O Santa Cruz garantiu a sua vaga na semifinal estadual de 2016 somente na última rodada, numa disputa surreal com o Mequinha. Se classificou em 4º lugar, com apenas duas vitórias, nenhuma delas em clássicos. Um desempenho ainda pior que o de 2016, quando avançou com quatro vitórias, na 3ª posição. Na ocasião, cresceu no mata-mata e acabou faturando o título estadual, o quarto em cinco anos. É verdade é que não enfrentou clássicos – também por demérito dos rivais -, o que agora já muda logo na semi, contra o Náutico.
Para conquistar o bicampeonato, indo além da mística, o Santa precisa também melhorar o rendimento em campo, com mais imposição tática e competitividade – o que vem ocorrendo no atual formato, pois passou da semi quatro vezes, sendo posteriormente campeão todas as vezes.
Entre os semifinalistas, foi o único a trocar de treinador durante a campanha, com a chegada de Milton Mendes no lugar de Marcelo Martelotte, dispensado após perder dos reservas do Bahia no Nordestão, mesmo com a classificação ao fim do jogo. Milton deu um novo ânimo ao time e vem, sim, buscando um novo padrão tático, sobretudo no meio-campo, algo determinante a partir de agora. Assim como o rival rubro-negro, divide o foco com o Nordestão. No caso coral, até mais, uma vez que o título regional ainda é inédito no Arruda.
Desempenho na semifinal (2010/2015)
6 participações e 4 classificações
Eis um possível esquema tático para a fase decisiva, com a utilização de Léo Moura no meio (Leandrinho e Lelê também já foram testados na posição).
Destaque
Grafite. O atacante tem experiência suficiente em mata-matas, em clássicos. Não teve uma grande atuação no hexagonal, apesar de ter ajudado, mas, condicionado, segue como a maior esperança do time para buscar o bi.
Aposta
Keno. O atacante foi contratado (mais uma vez) com menos cartaz que Wallyson, mas ganhou a posição rapidamente e mostrou um faro de gols mais apurado em relação à passagem anterior. Jogador de muita mobilidade.
Ponto fraco
Vítor. O lateral-direito de 33 anos já não aparenta ter mais gás para jogos grandes – sobretudo com uma Série A batendo à parte. A análise valeu tanto para o apoio quanto para a recomposição.
Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
2 vitórias (2º que menos venceu)
5 empates (1º que mais empatou)
3 derrotas (3º que menos perdeu)
9 gols marcados (3º pior ataque)
12 gols sofridos (3ª pior defesa)
Melhor apresentação: Santa Cruz 4 x 2 América, em 11 de fevereiro, na Arena.
O novo comandante coral, estar procurando corrigir as várias carências, do fraco elenco do santa cruz, na atual situação e com os limitados jogadores a sua disposição, tenta alcançar o quase impossível, ou seja que esse time apresente um futebol regular, o que já seria uma façanha. Entendo , com minha pouca experiência no futebol, que do elenco talvez escape dez jogadores. Entendo que para contratar é preciso critério , coragem e sorte, fatores que o santa não acertou em nenhum.