As primeiras formações de uma temporada planejada de 56 a 78 partidas

Náutico, Santa Cruz e Sport

Os três grandes clubes pernambucanos estrearam oficialmente na temporada em dias distintos. Ou seja, foi possível assistir ao vivo a todos os jogos, válidos pelo Nordestão. Na largada de 2014, a situação de praxe, com equipes em processo de formação, técnica e física, com várias estreias. Novas caras, tanto nas contratações quanto da base.

No caso de tricolores, alvirrubros e rubro-negros, vale o registro do primeiro time titular de cada um. Até como um comparativo com a equipe no fim do ano, pois os três terão uma jornada cheia, com pelo menos 56 jogos, incluindo Copa do Nordeste (6), Pernambucano (10), Copa do Brasil (2) e Brasileiro (38).

Em caso de boas campanhas em todos torneios, o número pode chegar a 78 partidas, contando regional (12), estadual (14), Copa do Brasil (14) e nacional (38). Ainda há a Sul-Americana, ao alcance de qualquer um, de 2 a 10 jogos.

Os elencos iniciais devem ser abastecidos para aguentar tamanha maratona. Quantos nomes do seu time devem terminar o ano na titularidade?

Santa Cruz 3 x 2 Vitória da Conquista-BA (18/01, Estádio Lacerdão, Caruaru)

Equipe (4-4-2): Tiago Cardoso; Oziel, Everton Sena, Renan Fonseca e Tiago Costa; Sandro Manoel, Luciano Sorriso, Natan e Raul; Renatinho e Flávio Caça-Rato. Técnico: Vica

Formação do Santa Cruz no primeiro jogo oficial de 2014. Vitória por 3 x 2 sobre o Vitória da Conquista, em 18/0, no Lacerdão. Foto: Jamil Gomes/Assessoria/Santa Cruz

Formação: Luciano Sorriso, Sandro Manoel, Everton Sena, Flávio Caça-Rato, Renan Fonseca e Tiago Cardoso (em pé); Agachados: Raul, Tiago Costa, Natan, Renatinho e Oziel (agachados)

Botafogo-PB 1 x 1 Sport (19/01, Estádio Almeidão, João Pessoa)

Equipe (4-4-2): Magrão; Patric, Oswaldo, Ferron e Marcelo Cordeiro; Rodrigo Mancha, Rithely, Naldinho e Ailton; Sandrinho e Felipe Azevedo. Técnico: Geninho

Formação do Sport no primeiro jogo oficial de 2014. Empate em 1 x 1 com o Botafogo-PB, no Almeidão. Foto: Lino Sultanum/Sport/Facebook

Formação: Magrão, Naldinho, Ferron, Rodrigo Mancha, Oswaldo e Marcelo Cordeiro (em pé); Rithely, Felipe Azevedo, Ailton, Patric e Sandrinho (agachados)

Náutico 1 x 1 Guarany-CE (20/01, Arena Pernambuco, São Lourenço)

Equipe: (4-5-1): Gideão; João Ananias, William Alves, Romário e Gerley; Elicarlos, Rodrigo Possebon, Dê, Túlio e Zé Mári; Renato. Técnico: Lisca

Formação do Náutico no primeiro jogo oficial de 2014. Empate em 1 x 1 com o Guarany-CE na Arena Pernambuco. Foto: Anderson Malagutti/Assessoria/Náutico

Formação: Túlio, Romário, Rodrigo Possebon, William Alves, Gerley e Gideão (em pé); Dê, Elicarlos, Zé Mário, Renato e João Ananias (agachados)

Vitória coral na largada oficial do centésimo ano

Copa do Nordeste 2014, 1ª rodada: Santa Cruz 3x2 Vitória da Conquista. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Estreando no ano do centenário, o Santa Cruz abriu o placar na largada da partida. Natan, com a camisa 10, marcou com um minutinho, em jogada de pura velocidade, com ótimo passe de Caça-Rato. Com a bola estufada na rede, não deve ter sido difícil flagrar uma conversa na torcida sobre o ano especial.

Conquistar o inédito título da Copa do Nordeste é um dos maiores desejos do povão no 100º aniversário. A pré-temporada em Sairé, mantendo a base da elenco que subiu à Série B, foi o ponto alto da equipe comandada por Vica.

Em Caruaru, contra o Vitória da Conquista, o Santa até sentiu a falta de ritmo, natural no início da temporada, mas conseguiu se impor. As 25, o outro apoiador em campo, Raul, ampliou.

Seja pela distância do Recife ou pela ausência do Todos com a Nota, a presença coral foi aquém da média histórica, com apenas 3.673 torcedores. Porém, a apresentação no sábado, com muita entrega em campo, deve chamar de vez a torcida para o ano festivo.

O time baiano ainda diminuiu com Tatu e criou algumas boas oportunidades – uma delas evitada na ótima defesa de Tiago Cardoso, mostrando a necessidade de ajustes na marcação -, mas Renan Fonseca marcou o gol da tranquilidade. Literalmente, pois o visitante voltaria a diminuir aos 44 da etapa final, 3 x 2.

O primeiro resultado positivo em 2014 veio mesmo sem os principais reforços. A pré-temporada foi curta, mas a preparação ainda não acabou.

Aos tricolores, que foram ou não ao Lacerdão, a equipe tem potencial para evoluir…

Copa do Nordeste 2014, 1ª rodada: Santa Cruz 3x2 Vitória da Conquista. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

150 jogadores na temporada recifense

Elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2013. Crédito: sites oficiais de Náutico, Santa e Sport

Planejamento. No futebol, a palavra é na prática uma cobrança às diretorias dos clubes, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. É preciso usar bem o dinheiro, na maioria das vezes escasso, para contratar peças qualificadas e ajustar o time.

Muitos jogadores são empurrados por empresários, muitos a contrapeso, além dos custos operacionais das transações, estourando o orçamento. Nos times de massa, a pressão até atrapalha. Alguns atletas são testados uma única vez.

Entre outros inúmeros fatores no tal planejamento, outros nomes para uma mesma posição são contratados a cada três meses. No fim do ano, o balanço costuma apontar bem mais que um time no clube.

Neste ano, por sinal, alvirrubros, rubro-negros e tricolores abusaram da quantidade de contratos assinados. Ao todo, 150 jogadores profissionais entraram em campo ao menos uma vez pelo trio, com informações dos departamentos de fisiologia dos Aflitos, Ilha e Arruda ao Superesportes.

O número é quase suficiente para compor 14 equipes.

63 – Náutico
46 – Sport
41 – Santa Cruz

Coincidência ou não, quem usou menos teve o ano mais produtivo.

O goleiro tricolor Tiago Cardoso conseguiu um feito entre todos esses atletas. Ele jogou todas as 53 partidas da Cobra Coral na temporada.

Quem mais atuou, no entanto, foi o também goleiro Magrão, com 57 jogos. No Náutico, cuja rotatividade foi enorme, Elicarlos ficou à frente, com 51 aparições.

Teve até quem defendeu mais de um grande no ano, como William Alves (Santa/Náutico) e Anderson Pedra (Santa/Sport).

Na sua opinião, qual foi a melhor a contratação do seu clube no ano? E a pior?

Camisa especial no futebol, a partir de 50 partidas no clube

Camisas especiais de Náutico (Elicarlos/150 e Derley/150), Santa Cruz (Dênis Marques/50 e Tiago Cardoso/100) e Sport (Magrão/400 e Tobi/200). Fotos: Roberto Ramos e Alexandre Barbosa/DP/D.A Press, Jamil Gomes/Santa Cruz e twitter.com/sportrecife

Há alguns anos surgiu nos clubes pernambucanos o costume de homenagear atletas que completassem 100 partidas oficiais pela equipe. Um número considerável, alcançado em pelo menos dois anos, devido à pouca regularidade no esporte no país. Aos poucos, a ideia, atrelada às ações de marketing, ganhou inúmeras versões, quase sempre com variações de 50 em 50 jogos.

Nos atuais elencos no Recife, o goleiro e tricampeão estadual Tiago Cardoso chegou a 100 partidas no Arruda. No mesmo dia, o volante Tobi completou 200 partidas com no Leão – contudo, está longe de ser o atleta com mais jogos pelo clube. Derley, entre idas e vindas, já passou de 150 partidas no Timbu.

Na sua opinião, o seu clube deveria estabelecer um critério em relação à quantidade de partidas para promover uma camisa especial? Comente.

Tiago Cardoso (goleiro): 100 jogos no Santa Cruz entre 13/01/2011 e 10/08/2013.
Dênis Marques também já recebeu uma camisa, pelos 50 jogos, em 2013.

Recordista: Givanildo Oliveira (volante), com 599 partidas de 1969 a 1979.

O goleiro Tiago Cardoso recebe uma camisa especial pelos 100 jogos no Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Derley (volante): 150 jogos no Náutico entre 14/09/2008 e 25/05/2012.
No time atual, Elicarlos também passou de 150 partidas, em 2012.

Recordista: Kuki (atacante), com 386 partidas de 2001 a 2010.

Derley e sua camisa especial pelos 150 jogos no Náutico. Foto: Alexandre Barbosa/DP/D.A Press

Magrão (goleiro): 400 jogos no Sport entre 27/05/2005 e 30/08/2012.
Tobi foi o último a receber uma camisa especial, pelos 200 jogos, em 2013.

Recordista: Bria (zagueiro), com 556 partidas de 1949 a 1961.

Goleiro Magrão com a camisa especial pelos 400 jogos no Sport. Foto: twitter.com/sportrecife

Santa Cruz como visitante, a sua verdadeira penalidade máxima

Série C 2013: Sampaio Corrêa 3x0 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

A distância do Arruda tem sido perversa para a jornada do Santa Cruz na terceira divisão nacional. Em sua terceira participação na Série C, o Tricolor segue sem vencer como visitante. Em São Luís, neste sábado, os corais chegaram a 18 jogos de jejum na competição fora do José do Rego Maciel.

No Castelão, o Sampaio Corrêa impôs ao tricampeão pernambucano a sua 10ª derrota como visitante na terceirona, incluindo as campanhas de 2008, 2012 e 2013, cujo aproveitamento geral é de apenas 14%. A postura como mandante, abafanado o adversário desde os primeiros instantes, é quase sempre trocada pela passividade, pelo temor de uma maior exposição em campo.

Nesta tarde, isso foi potencializado pelo nervosismo, através dos pênaltis cometidos pelo goleiro Tiago Cardoso e pelo zagueiro Leandro Sousa, aos 9 e 40 minutos do primeiro tempo. Artilheiro do time maranhense, Tiago Cavalcanti converteu as duas penalidades, sem chance para o paredão coral, que fazia a sua centésima partida pelo clube. Nos descontos, o Sampaio cravou o 3 x 0.

Não houve reação do time comandado por Sandro Barbosa. E vale lembrar que dos oito jogos disputados neste ano, apenas três foram fora de casa. Portanto, o Tricolor ainda viajará bastante. Que o tabu acabe logo…

Santa Cruz como visitante na Série C
2008: 3 empates e 3 derrotas
2012: 4 empates e 5 derrotas
2013: 1 empate e 2 derrotas

Série C 2013: Sampaio Corrêa 3x0 Santa Cruz. Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A Press

Os atores Tiago Cardoso, Magrão e Gideão

Goleiros Tiago Cardoso (Santa Cruz), Magrão (Sport) e Gideão (Náutico). Crédito: reprodução do Youtube

No mesmo cenário, o tricolor Tiago Cardoso, o rubro-negro Magrão e o alvirrubro Gideão. Um trio com bastante crédito junto às respectivas torcidas no Recife.

Nada mais natural do que associar a imagem dos goleiros a alguma campanha na televisão, pela paz ou visando a venda de produtos mesmo.

É um caso ainda pouco aproveitado no futebol local. A evolução desse segmento deve ser uma tendência, em todas as mídias. Basta haver qualidade no campo…

Quem também já estrelou um comercial foi Carlinhos Bala. Lembra? Confira aqui.

As imagens eternizadas do bicampeonato tricolor

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2012. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Ganhar dois títulos pernambucanos consecutivos mesmo estando duas divisões nacionais abaixo dos dois maiores rivais é uma prova absoluta de superação.

Ainda mais considerando que o bi não era alcançado há 25 anos! Curiosamente, em 1986 e 1987 o vice-campeão foi o Sport, como agora.

Esse renascido Santa Cruz Futebol Clube estava fazendo falta.

No post, as imagens das duas conquistas corais, em 2011 (abaixo) e 2012 (acima), ambas sob a batuta do técnico Zé Teodoro.

Taças erguidas no Arruda e na Ilha do Retiro. E festa em todo o estado…

O museu tricolor, agora com 26 Estaduais, está revigorado.

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2011. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Um dia para não levar gol

Goleiros de Náutico, Santa Cruz e Sport, homenageados pelos clubes em 2012. Crédito: Náutico, Santa e Sport

Dia do Goleiro, 26 de abril. A curiosa data é celebrada no Brasil desde 1976.

Por causa do aniversário do pernambucano Manga, então goleiro do Inter.

O jogador foi um dos melhores do país na posição. Naquele ano, ele se tornaria o campeão brasileiro mais velho naquela temporada, aos 39 anos. Marca não superada.

Nas imagens deste post, as homenagens oficiais dos clubes do Recife.

Goleiros dos Náutico: Felipe, Gideão e Rodrigo Carvalho.

Camisa 1 do Santa Cruz: Tiago Cardoso.

Arqueiros do Sport: Magrão, Saulo, Matheus e Flávio.

Qual é o melhor goleiro do estado em atividade?

E qual seria o pior entre os nomes listados acima?

Santa TV

Santa TV

Visando aumentar a interatividade com o seu torcedor, o Santa Cruz conta a partir de agora com um canal oficial no Youtube.

O primeiro vídeo postado foi com o paredão coral, o goleiro Tiago Cardoso, convocando os corais para as redes sociais do clube.

Lances de bastidores e entrevistas exclusivas deverão fazer parte da nova mídia tricolor.

A dois jogos da Série C

Série D 2011: Coruripe 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Para qualquer clube tradicional no Brasil, um título como o desta postagem significa o abismo cada vez mais próximo, decadente.

Sim, a dois jogos da Terceirona, do inferno, distante dos 40 melhores times do país.

Para o Santa Cruz, tão achincalhado nos últimos anos, isso seria a redenção. O primeiro passo dela, na verdade. Um desejo maior, numa longa marcha. Que precisa começar…

Para chegar pertinho do primeiro acesso nacional, foi preciso superar um confronto de 180 minutos contra os alagoanos do Coruripe.

No Arruda, vitória magra por 1 x 0. Futebol fraco, diante de 44 mil pessoas, mas com uma vantagem importante. Seria uma semana inteira de preparação para a decisão.

E aquela vantagem acabou se tornando vital para a campanha coral…

Em Coruripe, a 343 quilômetros do Recife, com a presença de dois mil fiéis tricolores no acanhado estádio Gerson Amaral, um empate em 0 x 0.

Foi o resultado esperado pelo campeão pernambucano. Necessário.

A partida teve cara de várzea, digna de uma divisão tão abissal. Um cartão vermelho para cada lado, muitos passes errados e poucas chances de gol.

Apesar disso, o clima foi tenso durante toda a partida. Esse sensação vem dos anos no limbo, com o tricolor quase acostumado ao que há de pior em torcer: sempre sofrer.

Enfim, o Tricolor está classificado às quartas de final da famigerada Série D, o pré-sal do futebol brasileiro, onde não cabe mais o Santa Cruz. Nunca coube.

Faltam apenas dois jogos. Um deles, no Mundão. Recorde de público à vista.

A Série C está perto. Nunca uma multidão ficou tão feliz e ansiosa por isso…

Série D 2011: Coruripe 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco