A Conmebol divulgou nesta sexta-feira o seu ranking histórico de clubes, que considera as campanhas em todas as competições já organizadas pela entidade. Ao todo foram listados 16 torneios oficiais desde 1960.
A fórmula adotada é bem simples, considerando o número de jogos disputados, independentemente do resultado, conferindo 1 ou 2 pontos de acordo com o nível do campeonato, e os títulos conquistados, de 10 a 40 por cada troféu. A entidade separa os rankings por país, considerando os seus dez filiados.
Com 41 clubes, o Brasil é o país com mais pontos. São 7.364. O São Paulo mantém a liderança isolada. Impressiona a escalada do Corinthians, que na temporada passada ergueu as taças da Libertadores e do Mundial.
Sport (21º) e Náutico (28º) estão presentes. Garantido na Copa Sul-americana de 2013, o Alvirrubro deverá pular algumas posições. Caso também se classifique à disputa continental, o Leão ganhará no mínimo uma colocação.
Confira a versão completa do ranking da Conmebol aqui.
Agora sim, novamente classificado a um torneio internacional da Conmebol. A Copa Sul-americana desta temporada será a segunda participação da história do Náutico em um torneio além da fronteira brasileira.
Repete o pioneirismo pernambucano na Taça Libertadores da América de 1968. Naquele ano, o Timbu integrou o grupo 5, ao lado de Palmeiras e dos representantes venezuelanos, Deportivo Portugués e Deportivo Galícia.
No campo, o Náutico venceu dois jogos, empatou dois e perdeu outros dois. Teria se classificado à segunda fase da disputa continental. Teria. Um erro inacreditável na compreensão do regulamento eliminou o Alvirrubro.
Na quinta rodada, numa Ilha do Retiro com 7.919 torcedores, o Náutico venceu o Portugués por 3 x 2. Oficialmente, derrota por 1 x 0. Isso porque o time perdeu os pontos por ter feito duas substituições.
O regulamento da Fifa permitia isso. A fórmula da Libertadores também permitia duas mudanças, desde que uma fosse o goleiro. No caso, foram dois jogadores de linha que entraram. Pior, a delegação venezuelana chegou a advertir os alvirrubros, como relata a edição do Diario de Pernambuco na época.
Confira as imagens dos jogos do Timbu na Libertadores, do arquivo do Diario. Nota-se que a produção noturna era um empecilho na época.
21/01 – Náutico 1 x 3 Palmeiras, na Ilha do Retiro, com 8.004 pagantes
27/01 – Deportivo Portugués 1 x 1 Náutico. Ivan Brondi empatou para o Timbu
31/01 – Deportivo Galicia 2 x 1 Náutico. O 2º gol do Galicia foi irregular
11/02 – Náutico 1 x 0 Deportivo Galicia, com 7.302 pessoas. Nino marcou.
14/02 – Náutico 3 x 2 Deportivo Portugués* (0 x 1, o placar oficial)
03/03 – Palmeiras 0 x 0 Náutico. O ponta direita Miruca teve um gol anulado.
Dois jogos contra o Crac de Goiás, derrota lá, empate cá e eliminação.
A vexatória campanha na Copa do Brasil resultou, de forma inversamente proporcional, em um dos grandes objetivos do Náutico nesta temporada.
De forma inédita no estado, o Alvirrubro está classficado à Copa Sul-americana. Foi o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na segunda competição interclubes organizada pela Conmebol.
Em Catalão, revés por 3 x 1. O gol timbu saiu nos acréscimos, dando uma chance real de classificação para a partida de volta, em Rosa e Silva.
Nos Aflitos, na estreia do técnico Silas, o time foi surpreendido e ficou 1 x 1, gols de Jonathan ainda no primeiro tempo e Elton aos 40 da etapa final.
No intervalo, vaias dos 3.026 torcedores. No apito final, mais vaias. Mostraram de certa forma a incrível situação na qual o Náutico se viu obrigado a encarar devido ao ridículo regulamento da CBF para a classificação internacional.
Após a 12ª posição na Série A, era preciso ser eliminado até a terceira fase da Copa do Brasil para ir a Sul-americana. Foi, mas no embalo deixou de ganhar nesta quarta-feira uma premiação de R$ 265 mil por esta primeira fase – valor que poderia se repetir na próxima etapa, contra o Betim.
A classificação teve um sabor estranho. De toda forma, isso agora é página virada e a Sul-americana será apenas no segundo semestre. Para o presente o recado já foi dado nas faixas na arquibancada:
Com quatro competições marcadas, o trio do Recife terá uma agenda apertada em 2013.
Vários jogadores chegarão e outros tantos vão sair até o fim do ano. Considerando o planejamento executado até o momento, opine sobre o trabalho no seu clube.
O calendário dos grandes clubes do estado irá de 41 a 82 partidas oficiais no ano. A montagem do elenco atual será definitiva, com reforços pontuais, ou haverá reviravolta antes do Brasileiro, focado no segundo semestre? Planejamente, antes de tudo.
Náutico – Pernambucano, Copa do Brasil, Série A e Copa Sul-americana (a confirmar).
Mínimo: 65 jogos. Máximo: 80 jogos
Santa Cruz – Copa do Nordeste, Pernambucano, Copa do Brasil e Série C.
Mínimo: 41 jogos. Máximo: 68 jogos
Sport – Copa do Nordeste, Pernambucano, Copa do Brasil e Série B*
Mínimo: 61 jogos. Máximo: 82 jogos
No Estadual jogará mais quem disputar a fase do descenso. Pois é. Se for o Náutico, seriam 26 jogos. Se for às finais, 24. Com Santa e Sport, 18 e 15, respectivamente.
Nordestão: 20 de janeiro a 17 de março – de 6 a 12 datas
Pernambucano: 20 de janeiro a 19 de maio – de 15 a 26 datas
Copa do Brasil: 3 de abril a 27 de novembro – de 2 a 14 datas
Série A: 26 de maio a 8 de dezembro – 38 datas
Série B: 25 de maio a 30 de novembro – 38 datas
Série C: 02 de junho a 24 de novembro – de 18 a 24 datas
Copa Sul-americana: 14 de agosto a 11 de dezembro – de 2 a 10 datas
* O Sport tem chance de participar da Sul-americana. A princípio, irrisória.
O que você está achando da preparação do seu time para o início da temporada 2013?
Entre 1997 e 1999 a Copa do Nordeste teve direito a uma vaga na Copa Conmebol.
Por isso, a expectativa de um lugar na Sul-americana ao campeão regional existiu desde a confirmação da reedição do torneio, no acordo judicial entre Liga do Nordeste e CBF.
Em 2013 a competição voltará à sua plenitude, após os esvaziados 2003 e 2010.
Contudo, não houve tempo hábil para articular junto à Conmebol a oficialização de uma das vagas brasileiras na segunda competição interclubes mais importante do continente.
Não em 2013… Neste ano, o prêmio será apenas em cash, R$ 1 milhão.
Nos bastidores, a vaga internacional ficaria mesmo para 2014. No entanto, há um indício fortíssimo de que essa expectativa do futebol da região já esteja consumada.
No plano comercial da Rede Globo na busca por patrocinadores para a transmissão da Copa do Nordeste, o documento é enfático sobre o futuro do regional (veja aqui).
“O prêmio do vencedor para 2013 será em torno de R$ 1 milhão, enquanto em 2014, além do valor, o vencedor terá vaga na Copa Sul-Americana de mesmo ano.”
Sem especulação, o texto é categórico. Próxima à CBF, a Globo detém os direitos de transmissão do Nordestão pelos próximos cinco anos, num contrato de R$ 200 milhões.
Resta saber, portanto, se esta provável classificação à Sul-americana se tornará a 8ª vaga brasileira ou se a Conmebol dará à CBF o direito de inscrever um 9º clube.
No âmbito nacional, são escassas as conquistas do futebol do Nordeste na elite.
Nas 83 competições organizadas até hoje, foram apenas quatro títulos. Contudo, no cenário internacional o desempenho é ainda mais modesto…
Nos mais de cinquenta anos de torneios oficiais da Conmebol, os clubes da região só estiveram presentes em 16 oportunidades. Ao todo, oito clubes.
Até hoje, apenas uma final no currículo. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA alcançou a decisão contra os argentinos do Talleres.
O time alagoano se aproveitou da vaga aberta ao campeão da Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, vencedor daquela temporada, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou.
Considerando os três torneios sul-americanos com vagas direcionadas por critério técnico, o recorde de participações não passa de quatro edições, com a dupla Ba-Vi.
Por mais que a Libertadores continue sendo o sonho de consumo, é inegável o foco na Copa Sul-americana, até mesmo pelo número de vagas para os brasileiros, oito.
Em 2013, o Náutico já tem assegurada a vaga virtual. Resta confirmá-la na Copa do Brasil. Bahia, Vitória e até o rebaixado Sport também correm por fora.
Será possível ver em um futuro não tão distante algum time da região no topo da Sul-americana? Até lá, é preciso ao menos encarar a disputa com seriedade, como uma grande oportunidade de visibilidade, que mexe com a autoestima do torcedor.
Avançar algumas fases, ganhando cancha no exterior, é a primeira tarefa. Das 16 participações, em 10 os clubes locais ficaram logo na primeira etapa…
Taça Libertadores da América
1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos)
1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos)
2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos)
Copa Conmebol
1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos)
1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos)
1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos)
Copa Sul-americana
2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos)
2010 – Vitória (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2011 – Ceará (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2012 – Bahia (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
Participações internacionais
4 – Bahia e Vitória, 2 – Sport e Ceará, 1 – Náutico, Sampaio Corrêa, América-RN e CSA
Mais jogos oficiais
16 partidas – Bahia, 14 – Sport, 12 – Vitória, 8 – CSA, 6 – Náutico e Sampaio Corrêa, 4 – Ceará, 2 – América-RN
Em um Morumbi repleto, o São Paulo conquistou a Copa Sul-americana pela primeira vez em sua gloriosa história, na noite desta quarta.
Venceu o fraquíssimo Tigre, que em campo só para dar botinadas. O time argentino, com um revés de 2 x0 no placar, nem voltou para o segundo tempo.
A taça continental completou um ciclo raro no futebol do país. A temporada de 2012 ficará marcada por títulos oficiais dos quatro grandes clubes do estado de São Paulo.
Santos, campeão paulista e da Recopa.
Palmeiras, campeão da Copa do Brasil.
São Paulo, campeão da Copa Sul-americana.
Corinthians, campeão da Libertadores, e com a final do Mundial pela frente.
Esse fato só havia acontecido uma vez, em 1998…
Santos, campeão da Copa Conmebol.
Palmeiras, campeão da Copa do Brasil.
São Paulo, campeão paulista.
Corinthians, campeão brasileiro.
Desta vez, as equipes abocanharam as três competições oficiais da Confederação Sul-americana, sempre com a finalíssima no Brasil. Sem dúvida, um feito considerável.
Reflexo direto das novas supercotas de transmissão da Série A ou um ano atípico?
Como curiosidade, vale destacar que a façanha ainda não foi alcançada pelo futebol pernambucano, considerando os três grandes clubes.
Em conquistas oficiais, o máximo até o momento foi registrar 2 campeões em um ano.
1968, com Náutico (Estadual) e Sport (Torneio Norte-Nordeste).
1987, com Santa Cruz (Estadual) e Sport (Brasileiro).
1990, com Santa Cruz (Estadual) e Sport (Série B).
Único clube pernambucano na elite nacional. De contrato assinado para jogar em um estádio no mais alto padrão da cartilha do Fifa. Receitas renovadas, ampliadas.
O cenário do Náutico em um futuro breve é mesmo positivo.
Aproveitar o momento e executar um planejamento sustentável é mais que obrigação. Ainda mais considerando que o Timbu é o único entre os grandes clubes do Recife com treinador confirmado e em ação visando a temporada 2013.
De contrato renovado, Alexandre Gallo, que recebeu um aumento pelo bom desempenho obtido na recém-encerrada edição do Brasileirão, lançou as suas metas.
Retornou sem alarde ao Recife, se reuniu com a cúpula alvirrubra em um hotel e mostrou o seu projeto. Obviamente, o plano não foi revelado, mas existem pistas.
Fora do Nordestão, o Náutico tem no Campeonato Pernambucano a grande chance de acabar com o jejum de taças em vigor desde 2004.
Com o primeiro turno do Estadual esvaziado devido ao regulamento anacrônico, o clube deve usar as oito primeiros rodadas com um time misto.
A vaga na Copa do Brasil como prêmio nesta fase não seduz, uma vez que até o fim da competição outras três serão oferecidas. Tempo para um vigorosa pré-temporada.
Entrará com todo gás na reta final, utilizando 80% do elenco do Brasileiro, como revelou o próprio clube em sua conta no twitter.
O ano alvirrubro de fato deverá começar em 24 de fevereiro, na estreia do segundo e decisivo turno local, contra o Petrolina, em um dos últimos jogos nos Aflitos.
Férias em dezembro, pré-temporada em janeiro e time técnica e fisicamente preparado a partir de fevereiro. Com essa premissa, uma boa campanha na Copa Sul-americana aliada a um rendimento seguro na Série A consolidam o desejo de um clube que prevê um orçamento recorde na temporada, acima de R$ 40 milhões.
Pode-se afirmar que Gallo, em seus slides, não escondeu de ninguém a sua real ideia.
Copa Libertadores da América, a denominação popular no meio futebolístico para a maior competição interclubes do continente. São mais de cinquenta anos de disputa.
Acredite, o torneio organizado pela Conmebol terá o 5º nome oficial a partir de 2013.
Ao contrário do que se imagina, a Libertadores foi batizada com outro nome. Nas cinco primeiras edições, o nome oficial era Copa dos Campeões da América.
Criada em 1960 como um paralelo à Copa dos Campeões da Europa, a atual Liga dos Campeões da Uefa, o torneio sul-americano imitou o nome do Velho Mundo.
A partir de 1964, a estruturação da tradição, com três décadas mantendo a alcunha.
Até a implantação no continente do modelo econômico com o naming rights (veja aqui).
O pioneirismo mercadológico coube à montadora Toyota, em 1998. Após uma década incorporando o nome da empresa à marca da Copa Libertadores, já com alguns torcedores aceitando a nomenclatura, houve uma mudança.
Entrou o banco espanhol Santander. Com o recente fim do contrato, a fábrica de pneus Bridgestone ganhou a disputa e irá estampar o logotipo oficial até 2017.
Curiosamente, a empresa tem outro contrato de naming rights assinado com a Conmebol, para a Copa Sul-americana, o segundo torneio de clubes da entidade.
A Bridgestone assumiu a Sul-americana em 2011, no lugar da Nissan.
Será possível associar o nome da mesma marca aos dois torneios ou a empresa abrirá mão da Sul-americana? Neste caso, em pouquíssimo tempo a copa teria três nomes…
Por essas e outras o naming rights não é o modelo mais fácil de emplacar no mercado…
1960/1964 – Copa dos Campeões da América
1965/1997 – Copa Libertadores da América
1998/2007 – Copa Toyota Libertadores
2008/2012 – Copa Santander Libertadores
2013/2017 – Copa Bridgestone Libertadores
Pelo quinto ano consecutivo o futebol do Nordeste será representado na fase nacional da Copa Sul-americana, criada em 2002.
Para o Náutico confirmar a sua vaga, pré-garantida, basta não chegar às oitavas de final da Copa do Brasil de 2013. Como a diretoria timbu já fez questão de afirmar, a participação internacional será mais importante na próxima temporada.
Antes do Alvirrubro, pioneiro entre os clubes pernambucanos, disputaram o torneio Vitória (2009 e 2010), Ceará (2011) e Bahia (2012).
Abaixo, os resultados da enquete sobre a “Escolha de Sofia” entre Copa do Brasil e Copa Sul-americana, num formato absurdo e antidesportivo, criado pela CBF. Entenda aqui.
As três maiores torcidas do estado optaram pelo campeonato da Conmebol…
Se você pudesse escolher, qual torneio seria prioridade para o seu clube?
Sport – 588 votos
Copa Sul-americana, na primeira fase – 56,12%, 330 votos
Copa do Brasil, nas oitavas de final – 43,87%, 258 votos
Náutico – 476 votos
Copa Sul-americana, na primeira fase – 83,61%, 398 votos
Copa do Brasil, nas oitavas de final – 16,38%, 78 votos
Santa Cruz – 323 votos
Copa Sul-americana, na primeira fase – 52,01%, 168 votos
Copa do Brasil, nas oitavas de final – 47,98%, 155 votos