Em 1989, o atacante Nivaldo precisou de apenas oito segundos para abrir o placar para o Náutico diante do Atlético Mineiro. Ali, nos Aflitos, era estabelecido o gol mais rápido da história do Brasileirão. Marca que se mantém até hoje. Nos mínimos detalhes, tudo deu certo. Do primeiro toque na bola à finalização.
Por muito pouco o destino não pregou uma peça daquelas neste domingo, com o mesmo jogo. Bola rolando e o primeiro ataque fulminante. Ou quase. O Timbu avança pela direita, com Rogério, que cruza rápido. Rhayner, livre, chuta por cima. Perdeu um gol incrível. Eram apenas 12 segundos!
Rhayner ficou perto da história. Afobação à parte no primeiro lance, seria preciso ter muita paciência neste domingo. E, claro, precisão nos detalhes.
O ousado 4-3-3 armado por Alexandre Gallo parecia firme para acabar com a sequência ruim dos alvirrubros, que haviam somado apenas um ponto nos últimos doze possíveis.
A pressão em Rosa e Silva realmente funciona, contando também com uma marcação consistente. No entanto, encontrou um Galo esbanjando técnica.
Více-líder da Série A, o time de Belo Horizonte foi endurecendo o jogo, com seguidas tramas articuladas por Ronaldinho e Bernard. Durante 90 minutos, um duelo parelho, decido por um triz. Ou uma cobrança de falta, rasteira, no meio da barreira, não é o puro detalhe? Aos 3 minutos, o quarto gol de Souza, surpreendendo a defesa mineira.
Vantagem que poderia ter sido maior, num pênalti desperdiçado pelo atacante Araújo. Aí, vale uma ressalva. Uma não, duas. O goleiro Victor deveria ter sido expulso na falta cometido. Na defesa, ele se adiantou de maneira absurda. Ô, seu juiz!
Não importa, não neste domingo. A vitória por 1 x 0 sobre o Atlético Mineiro, dono de uma campanha impressionante, recoloca o Timbu nos eixos na classificação após quatro jogos sem vencer. Esse detalhe basta.