Josimar e Patrick Vieira garantiram ao Náutico a (necessária) cota de R$ 560 mil na Copa do Brasil. Em duas jogadas iniciadas pelo lado esquerdo, em onze minutos do segundo tempo, o Timbu matou o confronto contra o Jacuipense, pela segunda fase da Copa do Brasil. A vitória por 2 x 0 colocou o time pernambucano na terceira etapa, garantindo uma verba extra. Aliás, a semana foi proveitosa, pois dois dias antes o clube confirmara a venda de 50% dos direitos econômicos do meia Marcus Vinícius ao Cruzeiro, por R$ 900 mil – permanecendo com 30%.
E o Alvirrubro ainda ganhou mais R$ 57.762 da renda do jogo, valor correspondente a 60% da arrecadação em Riachão do Jacuípe, pois eliminou a partida de volta. Logo, para quem está com a conta corrente assolada, como comprova o balanço financeiro de 2014, essa receita de R$ 1, 517 milhão num espaço tão curto, ainda que parcelada, chega num momento muito oportuno. Com a Série B batendo à porta, exigindo a chegada de reforços, o que já começou a correr, como indica a presença de Fabiano Eller.
Na próxima fase da Copa do Brasil, os comandados de Lisca – expulso por reclamação, apesar da vitória – enfrentarão o Flamengo na Arena Pernambuco, num duelo cujo classificado às oitavas de final colocará R$ 690 mil no bolso. Por enquanto, essa verba segue no campo da projeção, mas o dinheiro vivo, aos poucos, vai aparecendo nos Aflitos…
Com 60.044 lugares, o Santa Cruz passa a ter um novo esquema de acesso, iniciado justamente na final do Campeonato Pernambucano de 2015.
Serão 71 catracas espalhadas em sete portões de acesso, incluindo dois para o anel superior, cuja entra conta com dois bilhetes distintos, o ingresso pago e o tíquete promocional do Todos com a Nota. Cabendo aos visitantes o portão 5.
Para evitar confusão, a direção coral optou por colocar 20 orientadores no entorno com a camisa “Posso ajudar?”, semelhante ao trabalho feito no mesmo Mundão em 2009, no jogo entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa.
As imagens do post estão no panfleto produzido pelo clube para a distribuição. De toda forma, todos os caminhos levam ao Arruda…
A dívida do Náutico cresceu 56% em um ano, saltando de R$ 87 milhões para R$ 137 milhões, quase impagável na situação atual. No entanto, esse aumento ocorreu devido a uma atualização do próprio clube em suas informações fiscais junto à Receita Federal e à normalização da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais de 2010 a 2013. Ainda que seja uma regularização tocada pela própria administração, é fato que a soma dos passivos circulante e não circulante dobrou em quatro anos, o período no qual o blog passou a acompanhar os balanços financeiros dos grandes clubes do Recife.
A situação se complica por causa de um indicativo simples: a receita caiu bastante. Após o ano de maior faturamento na centenária história timbu, com R$ 48 milhões em 2013, o MTA teve que se contentar com cerca de R$ 16 milhões no ano seguinte, quando o time voltou à Série B. Foi a menor receita operacional desde 2011. Para completar, um déficit no último exercício, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014, na ordem de R$ 13 milhões.
No novo balanço, há um dado que contrasta com o demonstrativo anterior. Segundo o relatório de 2013, no último ano da gestão Paulo Wanderley, a receita teria sido de 48,1 milhões, enquanto o deste ano, já com Glauber Vasconcelos, aponta (considerando o exercício de 2013) um valor de R$ 45,6 milhões. O blog optou por manter o dado original. Confira a análise do último balanço aqui.
O Santa Cruz manteve o seu patamar de faturamento em 2014. A receita operacional dos tricolores foi de R$ 16,5 milhões, com uma diferença (para baixo) de R$ 452 mil em relação a 2013. Impressiona a relação “dinheiro x títulos”, pois nos últimos quatro anos (com três títulos estaduais) o clube foi o de menor receita na capital, jamais alcançando nem R$ 20 milhões. Ou seja, o clube vem se virando com pouco mais de R$ 1,3 milhão por mês.
Chama a atenção no balanço, com dados de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014, o fato de que na temporada passada os corais disputaram a Série B, com um calendário completo, fato ocorrido após um hiato de seis anos. Ainda assim, o apurado foi menor. Pesou contra a movimentação financeira as punições impostas pelo STJD – por causa da arruaça das organizadas – , com jogos esvaziados em Caruaru e partidas de portões fechados nos Aflitos. Isso ocorre porque o Santa ainda não tem um grande contato com a tevê, fazendo com o percentual de bilheteria seja o maior. Basta dizer que a renda no Arruda gerou R$ 6,8 milhões, enquanto os direitos de transmissão renderam R$ 1,9 milhão.
A divulgação do demonstrativo oficial do Santa, como ocorre há alguns anos, ocorreu no Diario de Pernambuco. O patrimônio social do clube, de acordo com o documento, é de R$ 63 milhões. Relembre o balanço anterior aqui.
O resultado do último exercício foi o pior dos últimos quatro anos, com déficit de R$ 1,7 milhão e aumento da dívida em R$ 1,3 mi.
O balanço financeiro do Sport em 2014 traz um novo cálculo em relação às dívidas do clube, com um aumento significativo, diga-se. No demonstrativo anterior, com exercício de 2013, o passivo era de R$ 22,7 milhões. O dado, considerando os passivos circulante e não circulante, subiu para R$ 73 milhões, de acordo com a movimentação financeira de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014. É assustador num primeiro olhar. No entanto, esta dívida já “existia” de fato, por mais que na publicação passada o clube não tenha destrinchado os parcelamentos, empréstimos, financiamentos e receitas antecipadas. Somente aí, o buraco aumentou em R$ 42 milhões.
No parcelamento, o bolo é fatiado pelo INSS, FGTS, IRRF, PIS, Cofins e Banco Central (neste último caso, uma multa de R$ 5,2 milhões, de quase dez anos). Para dar conta disso tudo, o clube firmou um pagamento junto à Receita Federal em 15 anos, através da adesão ao programa de recuperação fiscal (Refis).
Em relação à receita operacional, o aumento em um ano foi de 17%. O crescimento era esperado, pois o Leão retornou à Série A, com a receita operacional passando de R$ 51 mi para R$ 60 mi. Porém, o número é bastante inferior ao da temporada 2012, o maior da história da Ilha do Retiro. Na ocasião, o Rubro-negro recebeu as “luvas” do novo contrato de quatro anos com a Rede Globo para a exibição dos jogos no Campeonato Brasileiro.
Mesmo com mais dinheiro, o Rubro-negro terminou negativo, registrando um déficit considerável, de R$ 8,6 milhões, o maior nos últimos quatro anos. O clube justifica pelo fato de que alguns fornecedores atrasaram. Ou seja, o repasse deve sair somente no balanço de 2015.
O balanço publicado neste 30 de abril, na Folha de Pernambuco, tomou uma página quase toda, bem mais detalhado que o anterior. Sobre o patrimônio social (estádio, sede, ginásios e parque aquático), o valor segue “congelado” em R$ 149.469.513. O número não considera o centro de treinamento, ainda em nome da Associação de Amigos dos Sport.
O primeiro triênio da Copa do Nordeste, nesta sua volta ao calendário oficial da CBF, apresenta números significativos. Considerando a soma da renda bruta nas partidas e as cotas de participação, o regional movimentou R$ 53,8 milhões de 2013 a 2015, sendo R$ 27,1 mi em bilheteria e R$ 26,7 mi em premiações. A esse montante é necessário somar os investimentos dos patrocinadores, na ordem de R$ 18,2 milhões, totalizando uma movimentação financeira de R$ 72 milhões. Nada mal para um “período de teste” no mercado.
A recém-encerrada edição de 2015, vencida pelo Ceará, registrou a maior renda, tanto no número absoluto quanto na média, de R$ 152 mil. Colaborou bastante para este cenário a arrecadação de R$ 1,8 milhão na decisão no Castelão, com o recorde de público do regional (63.399 pagantes). O Vozão, aliás, parece ser o maior beneficiado no torneio até agora. Foi o clube que mais faturou (renda + cota) nos três regionais, nos quais foi semifinalista, vice e campeão, respectivamente. Ao todo, gerou R$ 12,1 milhões.
Em relação à média de público da Lampions, o índice varia entre 7.600 e 8.400 pagantes. A expectativa da Liga do Nordeste, segundo o presidente da liga, Alexi Portela, é alcançar o número de 20 mil espectadores em 2018, no “auge” do Nordestão, cuja previsão de faturamento atual é de R$ 50 milhões.
Confira os dados do Nordestão e dos clubes pernambucanos de 2013 a 2015:
2015
jogos 74 (1 de portões fechados)
Público: 570.777 pagantes (média: 7.818)
Renda: R$ 11.129.796 (média: R$ 152.462)
Cota: R$ 11,14 milhões
Total: R$ 22.269.796
2014
jogos 62 (1 de portões fechados)
Público: 463.749 pagantes (média: 7.602)
Renda: R$ 8.436.174 (média de R$ 138.297)
Cota: R$ 10 milhões
Total: R$ 18.436.174
2013
62 jogos (1 de portões fechados)
Público: 517.709 pagantes (média: 8.487)
Renda: R$ 7.577.603 (média de R$ 124.223)
Cota: R$ 5,6 milhões
Total: R$ 13.177.603
Movimentação financeira*
2015 – R$ 29 milhões
2014 – R$ 23 milhões
2013 – R$ 20 milhões *O número leva em conta a soma de bilheteria dos jogos, cotas da televisão e patrocinadores.
2015
Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (campeão), com R$ 5.895.664
Sport (4º)
Público: 62.796 pessoas em 5 jogos (média: 12.559)
Renda bruta: R$ 899.850
Cota: R$ 890 mil
Total: R$ 1.789.850
Salgueiro (7º)
Público: 19.102 pessoas em 4 jogos (média: 4.775)
Renda bruta: R$ 58.486
Cota: R$ 615 mil
Total: R$ 673.48
Náutico (9º)
Público: 4.027 pessoas em 3 jogos (média: 1.342 pessoas)
Renda bruta: R$ 49.585
Cota: R$ 365 mil
Total: R$ 414.585
2014
Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (vice), com R$ 3.607.640
Sport (campeão)
Público: 83.777 pessoas em 5 jogos (média: 16.755)
Renda bruta: R$ 1,275 milhão
Cota: R$ 1,9 milhão
Total: R$ 3.175.000
Santa Cruz (4º)
Público: 44.335 pessoas em 5 jogos (média: 8.867)
Renda bruta: R$ 785.210
Cota: R$ 850 mil
Total: R$ 1.635.210
Náutico (10º)
Público: 31.715 pessoas em 3 jogos (média: 10.571)
Renda bruta: R$ 763.275
Cota: R$ 350 mil
Total: R$ 1.113.275
2013 Maior arrecadação (cota + renda): Ceará (4º lugar), com R$ 2.615.434
Santa Cruz (6º)
Público: 91.758 pessoas em 4 jogos (média: 22.939)
Renda bruta: R$ 1.134.515
Cota: R$ 300 mil
Total: R$ 1.434.515
Sport (7º)
Público: 70.810 pessoas em 4 jogos (média: 17.702)
Renda bruta: R$ 791.015
Cota: R$ 300 mil
Total: R$ 1.091.015
Salgueiro (13º)
Público: 27.441 pessoas em 3 jogos (média: 9.147)
Renda bruta: R$ 249.460
Cota: R$ 300 mil
Total:R$ 549.460
Uma quarta-feira decisiva na região. No Sertão, com dez mil espectadores no Cornélio de Barros, Salgueiro e Santa ficaram num empate sem gols, na pauta principal do 45 minutos. Arruda lotado e camisa são suficientes para o título coral em 2015? O podcast também debateu a tranquila vitória do Sport no Lacerdão, assegurando na prática a vaga no Nordestão de 2016. Falando no regional, o título histórico do Ceará tmabém chamou a atenção (entrou no “G4 do NE”?). Por fim, a prévia de Jacuipense x Náutico, pela Copa do Brasil.
Neste podcast, com 1h31min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!