A 26ª rodada da segundona nacional foi amplamente positiva para o Sport. A vitória sobre o Joinville, no Recife, recolocou o Rubro-negro no G4 e ainda abriu uma diferença em relação ao sexto colocado. Ou seja, polarizou a disputa pela 4ª vaga da Série B com o próprio Joinville. Além disso, o Paraná, em 3º lugar, se complicou em casa…
A 27ª rodada do representante pernambucano
04/10 – Sport x América-RN (19h30)
Um jogo da 23ª rodada, Chapecoense x Figueirense, foi adiado para 22/10.
A conta era muito simples. Uma vitória na Ilha do Retiro e o Sport voltaria ao G4. Para isso, teoricamente era necessário impor um equilíbrio no time. Quando o ataque vai bem, a defesa não colabora, no cenário mais comum. E quando a zaga, recomposta, faz a sua parte, o ataque parece inoperante.
Por mais que não tenha sido desta vez que vimos o tal equilíbrio, o Sport não perdeu a chance de se reabilitar. Venceu o Joinville por 3 x 2 e passou o adversário (43 x 42). A zaga, é verdade, voltou a assustar. O setor sempre modificado sofreu outra mudança aos dez minutos, com a saída de Pereira.
Aos 20, uma falha coletiva na bola aérea, com Tobi pulando uma gilete. Lima aproveitou o rebote da própria cabeçada e marcou. Era a hora do setor ofensivo. Marcos Aurélio, Lucas Lima e Ailton atuaram muito bem nesta terça. Além do volante Rithely, aparecendo bastant, e Felipe Azevedo, até ele, arriscando.
Apesar do gol sofrido, a equipe não abriu mão do seu sistema com dois meias de ligação, buscando os espaços. Aos 27, Marcos Aurélio acabou o seu jejum. Gol na sua especialidade, com o chute colocado de fora da área.
A torcida precisou ter paciência para ver a virada. Só veio aos 16 da etapa final, numa boa jogada de Rithely. Se redimiu do erro no gol catarinense, quando errou na saída de bola. O volante apoiou Cordeiro, que cruzou para Patric definir. Os laterais, bastante irregulares há várias partidas, enfim, ajudaram.
De costas, Marcos Aurélio ainda marcou outro, chegando a 13 gols. No fim, num pênalti infantil de Gabriel, o Leão ainda teve outra cota de sofrimento, mas assegurou a segunda vitória seguida. O resultado recoloca o Sport na zona de classificação à elite. Agora, a missão é permanecer lá por mais 13 rodadas…
Uma atuação aguerrida, com brio. A vitória timbu em Campinas, de virada e no último lance, emocionou a torcida. Com o 2 x 1, o Náutico, sob o efeito de Martelotte, chegou a quatro jogos sem derrota, com dois empates e duas vitórias nas últimas duas apresentações, com 8 dos 17 pontos na campanha.
O início da partida contra a Ponte Preta, a nesta terça-feira, foi promissor, dando início de uma noite daquelas. Logo aos 7 minutos, Tiago Real fez boa jogada, mas o chute passou raspando. O Timbu, bem postado, ainda reclamou de uma penalidade não marcada no primeiro tempo.
Na primeira etapa, o Alvirrubro trabalhou mais a bola, tendo 57% de posse. Marcou forte, cometendo mais faltas (12 x 5). Não se acovardou, abrindo mão do jogo. Contudo, um erro no finzinho quase custou a tática da noite.
Antes do intervalo, a Macaca abriu o placar numa bobeira da zaga, com William se antecipando ao zagueiro João Felipe num cruzamento rasteiro na pequena área. Saiu o gol, o 12º do centroavanete nesta Série A, e o primeiro tempo acabou. O trabalho de Martelotte foi manter a confiança do time.
Na etapa complementar, o argentino Morales entrou na vaga de Tiago Real. O gringo mMudou o jogo, dando mais qualidade ao meio-campo. De fato, o Alvirubro voltou mais afoito, buscando primeiramente o jogo aéreo, através do uruguaio OIivera disputando a bola à vera com a defesa paulista. Depois, partiu para os contragolpes. Foi dessa forma que alcançou a 4ª vitória na competição.
Os gols de Hugo e Maikon Leite, aos 35 e 48 minutos, reaproximaram o Náutico da própria Ponte Preta. O sofrimento foi tamanho que pouco antes da virada, Hugo ainda perdeu um gol incrível embaixo da trave. Mas a noite era do Náutico.
A situação é dificílima, quase irreversível. Mas o Náutico não irá desistir…
No futebol, a estratégia na bola parada é restrita a cobranças por baixo, por cima, com efeito, aberta e fechada. Mas e a criatividade para surpreender o adversário? Comum em outros esportes. No futebol, ainda que numa escala ínfima, também existe. Nem sempre dá certo, claro. Quando sai tudo certo, porém, resulta em golaços. O blog selecionou alguns lances no youtube. Confira.
Falta com levantamento acrobático
Suposta briga para a cobrança
Seis cobradores
Apito inicial e blitz na área
Penalidade máxima, mas com assistência
Três minutos com cobranças ensaiadas, sem tanto alarde, mas eficientes
Vamos a algumas jogadas ensaiadas, mas com resultados pouco ortodoxos…
O aumento nas cotas de televisão de Corinthians e Flamengo vem alcançando números astronômicos, passando de R$ 100 milhões por ano, segundo o contrato atual de transmissão do Campeonato Brasileiro, junto à Rede Globo. O cenário deverá se tornar ainda mais gritante a partir de 2016, no novo acordo, já costurado. Maiores não só nos percentuais ao modelo vigente como no montante bruto, segundo a coluna de Paulo Vinícius Coelho na Folha de S.Paulo.
As verbas dos dois clubes de maior torcida do país deverão saltar para R$ 170 milhões, abrindo R$ 60 milhões de receita, apenas com a tevê, em relação ao bloco seguinte, atualmente ocupado só pelo São Paulo. O blog listou todos as divisões dos dois últimos acordos – no primeiro, até 2011, por exemplo, Timão e Fla recebiam o mesmo de outros três times -, com o aumento de cada um, com valores absolutos e percentuais.
O Sport está na categoria “outros ex-integrantes do Clube dos 13”. Se o Leão está ficando bem para trás, o que dizer dos demais clubes, como Náutico e Santa Cruz? Nesses casos, os valores são ainda menores, acordados de forma individual a cada participação na elite.
Por mais que ainda exista uma defesa ferrenha sobre a ideia, a tal “espanholização” do futebol brasileiro segue, sim, a passos largos, com Corinthians e Flamengo alcançando uma diferença nunca antes vista por aqui, do porte de Real Madrid e Barcelona na liga espanhola.
Como exemplo, a diferença das cotas entre Flamengo e Sport em 2011 e 2016. De R$ 12 milhões, o hiato subirá para R$ 135 milhões…
2009/2011 (ano)
1) Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco – R$ 25 milhões
2) Santos – R$ 18 milhões
3) Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Inter, Fluminense e Botafogo – R$ 16 milhões
4) Outros integrantes do Clube dos 13 – R$ 13 milhões
2012/2015 (ano)
1) Flamengo e Corinthians – R$ 110 milhões (+85 mi / 340%)
2) São Paulo – R$ 80 milhões (+55 mi / 220%)
3) Vasco e Palmeiras – R$ 70 milhões (+45 mi / 180%)
4) Santos – R$ 60 milhões (+42 mi / 233%)
5) Cruzeiro, Galo, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo – R$ 45 milhões (+29 mi / 181%)
6) Outros integrantes do Clube dos 13 – R$ 27 milhões (+14 mi / 107%)
2016/2019 (ano)
1) Flamengo e Corinthians – R$ 170 milhões (+60 mi / 54%)
2) São Paulo – R$ 110 milhões (+30 mi / 37%)
3) Vasco e Palmeiras – R$ 100 milhões (+30 mi / 42%)
4) Santos – R$ 80 milhões (+20 mi / 33%)
5) Cruzeiro, Galo, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo – R$ 60 milhões (+15 mi / 33%)
6) Outros integrantes do Clube dos 13 – R$ 35 milhões (+ 8 mi / 29%)
Percentual sobre a receita total de cada clube em cada campeonato
2009/2011 – R$ 343 milhões/ano
1) Fla, Timão, São Paulo, Palmeiras e Vasco – 7,28% cada / 36,40% bloco (5)
2) Santos – 5,24% cada
3) Cruzeiro, Galo, Grêmio, Inter, Flue Botafogo – 4,66% cada / 27,96% bloco (6)
4) Outros ex-integrantes do Clube dos 13 – 3,79% cada / 30,32% bloco (8)
2012/2015 – R$ 986 milhões/ano
1) Flamengo e Corinthians – 11,15% cada / 22,30% bloco (2)
2) São Paulo – 8,11% cada
3) Vasco e Palmeiras – 7,09% cada / 14,18% bloco (2)
4) Santos – 6,08% cada
5) Cruzeiro, Galo, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo – 4,56% cada / 27,36% bloco (6)
6) Demais integrantes do Clube dos 13 – 2,73% cada / 21,84% bloco (8)
2016/2019 – R$ 1,37 bilhão/ano
1) Flamengo e Corinthians -12,40% cada / 24,80% bloco (2)
2) São Paulo – 8,02% cada
3) Vasco e Palmeiras – 7,29% cada / 14,58% bloco (2)
4) Santos – 5,83% cada/bloco (1)
5) Cruzeiro, Galo, Grêmio, Inter, Flu e Botafogo – 4,37% cada / 26,22% bloco (6)
6) Demais integrantes do Clube dos 13 – 2,55% cada / 20,40% bloco (8)
Outros integrantes do Clube dos 13: Sport, Bahia, Vitória, Coritiba, Atlético-PR, Guarani, Portuguesa e Goiás