Centenário, o Clássico das Multidões se espalha no Recife além dos 90 minutos

Pernambucano 1999, 1º turno: Santa Cruz 1x1 Sport. Crédito: Globo Nordeste/reprodução

O Clássico das Multidões em sua essência é uma celebração do povo, muito antes de dividir a arquibancada para mais um jogo. Em 2016, no seu centenário, com 547 capítulos, é difícil imaginar que todos os torcedores chegavam juntos, que a resenha era compartilhada por horas à base de cerveja no antigo restaurante Colosso ou na calçada da Abdias de Carvalho, comendo um “patinho”, típico prato futebolístico que sumiu como tantos outros caprichos que construíram a imagem do embate entre Sport e Santa. Vivemos numa época em que cada torcida chega por um corredor separado pela polícia militar, com divisórias de até 30 metros entre as massas dentro do estádio, com o horário de saída marcado para cada uma. O vencedor sai primeiro, o derrotado espera quinze minutos. Tudo para evitar o encontro, justamente o que fomentou durante tanto tempo uma das maiores rivalidades do Nordeste, respeitada no país.

Eu fico com a velha lembrança da chegada na retilínea Avenida Beberibe, entre incontáveis bandeiras tricolores e rubro-negras, tremulando no solzão, parando e sendo parado para conversar sobre a expectativa da partida. Sobre viver por uma tarde uma das maiores experiências que o futebol pode proporcionar, sem exagero (supondo que seja possível não exagerar ao falar de futebol).

– Zé do Carmo vai mesmo para o jogo?
– Hoje é o dia de Leonardo, amigo…
– Se ele fizer dancinha, já sabe, né?
– Menino, cuida da tua zaga não…
– Aqui é só um jogo. A festa é na Ilha, você sabe.
– Isso se Zé não for expulso de novo. Endoida toda vez.

Pernambucano 1999, final: Sport 2x1 Santa Cruzr. Crédito: Globo Nordeste/reprodução

A conversa seria interminável. Mas acaba na catraca, com cada um se dirigindo para um portão. Lá dentro, o estádio dividido ao meio, tendo como separação o antigo colete verde-limão da PM. A tiração de onda era ali mesmo. De vez em quando, até um sisudo policial caía na risada. Se havia confusão, era algo muito menor, perdido na memória. Voltando um pouco mais no tempo, mas já não o meu tempo, a conversa teria como personagens Marlon, Betão, Sérgio China e Éder. E assim sucessivamente, até a era do registro em preto e branco, quando o vermelho presente em cada camisa, em diferentes tons e listras, só era visto in loco. Dito e feito. O nome “Clássico das Multidões” não é à toa.

Qualquer pessoa que goste de futebol e vista a camisa coral ou a rubro-negra tem uma grande história para contar. São 23 finais, com a 24ª já entrando no novo século. É, disparado, o maior número do campeonato estadual, num equilíbrio que se mantém nas arquibancadas, sendo 12 títulos do Sport e 11 do Santa Cruz. Atravessaram as respectivas histórias se enfrentando em decisões, praticamente, passando à margem somente nos anos 1930, na transição do amadorismo para o profissionalismo. A partir dali, fincaram raízes na Ilha do Retiro (1937) e Arruda (1943), com a cidade se agigantando em volta, a mesma e legítima lógica pernambucana do Oceano Atlântico, criado a partir da foz dos rios Capibaribe e Beberibe.

Pernambucano 1999, final do 2º turno: Santa Cruz 1x0 Sport. Crédito: TV Tribuna/reprodução

A romaria para o Adelmar da Costa Carvalho ou para o José do Rego Maciel tornou-se mais complicada justamente pelo crescimento do Grande Recife, desenfreado e desigual. De 1,5 milhão de habitantes em 1970 para quase 4 milhões. Entre edifícios espelhados e orlas bem cuidadas a morros desprovidos de muros de arrimo e guetos sem saneamento. Tricolores e rubro-negros estão espalhados em todas as camadas. Não é o fato de rotular o clássico como popular. Ele, simplesmente, é. Sem distinção, sem jamais baixar a cabeça independentemente da situação. Em um domingo, diz a história, a SeleSanta de Luciano Veloso e Givanildo Oliveira poderia sucumbir diante de um Esporte, como os jornais grafavam erroneamente no passado, em longo jejum. Ou o robusto Sport dos anos 1990, abocanhando oito títulos, poderia ser superado por um Tricolor escalado apenas pela raça e empurrado pelo povão.

A capital continuará crescendo, mesmo com bairros já espremidos, mas entre tantos detalhes de sua rica identidade, Sport x Santa Cruz sempre se fará presente. Mexe com a cidade. Pode até ser, também, questão de segurança pública, num olhar mais atual. Mas, acima de tudo, porque mexe com a paixão da imensa maioria dos pernambucanos, durante mais de 90 minutos.

Pernambucano 1996, final: Sport 1x1 Santa Cruzr. Crédito: Globo Nordeste/reprodução

Brasileiro na TV de segunda a segunda

O troféu do Campeonato Brasileiro (Série A) de 2016. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

No lançamento oficial do Campeonato Brasileiro de 2016, em São Paulo, a CBF anunciou um novo horário para a Série A. Se na temporada passada a inovação foi a realização de jogos às 11h aos domingos, um sucesso entre torcedores e com queixas de jogadores, agora é a vez das noites de segunda-feira, mais precisamente às 20h. Com direito ao slogan “A rodada não termina mais no domingo”, quebrando uma tradição histórica. Com a tabela detalhando as onze primeiras rodadas, a transmissão, via Sportv, deve começar na 13ª rodada.

A novidade tem um objetivo claro: completar a grade na televisão, agora com jogos do nacional em todos os dias da semana, considerando as duas principais divisões. Segundo a justificativa anunciada, o novo horário segue o modelo de sucesso das ligas europeias, vide Premier League. Como curiosidade, vale destacar a existência do mesmo horário no Pernambucano de 2016, para contemplar a programação da Globo Internacional, exibida para 17 países, incluindo Estados Unidos e Japão. Difícil imaginar que o cenário não se repita.

Ao todo, de segunda a segunda, são 19 horários distintos! Lembrando que, além da tevê aberta, o Premiere transmite a tabela inteira, com 380 na A e 380 na B, de maio a dezembro. Se havia um dia de folga para o futebol na telinha, acabou.

Horários oficiais dos jogos do Brasileiro 2016*
Segunda-feira – Série A (20h)

Terça-feira – Série B (19h15 e 21h30)
Quarta-feira – Série A (19h30, 21h e 21h45)
Quinta-feira – Série A (16h**, 18h30 e 21h)
Sexta-feira – Série B (19h15, 20h30 e 21h30)
Sábado – Série A (16h, 18h30 e 21h) e Série B  (16h, 16h30 e 21h)
Domingo – Série A (11h, 16h e 18h30)

* Os jogos na tevê aberta seguem nas quartas (21h45) e domingos (16h).
** Em caso de feriado.

A seleção do blog para a votação do Campeonato Pernambucano de 2016

Votação do blog para o Troféu Lance Final do Campeonato Pernambucano 2016. Crédito: reprodução

Troféu Lance Final chega à 14ª edição consolidado como a premiação oficial para a seleção dos melhores jogadores do Pernambucano. Como nos anos anteriores, a votação de 2016 leva em conta a opinião de profissionais da imprensa esportiva do estado espalhados em veículos de televisão, rádio, jornais e internet. Acima, a equipe votada pelo blog, seguindo o regulamento da Rede Globo Nordeste, responsável pela enquete. Por mais que o Santa Cruz tenha ido mal no hexagonal, o desempenho no mata-mata até a votação (3 vitórias em 3 clássicos) pesou bastante para a escalação, com cinco tricolores.

Em seguida, Sport, Náutico e Salgueiro, com dois nomes cada. Lembrando que a formação 4-4-2 é definida pela organização. Ou seja, embora jogue mais recuado, João Paulo acabou ganhando uma posição no meio-campo, idealizado com mais proteção. À frente, Cassio Ortega, do Carcará, se aproveitou do baixo rendimento do setor no Trio de Ferra. O craque? Ronaldo Alves. Mesmo fora da final, o zagueiro liderou a artilharia, com o time tendo a melhor defesa até a semi. Havia concorrentes mais fortes? Sem dúvida, mas aí entra a discussão sobre o nível do futebol praticado na maior parte da competição.

Tiago Cardoso; Tamandaré, Ronaldo Alves, Durval e Renê; Rodrigo Souza, Uillian Correia, João Paulo e Cássio; Keno e Grafite. Concorda?

Lembrando que a votação se refere, logicamente, ao desempenho no certame local, sem relação com o regional ou com o potencial técnico de cada atleta.

Demais votos…
Técnico: Milton Mendes (Santa Cruz)
Craque: Ronaldo Alves (Náutico)*
Jogador revelação: Everton Felipe (Sport)
Árbitro: Gleydson Leite
Assistentes: Elan Vieira e Albert Júnior

* Grafite se destacou no mata-mata e tem boas chances de levar, mas, num comparativo geral, acabou atrás de Ronaldo Alves, mais regular. 

Os vencedores do prêmio serão revelado após a final do torneio, em 8 de maio.

Podcast 45 – Analisando a vitória coral no primeiro Clássico das Multidões da final

A vitória do Santa Cruz, com um gol de Lelê, deixou o time coral a um empate do bicampeonato pernambucano. Mesmo desgastado pela sequência com a Copa do Nordeste, onde sagrou-se campeão, o Tricolor manteve a intensidade. O 45 minutos analisou o desempenho coral e a chance e levantar a taça na Ilha. Quanto ao Sport, reclamando da arbitragem, a missão ficou ainda mais difícil. Apenas a vitória interessa domingo, por um gol para ir aos pênaltis ou a partir de dois gols para ganhar de forma direta. É possível? Comentamos os possíveis caminhos. Ao todo, um podcast de 1h28 dedicado ao Clássico das Multidões.

Confira um infográfico com as principais pautas aqui.

Neste programa, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

O retrospecto do primeiro século do Clássico das Multidões, com 547 jogos

O primeiro centenário do Clássico das Multidões teve 547 partidas. Do amistoso em 6 de maio de 1916, nos primórdios do amadorismo no antigo campo do British Club, com vitória do Sport por 2 x 0, ao jogo de ida da final do campeonato estadual de 2016, com o Santa Cruz se impondo no Arruda, por 1 x 0, diante de 30 mil torcedores, inúmeras histórias foram escritas, fomentando uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro.

Com dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro, confira as estatísticas finais do clássico, considerando todos os jogos, as partidas pelos torneios em âmbito local, regional e nacional, além do retrospecto na Ilha do Retiro e no Arruda. Outros palcos receberam o duelo, como os Aflitos, por exemplo, mas segue apenas as tradicionais casas de rubro-negros e tricolores.

Com gol impedido, Santa vence o Sport e fica a um empate do bi no Estadual

Pernambucano 2016, final: Santa Cruz x Sport. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Em um ritmo alucinante nas últimas semanas, com seguidos jogos decisivos, o Santa Cruz manteve a intensidade, deixando o descanso para depois. A sede de taças não passa, com mais alguns dias para poder festejar outra. Celebrando o título nordestino e abrindo a decisão pernambucana, o Tricolor venceu o Sport por 1 x 0, necessitando agora de um simples empate, na Ilha do Retiro, para conquistar o bi. O jogo no Arruda, com mais de 30 mil pessoas, foi muito quente.

Os primeiros dez minutos foram de muita imposição, dos dois times, no físico e no grito, com o árbitro Emerson Sobral bastante pressionado por ambos – e tentando segurar o cartão. O Leão, após dez dias de preparação com o seu novo técnico, Oswaldo de Oliveira, começou a 100 km/h. As jogadas fluíam com Everton Felipe, uma boa surpresa na escalação. Maduros, os corais esperaram o ritmo baixar e se afirmaram em campo, com um nível de coletividade bem superior, esperado. Aos poucos, passaram a pressionar. Aos 28, tiveram um gol anulado de Danny Morais, com o lance já parado, após falta marcada.

Pernambucano 2016, final: Santa Cruz x Sport. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Logo na sequência, aos 30 minutos, o lance capital da noite. Num erro na saída de bola, Arthur se aproveitou e cruzou rasteiro, com Grafite tocando e Lelê completando. Grafa em posição de impedimento, com o replay exibido pela tevê para todo o estado. O visitante acusou o golpe, caindo bastante de produção até o intervalo, sem criar, mesmo tendo mais posse de bola (55%). Na segunda etapa, Oswaldo fez uma mexida dupla. Acionou Túlio de Melo (Everton Felipe) e Serginho (Luis Antônio). Com o centroavante, passou a buscar basicamente o jogo aéreo, sem sucesso. Já o volante fez mais do mesmo, nada.

Enquanto isso, Milton Mendes foi guardando as energias de suas peças – João Paulo, Grafite e Arthur saíram. Mudanças gradativas, dando fôlego ao time, que aguardava os contragolpes e segurava o resultado através de Tiago Cardoso, o monstro de sempre em finais das multidões. Após o apito final de Sobral, já com discussão entre os jogadores – curiosamente dos que pouco fizeram, como Renê e Vinícius Araújo -, o povão manteve o otimismo. E irá mais uma vez à Ilha, onde poderá dar a 9ª volta olímpica diante do rival. Festejos à vista?

Pernambucano 2016, final: Santa Cruz x Sport. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Em jogo sonolento, Náutico vence no Sertão e fica perto da volta ao Nordestão

Pernambucano 2016, disputa de 3º lugar: Salgueiro 0x1 Náutico. Foto: Náutico/site oficial

A disputa de 3º lugar é desanimada até na Copa do Mundo. Não seria diferente nessas bandas. Ainda assim, o “bronze” no Estadual tem um peso considerável para a temporada seguinte, com a vaga no Nordestão. O Náutico que o diga, fora da última edição, sofrendo uma séria lacuna técnica e financeira. Consciente disso e se esforçando para levar a sério a disputa, o time vermelho e branco foi ao Sertão e venceu o Salgueiro pela terceira vez no torneio, 1 x 0.

O gol de Rony, aos 4 minutos do segundo tempo, garantiu a vantagem do empate no sábado, na arena. Mas, vantagem à parte, o futebol foi paupérrimo. Na estreia de sua terceira passagem pelo clube, o técnico Alexandre Gallo escalou um time rápido, com Rony, Esquerdinha, Caíque e Jefferson Nem. Apesar de leve, a infinidade de passes errados é um entrave. Lá atrás, Rodrigo Souza deu conta do recado, ajudado pela inércia do Carcará durante quase todo jogo, tendo a maior chance nos descontos, mas parando em Júlio César.

Para dar tranquilidade ao início de trabalho, já visando a Série B, a classificação à Lampions, pela 9ª vez, é vital. O lote de insucessos no ano está esgotado.

Pernambucano 2016, disputa de 3º lugar: Salgueiro 0x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

O maior clássico da história de Madri valendo a Champions League, de novo

Final da Liga dos Campeões da Uefa 2015/1016: Real Madrid x Atlético de Madrid

O maior clássico da capital espanhola… em Milão.

Em 28 de maio, Real Madrid e Atlético voltam a disputar um derby com o status de maior da história. Dois anos após a decisão da Champions League em Lisboa, quando o merengue empatou aos 48 do segundo tempo, atropelando na prorrogação, os rivais voltam a duelar pela glória europeia, agora no San Siro.

Em seu torneio predileto, o Real de Cristiano Ronaldo busca o 11º título. Venceu em 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1966, 1998, 2000, 2002 e 2014. Não perde o gosto. Terá pela frente o valente escrete treinado por Simeone, o argentino que transpõe para o time a mesma obediência tática e garra com que jogava. Com dois vices dramáticos, sofrendo gols nos acréscimos em 1974 e 2014, o Atleti vai sedento por revanche para entrar, enfim, na galeria dos campeões.

Atlético e Real eliminaram Bayern e Manchester City, garantindo à Espanha o terceiro título seguido, o que não ocorria desde 1982, com a Inglaterra, hexa na ocasião. Em 275 clássicos, desde 1906, são 145 vitórias do Real, 69 do Atlético e 61 empates. O 276º retoma uma aura que parecia única naquela peleja em Portugal. Eis um novo épico, outra vez longe, a 1.576 quilômetros…

2.700 minutos de futebol ao vivo na TV no Campeonato Pernambucano de 2016

Santa, Sport, Náutico e Salgueiro, os times com mais jogos na TV no Estadual 2016. Arte: Cassio Zirpoli, com fotos do DP

A grade de transmissão do Campeonato Pernambucano de 2016 apontou 30 jogos na televisão, totalizando 2.700 minutos de futebol ao vivo. É o maior dado desde que a competição passou a ter a concorrência da Copa do Nordeste na telinha do Grande Recife, em 2013. Um ano antes, reinando sozinho no primeiro semestre local, o Estadual teve 38 partidas exibidas.

Na tevê aberta, a a transmissão ocorreu mais uma vez através da Rede Globo, emissora oficial desde 2000, e também via pay-per-view. Replicando o sinal do Premiere, a Globo Internacional também transmitiu a competição para 17 países, incluindo Estados Unidos e Japão. Como na decisão de 2014, os dois jogos finais entraram na grade em sinal aberto e fechado. 

Número de jogos do Campeonato Pernambucano exibidos na TV. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via Infogram

Pela segunda vez consecutiva o Santa Cruz liderou total de jogos exibidos, apesar de o Sport ter sido mais presente na Globo. Abaixo, um gráfico com o número de transmissões do Trio de Ferro (Globo, Premiere e geral). De 2012 a 2016, o total de jogos por plataforma foi o seguinte: 

Total: Sport 69, Santa 63, Náutico 55
Globo: Sport 44, Santa 36, Náutico 32
Premiere: Sport 34, Santa 33, Náutico 26

Em relação à audiência, o primeiro Clássico das Multidões realizado no hexagonal,a na Ilha do Retiro, teve uma média de 853 mil telespectadores na região metropolitana, de acordo com o Kantar Ibope MW.

A verdadeira camisa comemorativa do Nordestão, à venda 1 hora após a final

Camisa comemorativa do Santa Cruz para o título da Copa do Nordetse. Foto: Santa Cruz/divulgação

No sábado, véspera da decisão da Copa do Nordeste, circularam imagens de supostas camisas comemorativas de Santa Cruz e Campinense. Ambas rechaçadas pelos clubes. No domingo, na festa coral pelo título regional de 2016, ainda no gramado do Amigão, a camisa especial se fez presente, como era esperado – e necessário. Porém, a versão foi bem diferente, na cor preta e focando a alcunha “Terror do Nordeste”, atrelada à já icônica taça da competição. Grafite, claro, foi o principal garoto-propaganda.

Paralelamente ao resultado no campo, o departamento de marketing agia. O perfil oficial da Loja Cobra Coral no facebook publicou às 19h17, uma hora após o jogo, o anúncio da venda da camisa. Na sede, no Arruda, modelos à venda por R$ 39 para sócios e R$ 49 para não sócios. Bola dentro do tricolor, engajando o consumo da torcida para uma lembrança (de custo baixo) da conquista.

O que você achou da versão lançada, tricolor?

Para o blog, no fim das contas, a camisa comemorativa oficial foi a mais bonita.