Ao vencer a sexta partida como mandante, mantendo o aproveitamento de 100% em Pernambuco, o Leão confirmou por mais uma rodada a liderança da Série A. A goleada do Sport sobre o Inter, por 3 x 0, deixou o clube com 22 pontos. Logo atrás, Atlético Mineiro, Fluminense e Grêmio ganharam seus jogos em casa e chegaram aos 20 pontos, mantendo a pressão no Rubro-Negro. Por outro lado, a diferença em relação ao 5º lugar, considerando a zona de classificação à Libertadores, agora é de três pontos. Partindo para uma sequência de dois jogos fora de casa, o Sport vê numa vitória como visitante a chance de se manter no primeiro pelotão do campeonato.
A 11ª rodada do representante pernambucano
05/07 (11h00) – Avaí x Sport (Ressacada)
Histórico em Floripa pela elite: 1 jogo e 1 empate (2 x 2, em 2009).
O Sport irá trocar o alambrado da Ilha do Retiro por um modelo de vidro laminado e temperado, já utilizado em outros estádios do país, como Curuzu, PV, São Januário, Ressacada, Vila Belmiro e Arena Barueri. O modelo é mais conhecido por causa da La Bombonera (acima), a cancha do Boca Juniors. Se seguir a tendência dos demais palcos brasileiros, o vidro deverá ter entre 10 e 12,5 milímetros de espessura, com a proteção especial de uma película.
O projeto é o estágio avançado de uma ação leonina em relação à divisa entre campo e arquibancada. O primeiro passo, paliativo, foi dado com a diminuição do alambrado nas sociais (abaixo). Um trecho já passou pela reforma. O objetivo é reduzir todo o alambrado da área, com 3.500 assentos, ainda em 2015.
O fato é que a grade da Ilha, presente desde a reforma para a Copa do Mundo de 1950, é um empecilho na visibilidade dos jogos, com inúmeros pontos-cegos. Daí, a necessidade de uma troca geral no segundo estágio do planejamento, colocando as placas de vidro através da parceria firmada com a empresa Toyolex Toyota, de acordo com o próprio clube.
Ao mesmo tempo em que o Sport vai modernizando aos poucos o seu estádio, também cabe a interpretação de que o projeto da arena vem esfriando. Ao menos o clube não está parado nesta indefinição sobre o futuro da Ilha.
A pauta da 147ª edição foi movimentada, com situações bem distintas no futebol pernambucano. O 45 minutos começou com a apresentação midiática de Grafite, diante de sete mil tricolores no Arruda. Analisamos o investimento e o possível retorno técnico do atacante. Em seguida, a decisão de Lisca, que ficou no Náutico apesar da proposta do Ceará, onde ganharia três vezes mais. Ficou pela possibilidade de mudar de patamar como treinador, terminando um trabalho. Por fim, a belíssima apresentação do Sport, goleando o Inter por 3 x 0, com um futebol impositivo no primeiro tempo.
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast, com 1h29m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O Sport venceu o Inter de forma categórica. Com 23 mil torcedores na Ilha do Retiro, com o público empurrando o time como nos bons tempos da Copa do Brasil, o Rubro-negro manteve o aproveitamento perfeito como mandante na Série A. Seis jogos, seis vitórias. Em todas elas, bastante empenho em campo, com o esquema tático bem traçado e compreendido. Marcação forte, recomposição rápida, bastante movimentação dos atacantes (ofensiva e defensivamente), evolução dos volantes e utilização das pontas no ataque. Diante do Colorado, esse sistema funcionou plenamente durante 45 minutos.
Impressionou a intensidade do futebol leonino no primeiro tempo, com um 3 x 0 e outras boas chances desperdiçadas. Puxando contragolpes pela direita, Maikon Leite levou pânico à defesa gaúcha, com Régis substituido muito bem o suspenso Diego Souza, distribuindo a bola rapidamente. André, que chegou no Recife com a alcunha de “Balada”, viveu a sua melhor noite. Espera-se três coisas dele em campo: finalização, a função de pivô e o primeiro combate. Conseguiu cumprir tudo. E a principal meta, aliás, duas vezes.
Na etapa final, com o jogo decidido (francamente), o Sport fez o certo, diminuindo o ritmo, o suficiente para manter a goleada. O próprio Inter entendeu a situação e começou a mexer, saindo Valdívia e Nilmar, uma vez que terá uma semifinal de Libertadores em breve. Por sinal, muito se falou do “time reserva” do Inter. Bem, o técnico uruguaio Diego Aguirre vem fazendo um revezamento na equipe há tempos, e ainda assim havia em campo, além dos nomes citados, Rafael Moura, Jorge Henrique e Geferson, o desconhecido lateral-esquerdo da Seleção. Pouco produziram diante de Rithely e Mancha.
E tem mais. Se o visitante não veio com força máxima, azar o dele. Taticamente estabelecido, o Sport passou por cima.
Jogador midiático? A expressão se tornou comum a qualquer grande reforço anunciado no futebol, inclusive em Pernambuco. A contratação de Grafite foi mais uma a ser enquadrada no perfil. Logo, cabia ao Santa Cruz explorar esse viés. O experiente centroavante entrará em campo, para jogar, apenas em agosto, mas a sua apresentação no Mundão era pra “ontem”.
O quanto antes seu nome fosse atrelado ao clube, melhor. Com entrada franca para a apresentação de Grafite no Arruda, o público compareceu em peso nas sociais, com show musical e chegada de helicóptero. Os discursos inflamados tiveram vez, claro, levando ao delírio os 7 mil tricolores presentes.
A partir de agora, a camisa oficial de número 23, o preferido pelo atacante, também deve ganhar força no mercado, forçando a Penalty a melhorar o trabalho de distribuição de produtos corais. No bojo, o investimento e Grafite gera receita desde já. Cabe ao Santa manter essa onda durante o mês de julho. A partir de agosto, também caberá ao futebol apresentado pelo ídolo.
“Inspirado pela moda e as últimas tendências de estilo de vida. Com uma base preta combinando com laranja e cinza, traz o Leão para o seu habitat natural – o campo de futebol”.
Esta é a descrição do segundo uniforme do Sport para esta temporada, de acordo com o catálogo da Adidas, vazado na imprensa em dezembro 2014. A nova camisa, para os jogos fora de casa, circulou nas redes sociais antes do anúncio oficial do clube devido ao “trabalho” meticuloso de torcedores rubro-negros, vasculhando a web. O padrão listrado horizontalmente, em preto e cinza, traz a frase “uma razão para viver” nas costas.
Ainda na manhã deste 1º de julho começaram a ser postadas imagens da camisa em lojas do Recife, confirmando o design. Já o o preço deve ser equiparado ao dos padrões recentes do Sport, de R$ 229.
Em relação ao catálogo da fabricante alemã, o texto apontava três novas camisas em 2015. Uma maio, o padrão em homenagem aos 110 anos do Sport; uma em julho, agora conhecida; e uma em setembro, misturando as cores azul, branco e vermelho, num “visual futurista”, segundo o catálogo.
Torcedor rubro-negro, o que você achou da nova camisa reserva?
Financeiramente, é a maior contratação da história do Santa Cruz. Indiscutivelmente. De volta ao Arruda, Grafite deverá receber R$ 2 milhões por um ano, segundo informações de bastidores. Considerando todos os rendimentos propostos pelo clube, a média mensal seria de R$ 166 mil, quase três vezes mais que o maior salário já pago pelos tricolores.
O aporte no jogador, com o apoio de investidores, busca mais que um retorno técnico (necessário). O perfil de Grafite será atrelado a um projeto de marketing, impulsionando a venda de camisas (com o tradicional número 23) e a campanha de sócios, para alcançar a meta estipulada pela diretoria, de 20 mil sócios ainda em 2015. Impossível não lembrar do projeto realizado com Mancuso, em 1999. Na ocasião, o clube chegou a ter 27 mil associados em dia, ajudando bastante a bancar a presença do argentino, o mesmo cenário esperado agora.
Aos 36 anos, o centroavante preteriu uma proposta do Catar para voltar ao Tricolor. Claro, receberá um baita salário no atual campeão pernambucano, mas o início de carreira também deve ter sido levado em conta. Criticado em seus primeiros jogos, em 2001, o atacante acabou deslanchando, com técnica e presença de área. No fim daquele ano foi vendido por R$ 1 milhão ao Grêmio, na 8ª maior transação do futebol pernambucano até então. Hoje, figura em 24º lugar (veja o ranking aqui).
Mais do que a boa lembrança pela curta passagem no Santa, com 16 gols em 37 jogos, Grafite traz na bagagem, para o povão, uma carreira sólida, com um título mundial pelo São Paulo, em 2005, e uma conquista da Bundesliga pelo Wolfsburg, terminando a temporada 2008/2009 como artilheiro e melhor jogador. E, como não poderia deixar de ser, a participação na Copa do Mundo de 2010, quando foi à África do Sul depois de ter atuado em dois jogos, o suficiente para agradar Dunga.
Experiente, Grafite será o escudo do time de Marcelo Martelotte, em busca de dias melhores na Série B. Além da liderança em campo, poderá tirar o peso da responsabilidade de alguns jogadores, dividindo as tarefas. Tudo isso sem esquecer, obviamente, o seu papel principal. O de fazer gols.
Um programa longo, com 1 hora e 40 minutos, passando pelos três grandes clubes do estado e pela eliminação da Seleção Brasileira. Começamos o 45 minutos com a vitória do Santa Cruz sobre o Sampaio (1 x 0), a primeira sob o comando de Martelotte. Também entrou na discussão o custo-benefício de uma possível vinda do experiente atacante Grafite. Na sequência, ainda na Série B, analisamos o 3 x 3 entre ABC e Náutico, com direito à ótima presença da torcida timbu no Frasqueirão. Fechando o ciclo na capital, a manutenção da liderança do Sport no Brasileirão, apesar de ter cedido o empate à Chapecoense (1 x 1) a três minutos do apito final. Por final, o vexame brasileiro no Chile.
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste 146º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
O site oficial do Santa Cruz foi totalmente reformulado. A versão lançada em 2015 apresenta um layout mais sóbrio, funcional e voltado para as redes sociais (facebook, twitter e instagram), alinhando a produção de conteúdo ao novo departamento de mídias sociais, com quiz e promoções junto à torcida.
Além de repaginar setores tradicionais – como a página sobre os títulos, com textos e imagens históricas -, o novo site, idealizado por Inácio França e Laércio Portela, traz um conteúdo mais diversificado após as parcerias firmadas, como a contratação do fotógrafo Antônio Melcop para a criação de galerias sobre bastidores, treinos e jogos no Arruda, além dos vídeos produzidos pela TV Coral, um perfil criado por torcedores e incorporado ao clube recentemente.
Em relação à cobertura regular do time, a assessoria de imprensa passou a divulgar as entrevistas coletivas (jogadores, comissão técnica e dirigentes) no soundcloud, uma plataforma de compartilhamento de áudio, gerando mais engajamento no site. De uma forma geral, um senhor progresso no Tricolor.
Até 2011, o clube não tinha um site oficial, chancelando a página da CoralNet, ainda atividade. A partir do ano seguinte, o site oficial (santacruzpe.com.br) entrou no ar. A nova versão substitui o modelo que vigorou durante três anos.
Os distintivos dos times de futebol americano seguem um design bem específico, com traços modernos a partir dos mascotes e a inclusão dos nomes das sedes, algo bem característico no esporte dos Estados Unidos de uma forma geral, incluindo basquete e hóquei sobre o gelo. A popularização da NFL no Brasil, com 94 jogos exibidos na televisão por assinatura na temporada 2014/2015, só consolidou o estilo.
Utilizando esse padrão, o ilustrador mineiro Samir Taiar resolveu recriar os escudos dos principais times brasileiros. Inicialmente, fez modelos dos quatro grandes do futebol paulista, assim como os quatro cariocas, os dois mineiros e os dois gaúchos. Em seguida, focou o Nordeste, com Sport e Bahia.