No mínimo detalhe, uma vitória daquelas do Timbu

Série A 2012: Náutico x Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Em 1989, o atacante Nivaldo precisou de apenas oito segundos para abrir o placar para o Náutico diante do Atlético Mineiro. Ali, nos Aflitos, era estabelecido o gol mais rápido da história do Brasileirão. Marca que se mantém até hoje. Nos mínimos detalhes, tudo deu certo. Do primeiro toque na bola à finalização.

Por muito pouco o destino não pregou uma peça daquelas neste domingo, com o mesmo jogo. Bola rolando e o primeiro ataque fulminante. Ou quase. O Timbu avança pela direita, com Rogério, que cruza rápido. Rhayner, livre, chuta por cima. Perdeu um gol incrível. Eram apenas 12 segundos!

Rhayner ficou perto da história. Afobação à parte no primeiro lance, seria preciso ter muita paciência neste domingo. E, claro, precisão nos detalhes.

O ousado 4-3-3 armado por Alexandre Gallo parecia firme para acabar com a sequência ruim dos alvirrubros, que haviam somado apenas um ponto nos últimos doze possíveis.

A pressão em Rosa e Silva realmente funciona, contando também com uma marcação consistente. No entanto, encontrou um Galo esbanjando técnica.

Více-líder da Série A, o time de Belo Horizonte foi endurecendo o jogo, com seguidas tramas articuladas por Ronaldinho e Bernard. Durante 90 minutos, um duelo parelho, decido por um triz. Ou uma cobrança de falta, rasteira, no meio da barreira, não é o puro detalhe? Aos 3 minutos, o quarto gol de Souza, surpreendendo a defesa mineira.

Vantagem que poderia ter sido maior, num pênalti desperdiçado pelo atacante Araújo. Aí, vale uma ressalva. Uma não, duas. O goleiro Victor deveria ter sido expulso na falta cometido. Na defesa, ele se adiantou de maneira absurda. Ô, seu juiz!

Não importa, não neste domingo. A vitória por 1 x 0 sobre o Atlético Mineiro, dono de uma campanha impressionante, recoloca o Timbu nos eixos na classificação após quatro jogos sem vencer. Esse detalhe basta.

Série A 2012: Náutico 1 x 0 Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

A solidariedade fomentada de forma indireta pela Copa

Love.Fútbol

Com cifras bilionárias, a iniciativa público-privada vai erguendo arenas de futebol pelo país. Reflexo de um evento do tamanho da Copa do Mundo.

São doze estádios para a competição e mais dois no embalo deste momento. Porém, este mesmo torneio traz medidas “indiretas”, pautadas pela solidariedade.

A organização não-governamental Love.Fútbol prevê a construção (ou reforma) de até trinta campos oficiais até a abertura da competição da Fifa.

Sempre na periferia das cidades, marca da instituição norte-americana criada em 2005.

Em São Lourenço da Mata, terra da Arena Pernambuco, um outro campo de futebol, com dimensões 90m x 50m no bairro de Várzea Fria. Inaugurado no domingo.

Um local seguro para a prática do futebol envolvendo até 400 crianças. Será o 10º projeto executado pela ONG. O primeiro no Brasil. Com um viés interessante.

A participação da própria comunidade na elaboração. Aqui no estado, por exemplo, 150 pessoas se revezaram na preparação do campo, com a mão de obra.

E assim será em outros cantos do país. A Love.Fútbol é apenas um dos tentáculos sem relação alguma com a Fifa a desenvolver ações no Brasil devido ao Mundial.

Quem sabe uma hora o poder público-privado também possa oferecer essa contrapartida em relação às modernas arenas. Eis uma grande responsabilidade social.

O maior centro de treinamento de futebol da história

Projeto do novo centro de treinamento do Manchester City. Crédito: Manchester City/divulgação

Novo rico, o Manchester City quer ter em dois anos um gigante centro de treinamento.

O maior do mundo, conforme o seu incrível projeto, o City Football Academy.

No Recife, Náutico e Sport vão investir R$ 6 milhões, cada um, nos respectivos CTs.

Na Inglaterra, o atual campeão da Premier League prevê um gasto de R$ 330 milhões. Confira a imagem acima em uma resolução maior clicando aqui.

Em um terreno ao lado do seu estádio, o Manchester City irá construir 16 campos oficiais, sendo um deles em um mini-estádio, com sete mil lugares, e outro indoor.

Além disso, haverá um campo reduzido apenas para trabalho com goleiros. Além dos gramados, uma infraestrutura completa com alojamentos para até 200 pessoas.

O clube pretende colocar em campo até 400 jovens atletas, de 8 a 21 anos, além da equipe principal, com um conteúdo de luxo.

Abaixo, o vídeo oficial com o lançamento, bancado, como não poderia deixar de ser, com os petrodólares do mundo árabe. A estreia será na temporada 2014/2015.

De comprador, o clube quer se tornar um revelador de talentos… Haja investimento.

Corte na carne do Nordeste

Mapas do Maranhão e do Piauí

Na conjuntura geo-econômica do futebol brasileiro proposta pela CBF, os estados do Maranhão e do Piauí não estão inseridos na região Nordeste. Pois é.

Considerando as duas unidades da federação, uma população de 9.854.527 habitantes, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2012.

Clubes como Sampaio Corrêa, Moto Club, Maranhão, River e Flamengo de Teresina estão atrelados ao futebol do Norte. Desde a primeira edição oficial da Copa do Nordeste, em 1994, os dois estados nunca fizeram parte da organização.

Já a Copa Norte, realizada de 1997 a 2002, contou com a presença de maranhenses e piauienses. O Sampaio ergueu a taça em 1998, com aquela sensação estranha…

Trata-se de um regional mais fraco economicamente, debilitando ainda mais os representantes dos dois estados nordestinos, como preza a divisão oficial do país.

Por outro lado, no Nordestão, os sete estados presentes não fazem muita força para contar os vizinhos, considerando o modelo vigente mais viável.

Qual é a sua opinião sobre o assunto? Participe da nova enquete do blog

Você concorda com a ausência dos clubes do Maranhão e do Piauí na Copa do Nordeste?

  • Sport - Não (39%, 223 Votes)
  • Santa Cruz - Não (21%, 121 Votes)
  • Náutico - Não (15%, 84 Votes)
  • Sport - Sim (14%, 79 Votes)
  • Santa Cruz - Sim (6%, 35 Votes)
  • Náutico - Sim (5%, 31 Votes)

Total Voters: 573

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Nordestão viabilizado por acordo judicial, mas sempre viável

José Maria Marin, presidente da CBF, no lançamento do Nordestão. Foto: Zerosa Filho/CBF

Em uma festa bem organizada, a Copa do Nordeste 2013 foi lançada oficialmente.

No evento em Fortaleza, a presença da cúpula da Confederação Brasileira de Futebol.

O presidente da entidade, José Maria Marin, o vice-presidente, Marco Polo Del Nero, e o diretor de competições, Virgílio Elísio. Uma prova do apoio da entidade ao regional.

Há a garantia de execução por cinco anos, com contratos firmados com patrocinadores e três emissoras de televisão, sob gerenciamento da Klefer Marketing Esportivo.

Nada menos que R$ 200 milhões.

A cada temporada, os dezesseis participantes vão dividir 40 milhões de reais…

Fora renda com bilheteria e demais receitas secundárias.

Sem dúvida alguma, recursos infinitamente maiores que os do campeonato estadual. Uma sobrevida às equipes de Pernambuco nas próximas temporadas.

No campo teórico, a Copa do Nordeste será o ponto alto do calendário local no primeiro semestre. Por cinco anos, certamente.

Vale lembrar, no entanto, que a própria CBF acabou com a competição em 2003.

O Nordestão vivia seu o auge, após a reformulação implantada em 2001. Foram duas edições de muito sucesso, de público, crítica e cash.

Basta lembrar que a média de público do regional realizado há dez anos foi de 11 mil pessoas. Naquele mesmo ano, a Série A teve um índice de 12.866 torcedores.

Estádios cheios, clássicos interestaduais e boas cotas. De R$ 600 mil em 2001 para R$ 750 mil em 2002. Em 2003 o número seria ainda maior.

Mas a CBF, perdendo o comando do calendário na ocasião, com outros regionais surgindo no embalo do Nordestão, riscou o torneio do mapa.

Começava uma longa batalha na justiça, pois a Liga do Nordeste tinha contratos milionários assinados para mais edições. Os clubes perderiam dinheiro. Perderam, aliás.

O imbróglio jurídico durou anos. Nesse meio tempo, forçada por liminares, a CBF ainda se viu obrigada a “engolir” o torneio em 2003 e 2010. Ambos foram esvaziados, encravados em brechas no calendário.

Em março deste ano a CBF recolocou a competição em seu calendário oficial.

Uma perguntinha… Por que só agora?

Simples. A ação judicial que começou em R$ 10 milhões havia pulado para R$ 15,2 milhões, para R$ 25 milhões e já batia na casa dos R$ 30 milhões!

Indenização sempre a favor da Liga do Nordeste. De mãos atadas, a CBF articulou um acordo com a Liga para evitar um rombo deste tamanho em seu caixa (polpudo).

Como há uma década, os patrocinadores chegaram com força novamente, até porque o produto é viável. Já testado e aprovado pelo torcedor da região.

Em relação aos estaduais, finaceira e tecnicamente superior.

Até 2017, a convicção de um torneio de sucesso. Fica a expectativa pós-justiça.

Em seu discurso no lançamento, Marin disse que quer voltar para a festa da 10ª edição consecutiva a partir de 2013. Que não seja apenas uma declaração meramente política…

Divergências entre o valor do Nordestão e do Pernambucano

Balança no futebol

Os resultados da enquete Nordestão x Pernambucano foram bem distintos.

Rubro-negros e tricolores apresentaram uma preferência para o campeonato regional, que volta ao calendário oficial da CBF no ano que vem.

Contudo, o indíce do Sport bateu na casa dos 63%, contra 43% do Santa Cruz. Pesou aí o valor dado ao Pernambucano. No caso leonino, abaixo de 20%.

No Náutico, a opção mais votada foi o Estadual. Curiosamente, o Alvirrubro está fora da reedição da Copa do Nordeste. Fator que indica uma opinião tão diferente dos rivais.

Ainda assim, ausente do regional em 2013, quase 30% da torcida timbu apontou o Nordestão como o mais valorizado.

Em relação ao “peso igualitário”, que mais enxerga desta forma é a massa coral.

À parte das competições nacionais, qual será o torneio mais valorizado em 2013?

Sport – 541 votos
SportNordestão – 63,40%, 343 votos
Pernambucano – 19,59%, 106 votos
Mesmo valor – 17,00%, 92 votos

Santa Cruz – 297 votos
Santa CruzNordestão – 43,43%, 129 votos
Pernambucano – 34,00%, 101 votos
Mesmo valor – 22,55%, 67 votos

Náutico – 163 votos
NáuticoNordestão – 28,22%, 46 votos
Pernambucano – 58,28%, 95 votos
Mesmo valor – 13,49%, 22 votos

Probabilidades da Série A 2012 – A 14 rodadas do fim

Projeções dos sites Infobola e Chance de Gol sobre o rebaixamento na Série A 2012 a 14 rodadas do fim

Segue a atualização da matemática na elite do Campeonato Brasileiro.

No blog, duas projeções para evitar o rebaixamento à Série B da próxima temporada. Vale a atenção dos dois representantes locais.

Os cálculos “anti-rebaixamento” são do Infobola e Chance de Gol, respectivamente.

Confira a classificação atualizada da Série A e a projeção anterior.

Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Flamengo (27 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar do descenso seria de 43 pontos.

Essa projeção subiu um ponto em relação à rodada passada.

Desta forma, o Náutico, cuja chance de cair varia entre 9% e 32,5%, precisa somar mais 15 pontos, em tese. Cinco vitórias.

Já o Sport, cuja probabilidade de queda à segunda divisão vai de 73% a 89,4%, precisa de mais 20 pontos, ou 6 vitórias e 2 empates.

A 24ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 24 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da vigésima quarta rodada da Série A.

No início da rodada, na quarta, o Sport chegou a ficar a um ponto de deixar a zona de rebaixamento, segundo a configuração de jogos no intervalo do duelo com o Bahia. Pois no segundo tempo, os resultados mudaram. Inclusive na Ilha, com o empate em 1 x 1.

No desfecho da rodada, na quinta, o desfalcado Náutico não conseguiu segurar o Grêmio, em franca ascensão na competição. Gideão falhou e Kléber definiu no fim, 2 x 0.

A 25ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

16/09 (16h00) – Náutico x Atlético-MG

No Recife (11 jogos): 6 vitórias alvirrubras, 3 empates e 2 derrotas

16/09 (18h30) – Internacional x Sport

Em Porto Alegre (13 jogos): 2 vitórias rubro-negras, 5 empates e 6 derrotas

Esfaceleado de sua trinca, o Náutico não segura o Grêmio

Série A 2012: Grêmio 2x0 Náutico. Foto: WESLEY SANTOS/AE/AE

De fato, a missão era dificílima. Não porque o Náutico jamais havia vencido o Grêmio em Porto Alegre nas treze partidas anteriores pela Série A…

Não porque já estava há três rodadas sem pontuar, pecando bastante nas finalizações.

Talvez porque o adversário, terceiro colocado no Brasileirão, necessitasse da vitória de todas as maneiras para seguir na briga real pelo título, com Luxemburgo focado.

Mas sim, certamente, porque a trinca de ases formada por Kieza, Araújo e Martinez acabou ficando de fora. Um desfalque e tanto para quem tem na conta o material humano para formar uma equipe de futebol na elite.

No Olímpico, Martinez ainda começou como titular, mas saiu com apenas 25 minutos.

O Náutico, já sem definidores, perdia ali a saída de bola. O Alvirrubro até tentou no primeiro tempo, endurecendo uma partida morna, mas acabou penalizado na única falha de Gideão na noite desta quinta-feira, sob a pressão de 27 mil torcedores.

No fim, Kléber, em uma rápida trama, decretou o 2 x 0, gastando de vez a gordura acumulada pelo representante de Rosa e Silva no primeiro turno.

A cinco pontos do Z4, o Timbu começa a sair da zona de conforto. A queda para a 14ª colocação começou cedo, com a preparação para a partida em solo gaúcho.

Sem o ataque titular e com os reservas imediatos vetados de última hora, o técnico Alexandre Gallo teve que se desdobrar e se viu obrigado a mudar a estrutura tática.

Acabou optando por colocar apenas um atacante, Rogério, recuperado de uma lesão no joelho. Não dá pra dizer que faltou vontade ao Timbu. Não mesmo.

Entretanto, isso não é suficiente para um campeonato tão técnico quanto esse. Como exemplo, a sequência de jogos da equipe: Grêmio, 3º; Atlético-MG, 2º; Fluminense, 1º.

Sem Araújo, Kieza e Martinez, essa sequência torna-se inglória.

Série A 2012: Grêmio 2x0 Náutico. Foto: EDU ANDRADE/AE/AE

Terceirona 2012 – 11ª rodada

Classificação da Série C de 2012 após 11 rodadas. Crédito: pe.superesportes.com.br

Na décima primeira rodada da Terceirona, empate no duelo pernambucano.

Diante de quase trinta mil torcedores, Santa Cruz e Salgueiro ficaram em um sofrível 0 x 0. O resultado manteve os corais no G4, mas o Carcará também não reclamou.

Mesmo na 3ª colocação, na zona de classificação, o Tricolor está a apenas três pontos do Cuiabá, 9º lugar, na zona de rebaixamento. Fato que mostra o equilíbrio do grupo A.

A 12ª rodada para os pernambucanos, a primeira das cinco rodadas em setembro.

16/09 (16h00) – Salgueiro x Guarany/CE
16/09 (16h00) – Treze x Santa Cruz