A boa série defensiva permanece e o Santa vence de forma cirúrgica

Série B 2014, 19ª rodada: Santa Cruz x Atlético-GO. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Cinco jogos sem sofrer um gol sequer na Série B. Nas primeiras partidas desta série, mais acaso do que evolução prática em campo.

Mas após cinco rodadas, com mais de 450 minutos disputados, é possível dizer que a defesa coral também passou a fazer a sua parte. Ainda que em cima da hora, já na última rodada do primeiro turno.

Na noite desta sexta, o sistema de marcação foi mais eficiente em casa, com Tiago Cardoso tendo uma jornada bem mais tranquila em relação àquela contra o Avaí.

As constantes mudanças táticas de Sérgio Guedes em busca de um equilíbrio (mais por teste do que por convicção) vão dobrando a desconfiança da torcida.

Na vitória sobre o Atlético Goianiense por 2 x 0, o meia Wescley marcou aos sete minutos e chegou a quatro gols na segundona, enquanto Pingo, também num rebote, fechou a conta nos descontos. Tamanha precaução defensiva se viu nos últimos cinco minutos, com o time mal ultrapassando o meio-campo. Após o apito final, Wescley conseguiu a proeza de ser expulso. Uma pena.

O resultado positivo – deixando o time coral com 27 pontos – reaproximou o clube do G4. Ainda de forma virtual, com base no jogo adiado deste turno, o duelo contra o Bragantino, no Mundão, ainda sem data.

De certa forma, essa partida vai virando uma “carta na manga” para a reta final do campeonato, no qual o povão espera ver a equipe enfim equilibrada. Defensivamente, vai encontrando um caminho…

Série B 2014, 19ª rodada: Santa Cruz x Atlético-GO. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Pela 4ª vez, a zaga coral passa em branco. Desta vez, a ressaca foi do ataque

Série B 2014, 18ª rodada: Avaí 0x0 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Pela 4ª vez consecutiva, na Série B, o Santa Cruz saiu de campo de sem sofrer gols. O sistema defensivo, o ponto mais criticado do time nesta temporada, ainda não tinha registrado uma série assim. Claro, teve um Santa Rita no meio disso, mas vamos focar a segunda divisão…

Na tarde deste sábado, ponto positivo, mais fora de casa, com grande atuação de Tiago Cardoso diante do Avaí. O time catarinense tentava aproveitar o fator casa para chegar na liderança. Bastava uma vitória simples, que o deixaria com 33 pontos. E foram seis finalizações claras, sendo três com um maior grau de dificuldade.

Tiago Cardoso à parte, no empate em 0 x 0, na Ressacada, o ataque ficou mais uma vez no “quase”. Quase driblou, quase chutou. Gol? Chegou nem perto, através de Gamalho (isolado) e Keno (preciosismo), a não ser ser na reclamação de um pênalti não marcado em Toni.

No primeiro tempo, o time de Sérgio Guedes chegou a ter 54% de posse de bola, mas sem qualquer instigação ofensiva. Comando pelo experiente Geninho, o Avaí tinha no não menos veterano Marquinhos a criatividade. Ele teve dificuldades para encontrar espaços, até mesmo nas laterais, uma falha constante no Tricolor nesta Segundona. No fim, vaias para o time da casa. O mandante se manteve na zona intermediária, mas desta vez não tem como não elogiar o ponto conquistado. Analisando defensivamente…

Série B 2014, 18ª rodada: Avaí 0x0 Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Empate tecnicamente pobre entre Sampaio e Santa

Série B 2014, 17ª rodada: Sampaio Corrêa x Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Instagram

Um jogo de nível técnico sofrível em São Luís.

O empate sem gols no Castelão foi mesmo digno do jogo disputado entre Sampaio Corrêa e Santa Cruz, nesta terça.

O técnico Sérgio Guedes havia passado os últimos dias dando entrevistas com sinais de que armaria um time mais ofensivo, compacto. Ficou no discurso.

Keno e Pingo cansaram de correr mais do que a bola, de errar passes curtos. Léo Gamalho, mais técnico, ainda teve algumas oportunidades, mas esteve a maior parte da noite isolado lá na frente.

Nas laterais, destaque negativo para Renatinho, numa queda de produção assustadora. Não rende no ataque e boa parte dos principais lances adversários são nas suas costas. A volta de Tiago Costa é necessária.

O empate em 0 x 0 ainda teve quatro bolas na trave, é verdade, sendo duas da Bolívia Querida no primeiro tempo e duas da Cobra Coral no segundo. Mas nem isso tornou a partida mais interessante. Havia resquício da final da Série C.

Com um jogo a menos na Série B, o Tricolor acabou ficando mais atrás na luta pelo G4. Na verdade, foi até ultrapassado pelo rival Náutico (24 x 23 pontos).

O baque do Santa Rita ainda não foi digerido. A falta de uma atuação convincente só deixa o processo lento. E nem o discurso está mais ajudando…

Série B 2014, 17ª rodada: Sampaio Corrêa x Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Instagram

A sina coral de vexames na Copa do Brasil agora com um genérico

Copa do Brasil 2014, 3ª fase: Santa Cruz x Santa Rita-AL. Foto: Marlon Costa/FPF

Outro vexame no Arruda. Na Copa do Brasil, a sina coral parece cruel.

São seguidas eliminações em casa diante de adversários sem expressão alguma.

Coríntians-RN (2003), Ulbra-RO (2007), Fast-AM (2008), Americano-RJ (2009), Penarol-AM (2012) e agora Santa Rita-AL (2014), um santa genérico de uniforme.

Diante de um estreante no torneio, um Santa Cruz calejado, em sua 21ª participação. Apesar de tanto tempo de casa, teima em não aprender a jogar uma competição tão importante no futebol nacional…

Após a derrota em Maceió, quando sofreu três gols, num resultado direto de um sistema defensivo perdido, o Tricolor ficou no 1 x 1 na noite desta quinta.

É verdade que o time pernambucano até pressionou, exigindo ao menos cinco boas defesas do goleiro Jefferson, mas o gol sofrido logo aos três minutos deixou claro que o buraco na zaga está comprometendo a temporada.

O empate, através de Betinho, aos 36 do segundo tempo, até deu um fio de esperança à torcida presente. Com o time no desespero, a esperança se dissipou.

A eliminação na terceira fase tirou do Santa a cota de R$ 530 mil pela disputa nas oitavas de final…

Um derrota moral e financeira no Mundão. Mais uma na Copa do Brasil…

Copa do Brasil 2014, 3ª fase: Santa Cruz x Santa Rita-AL. Foto: Marlon Costa/FPF

Equilibrado em campo, o Santa volta a sorrir na companhia do povão em Natal

Série B2014, 14ª rodada: América-RN x Santa cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

O ataque coral funcionou novamente. Numa bela trama aos 32 minutos, Carlos Alberto encontrou Tony aberto na direita e o lateral rapidamente cruzou para Léo Gamalho, livre, cabecear para o gol. A vantagem foi mais uma vez construída no placar. E desta vez o sistema defensivo também colaborou…

Após os dez gols sofridos nos três jogos anteriores pela Série B – com críticas sobre posicionamento e qualidade técnica – , o Santa conseguiu passar 90 minutos sem ser vazado.

O saldo disso foi a recuperação pernambucana na competição, com a vitória sobre o América em Natal por 1 x 0, na primeira apresentação do clube na moderna e bela Arena das Dunas. Por sinal, o time jogou com personalidade, sem sofrer pressão (verdadeira) do mandante na tarde/noite deste sábado.

No segundo tempo, Sérgio Guedes ainda acionou Natan, que mostrou qualidade uma vez, sobretudo na condução do jogo – que o meia mantenha a sequência de partidas. Destaque também para Everton. O experiente volante vinha parado há tempos. Acertou 35 dos 199 passes certos do time.

Com o povão cantando bonito no anel superior – esteve em bom número entre os 8.967 presentes no estádio -, o time viu que não estava só após as três derrotas consecutivas. Não mesmo. Tal equilíbrio em campo será mais importante que nunca. Até porque o próximo compromisso será num clássico, no qual a paciência para erros é bem menor.

Série B2014, 14ª rodada: América-RN x Santa cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Sistema defensivo coral segue perdido e time acumula terceiro revés seguido

Série B 2014, 13ª rodada: Santa Cruz x Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Nos jogos contra Vasco, Vila Nova e Ceará, o ataque do Santa Cruz marcou 5 gols.

Número de razoável para bom. O time balançou as redes nas três partidas, todas pela Série B a realizadas somente após a parada da Copa do Mundo.

Teoricamente, o Tricolor deveria ter galgado algumas colocações na tabela. Porém, o sistema defensivo vem pecando demais, comprometendo o rendimento.

Na Arena Pantanal, entre outros problemas táticos, Sandro Manoel esteve muito mal na cabeça de área. No Serra Dourada, a falta de atenção da zaga nos contragolpes foi fatal. Neste sábado, no Arruda, os espaços dados para o adversário produzir jogadas na linha de fundo matou a disputa.

Assim, os corais somaram três derrotas na segunda divisão, com 10 gols sofridos.

Dez! Algo preciso ser feito, pois a deficiência do setor – de Renan Fonseca, Everton Sena, Memo etc – vinha sendo alertada antes mesmo do Mundial.

Num jogo com duas viradas no placar ainda no 1º tempo, o Ceará fez 3 x 2 e manteve a liderança.

A volta do povão ao Arruda, após a pena aplicada pelo STJD, terminou com uma sonora vaia. Uma vaia que friamente seria dada para um setor específico…

Série B 2014, 13ª rodada: Santa Cruz x Ceará. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Do golaço ao frustrante rendimento defensivo, a primeira derrota do Santa

Série B 2014, 11ª rodada: Vasco 4x1 Santa Crz. Foto: Chico Ferreira/Futura Press/Estadão conteúdo

O golaço de Danilo Pires aos 18 minutos de jogo empolgou o povão, numa saudade danada do time coral, e que ficara maior após o fiasco da Seleção.

Marcando bem e jogando de igual para igual com o Vasco, em Cuiabá, o Santa Cruz até teve um início promissor. A partir de outro golaço, assinado por Fabrício, o Vasco iniciou uma virada sucedida por uma goleada, 4 x 1.

O bom aproveitamento carioca e as chances perdidas pelos pernambucanos – com destaque para a bola de Léo Gamalho no travessão – inviabilizaram uma reação. Mas não foi só isso que terminou na primeira derrota na Série B.

Na defesa, os corais tentaram tirar muitas bolas de forma afobada. O discurso de Sérgio Guedes foi apaziguador, mas considerando que o grupo passou mais de um mês treinando, é óbvio que o técnico não ficou satisfeito.

De toda forma, um revés para o Vasco como visitante, mesmo na Arena Pantanal, entra na “conta”. Não o contexto de tantas bolas nos pés alheios…

Série B 2014, 11ª rodada: Vasco 4x1 Santa Crz. Foto: Chico Ferreira/Futura Press/Estadão conteúdo

Da Seleção, a reaproximação entre a torcida coral e sua pátria particular

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O processo de evolução do Santa Cruz na segunda divisão nacional passa (passará) pela reaproximação entre time e torcida. A distância surgiu a partir das eliminações no estadual e no regional e da tragédia no Arruda, com esta forçando uma separação literal.

Ao recorrer na justiça desportiva e conseguir um efeito suspensivo, o Tricolor pôde receber novamente o abraço de seu povo, inclusive com camisa nova. Ainda não foi em sua casa, mas nos Aflitos. Mesmo em reduto rival, a festa foi em três cores, com 9.884 presentes.

Teve gente que comprou mais de um ingresso só para ajudar o clube, consciente do mau momento, sem bilheteria – que no Santa representa a principal receita.

Tudo isso se perpetua (perpetuará) por algo básico no futebol: resultado. Após a largada com incríveis sete empates, os corais chegaram à segunda vitória seguida, novamente por 2 x 0. O adversário, o Joinville, buscava a liderança. Está em melhor momento, mas foi dominado. Modificada, a equipe de Sérgio Guedes marcou um gol de cada tempo, Memo e Betinho.

Em uma noite na qual o time entrou em campo com o uniforme a la Seleção, a torcida voltou a vibrar com a sua pátria particular…

Série B 2014, 9ª rodada: Santa Cruz 2 x 0 Joinville. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Empate, empate, empate, empate, empate, empate e empate. A rotina coral

Série B 2014, 7ª rodada: Santa Cruz x América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sete empates em sete partidas.

Nesta série pra lá de incomum, seis jogos terminaram em 1 x 1. Em cinco, o Santa Cruz até o abriu o placar, mas cedeu o empate.

Nesta sexta, nos Aflitos, o Tricolor – invicto e sem vitórias – ficou na igualdade com o América Mineiro, líder isolado da segundona.

Um jogo fraco e sem público, no segundo dos cinco jogos de portões fechados.

Após um primeiro tempo irregular do time coral, Danilo Pires, contratado junto ao Central, marcou aos sete minutos da etapa final. A torcida comemorou – longe dali -, mas certamente torceu para que a equipe tivesse mais atenção.

Com a curiosíssima rotina, o sistema defensivo deu espaço. E falhou.

Willians, ex-Sport, escorou um cruzamento da esquerda e empatou aos 23. A partir daí, o jogo voltou a ficar amarrado. A dez minutos do fim, Gamalho caiu na área, tendo o calção puxado no lance. O árbitro não marcou pênalti. E ficou nisso.

Com o sétimo empate, vale destacar uma suposição, apesar de irreal.

Com 38 pontos, o clube deve cair. Na era dos pontos corridos na Série B, desde 2006, nenhum clube jamais escapou com esse número.

Série B 2014, 7ª rodada: Santa Cruz x América-MG. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O necessário recomeço do Santa, com CR7 respondendo Felipão

Copa do Brasil 2014, 1ª fase: Santa Cruz x Lagarto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Ninguém na arquibancada. A morte brutal de Paulo Ricardo abalou o futebol local. Era preciso recomeçar, reconstruir a autoestima, mas sem o apoio do povão, impedido pela justiça desportiva por causa do triste episódio no Arruda.

Nos Aflitos, campo indicado pela CBF, o Santa Cruz cumpriu nesta quarta a sua missão na primeira fase da Copa do Brasil, vencendo mais uma vez o frágil time sergipano do Lagarto.

Com gols de Flávio Caça-Rato – tirando até onda do fato de não ter sido “convocado” por Felipão -, Léo Gamalho, com a seriedade necessária, e Everton Sena, os corais venceram por 3 x 1, no Eládio de Barros às moscas.

Com a classificação à segunda fase, o Tricolor garantiu uma segunda cota de R$ 160 mil, que será essencial neste momento sem bilheteria.

O time treinado por Sérgio Guedes já tem o seu caminho traçado, com o Botafogo da Paraíba na segunda fase e o Santa Rita de Alagoas na terceira. Passando pelos dois, os tricolores receberão mais R$ 960 mil. Vale demais.

Fim de uma noite com o duro recomeço de um triste capítulo. Era preciso.

Copa do Brasil 2014, 1ª fase: Santa Cruz x Lagarto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press