O jogo na Ilha do Retiro começou as 22h30 da quarta-feira, no horário de Brasília. Ou seja, acabou somente no dia seguinte em Goiânia, presente no horário de verão. Portanto, foi já na quinta-feira que saiu o gol da vitória dos visitantes, afundando o Sport. Há mais de um mês sem vitórias (32 dias, para ser mais exato), o time pernambucano agora tem apenas seis pontos acima do Z4. Há bem pouco tempo eram 12.
No Mineirão, na briga pela liderança. o Cruzeiro marcou no último minuto e evitou a derrota para Palmeiras. Acabou beneficiado (de novo) pelo empate do São Paulo em Chapecó.
A 31ª rodada do representante pernambucano
25/10 – Atlético-MG x Sport (17h30)
Jogos em BH pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 5 empate e 8 derrotas.
O Sport foi derrotado pelo Goiás, na Ilha, sofrendo um gol aos 45 minutos do segundo tempo. O pernambucano Esquerdinha bateu firme e foi comemorar no alambrado, afundando o Leão na Série A, 1 x 0. Já são sete rodadas sem vitória.
A zona de rebaixamento, que em algum momento do campeonato foi quase uma miragem, hoje já aparece no horizonte. E a má sequência rubro-negra parece sem data para terminar, uma vez que o próximo compromisso será contra o Atlético-MG no caldeirão do Independência.
Chegará ainda mais pressionado, sobretudo pela incapacidade de fazer gols. Que o diga o meia Ibson, que perdeu três grandes chances na noite desta quarta. Duas delas ainda no primeiro tempo, somadas à bola na trave de Diego Souza em uma cobrança de falta. Só aí o time pernambucano jogou bola.
Na volta do intervalo foi engolido pelo adversário goiano, numa postura estranha. E aí entra um personagem recorrente, o técnico Eduardo Batista, que mexeu muito mal. Tirou Felipe Azevedo, justamente na noite na qual o atacante vinha bem. Colocou o quase inútil Érico Júnior, que nada produziu, como se esperava, e ainda terminou mais uma partida machucado, fazendo número em campo.
Além da troca de Ibson por Neto Baiano (um chute e priu), o treinador colocou Danilo no lugar de Ananias. Àquela altura, o time carecia de saída de bola, com dois volantes de contenção (Mancha e Ronaldo). Única opção para ligar o setor com o ataque, Rithely acabou preterido.
Sem saber como sair jogando, a não ser no chutão, o time – que hoje pratica um péssimo futebol – foi cedendo espaço ao Goiás, mais organizado. No fim, acabou punido. E chegou a 32 dias sem uma vitória sequer…
A 31ª rodada da segunda divisão nacional foi quase perfeita para os times pernambucanos. Os resultaos dos adversários diretos na briga pelo acesso ajudaram bastante. O “quase” se aplica aos próprios jogos dos times locais. O Náutico foi derrotado em Varginha e o Santa, empolgado pela vitória sobre o Vasco, acabou sem jogar contra o Vila Nova.
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 32ª rodada dos representantes pernambucanos
24/10 – Ceará x Santa Cruz (20h50)
25/10 – Náutico x Atlético-GO (16h20)
Um jogo da 31ª rodada foi adiado, Santa Cruz x Vila Nova, com a data remanejada para o dia 28 de outubro (18h30).
A irresponsabilidade de Vinícius custou caro demais ao Náutico em Varginha. A estúpida expulsão do meia com apenas nove minutos, por reclamação (!), sentenciou a atuação alvirrubra na noite desta terça, na qual todos os outros resultados ajudaram.
As derrotas de Vasco, Avaí e Ceará, nas partidas iniciadas às 18h30, proporcionaram ao time pernambucano a chance de reduzir para apenas quatro pontos o hiato em relação ao G4. Às 20h50 começaria a partida-chave – mais uma nesta campanha vermelha e branca.
Contudo, o vermelho tão cedo, tão inexplicável, foi um baque. E o Boa Esporte, sonhando tanto quanto o time dos Aflitos, não demorou a abrir o placar. Na verdade, precisou de apenas oito minutos com um jogador a mais para marcar o primeiro gol. O chute cruzado de Romão foi o único no interior mineiro, 1 x 0.
No segundo tempo, o Náutico ainda teve uma grande chance com Bruno Furlan, cara a cara, mas o próprio atacante reconheceu que adiantou demais a bola. Tirando isso, muita afobação – afinal, o grupo sabia que era precisa buscar os três pontos a todo custo -, e espaço para contragolpes, desperdiçados de forma consecutiva pelo mandante.
De toda forma, o Boa se aproximou do G4, subindo para 47 pontos, a cinco do pelotão. O Náutico, um contexto melancólico para tanta esperança depositada. Difícil não colocar a maior parte disso na conta de Vinícius…
A representatividade do esporte pernambucano no país em modalidades coletivas é escassa. A falta de investimentos e de uma base mais forte para a formação de novos atletas estão entre as causas. Até mesmo a localização geográfica do estado, que limita a participação em ligas nacionais importantes. É uma vida de verdadeiros abnegados nas quadras.
Mesmo assim, a galeria de títulos nacionais de Pernambuco no nível adulto se faz presente, considerando competições oficiais de primeiro nível como Campeonato Brasileiro, Taça Brasil, Copa do Brasil e Liga Nacional.
Nas cinco modalidades coletivas listadas (tanto no masculino quanto no feminino), os clubes locais já conquistaram 31 títulos brasileiros. Na soma geral, três agremiações: Clube Português 19, Sport 9 e Náutico 3.
Obs. Como o histórico de competições nas modalidades olímpicas não é tão bem definido, essa postagem poderá ser atualizada sistematicamente.
Post atualizado em 20 de outubro de 2014
Hóquei sobre partins
Masculino
Português – 1966, 1967, 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport – 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014
Feminino
Português – 2003, 2005 e 2014
Náutico – 2010 e 2012
Sport – 2004
Handebol
Masculino
Português – 2008, 2009, 2010, 2011 e 2014
Feminino
Português – 2007, 2008, 2009, 2010 e 2014
Futsal
Masculino
Náutico – 1976
Basquete
Feminino
Sport – 2013
Futebol
Masculino
Sport – 1987 e 2008
Obs. Considerando os campeonatos brasileiros de seleções, Pernambuco tem o histórico título no futsal, em 1993, quando venceu o Paraná na decisão.
O consórcio que administra a Arena Pernambuco enviou ao blog um posicionamento oficial acerca dos problemas ocorridos na partida entre Santa Cruz e Vasco, no sábado, com 24.283 espectadores. A resposta vem após a análise da situação, com torcedores demorando quase uma hora para entrar no estádio e posteriormente mais de uma hora para sair do estacionamento, publicada no blog e na coluna desta segunda-feira, no Diario de Pernambuco.
Eis a íntegra da nota de esclarecimento do consórcio:
A Itaipava Arena Pernambuco reforça o seu compromisso com conforto e segurança do torcedor pernambucano e trabalha com planejamento para proporcionar a ele a melhor experiência no futebol. Na partida do último sábado (18/10), entre Santa Cruz e Vasco, apesar da venda antecipada ter sido iniciada três dias antes em três pontos de venda físicos e ainda pela internet, 7.200 ingressos foram comprados na bilheteria da Arena momentos antes da partida. Dos 24 guichês disponíveis, 12 foram utilizados apenas para sócios por uma solicitação da diretoria do Santa Cruz, responsável por esse sistema de bilhetagem.
Dessa forma, o público geral ficou concentrado nas outras 12 bilheterias operadas pela arena, o que representou a maior demanda com 5.700 ingressos comercializados na hora. Diante do ocorrido e sendo mantido esse planejamento do Clube para os ingressos de sócios, a concessionária irá ampliar os caixas para público geral com a instalação de uma outra bilheteria container. Em relação aos registros de congestionamento no portão B, esclarecemos que um total de 12 portões de acesso e 78 catracas estavam sendo utilizados pelo torcedor.
O problema relatado no acesso pelos torcedores ocorreu apenas no portão B por conta de uma falha na impressão de aproximadamente 1.500 ingressos, que indicaram o portão B e não o P, concentrando um número maior de torcedores naquelas catracas e não descentralizando o fluxo de pessoas. Assim que a falha foi identificada, mais orientadores e catraqueiros foram acionados para a área.
A concessionária esclarece ainda que, em pouco mais de um ano de operação, esse foi o primeiro erro registrado na impressão das entradas e pede desculpas ao torcedor pelo transtorno provocado. As medidas cabíveis já estão sendo providenciadas. Com relação ao estacionamento, a administração ainda informa, que estudos já foram realizados para otimizar o fluxo dos estacionamentos e as soluções estão sendo definidas.
Enquanto vencia o Botafogo, o Sport subiu para o 9º lugar e aumentava para nove pontos a distância em relação ao Z4. O gol sofrido custou caro. Derrubou o Leão para o 12º lugar e reduziu a vantagem para sete pontos. Apesar de enfim ter pontuado longe de Pernambuco, o time volta pressionado ao Recife, pois já não vence há seis jogos. E precisa de ao menos três vitórias para apagar qualquer risco de descenso.
Já na briga pelo título, o Cruzeiro voltou aos trilhos, vencendo em Salvador. No Barradão, palco onde foi campeão brasileiro em 2013, o time mineiro venceu com um gol a seis minutos do fim. Quando os concorrentes vencem, o Cruzeiro não deixa por menos.
A 30ª rodada do representante pernambucano
22/10 – Sport x Goiás (21h30)
Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, nenhum empate e 2 derrotas.
Eram oito derrotas seguidas como visitante. Apenas um gol marcado, de pênalti.
Considerando isso, o empate do Sport com o Botafogo em 1 x 1 foi até bom.
Em Volta Redonda, neste domingo, o time pernambucano brecou a série de derrotas e aumentou de 6 para 7 pontos a margem sobre o Z4.
No entanto, vamos além disso. Vamos considerar o desempenho em campo. Aí, para quem assistiu ao jogo, o resultado foi ruim.
Sobretudo pela boa postura no primeiro tempo, quando o Rubro-negro, instigado pelo discurso do Bope, buscou o ataque, jogando no erro de um adversário em crise. Sim, era preciso usar a crise alheia ao seu favor. Atrás, a segurança de Rodrigo Mancha, enfim recuperado.
O gol saiu aos 21 minutos – Mancha já havia acertado o travessão -, Diego Souza marcou um belo gol. Recebeu, ajeitou de cabeça e finalizou com força.
A vantagem pressionou ainda mais o mandante. Mas o Leão seguia criando. Pena ter vacilado tanto nas finalizações. Em uma delas, é preciso admitir, o mérito foi do goleiro Jefferson, novamente com Diego Souza.
Manter o futebol do primeiro tempo era o mínimo a ser feito na volta do intervelo. Repetindo uma prática comum no futebol brasileiro, o time de Eduardo Batista optou por recuar.
Mesmo ruim – o time carioca cheira à Série B -, o Botafogo conseguiu encostar mais no ataque, aproveitando os inúmeros chutões do Sport. Sair com a bola rasteira foi algo escasso.
Seguiu assim até a falta boba cometida por Wendel (bem, mesmo improvisado na zaga). Bem na meia lua. Wallyson cobrou mal, no meio da barreia. Gol…
Somente após tomar o empate o Sport resolveu – pra surpresa de pouca gente – jogar bola novamente. Pressionou, mas não finalizou com perigo.
Mesmo com a partida se estendendo até o 49 minutos, o placar se manteve.
O Sport pontuou fora, mas também chegou a seis jogos sem vitória…
Segundo o consórcio que administra o estádio, a divisão de funcionários em atividade é a seguinte, considerando o público presente:
5 mil torcedores – 600
15 mil torcedores – 1.000
30 mil torcedores – 1.600
40 mil torcedores – 2.200
Fica claro que é preciso “acertar” a expectativa de segurança, limpeza, manutenção, catraqueiros, bares, orientadores e administração. Um erro de cálculo pode ser fatal para todo o esquema.
Isso corresponde a 52,5% da capacidade total da arena, com 46.214 assentos.
Mesmo com percentual mediano, o número foi suficiente para uma tarde de problemas em São Lourenço da Mata.
Somando a isso a onipresente mobilidade falha – e ainda não finalizada pelo governo do estado -, a acessibilidade no estádio pecou.
A primeira imagem deste post, com uma multidão do lado do de fora, foi feita às 16h50, quando o jogo da Série B já estava com 40 minutos de bola rolando!
A cada segundo a mais, o nervosismo (justo) do torcedor só aumentava.
O tal torcedor se deslocou mais que o habitual em relação ao Arruda, pagou ingresso e simplesmente não conseguiu entrar no seu setor.
O cenário torna-se ainda mais crítico quando levamos em conta o fato de ser o estádio mais moderno de Pernambuco, no mais alto padrão de infraestrutura.
O volume de pessoas acabou fazendo com que a organização liberasse o setor inferior sul, embaixo dos visitantes e que geralmente fica vazio.
Apesar da presença maciça do povão, o sábado não estabeleceu o recorde de público entre clubes, ainda pertencente à final do Estadual deste ano entre Náutico e Sport – na Copa, lembrando, a organização coube à Fifa.
Trata-se da única arena do Nordeste que ainda não lotou (veja aqui).
E mesmo assim segue apresentando problemas…
Antes, durante e após os jogos. A saída do estacionamento – uma queixa recorrente dos torcedores alvirrubros, diga-se – se estendeu aos corais, com relatos de até 1h30 para deixar o local. Sempre por um portão congestionado.
A Arena Pernambuco é espetacular, não há dúvidas sobre isso. Porém, a experiência no estádio ainda não é equivalente. Longe disso.
Após muitas rodadas, a Série B de 2014 enfim apresenta o mesmo número de jogos para todos os vinte participantes. O Santa, que tinha um jogo adiado, aproveitou bem a semana, vencendo duas vezes, chegando a 45 pontos e empatando com o Náutico, que ficou no 1 x 1 no Maranhão. Ambos a sete pontos da zona de classificação a elite. Faltam apenas oito rodadas…
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 31ª rodada dos representantes pernambucanos
21/10 – Boa Esporte Náutico x (20h50)
28/10 – Santa Cruz x Vila Nova (18h30)