Náutico empata na Fonte Nova e se mantém na briga direta pelo G4

Série B 2015, 18ª rodada: Bahia x Náutico. Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

Além do fraco rendimento como visitante nesta Série B, até então de 20,8%, o Náutico teria contra o Bahia, numa noite estrelada na Fonte Nova com 23 mil torcedores, a pressão de poder ser ultrapassado pelo Santa Cruz. Algo irreal na sexta rodada, quando a diferença a favor dos alvirrubros já era de doze pontos. De lá para cá, curvas distintas dos rivais. E no Recife o Tricolor fez a sua parte.

O “X” na classificação só seria evitado se o time de Lisca pontuasse em Salvador. Conseguiu. Pela reta final do clássico regional, o 1 x 1 ficou de bom tamanho para os pernambucanos. No entanto, não há como não lamentar o contexto aos 5 minutos do segundo tempo. Àquela altura, o Alvirrubro estava à frente, com Patrick Vieira escorando o cruzamento de Gastón no finzinho da primeira etapa. Bem postado, criou duas ótimas oportunidades para ampliar. Na primeira, Fabiano Eller conseguiu o impossível. Num rebote, com o goleiro no chão, o zagueiro, a um metro da barra, acertou a trave. Logo na sequência, numa falta, o volante Willian Magrão acertou o travessão.

Não demorou sete minutos para sair o empate, com Vítor Costa acertando um chutaço da ponta da área. Golaço, cruel. No finzinho, com Rodolpho (de volta após oito anos, substituindo o machucado Júlio César) seguro e o ex-alvirrubro Souza mandando uma cobrança de falta na barreira, ficou o pontinho somado, que manteve o time dos Aflitos a uma vitória do G4. E à frente do Santa.

Série B 2015, 18ª rodada: Bahia x Náutico. Foto: Itaipava Fonte Nova/Facebook

Santa Cruz vence o Mogi Mirim com Grafite decidindo outra vez no Arruda

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Antes dos trinta minutos o Santa já havia virado o placar. O Mogi Mirim, bem diferente do outrora “rebaixado” nas primeiras rodadas da Série B, marcou aos 13, após uma falha de posicionamento dos corais, com Geovane aproveitando o rebote de Tiago Cardoso. Entretanto, não houve afobação e não houve pressa em jogar, até mesmo pelo campo pesado com a chuva que teima em cair nos jogos do Tricolor. Mas, curiosamente, a situação melhorou rapidamente.

Os gols saíram com Grafite (dois gols de cabeça em três finalizações até aqui, num rendimento excelente) e Anderson Aquino chegando a dez gols na competição. Cobrou um pênalti após a bisonha falta cometida pelo time paulista. O placar de 2 x 1 seria mantido até o final, uma vez que o segundo tempo foi fraco tecnicamente. Com o time de Martelotte satisfeito com o resultado, o visitante, sem Rivaldo e ainda na zona de rebaixamento, precisava se expor. E nem isso aconteceu, com uma timidez ofensiva.

Na noite em que os veteranos laterais Lúcio (esquerdo) e Vitor (direito) jogaram, não haveria (em tese) força para um contragolpe. Na reta final, coube a Grafite dar um belo passe, deixando Luisinho livre, mas bateu por cima. Ao menos o lance deixou claro que que o investimento no ídolo se pagará rapidamente através do nível técnico. A terceira vitória em quatro rodadas, deixou o Santa na entrada do G4. Está na briga, mas em breve precisará aumentar o ritmo.

Série B 2015, 18ª rodada: Santa Cruz x Mogi Mirim. Foto: Rafael Martins/DP/D.A Press

Mapeamento de torcidas: Brasil (Paraná Pesquisas/2013)

Pesquisa de torcidas Paraná Pesquisas em 2013. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em dezembro de 2013, o instituto Paraná Pesquisas finalizou um mapeamento sobre o tamanho das torcidas dos clubes de futebol do país, ouvindo mais de sete mil pessoas acima de 16 anos, em um cenário bem semelhante ao utilizado pelo Ibope em amostragens nacionais. O levantamento, lançado em 2014, foi utilizado agora pelo perfil da Copa Sul-Americana no twitter para comentar os times brasileiros na edição de 2015. E ainda não havia sido publicado no blog, que tem o hábito de reproduzir os levantamentos nacionais.

Mensurando a pesquisa aos dados oficiais sobre a população do Brasil na época, segundo o IBGE, vamos às estimativas absolutas, que apontam um montante considerável para o futebol pernambucano. Somadas, as torcidas de Sport, Santa e Náutico representam 6.191.807 pessoas. O Leão da Ilha, aliás, aparece na liderança entre os nordestinos, onde costuma se revezar com o Bahia, e em 11º lugar nacional, repetindo a sua melhor posição, até então alcançada uma vez, em 2010, num estudo do Ibope (veja aqui).

Um claro diferencial nesta análise do Paraná é a presença de duas casas decimais nos percentuais de cada clube citado. Ibope e Pluri Consultoria, por exemplo, adotam apenas uma casa decimal. E há quem não use “vírgula” alguma. As pesquisas do Datafolha apresentam dados arredondados, para cima ou para baixo, por entender que os decimais poderiam causar uma “impressão falha de precisão”. Entre outros motivos (geográfico e histórico), a diferença nas torcidas em relação às demais pesquisas nacionais, inclusive as mais recentes, também se deve à margem de erro, neste caso de 1%.

Paraná Pesquisas / Brasil 2013
Período: julho a dezembro de 2013
Público: 7.302 (258 municípios)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2013): 201.032.714

1º) Flamengo – 15,95% (32.064.717)
2º) Corinthians – 13,75% (27.641.998)
3º) São Paulo – 7,86% (15.801.171)
4º) Palmeiras – 5,57% (11.197.522)
5º) Vasco – 4,46% (8.966.059)
6º) Cruzeiro – 4,16% (8.362.960)
7º) Grêmio – 3,34% (6.714.492)
8º) Santos – 3,14% (6.312.427)
9º) Inter – 2,31% (4.643.855)
10º) Atlético-MG – 2,24% (4.503.132)
11º) Sport – 1,89% (3.799.518)
12º) Botafogo – 1,79% (3.598.485)
13º) Bahia – 1,73% (3.477.865)
14º) Fluminense – 1,59% (3.196.420)
15º) Santa Cruz – 0,74% (1.487.642)
15º) Vitória – 0,74% (1.487.642)
17º) Atlético-PR – 0,58% (1.165.989)
18º) Náutico – 0,45% (904.647)
19º) Coritiba- 0,41% (824.234)
20º) Goiás – 0,36% (723.717)
21º) Ceará – 0,33% (663.407)
22º) Paysandu – 0,31% (623.201)

Outros times – 1,89%
Sem clube/não sabe – 24,43%

Veja a íntegra do estudo, com procedimento e perfil de amostra, clicando aqui.