6 eliminações (última em 2012)
O Campeonato Pernambucano de 2017 começa em 4 de janeiro, mas só agora, faltando 21 dias, todos os doze participantes foram definidos. Após o atraso judicial na segunda divisão local, com vários clubes alegando escalações irregulares em adversários, saíram os dois classificados à elite. E a festa foi toda no Sertão, que torceu de longe por seus representantes, com Afogados e Flamengo de Arcoverde conquistando a classificação nos estádios Ferreira Lima, em Timbaúba, e Gileno de Carli, no Cabo. Com a dupla classificação sertaneja, a região empata com o Grande Recife em número de participantes, o que não ocorria desde 2012. Substitui os agrestinos Porto e Pesqueira.
Número de clubes por mesorregião: 2017 – RMR 4, Sertão 4, Mata 2, Agreste 2 2016 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2015 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2014 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2013 – Agreste 5, RMR 3, Sertão 3, Mata 1 2012 – RMR 4, Agreste 4, Sertão 4, Mata 0 2011 – RMR 5, Agreste 3, Sertão 3, Mata 1 2010 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2009 – RMR 4, Agreste 4, Sertão 3, Mata 1 2008 – Agreste 5, RMR 3, Sertão 3, Mata 1
Os dois finalistas da Série A2 haviam empatado as semifinais em seus domínios, precisando vencer fora de casa. Numa chave que indicaria um participante inédito, Afogados e Timbaúba empataram outra vez em 1 x 1, com o acesso da Coruja arrancado nos pênaltis, 5 x 3. Em mais de um século de bola rolando, a cidade da medalhista olímpica Yane Marques, de 36 mil moradores, finalmente fará parte da 1ª divisão. Já na região metropolitana, a Cabense era a favorita, mas o Fla goleou por 4 x 1. O time, com escudo e uniformes diferentes hoje em dia, volta à elite após 18 anos! Agora, a despedida do futebol local em 2016 será com Afogados x Flamengo, valendo o título, em 18 de dezembro.
A distribuição dos participantes de 2017 por mesorregião:
Grande Recife (4) – América, Náutico, Santa Cruz e Sport Zona da Mata (2) – Atlético (Carpina, a 45 km da capital) e Vitória (50 km) Agreste (2) – Central (Caruaru, 130 km) e Belo Jardim (187 km) Sertão (4) – Flamengo (Arcoverde, 256 km), Afogados da Ingazeira (386 km), Serra Talhada (415 km) e Salgueiro (518 km)
Participações (1915-2017): 103 – Santa Cruz (primeira em 1915) 102 – Náutico (1916) 101 – Sport (1916) 83 – América (1915) 54 – Central (1937) 11 – Salgueiro (2006) 6 – Acadêmica Vitória (2009) e Serra Talhada (2012) 5 – Belo Jardim (2007) e Flamengo (1994) 3 – Atlético Pernambucano (2015) 1 – Afogados (2017)
Confira a tabela da primeira fase do Campeonato Pernambucano clicando aqui.
Postagem atualizada em 16/12, após correção do Sport*
A eleição do Sport visando o biênio 2017-2018 é a maior da história do futebol pernambucano em relação ao número de sócios aptos para votar. O prazo para atualizar a mensalidade leonina expirou em 10 de dezembro, faltando seis para o pleito, e, segundo dados da comissão eleitoral, são 16.500 rubro-negros, com a lista já afixada na sede. Quase duas vezes mais que a eleição anterior.
O número se explica pelo crescimento em 2015, no embalo da campanha na Série A, passando de 8 mil para 27.576 sócios titulares adimplentes, somando todos os planos. E a maioria (59%) se inscreveu em categorias a partir de “contribuinte”, a mínima com direito a voto – lembrando que ainda há 16 mil dependentes, que não podem votar. Na última década, a Ilha do Retiro foi marcada por bate-chapas, tendo pelo menos 20,2% dos sócios presentes. Alcançando o percentual mínimo, a disputa entre Arnaldo Barros e Wanderson Lacerda já chegaria a 3,3 mil votos – o recorde é de 3.548, em 2000.
O colégio eleitoral rubro-negro nos últimos 10 anos: 2016 – 16,5 mil sócios aptos 2014 – 9 mil aptos (1.818 votos, ou 20,2%) 2012 – 12 mil aptos (3.441 votos, ou 28,6%) 2010 – 7 mil aptos (1.957 votos, ou 27,9%) 2008 – 8 mil aptos (3.456 votos, ou 43,2%) 2006 – 8 mil aptos (1.817 votos, ou 22,7%)
* Inicialmente, o Leão divulgou 27,5 mil aptos, porém, no dia da eleição, reduziu para 16,5 mil, excluindo sócios-torcedores e membros há menos de um ano.
Nas coletivas com jogadores, técnicos e dirigentes, a imagem é fechada no rosto do interlocutor, com um painel logo atrás, contendo o escudo do clube e seus patrocinadores. Ao redor, o ambiente específico para a imprensa esportiva, com a sala de entrevistas. Ampliando um pouco a imagem, é possível conferir a infraestrutura à disposição para a cobertura jornalística do futebol, com casos bem distintos. Aqui, exemplos das salas dos três grandes clubes do Recife e do Central de Caruaru, todas repaginadas e climatizadas. Mas, mesmo assim, com algumas pendências nas condições básicas para um nível profissional.
Confira também a estrutura das cabines destinadas à imprensa escrita no Arruda, na Ilha do Retiro e nos Aflitos clicando aqui.
Sport – Sala de Imprensa Carlos Percol (CT José de Andrade Médicis) Demorou para sair, mais de dois anos pós-batismo. O Sport decidiu homenagear o jornalista e torcedor rubro-negro (no mesmo acidente aéreo de Eduardo Campos) em agosto de 2014. Só em dezembro de 2016 a sala ficou pronta, na montagem de dois containers ao lado do campo principal. Climatizado e com wi-fi, o local pode receber até oito jornalistas sentados, à parte das câmeras.
Náutico – Sala de Imprensa Rômulo Capela Pontes (CT Wilson Campos) Nos Aflitos há uma sala de imprensa, hoje em desuso pela falta de jogos no estádio. Assim, a maioria das entrevistas do Alvirrubro ocorre na sala construída no CT, em janeiro de 2012, ao lado do campo principal. Lá, há um espaço para as câmeras de televisão, com sistema de iluminação especial. O clube, claro, também utiliza o centro de imprensa da Arena Pernambuco.
Santa Cruz – Sala de Imprensa Alexandre Severo (Arruda) O Tricolor foi o primeiro a disponibilizar mesas para os repórteres, em maio de 2015. A estrutura é necessária, tamanha a quantidade de laptops nas coberturas. Todas as mesas têm saída de energia para os equipamentos. Contudo, não há sistema de áudio na mesa do entrevistado – ruim para a gravação nas rádios e tevês. A sala fica embaixo das cadeiras do Mundão.
Sport – Sala de Imprensa Haroldo Praça (Ilha do Retiro) Inaugurada em novembro de 2001, a sala é a única entre os clubes locais a possuir um painel digital para expor os patrocinadores (desde novembro de 2012), em vez de um banner na parede. Porém, o espaço, localizado embaixo da geral do placar, é apertado para o trabalho da imprensa, sobretudo a escrita. Também não há nivelamento para as câmeras de televisão.
Central – Sala de imprensa Severino de Souza Pepeu (Lacerdão) Mesmo num tamanho reduzido em relação ao trio da capital, a sala do estádio alvinegro segue o padrão dos principais clubes, de forma customizada, com telão para os patrocinadores, espaço exclusivo para radialistas e painel sobre o clube (uma foto ampla do estádio). O espaço, inaugurado em agosto de 2011, ocupa uma das salas embaixo do tobogã do estádio Luiz Lacerda.
De 1959 a 2016 foram realizadas 60 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF. Na conta, a Série A (1971-2016), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.
Abaixo, o blog fez uma compilação dos 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking histórico, a vitória valeu três pontos em todos os jogos (oficialmente, no país, começou em 1995).
A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), subindo para o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa acabou figurando em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, incluindo Sport e Santa. Foram 32 regulamentos diferentes até 2003, quando foi implantado o sistema de pontos corridos. No fim dos anos 1980, Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).
As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A): 1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96) 2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08) 3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01) 4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77) 5º) Náutico (1) – 6º (84) 5º) Ceará (1) – 7º (85)
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD (precursora da CBF) para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho (pontos e campanhas) foi do Bahia, o pioneiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.
A melhor colocação nordestina (Robertão): Bahia (2) – 11º (69/70)
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 14 edições, até 2016, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.
As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos): 1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08) 2º) Sport (1) – 6º (15)
Como ocorreu na temporada anterior, o blog traz a avaliação do Transfermarkt após a conclusão das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro. Os 40 elencos finalização a edição de 2016 valendo 1,058 bilhão de euros, segundo a moeda utilizada nos levantamentos do site alemão, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A grande mudança em relação ao início do campeonato foi, sem dúvida alguma, na Chapecoense, vítima de uma tragédia.
Com o acidente aéreo na Colômbia, com 71 mortos, incluindo 19 jogadores, o time catarinense acabou listando apenas 15 atletas (entre reservas e juniores), com €7,65 mi. Há sete meses a projeção era de 21,2 milhões. Campeão da Série A, o Palmeiras viu o seu plantel valorizar de 72 mi para 80 milhões de euros, com o São Paulo, líder em maio, antes de o campeonato começar, despencando de 78 mi para 68 mi. O cálculo sobre os direitos econômicos de cada atleta é feito a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente.
Entre os pernambucanos, algumas projeções polêmicas. O Santa Cruz, apesar do descenso, acabou tendo uma esperada valorização do elenco justamente por causa da presença (lastro) na elite – o acesso já havia evoluindo o dado em 92%! Ainda assim, é questionável o aumento estimado a Keno, bem abaixo do mercado (de fato). Passou de 500 mil para 750 mil euros, ficando abaixo de Mazinho (!). No caso do Sport, o valor foi quase o mesmo, mas o clube viu a desvalorização, segundo o Transfermarkt, de seus jogadores mais valorizados: Diego Souza (-500 mil, mesmo sendo artilheiro), Rithely (-500 mil) e Renê (-500 mil). Enquanto isso, na Série B, o Náutico começou e encerrou com o 6º elenco. Porém, chama a atenção o dado de Roni. Apontado como principal nome alvirrubro na campanha, o atacante é apenas o 10º mais caro do clube.
Variação dos pernambucanos, antes da 1ª rodada e após a 38ª rodada: Sport – de 33,8 mi para 33,7 milhões (-100 mil) Santa – de 12,05 mi para 18,4 milhões (+6,35 milhões) Náutico – de 10,95 mi para 11,48 milhões (+530 mil)
Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 13 de dezembro de 2016 (em euros):
Sport (elenco com 33 jogadores: € 33,7 milhões) 1º) 5 milhões – Diego Souza (meia) 2º) 3,5 milhões – Rithely (volante) 3º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo) 4º) 2,0 milhões – Apodi (lateral-direito) 5º) 1,6 milhão – Agenor (goleiro) 6º) 1,5 milhão – Rogério (atacante) 6º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito) 8º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia) 8º) 1,25 milhão – Everton Felipe (atacante) 10º) 1,15 milhão – Paulo Roberto (volante)
Santa Cruz (elenco com 36 jogadores: € 18,4 milhões) 1º) 3 milhões – Pisano (meia) 2º) 800 mil – Mazinho (meia) 3º) 750 mil – Tiago Cardoso (goleiro) 3º) 750 mil – Grafite (atacante) 3º) 750 mil – Keno 3º) 750 mil – Danny Morais (zagueiro) 3º) 750 mil – João Paulo (meia) 3º) 750 mil – Jádson (volante) 3º) 750 mil – Arthur (atacante) 3º) 750 mil – Uillian Correia (volante) 3º) 750 mil – Marion (meia) 3º) 750 mil – Mario Sérgio (lateral-direito) 3º) 750 mil – Wellington (volante)
Náutico (elenco com 30 jogadores: € 11,48 milhões) 1º) 1,5 milhão – Vinícius (meia) 2º) 1,4 milhão – Léo Pereira (zagueiro) 3º) 1,35 milhão – Renan Oliveira (meia) 4º) 750 mil – João Ananias (volante) 4º) 750 mil – Rodrigo Souza (volante) 6º) 600 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo) 6º) 600 mil – Rafael Pereira (zagueiro) 8º) 550 mil – Júlio César (goleiro) 9º) 450 mil – Bérgson (atacante) 10º) 400 mil – Daniel Morais (atacante) 10º) 400 mil – Roni (atacante)
Os 20 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A: