Péssimo início de jogo no Barradão leva o Santa à derrota diante do líder Vitória

Série B 2015, 19ª rodada: Vitória x Santa Cruz. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

Do 8º minuto do primeiro tempo ao 50º do segundo, o Santa fez uma partida bem disputada contra o Vitória, num Barradão mais instigado que o normal, com 15 mil torcedores. Infelizmente, é inegável que a desatenção nos sete primeiros definiram a noite a favor do líder da Série B. Foram dois gols relâmpagos, aos 5, no pênalti convertido por Escudero após o imprudente carrinho de Néris em Rhayner, e aos 7, com Elton cabeceando no cantinho de Tiago Cardoso, num lance em que os outros cinco tricolores na área sequer pularam.

A vitória baiana por 2 x 1 brecou a série de vitórias alcançadas no Arruda, mas deve ser insuficiente para mudar o rumo do time, que vem mais consistente. No returno, a tabela é favorável nos seis primeiros jogos, com quatro em casa (Macaé, América-MG, Paysandu e Luverdense) e dois fora (Paraná e ABC). Voltando à partida que abriu a última rodada do turno, o Santa tem a lamentar duas situações, além da desvantagem tão cedo, claro. A primeira foi o gol perdido por Lelê ainda na primeira etapa. Lançado antes do meio campo, ele se aproveitou na saída do goleiro e tocou por cobertura, de longe. Raspou a trave.

Se no primeiro tempo o domínio baiano foi evidente, no segundo o visitante melhorou, equilibrando as ações, ganhando mais a posse. Aos 11, diminuiu num cruzamento de Lelê para Luisinho – curiosamente, os últimos reforços do ex-técnico Ricardinho. Se Grafite não marcou, ao menos teve mais mobilidade, trabalhando coletivamente. Ainda se condicionando, deu lugar a Daniel Costa aos 28. Apesar do maior volume, o Santa não teve “a” chance. Daí, a segunda lamentação, sobre o bandeirinha “cirúrgico”, assinalando impedimento em todos os lances. De toda forma, o rendimento coral ultrapassou o resultado.

Série B 2015, 19ª rodada: Vitória x Santa Cruz. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

A numeração oficial do Sport na Sul-Americana 2015, do 1 ao 30

Numeração oficial do Sport na Copa Sul-Americana 2015. Crédito: Conmebol

A Conmebol publicou em seu site a relação oficial de jogadores inscritos pelo Sport para a Copa Sul-americana de 2015. Cada clube pode inscrever até 30 atletas no torneio internacional. E o Leão larga com os 30 nomes inscritos, sem nenhuma grande surpresa na lista. Uma curiosidade no torneio internacional está na numeração, sem espaço para qualquer número marketeiro. Nada de Diego Souza 87 ou André 90, por exemplo.

O regulamento da Sula adota numeração fixa de 1 a 30. No caso, os dois rubro-negros citados vão vestir as camisas 30 e 28. Outros jogadores seguem com seus números clássicos, como Magrão (1) e Durval (4) e Brocador (9).

A numeração será exclusiva no torneio, a princípio em agosto, nos dias 19 em Salvador e 26 no Recife, contra o Bahia. Dá pra ir mais longe…?

Organização criminosa construiu a Arena Pernambuco, segundo a Polícia Federal

Arena Pernambuco. Foto: copagov/divulgação

Uma investigação da Polícia Federal apontou um superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco. Provavelmente, o dado está entre o valor original da construção, de R$ 479 milhões, e o custo final da obra, estipulado pela empresa responsável, a Odebrecht, na casa de R$ 743 milhões. Além do valor da “obra”, há um adendo milionário: o gasto com o projeto executivo (R$ 9,35 mi) e o custo pré-operacional (R$ 44,26 mi) totaliza mais R$ 53,61 milhões. Dinheiro demais, interesse demais e agora na malha fina da PF.

Em 19 de junho, o blog questionou o andamento das diligências da Polícia Federal, que mesmo prendendo os presidentes das três empreiteiras envolvidas na licitação do estádio em São Lourenço mantinha o foco na Petrobrás. De fato, a “Lava-Jato” segue investigando somente a gigante indústria petrolífera. Para os contratos dos estádios da Copa do Mundo, surgiu um novo nome, de praxe: “Operação Fair Play”. Jogo limpo? Em nota oficial, em 14 de agosto de 2015, o que corresponde a 814 dias após a inauguração oficial do estádio, a PF tratou a construção como resultado de uma “organização criminosa”.

Um dos principais pontos da apuração é o fato de a Odebrecht, vencedora da concorrência, ter elaborado o projeto básico do edital de licitação, de 78 páginas e lançado em fevereiro de 2010, com o aval do comitê gestor de parcerias público-privadas no estado – não por acaso, também alvo da operação. A relação apontaria uma nítida vantagem à empreiteira. Ou, literalmente, fraude, na visão da polícia. O curioso é que na época da entrega dos envelopes na licitação, dois meses depois, já se sabia da colaboração, tratada pelos envolvidos como natural. Menor ainda foi a surpresa com a vitória da Odebrecht.

Observação: na época, o secretário de planejamento do estado era Geraldo Júlio (atual prefeito da capital), enquanto o secretário de administração era Paulo Câmara (atual governador), e ambos integravam o comitê gestor das PPPs.

Saiba mais detalhes sobre a investigação clicando aqui.