Terceirona 2013, rodada 15

Classificação da Série C 2013, na 15ª rodada. Crédito: Superesportes

A vitória no Arruda, com quase trinta mil torcedores presentes, deixou o Santa Cruz no meio da tabela. Em relação à pontuação, uma situação bem curiosa, mas que escancara o equilíbrio absoluto do grupo A da Série C. O time coral está a três pontos do líder Fortaleza e a três do Cuiabá, o primeiro no Z3.

Apesar de cinco times já terem disputado disputado 16 jogos, a rodada deste fim de semana equivaleu à 15ª da tabela. A classificação seguirá assimétrica, com números distintos, até a 22ª rodada.

A 16ª rodada do representante pernambucano
22
/09 – Baraúnas-RN x Santa Cruz (16h)

A vigésima primeira classificação da elite nacional em 2013

Classificação da Série A 2013, na 21ª rodada. Crédito: Superesportes

Ao sofrer a 15ª derrota em 20 jogos, o Náutico ficou a uma distância inglória do 16º colocado da Série A. São quinze pontos de distância para o São Paulo. Em tese, cinco rodadas perfeitas para um e cinco desastrosas para o outro, fora os resultados paralelos. Uma situação virtualmente irreversível.

Em relação à liderança, a disputa pelo título brasileiro de 2013 vai afunilando. Com as vitórias de Cruzeiro e Botafogo e as derrotas de Atlético-PR e Grêmio, mineiros e cariocas caminham para um confronto polarizado.

A 22ª rodada do representante pernambucano
19/09 – Portuguesa x Náutico (21h)

Jogos em Sampa pela elite: nenhuma vitória timbu, nenhum empate e 5 derrotas.

Duas partidas foram adiadas pela CBF: Santos x Náutico e Galo x Ponte Preta

A velha esperança, os mesmos erros e mais uma derrota alvirrubra

Série A 2013: Vitória x Náutico. Foto: EDSON RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO

O gol de Hugo aos 13 minutos deu um lampejo de esperança aos alvirrubros.

Foi um gol emblemático, de um time que não marcava um golzinho sequer há quatro rodadas. Que estava há dez partidas sem vencer…

A equipe alvirrubra, já em processo de reformulação, com dispensas e projetos para a próxima temporada, conseguia ali equilibrar as ações contra o Vitória.

No Barradão, se movimentava em campo, apesar dos erros presentes em todos os jogos do time, com a marcação frouxa e o meio-campo pouco criativo.

Esses vacilos custaram mais uma derrota ao Náutico, a 15ª no campeonato, com o aumento da pífia estatística. Vitória 2 x 1, na noite deste domingo.

Em duas falhas da defesa, o atacante Dinei virou o jogo para o leão baiano.

Ainda no primeiro tempo, o jogador subiu mais que os zagueiros William Alves e Jean Rolt após um cruzamento pela direita e desviou de cabeça.

Na verdade, só ele pulou praticamente, pois a zaga mal subiu.

No segundo tempo, apesar do marasmo em campo das duas formações, o rubro-negro da Boa Terra ainda conseguiu vencer.

Numa falha de cobertura de William Alves, Dinei marcou de letra.

A partir daquele lance, aos 25 minutos da etapa final, a reação foi praticamente nula, com o Timbu dando sinais claros de falta de motivação.

Se não houver uma mudança nesta atitude, a campanha só tende a piorar…

Série A 2013: Vitória x Náutico. Foto: www.ecvitoria.com.br

As transmissões esquecidas do porão do Campeonato Brasileiro

Transmissão de Plácido de Castro 1x1 Salgueiro, pela Série D 2013. Crédito: Youtube/reprodução

As duas principais divisões do futebol brasileiro contam com ampla cobertura da mídia. Através de pacotes milionários, exibições em sinal aberto, tevê por assinatura e pay per view. Na terceirona, sem ppv, a transmissão aberta é restrita a dois jogos por rodada. Na tevê a cabo, jogos esporádicos.

O que dizer, então, da Série D? Completamente esquecida. A CBF ainda não comercializou os direitos da última divisão do Brasileiro. Por lá, times sem tanta popularidade, mas, ainda assim, formados por consumidores.

Além do Esporte Interativo, o único passar alguns jogos, sem garantia, alguns canais de menor porte se esforçam, como a TV Criativa, de Caruaru, e a Amazon Sat, de Manaus, ambas online, em sistemas específicos ou no Youtube. Apesar da qualidade rebuscada, contam com narrador e comentarista.

Nesta temporada, a quarta divisão teve a transmissão de jogos neste modelo dos três representantes pernambucanos, Salgueiro, Central e Ypiranga. Neste domingo, o torcedor local assistiu na telinha ao empate em 1 x 1 do Carcará com o Plácido de Castro, se aproximando do acesso.

Na Série D, a imagem ao vivo já é algo pra lá de surpreendente…

DM9 e AD99 recolocam o Santa Cruz na briga pelo G4

Série C 2013: Santa Cruz x Águia de Marabá. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Com o ataque formado por Dênis Marques e André Dias, ou DM9 e AD99, como ficou definido após a distribuição dos padrões, o Santa Cruz tinha a obrigação de vencer o Águia neste domingo. Para continuar em busca do G4 e, também, para evitar um risco de rebaixamento indigesto para o ano do centenário.

Um tropeço nesta tarde deixaria o tricampeão pernambucano na mira do Cuiabá, o primeiro clube dentro da zona de descenso. Mas nada de pessimismo. Em dois tempos distintos, a recuperação. No ensolarado Arruda, com o ótimo público de 29.628 torcedores, o Tricolor marcou logo no comecinho, através de Everton Heleno, cuja escalação foi contestada pela torcida durante a semana.

Com sete desfalques, entre suspensões e lesões, o time coral estava na base da vontade para manter o placar. Ainda no primeiro tempo, aos 24, Keno empatou, aproveitando o lançamento de Timbó. Veio a velha preocupação.

Na volta para a etapa final, com mais atitude, o Santa não deu chance ao time paraense. Pressionou e finalizou. E, levantando o povão no Arruda, balançou as redes. Dividindo o mérito com Vica, que bancou a dupla, André e Dênis marcaram, aos 11 e 34. O Águia diminuiu, mas a vitória foi confirmada por 3 x 2.

Na próxima rodada da Série C, o time irá ao Rio Grande do Norte enfrentar o Baraúnas, algoz no Mundão mas que, paradoxalmente, pode ser o adversário ideal para um triunfo fora de casa. A torcida quer confiar na dupla DM9/AD99…

Série C 2013: Santa Cruz x Águia de Marabá. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

100 anos de futebol e rivalidade na calçada do vizinho em Limoeiro

Rivalidade em Limoeiro: Centro Limoeirense x Colombo

Com o status de clube mais antigo do interior pernambucano, fundado em 1913, o Centro Limoeirense se confunde com a história da própria cidade de Limoeiro. Lá, vive uma rivalidade histórica com o Colombo Sport Club, hoje adormecida, devido à inatividade futebolística do adversário há quase três décadas.

Ainda assim, resquícios da rivalidade seguem enraizadas na cidade. Ao completar um século de história em plena atividade, o alvirrubro limeirense, o time das massas, tenta se reinventar, ainda sob o olhar do velho rival alvinegro, criado em 1918 e apoiado pelas elites no passado.

A disputa chega a tal ponto que alguns torcedores sequer passam na calçada do clube vizinho. O contexto mantém acesa veia futebolística no município. O dia 15 de setembro de 2013 marca o centenário do futebol pernambucano fora do Recife. Dentro de cinco anos, o centenário do primeiro clássico fora da capital.

Assista ao webdocumentário sobre os 100 anos do Centro, numa produção de Brenno Costa e João de Andrade Neto, do Diario de Pernambuco.

Um século do Centro Limoeirense, um século tentando existir

Estádio José Vareda, com a torcida do Centro Limoeirense. Crédito: hcentrolimoeirense.blogspot.com.br

Limoeiro comemorava vinte anos de emancipação, em 1913, quando surgiu um clube na cidade, que seria conhecida como a “Princesa do Capibaribe”.

Fundado em 15 de setembro daquele ano, o Centro Limoeirense sobreviveria a todos os tipos de dificuldades inerentes a um clube modesto na região. Porém, jamais perderia a alcunha de time mais velho do interior. Em atividade, por sinal, só não é mais antigo que Náutico e Sport (veja aqui).

Neste domingo, o Dragão completa um século. Nas páginas sobre o futebol do popular clube limoeirense, uma história dividida ao meio, literalmente.

Foram cinquenta anos no amadorismo e mais cinquenta no profissionalismo, ou tentando fazer parte dele, numa vida difícil, de poucas conquistas. Mas, ainda assim, continua sendo o amor de muita gente na cidade agrestina.

Em 19 de maio de 1963, o time entrou pela primeira vez em campo com uma formação profissional. Foi quando aceitou o convite da FPF para disputar o campeonato estadual. Contando com um mecenas local, conseguiu juntar dinheiro suficiente para bancar um time. Já na estreia, uma pedreira.

Centro Limoeirense em seu primeiro jogo no Campeonato Pernambucano, em 1963. Foto: Arquivo/DP

A equipe recém-formada viajou até o Recife, onde enfrentou o Náutico. Perdeu por 2 x 0, na partida que deu início à saga do hexa timbu. No Centro, uma formação para ficar na memória do seu aguerrido torcedor: Manguito; Adilson, Dedé, Luizinho e Edmilson; Juvenal e Vi; Tidão, Nelson, Tanzino e Chico.

De 1963 até hoje foram apenas sete participações no Campeonato Pernambucano. Esteve presente ainda em 1964, 1994, 1996, 1997, 2001 e 2008, sempre jogando no seu próprio estádio, o José Vareda, um dos pouquíssimos palcos particulares no interior.

Na última presença na elite, foi protagonista, ainda que “indiretamente”, de um episódio que mudou a estrutura do futebol local. Um imbróglio na da segunda divisão acabou terminando com a decisão salomônica do então presidente da federação, Carlos Alberto Oliveira.

O dirigente promoveu o acesso de quatro clubes, em vez de dois. Acabou inchando a elite com doze equipes. O Centro, clube do coração do falecido dirigente, havia sido o terceiro colocado na Série A2. Acabou beneficiado.

Nacionalmente, só uma curta participação na Série C do Brasileiro, em 1997. Terminou em 47º lugar. Atualmente, na disputa a segunda divisão estadual, o Centro tem no seu centenário a força motriz para buscar o acesso. Independentemente do resultado, o clube não perderá a esperança. Está acostumado às dificuldades há exatamente um século…

Pernambucano 2008: Centro Limoeirense 2 x 1 Náutico. Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press