Balançando as redes três vezes no segundo tempo, o Sport goleou o Santa Cruz na abertura do hexagonal do campeonato estadual de 2015 e chegou a 50 vitórias sobre os rivais das multidões dentro do Arruda. Com o 0 x 3 no placar, o visitante ultrapassou o mandante no número de triunfos nos clássicos realizados no José do Rêgo Maciel em toda a história, segundo os dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro.
161 jogos
49 vitórias do Santa
62 empates
50 vitórias do Sport
Um resultado emblemático, sem dúvida, dando mais molho a uma rivalidade quase centenário. Foi também um começo quente para o Pernambucano de fato – que não tinha um clássico na primeira rodada desde 1996. Mais entrosado, o Leão só fez valer a sua superioridade técnica nos 45 minutos finais. Antes, teve que ter muita paciência. Enquanto no dedicado Santa era visível a falta de entrosamento, o Sport entrou em campo num ritmo bem abaixo daquele imposto no amistoso contra o Nacional do Uruguai.
O primeiro tempo foi amarrado, apesar da disposição. Foram poucas jogadas criadas. Tanto que cada time teve apenas uma chance, ambas com finalizações constrangedoras. Primeiro com o tricolor Waldison (chute tosco) e depois com o leonino Joelinton (cafofa). As vaias das duas torcidas foram aumentaram a exigência por um futebol mais solto.
Na volta dos vestiários, o Sport aos poucos foi trocando mais passes, com Eduardo Batista gritando a todo momento “gira, gira”. Era para a bola ir de pé em pé mesmo, envolvendo o adversário. Provocou uma marcação mais dura, que resultou num pênalti, aos 15. Bileu derrubou Régis de forma inconsequente. Na cobrança, Danilo chutou no meio do gol e abriu o placar. O prognóstico já não era bom para o goleiro Bruno, que em sua estreia não defendera uma vez sequer nas 11 cobranças do Zalgiris Vilnius.
O campo ficou mais aberto após a dupla expulsão, de Alemão e Joelinton. Excesso de rigor, para os dois lados, do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique. Na sequência, o Rubro-negro “matou” o jogo num contragolpe mortal, com uma deixadinha de Rithely para Élber. O mesmo Élber, que chegou sem alarde na Ilha, definiu a categórica (50ª) vitória aos 43 minutos, livre, já com o Santa disperso.