Um recomeço para as ambas as partes. Ao Náutico, que apostou as fichas no Pernambucano, tentando findar um duradouro jejum, e ao próprio Gallo, que após uma passagem nas seleções de base acabou tendo que voltar ao mercado, por baixo. Assim, o técnico desembarca pela terceira vez nos Aflitos, substituindo Dal Pozzo, cuja saída foi mal administrada pela direção. Após a eliminação na semifinal local, o treinador balançou, sendo mantido pelo presidente Marcos Freitas, a contragosto de alguns diretores.
Na terça, Dal Pozzo ainda fez um treino, com a notícia da saída do executivo Alexandre Faria repercutindo à noite. Ao meio-dia da quarta, enfim o comunicado oficial, com a saída dos dois. Três horas depois veio o novo nome, articulado desde a segunda. Indo além dos bastidores, vamos ao trabalho de Gallo.
A sua última passagem foi proveitosa, com o 12º lugar na Série A de 2012 e a vaga na Sula. Montou um ataque consistente, com Kieza. Dois anos antes, foi vice estadual, mas deixou o clube alegando salários atrasados (justo), com a equipe quase despencando à Série C depois. Sem sucesso na CBF – onde era cotado para comandar a Seleção Olímpica -, ainda não voltou a trabalhar no Brasileirão. Ajudar o Timbu a se reerguer será uma autoajuda na carreira.
Alvirrubro, o que você achou da contratação do técnico Alexandre Gallo?
Gallo comandando o Náutico:
2012 (Estadual e Série A) – 42 jogos
15 vitórias
9 empates
18 derrotas
42,8% de aproveitamento
2010 (Estadual e Série B) – 44 jogos
21 vitórias
8 empates
15 derrotas
53,7% de aproveitamento
Foi um dos comentários mais sensatos que já vi do Cássio. O Galo vai voltar em baixa, o náutico está em baixa sem fim – não é de hoje -, e de fato, também está num nível mais baixo que seus companheiros de segunda divisão, Vasco, Bahia e Ceará . Acho que na situação atual, hoje estaria oscilando do meio para a o Z-4 entre os times que disputarão a Série B.
Cássio. De certa forma seu comentário abriu espaço para especulações, tais quais as que nosso amigo Mateus indicou.
Mas não é por isso que eu não concorde com o que você diz.
Lhe dou toda razão. Galo está por baixo (no mercado) depois de ter galgado um grandioso passo, mas acabou se enrolando todo e metendo os pés pelas mãos. Já o Náutico também está em baixa, mas no aspecto psicológico. No maior jejum de sua história. Uma pena e uma grande tristeza pra nós, torcedores apaixonados.
Sigo seu blog e gosto muito da forma como você aborda cada assunto.
Parabéns e acostume-se comigo aperriando seu juízo a partir de agora.
Nota do blog
Juliano, seja bem-vindo ao fórum. O espaço é aberto para o bom debate do futebol – nem todos usam o espaço assim, mas tento dar atenção aos que gostam da resenha, que fundamenta esse blog. Abraço!
Respeito o juízo. Do que tenho medo é da Cultura do momento (que não é a que você adota, saliente-se). Times como Chapecoense e Santa Cruz até podem estar na Série A, mas não têm, por exemplo, a mesma expressão de Bahia e Vasco, que estão na B… Foi nesse sentido que escrevi. Parabéns pelo trabalho sério.
Nota do blog
E concordo mais uma vez com você, Mateus. Ir para o Vasco, mesmo na Série B, estaria, de certa forma, no contexto de “grandeza” que me referi.
Agora comecei a ver serviço! Contratando Gallo, mais dois atacantes e um meio-campo de qualidade o TIMBA será campeão brasileiro da Série B 2016 e o único representante de Pernambuco na Série A 2017. Seja bem-vindo, professor.
Cássio, você vai me desculpar, mas recomeçar pelo Náutico não é, nem em sonho, recomeçar por baixo. Fosse um time sem estrutura, fosse um time de Série C ou de Série D, sem centro de treinamento, eu até concordaria. Mas está claro não ser o caso.
Nota do blog
Concordo, Mateus. Mas o contexto do post foi específico. Quando Gallo saiu, estava com mercado alto no futebol brasileiro. Agora, volta por baixo, é um fato. Tanto que trabalhará na segunda divisão.
Gallo, sem sombra de dúvidas, chegou em seu pior momento ao assumir este clube. Em Pernambuco, ele foi bom mesmo em 2007.