O Sport não vence há mais de um mês, desde o 2 x 0 sobre o São Paulo. De lá pra cá, a queda de rendimento é vertiginosa, com seis jogos que derrubaram o time na classificação. Daquela equipe compacta, firme no G4, sobrou pouca coisa. Hoje, estamos vendo um time desordenado, com a confiança cada vez menor. No Orlando Scarpelli, os pernambucanos abriram o placar como visitante pela 5ª vez nesta Série A. Em todas, deixaram a vitória escapar. Até esta noite, ao menos empatava. Mas o Figueirense foi bravo no segundo tempo. Partiu com três atacantes e virou para 2 x 1, em duas bolas paradas, cruzadas na área, justamente a maior defiência do já previsível time de Eduardo Batista.
No primeiro tempo, o incomum gol de Renê, de pé direito e de fora da área, até fazia justiça ao futebol apresentado pelo Leão, que teve 54% de posse e finalizou mais que o adversário (9 x 3). Como de praxe, não ampliou a vantagem, não “matou” o jogo. Na volta do intervalo, o time veio sonolento. Em duas bolas levantadas na área, Dudu e Bruno Alves balançaram as redes sem qualquer dificuldade, com a marcação distante, reclamando de qualquer outra coisa.
O curioso é que no gol de empate, Eduardo trocava Marlone por Elber, que vem muito mal (e não rendeu novamente). Após a virada, tirou Mancha e colocou o Brocador, recuando Diego Souza e dando mais espaço ao Figueira, que só não ampliou por causa de suas limitações técnicas. Lá na frente, com dois centroavantes, nenhuma assistência certa. E assim o Sport chegou à indigesta sequência de 1 vitória em 10 jogos no Brasileirão. Mesmo assim, a direção e o técnico enfatizaram o discurso de priorizar a competição em detrimento da Sul-Americana. Pra isso? Neste momento, o Sport está priorizando a crise.