Espanha x Uruguai a caminho do maior efetivo policial do futebol pernambucano

Polícia Militar. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O maior efetivo já empregado em uma partida de futebol no estado foi na finalíssima do Campeonato Pernambucano de 2011.

No Arruda, repleto com 62.243 torcedores, o Clássico das Multidões foi vistoriado por 1.608 policiais dentro do estádio e no entorno.

Antes, a marca pertencia ao jogo Brasil x Paraguai, pelas Eliminatórias, em 2009, com 1.600 homens numa partida que reuniu 56 mil pessoas no Mundão.

Em junho, esses dados deverão ficar bem para trás. A Fifa confirmou o efetivo policial necessário para os jogos da Copa das Confederações no país. Cada partida terá entre 2.500 e 3.000 policiais.

Detalhe: nos torneios da Fifa as polícias civil e militar operam fora das arenas. Dentro, a ação é comandada pelos stewards, uma segurança privada já em treinamento. Em 2014 serão cerca de 50 mil nos doze estádios do Mundial.

Na Arena Pernambuco, portanto, é possível que o jogo Espanha x Uruguai, primeira grande partida do estádio, tenha a carga máxima (veja aqui).

Considerando a lotação de 46.214 lugares, a média de segurança nos arredores do estádio em São Lourenço será de um policial para cada quinze pessoas.

Na supracitada decisão do Pernambucano, levando em conta as áreas interna e externa, esse índice foi de um para cada 39. Diferença enorme.

De fato, o padrão de segurança será algo nunca antes visto por essas bandas…

Vaticano se articula do Conclave à Clericus Cup

Clericus Cup, a Copa do Vaticano

O mundo se prepara para conhecer o terceiro papa da Igreja Católica em menos de uma década.

João Paulo II, Bento XVI e o novo nome a ser escolhido no conclave, o tradicionalíssimo processo através dos cardeais da Santa Sé.

Reuniões e sabatinas a portas fechadas na Capela Sistina.

Até a fumaça branca.

Fora dela, a bola segue rolando no Vaticano. Formada por dezesseis equipes de 56 nacionalidades, a Clericus Cup chega a s sua sétima edição.

Entre uma missa e outra, futebol no campo do Oratório de San Pedro.

Os jogadores são formados em sua maioria por sacerdotes e seminaristas do Vaticano, o estado independente encravado em Roma. Saiba mais aqui.

O objetivo oficial da competição não deixa a religão de lado…

“Reafirmar o valor educacional e pastoral do desporto, e reforçar sentimentos de verdadeira amizade e partilha frutífera”.

Criada no pontificado de Bento XVI, com direito a bênção no troféu, espera-se que o novo papa mantenha o Vaticano no mapa da bola.

Em tarde de gols improváveis, difícil foi a costura da paz entre time e torcida na Ilha

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo morno na Ilha. Com o estádio quase às moscas, com a torcida ainda chocada pelas declarações de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a lobistas para “empurrar” Leomar na Seleção, o Sport precisava se recuperar.

Sem treinador, sem padrão de jogo, sem confiança, sem vontade. Está dura a vida rubro-negra nesta temporada. Mas os 8.902 corajosos que trocaram o domingo de sol pela paixão na arquibancada viram a recuperação leonina.

Pelo menos a recuperação estatística, com uma vitória e a volta à zona de classificação do Estadual. O resultado positivo, por 2 x 0, contudo, passou longe de agradar, até mesmo pela fragilidade do Porto, inerte em campo.

A equipe dirigida interinamente por Gustavo Bueno e armada no esquema 3-5-2 apresentou os velhos erros ofensivos, alguns deles primários, como o gol impedido (corretamente anulado) de Roger, por pura falta de atenção.

Já o golaço de Rithelly, num chutaço de prima de fora da área, foi o raro ponto positivo. Saiu aos 39 do primeiro tempo. No mesmo minuto, mas na etapa final, Cicinho, que acabara de entrar, marcou o seu primeiro gol pelo Sport. Se libertou da promessa de beber refrigerante só no dia em que esse tento saísse.

Golaço de Rithelly e gol de Cicinho. Difícil mesmo está sendo fazer as pazes com a torcida. Desta vez, o time ao menos deu um passo à frente.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

 

O primeiro ano sem Ricardo Teixeira na presidência da CBF. Evoluímos?

Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. Foto: CBf/divulgação

Aniversário de Olinda e Recife à parte, o dia 12 de março ficará celebrado no futebol nacional com a data em que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, após 23 anos quase intermináveis no poder.

Pressionado por seguidas denúncias de corrupção, o dirigente acabou passando a bola e embarcou para Miami, onde segue a vida tranquila.

Assim, o futebol brasileiro, agora sob o comando de José Maria Marin, chega a um ano sem o dirigente que marcou época, sem que isso tenha sido positivo.

Vale um balanço desta primeira temporada pós-Teixeira. A organização mudou? O regime ficou mais claro? A estrutura dos campeonatos nacionais progrediu? A Seleção Brasileira está mais bem cuidada? Entre outras inúmeras perguntas no rol de atividade inerentes à confederação. Vamos à enquete.

Um ano após a renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, como você avalia a entidade agora?

  • Sport - Na mesma (28%, 353 Votes)
  • Náutico - Na mesma (16%, 195 Votes)
  • Náutico - Melhorou (13%, 166 Votes)
  • Santa Cruz - Na mesma (13%, 159 Votes)
  • Sport - Piorou (11%, 137 Votes)
  • Sport - Melhorou (8%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Melhorou (5%, 62 Votes)
  • Santa Cruz - Piorou (4%, 44 Votes)
  • Náutico - Piorou (2%, 28 Votes)

Total Voters: 1.248

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Rotina ofensiva do Alvirrubro e esboço de confiança na defesa

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Na rotina alvirrubra neste ano, o ataque funciona de forma plena. A dupla de atacantes ajuda na marcação e define bem, balançando as redes.  Em mais uma goleada neste turno, desta vez no 3 x 0 aplicado sobre o Belo Jardim, Elton chegou a incríveis doze gols em dez jogos na competição.

Elton segue disparado na artilharia, seguido por Rogério, que comemorou mais um gol nesta volta ao time, em ótima fase. No resultado positivo construído sem aceleração máxima em Rosa e Silva, na noite deste sábado, com pouco menos de oito mil torcedores, valeu também o bom rendimento da defesa.

Ponto mais preocupante do Timbu – teoricamente seria a falta de Kieza, mas até aqui não comprometeu -, a zaga chegou a dois jogos sem ser vazada. Parece pouco, sobretudo em um torneio estadual, mas era algo bastante necessário.

As vaias ao goleiro Felipe e as constantes trocas de zagueiros deixaram o setor pressionado neste início de temporada. Essa pressão ainda não foi dissipada, mas o volume ofensivo do líder do campeonato, com a impressionante marca de 22 gols em 5 jogos no turno principal, mudou o foco da torcida alvirrubra.

Até mesmo porque nos Aflitos há a esperança depositada em dois atletas que devem compor a formação titular, com qualidade técnica suficiente para ajudar a turma lá atrás, Rodrigo Souto e Martinez – este ainda articulando na frente. Neste Pernambucano de tiro curto, o encaixe tático será decisivo.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

As manchetes esportivas do Diario de Pernambuco, pero no mucho

Capas do Diario de Pernambuco em 2013, nem sempre com esportes na manchete

Das 68 capas do Diario de Pernambuco até o momento, em 2013, dez delas tiveram na manchete uma relação direta com a editoria de esportes.

Destas, cinco não relataram resultados de jogos dos grandes clubes, histórias de superação ou novidades sobre o contexto esportivo.

Foram cinco capas misturando fraude, tentativa de homicídio, briga de torcidas organizadas, comissão a lobistas…

Uma impressionante sequência de fatos que nos leva a pensar que a disputa saudável, sobretudo, vem sendo deixada de lado. Definitivamente, o futebol pernambucano ainda não engrenou nesta temporada.

Não dentro das quatro linhas.

O que ainda falta acontecer de ruim este ano? Faltam mais 297 capas…

Comissão por jogador na Seleção, bem aqui em Pernambuco

Leomar na Seleção Brasileira, em 2001. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

“Eu já empurrei jogador na Seleção Brasileira, pagando comissão”.

Na prática, uma confissão de suborno. Poderia ser um empresário, um treinador, um gerente de futebol. Ou até mesmo um presidente, pois é.

No caso, foi Luciano Bivar, mandatário do Sport. Numa bombástica declaração na Rádio Transamérica, o rubro-negro relembrou a convocação de Leomar em 2001, sobre como o volante vestiu a camisa verde e amarela.

Na época, Bivar também era o presidente do clube. O cabeça de área leonino, curiosamente o último atleta atuando em Pernambuco a ser chamado para o time principal da Canarinha, entrou na lista de Emerson Leão. O mesmo Leão que recebeu o convite da CBF enquanto treinava o Sport. O volante jogou seis vezes na Seleção, incluindo a Copa das Confederações na Ásia.

Suborno por um jogador que o treinador tinha trabalhado recentemente na Ilha, por quê? Naquele mesmo ano, Leomar deixou o Sport rumo à Coreia do Sul após uma ação na justiça do trabalho de R$ 2,8 milhões. Dinheiro para lobista, mas sem dinheiro para o salário do atleta? Esquemão bem estranho.

Na mesma entrevista à rádio, nesta sexta, Bivar preferiu não revelar mais detalhes do “lóbi”, como quanto pagou ou a quem pagou. Jogou na lama a sua imagem e escancarou uma desconfiança bem antiga acerca do que ocorre na Seleção e seu balcão de negócios, com centenas de convocados.

Quem paga para “empurrar” um jogador na Seleção poderia fazer mais o que no campo esportivo? Quantos mais desempenham essa prática? A declaração de Bivar tende a desencadear algo bem mais grave no futebol brasileiro.

Depois, questionado em nova entrevista, já com a repercussão nacional, negativa obviamente, Bivar não demonstrou arrependimento (veja aqui).

“É a regra o jogo. Não sou desonesto. Sou realista.”

A arena pernambucana saiu da maquete, externa e internamente

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

A cada trinta dias um fotógrafo contratado pela Odebrecht sobrevoa a arena a bordo de um helicóptero, captando imagens sempre do mesmo ponto.

Com o auxílio de um GPS, as imagens replicam maquetes originais, produzidas em 3D pelos arquitetos há bastante tempo. O mesmo ocorreu internamente.

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Com a cobertura finalizada e quase todo o estacionamento finalizado, é possível, enfim, enxergar nas imagens aquele projeto futurista em São Lourenço.

Na prática, o empreendimento já encontra-se em 95% de avanço físico. Nas imagens é possível perceber as lacunas: fachada inspirada na Allianz Arena, cadeiras, iluminação, placar eletrônico e gramado.

Arena Pernambuco em março de 2013. Foto: Eduardo Martino/Odebrecht

Neste postagem, dois exemplos dessa evolução, saindo da maquete. Na sua opinião, está fazendo jus ao projeto original?

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Estadual caminha para ser o mais vazio na era do Todos com a Nota

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 1x1 Pesqueira. Foto: Daniel Leal/DP/D.A Press

A média de público do campeonato estadual segue em baixa nesta temporada. Na Ilha do Retiro, no único jogo no Recife nesta rodada, foram apenas 9.423 torcedores. Ou seja, em duas partidas em casa o Leão não colocou sequer dez mil pessoas numa apresentação. No geral, o borderô contabiliza 305.651 torcedores em 60 jogos, com uma média de 5.094 pessoas.

A última vez na qual o certame registrou um número tão ruim foi em 2007, com 4.509. Curiosamente, aquela foi única edição sem ingressos subsidiados desde 1998, considerando o Todos com a Nota e o Futebol Solidário. Portanto, nessa nova fase do TCN, sob o governo de Eduardo Campos, vivemos a pior edição nas arquibancadas. Confira todas as médias desde 1990 aqui.

Em relação à arrecadação bruta o montante beira os dois milhões. Em dados exatos, R$ 1.977.469, com o baixo índice de R$ 32.957.

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2013.

1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 25.757
Média: 12.878
Contra intermediários (2) – T: 25.757 / M: 12.878

2º) Salgueiro (2 jogos como mandante)
Total: 17.710
Média: 8.855

3º) Sport (2 jogos como mandante)
Total: 16.524
Média: 8.262
Contra intermediários (2) – T: 16.524 / M: 8.262

4º) Náutico (6 jogos como mandante)
Total: 42.721
Média: 7.120
Contra intermediários (6) – T: 42.721 / M: 7.120

5º) Central (6 jogos como mandante)
Total: 40.627
Média: 6.771

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2012 aqui.