Probabilidades da Série B 2011 – A 3 rodadas do fim

Projeções da Série B após 35 rodadas, através do Infobola e do Chance de Gol

Faltam apenas três rodadas para o fim da Série B do Brasileiro. Hora de apresentar as novas as projeções do Infobola e do Chance de Gol para os times pernambucanos.

G4 formado por três paulistas e um pernambucano. Vantagem de 1 ponto.

Com as 350 partidas na competição, a chance de acesso do Timbu varia entre 99% e 99,7%, mostrando a certeza do acesso. Já o Leão, varia entre míseros 9% e 12,6%.

O 4º lugar tem, hoje, um aproveitamento de 52,3%. Projetando esse dado para a 38ª rodada, a pontuação da última vaga ficaria em 60 pontos…

Contudo, o número histórico para um tranquilo acesso à elite é de “65 pontos” . Neste ano, porém, a pontuação máxima do 4º colocado será de 64 pontos. Como o 5º lugar só pode chegar a 63, então o Náutico precisa de dois pontos, ou de um simples tropeço do Vitória. Em relação ao Americana, basta um ponto ou um tropeço do adversário.

Já o Sport, fora da margem histórica de segurança, precisa vencer os últimos três jogos, torcer por um empate do Vitória (para não ir para os critérios de desempate, porém, torce por uma derrota) e uma derrota do Bragantino (seguindo a mesma lógica do time baiano, o Leão torce por 2 empates ou 1 empate e 1 derrota). O saldo pode decidir…

Enquanto isso, o Salgueiro já está matematicamente rebaixado à Série C.

Confira os dados da última rodada clicando aqui. Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Eis a 36ª rodada para os pernambucanos:

11/11 – Sport x Americana (19h30)
11/11 – Icasa x Salgueiro (19h30)
12/11 – São Caetano x Náutico (15h20)

Aos matemáticos: o Náutico subiu

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Antes do jogo desta terça-feira, a chance de acesso do Náutico era de 98%.

Era vencer e comemorar, certo?

Pois o Náutico jogou e venceu novamente, pela 17ª vez no Brasileiro. No entanto, a matemática insiste em não cravar “100%”.

Francamente? Azar o da matemática…

Implacável nos Aflitos, onde segue invicto na Série B, o Timbu precisou ter a cabeça a fria num caldeirão em Rosa e Silva para virar o placar sobre o Barueri por 2 x 1.

O gol sofrido na primeira etapa e aquela apreensão típica de uma decisão acabaram servindo de “molho” para o prato principal da noite, a classificação.

Assim como ocorreu no duelo contra o ASA, na rodada passada, Derley e Kieza finalizaram com muita força para explodir a torcida no estádio.

Sinal de entrosamento, determinação e raça. Uma soma que qualquer torcedor gosta.

Ao chutar as calculadoras para bem longe, até as suas frias realidades paralelas, os jogadores do Náutico comemoraram o acesso à Primeirona após dois anos de esforço.

Volta olímpica.

Lágrimas.

Emoção.

Volta por cima.

Não há raiz quadrada que evite essa festa vermelha e branca por toda a cidade.

Se o Recife ficou congestionado antes do jogo, às 19h30, imagine agora com buzinaço sem hora para acabar nas ruas da capital pernambucana, novamente na elite?

De desacreditado a vencedor, o time comandado por Waldemar Lemos superou todas as adversidades na competição. Todos os jogadores seguiram à risca aos conselhos táticos e pessoais do técnico. Aí sim, 100%, sem conta alguma para provar o contrário.

Matemáticos: o Náutico está de volta à primeira divisão.

Baixe o wallpaper do time alvirrubro na Série A de 2012 clicando aqui.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Quase um pesadelo, ainda um sonho rubro-negro

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

Festa no Canindé.

Merecidamente, a Portuguesa conquistou o título de campeã brasileira da Série B.

Uma campanha espetacular até aqui, a três rodadas do fim, com 20 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas.

Na noite desta terça-feira, com casa cheia, em um cenário bem diferente dos últimos tempos, bastava um empate para a Lusa comemorar o seu primeiro título nacional.

Nervosa, a equipe sofreu um gol com apenas três minutos.

Com muita qualidade técnica e um jogo bem encaixado (há meses), o time paulista virou o jogo no segundo tempo.

Aos 34 minutos da etapa complementar, porém, Róbston empatou o jogo, num contra-ataque do adversário, 2 x 2.

O tal adversário, o Sport, estava praticamente liquidado àquela altura da partida.

Na base da superação, o Rubro-negro trouxe um pontinho do Canindé.

Se o título da Portuguesa já é uma realidade, com muito esforço o Sport conseguiu manter esse sonho do acesso à elite, tão propalado pela massa rubro-negra.

Resta saber como esse time vai acordar ao final da Série B…

O despertador está quase tocando.

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

Libertadores perto de Vitória de Santo Antão

Torcida do Vitória. Foto: Vitória/divulgação

Embalado, o Vitória está a apenas dois jogos da Taça Libertadores da América.

Acredite, é isso mesmo.

O clube de Vitória de Santo Antão está classificado à final da Copa do Brasil.

Acredite, também é verdade.

Nesta terça-feira, o Tricolor das Tabocas manteve a invencibilidade na temporada, desde o título pernambucano, e eliminou o Rio Preto, no interior paulista.

Após a vitória por 2 x 0 no Carneirão, empate em 2 x 2 no jogo de volta. O inédito troféu passou a ser uma realidade bem possível para as meninas.

Com uma base de estrutura e investimentos voltada agora para o futebol feminino, a Acadêmica Vitória vai ganhando o seu espaço no cenário nacional, fato que já havia sido comentado no blog (veja aqui).

Em caso de título nacional, com mais uma “estrela rosa”, a vaga na disputa continental de 2012. Saiba mais sobre a edição de 2011, este mês, clicando aqui.

Na versão masculina da Libertadores, Pernambuco já esteve presente em 1968, com o Náutico, 1988 e 2009, ambos com o Sport. O Vitória está bem pertinho, do seu jeito…

O foco da discussão de cada torcedor

Lupa

Recentemente, uma pesquisa de opinião produzida pela faculdade Fafire repercutiu bastante no futebol pernambucano, ao apontar a torcida do Santa Cruz como a mais fanática do estado, na visão dos próprios rivais.

Foram entrevistadas 693 pessoas acima de 16 anos, no Grande Recife, entre os dias 8 e 17 de agosto, para o pesquisa “O Nível de Paixão do Torcedor Pernambucano”.

Na opinião de 90% dos tricolores, a torcida coral é a mais apaixonada do estado. Surpreendeu, porém, a opinião de alvirrubros e rubro-negros, que também apontaram o povão como o mais fanático, com 65% e 49% (veja aqui).

Vale uma ressalva do blog, colocando um pouco de lenha nessa eterna discussão…

Dos 693 entrevistados, 517 afirmaram torcer pelos três grandes clubes do Recife. Ou seja, 74,6%. Considerando todos os 693 torcedores (margem de 100%, claro), a divisão de torcidas, quase relegada na pesquisa, foi a seguinte:

Sport – 36,22%

Santa Cruz – 26,84%

Nautico – 11,54%

Se é para aceitar um dado da pesquisa, seria prudente aceitar todos… Ou não?

Impressiona a quantidade de pessoas sem ligação clubística alguma na RMR: 21,35%. Essa parcela da população está realmente alheia ao futebol ou a melhora do desempenho local (resultados e estrutura) poderia mudar esse índice? Comente.

Fusão de ideias sem embasamento no futebol

Matéria sobre o "Flumifogo", da revista Placar, de 1999

Fluminense + Botafogo = Flumifogo. Devaneio? Total.

Os dois clubes cariocas, cujo o clássico é disputado desde 1905, despontam nas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro desta temporada. Brigam não só por vagas na Taça Libertadores como pelo próprio título nacional.

No entanto, a imagem acima ilustra uma reportagem da revista Placar de março de 2000. Há cerca de uma década, os dois clubes estavam em baixa.

Acompanhavam sem força alguma o  sucesso de Vasco e Flamengo, com títulos nacionais e internacionais no período.

O Flu acabara de participar da terceira divisão, até então o degrau mais baixo do futebol brasileiro, enquanto o Fogão ainda juntava os cacos após perder a Copa do Brasil para o intermediário Juventude em pleno Maracanã, diante de 100 mil pessoas.

Esse tipo de assunto surge a cada má fase… Quatro anos antes, em 1996, já havia sido especulado em Curitiba a criação do “Atlético Paraná”, com a fusão do Atlético Paranaense com o Paraná Clube. Também não andou, obviemente.

Algumas fusões aconteceram na história, durante a transição do futebol amador para o profissional, na década de 1930, e nos anos 80, com o próprio triocolor do Paraná.

Em quase todos os casos, eram clubes sem apelo popular. Sem força estrutural. O que, francamente, não é o caso dos rivais cariocas.

Contudo, o post se estende a outras cidades, como o próprio Recife.

Volta e meia e sempre aparece algum consultor esportivo afirmando que a capital pernambucana “só comporta no máximo dois clubes de massa”.

Por que, cara pálida?

Na justificativa, a certeza de dois clubes unidos (ou até mesmo três) formariam uma entidade mais representativa em solo nacional. Será mesmo? Ou será que isso está embasado no imediatismo?

O que fica sempre no é como seria contornado o apoio das massas em questão, ainda mais se for levado em consideração que quase 80% dos pernambucanos torcem por Náutico, Santa Cruz ou Sport.

História à parte, os três têm estádios particulares (com nível de ocupação muito acima da média nacional), terrenos valorizados e marcas que atraem patrocinadores. Se não são os melhores do país, também não são os piores. Ainda geram boas receitas.

Nacruz, Santasport, Sportimbu? Esqueça.

Mesmo que apareça megainvestidores como George Soros, Warren Buffet e Eike Batista sondando uma fusão, é mais fácil qualquer um dos três clubes virar pó do que se fundir com o rival. O mercado ainda não controla algo simples e antigo, a paixão.