Reação alvirrubra na arena para no Braga

Série B 2014, 20ª rodada: Náutico x Bragantino. Foto: Marlon Costa/FPF

A missão alvirrubra era dar sequência aos bons resultados recentes na Arena Pernambuco. O sábado poderia marcar o terceiro resultado positivo consecutivo no estádio, tirando aquela “inhaca”.

Diante de um algoz na Série B, o Náutico acabou tendo que se contentar com um empate em 0 x 0.

O Timbu tentou forçar pelos lados, sobretudo com Cañete e Crislan. Aos poucos, o Bragantino mostrou porque lutou o quanto pôde contra o Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil. Equilibrou as ações, diminuindo o ímpeto timbu, já preocupado em ceder contragolpes.

Após um primeiro tempo em branco, o Braga voltou bem mais perigoso. Criou de cara duas ótimas oportunidades para abrir o placar. Parou em Júlio César. Foi conduzido pelo volante Geandro. Enquanto isso, a torcida alvirrubra – novamente presente em bom número, com 10.165 torcedores – começou a ficar impaciente.

O Timbu ainda teve um gol corretamente anulado por impedimento. Por sinal, seriam mais de 20 minutos de empenho, mas já sem uma aplicação tática. Nada de gols nesta tarde em São Lourenço.

Agora, pela Segundona, o retrospecto aponta sete jogos, com duas vitórias do time paulista, cinco empates e nenhuma vitória pernambucana.

Série B 2014, 20ª rodada: Náutico x Bragantino. Foto: Marlon Costa/FPF

Da estreia no comando técnico até a estreia no Mundial, as seleções de Dunga

Amistoso, 2014: Brasil 1 x 0 Colômbia. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A segunda Era Dunga no comando técnico da Seleção Brasileira foi iniciada com uma vitória por 1 x 0 sobre a Colômbia, num amistoso nos Estados Unidos. Brilhou a estrela de sempre, Neymar (36 gols em 55 partidas).

Deste primeiro time, já mirando o ciclo de 2018, veremos quantos chegarão em forma e com titularidade assegurada na Rússia. Com alguns nomes experientes, como Maicon e Robinho, acredita-se que nesta primeira formação o momento talvez seja o de dar “cancha” aos mais novos. Agora, a presença dos veteranos seria justamente para diluir a responsabilidade de nomes sem tanto contato com a camisa verde e amarela.

Assim, vale comparar as mudanças na Canarinha do primeiro jogo com o capitão do tetra como treinador até a estreia na Copa do Mundo, o objetivo máximo da Seleção. São cerca de 1.400 dias até nova tentativa para o hexa. Há espaço para novos nomes. Outros já devem se garantir desde já…

Estreia de Dunga como técnico na 1ª Era
Brasil 1 x 1 Noruega (16/08/2006, em Oslo)
Gomes; Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Edmílson, Elano e Daniel Carvalho; Robinho e Fred

Estreia de Dunga na Copa do Mundo na 1ª Era
Brasil 2 x 1 Coreia do Norte (15/06/2010, em Joanesburgo)
Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano

Observação: durante os quatro anos de preparação, cinco atletas continuaram como titulares até a largada do Mundial da África do Sul: dois zagueiros (Lúcio e Juan), um primeiro volante (Gilberto Silva), um meia (Elano) e um atacante de velocidade (Robinho).

Estreia de Dunga como técnico na 2ª Era
Brasil 1 x 0 Colômbia (05/09/2014, em Miami)
Jefferson; Maicon, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luis Gustavo, Ramires, Oscar e Willian; Diego Tardelli e Neymar 

Observação: pela lógica do ciclo anterior, seriam favoritos à formação titular, em 2018, Miranda, David Luiz, Luis Gustavo, Oscar e Neymar. Parece mesmo fazer sentido…

Amistoso, 2014: Brasil 1 x 0 Colômbia. Foto: CBF TV/reprodução

Uma vida de leilões e penhoras nos Aflitos, Arruda e Ilha

Náutico, Santa e Sport na Justiça

Leilão, o fantasma do futebol. Há décadas assombra os clubes brasileiros, atolados em dívidas trabalhistas. Além da bola de neve em alguns casos milionários, outros são associados diretamente aos bens dos times, através de penhoras. Vale qualquer coisa, do refletor ao estádio completo.

Em Pernambuco, os três rivais somam R$ 61 milhões de dívidas entre encargos trabalhistas e sociais. A divisão é de R$ 30 milhões (Santa Cruz), R$ 25 milhões (Náutico) e R$ 6 milhões (Sport).

No fim das contas, quase sempre é feito um acordo às pressas entre as partes e o patrimônio do clube não vira objeto para a execução dos processos.

Vale lembrar alguns casos complicados e o que já foii penhorado no Recife…

Em tempo: a dívida de cada clube é a soma dos passivos com obrigações trabalhistas e sociais de cada um, segundo os balanços de 2013.

Náutico (R$ 29.837.402)

A sede do Náutico, tombada como patrimônio histórico, foi avaliada pela justiça em R$ 45 milhões e ameaçada de leilão por conta de dívidas várias vezes. Entre ex-jogadores e outros ex-funcionários, nomes como Nikita (2009), Guilherme Ferreira (2009) e Luis Cláudio (2012) já tiveram seus nomes atrelados à sede. O estádio dos Aflitos também já entrou na mira. Os locais nunca foram arrematados no leilão. Há três anos, o Timbu tinha a menor dívida trabalhista do trio. Hoje, é a maior e já representa 33,9% de todo o passivo do clube.

Sede do Náutico, na Avenida Rosa e Silva. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Santa Cruz (R$ 25.437.284)

Leiloar o Arruda, o maior estádio particular da região, não seria a coisa mais fácil do mundo. Assim, a Justiça do Trabalho optou por dividir o empreendimento em setores. O objeto mais comum em ações do tipo são os refletores. Entende-se as torres metálicas e todos os refletores. Darci (2002), Washington (2006) e Neto (2009) já tiveram por pouquíssimo tempo a penhora. O ônibus Expresso Coral, avaliado em R$ 600 mil, também já foi penhorado. Hoje, a dívida trabalhista dos corais representa 35,6% de todo o passivo.

Estádio do Arruda. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sport (R$ 5.965.693)

Técnico do Sport em 2000, Emerson Leão deixou o clube para dirigir a Seleção, mas sem receber tudo o que tinha direito. No ano seguinte, conseguiu na justiça o primeiro bloqueio das contas do clube. A direção do Sport ofereceu o Ginásio Marcelino Lopes como penhora, o que o técnico não aceitou. Posteriormente, foi penhorado, numa longa pendenga. A dívida girava em R$ 4 milhões, em 2009, quando as duas partes chegaram a um acordo. Hoje, ginásio está “livre” e a dívida trabalhista leonina corresponde a 26,2% de todo o passivo rubro-negro.

Ginásio Marcelino Lopes, do Sport. Foto: Site Oficial do Sport

A evolução do faturamento da Copa do Nordeste no triênio 2013-2015

Projeção de faturamento da Copa do Nordeste em 2015. Crédito: Resenha Esporte Clube/Esporte Interativo

O faturamento do Nordestão deve chegar a R$ 29 milhoes em 2015.

O aumento da movimentação financeira do torneio em relação à última edição foi de 26%, segundo uma estimativa do canal detentor dos direitos de transmissão da competição, o Esporte Interativo.

O número leva em conta a soma de bilheteria dos jogos, cotas da televisão e patrocinadores. A Copa do Nordeste de 2014, por exemplo, gerou R$ 10 milhões em cotas e R$ 8,4 milhões em renda de jogos.

O crescimento bruto de 6 milhões reais também representa uma maior evolução percentual, pois de 2013 para 2014 o regional subiu 15%.

Com a mudança no calendário do futebol brasileiro, o torneio ainda terá uma duração maior, de 85 dias, com duas semanas a mais.

Faturamento dos pernambucanos no Nordestão em 2013 (cota e renda):

Santa Cruz – R$ 1,43 milhão
Sport – R$ 1,09 milhão
Salgueiro – R$ 549 mil

Faturamento dos pernambucanos no Nordestão em 2014 (cota e renda):

Sport – R$ 3,17 milhões
Santa Cruz – R$ 1,63 milhão
Náutico – R$ 1,10 milhão

Em 2015 o estado será representado por Sport, Náutico e Salgueiro.

Doses de novidades no Nordestão, com lançamento marcado para o Recife

Lançamento da Copa do Nordeste de 2014 em Salvador, em setembro de 2013. Foto: Ricardo Stuckert/CBF

O Recife receberá o evento de lançamento da Copa do Nordeste de 2015.

A cerimônia será em 18 de setembro, na Arcádia de Apipucos. Contará com a presença de dirigentes de clubes, federações estaduais, Liga do Nordeste e CBF. Na ocasião, haverá o sorteio dos cinco grupos, numa transmissão ao vivo no canal Esporte Interativo.

Eis algumas novidades já confirmadas para a nova edição do torneio regional:

1) A mudança de maior impacto é a ampliação de 16 para 20 clubes, com a inclusão de 2 times do Piauí e 2 do Maranhão. A mudança vinha sendo costurada há tempos. O impasse sempre foi o “mapa” da CBF, com os dois estados localizados no Norde desde a década de 1970.

2) A taça dourada será redesenhada. Calma. O troféu tem uma aprovação visual de 93,8% junto à torcida (segundo uma pesquisa feita pelo canal detentor dos direitos). Por isso, deve sofrer só uma leve adaptação, com a colocação de mais dois anéis, passando de sete a nove. Cada anel representa um estado.

3) Esta temporada marcou a primeira edição com uma bola oficial. Em 2015, a pelota será novamente assinada pela Penalty, já chamada de “Asa Branca II”. A bola será produzida na fábrica de Itabuna, no interior baiano.

4) A marca do Nordestão será renovada. Na visão do blog, a versão atual já era boa, priorizando a taça. Foram criadas marcas em 2014 e 2013.

5) Ainda não foi revelada a premiação máxima da competição. Sabe-se que haverá um percentual de aumento no mata-mata. A primeira fase segue com R$ 350 mil por equipe – exceto os quatro participantes do Piauí e do Maranhão. Em 2014, a cota distribuída foi de R$ 10 milhões.

6) O álbum de figurinhas, produzido pela Panini, chegará às bancas ainda na primeira fase do regional. Em 2014, o álbum chegou nas bancas no mata-mata, com oito clubes já eliminados, num erro de mercado.

Antecipando o padrão laranja para mudar a pauta do dia na Ilha

Terceiro padrão do Sport em 2014. Crédito: Adidas

O lançamento do terceiro padrão do Sport estava agendado para o dia 9 de setembro. A pré-venda já havia sido iniciada, por R$ 219,9, mesmo sem mostrar a camisa de fato.

Um teaser, algumas fotos escuras e só. Nada mais sobre o novo padrão, numa cor alternativa.

Porém, as dicas serviam para criar uma expectativa na torcida. O blog até postou uma hipótese (acertada) do modelo (veja aqui).

Dois dias depois do teaser, bem antes do previsto no varejo, a Adidas acabou revelando todo o uniforme, na cor laranja, ou “solar red”, numa definição de cor da empresa.

Tudo bem que algumas imagens mais claras circularam na web durante o dia, o que poderia ter forçado de fato a marca a liberar a imagem.

No entanto, como essa atitude não é de praxe, é curioso que a revelação
(programada) tenha ocorrido no dia seguinte à eliminação da Copa Sul-Americana, onde a camisa seria usada, diga-se. No mínimo, “apaziguou”.

Podcast 45 minutos (56º) – Eliminação precoce dos leoninos na Sul-Americana

A eliminação precoce na Sul-Americana é tema principal da nova edição do 45 minutos, gravado logo após a partida em Salvador. Além do revés do Sport, discussão uma sobre as contas do Náutico – que não foi uma “auditoria” -, a punição ao Grêmio por causa do racismo e os resultados da Copa do Brasil.

O 56º podcast teve 1h27min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Sem sair do país, o Sport escreve a sua pior campanha internacional

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: EDSON RUIZ/COOFIAV/ESTADÃO CONTEÚDO

A eliminação do Sport na Copa Sul-Americana de 2014 é uma das mais vexatórias da história rubro-negra. Sem dúvida alguma, a pior entre as suas quatro campanhas internacionais.

A queda começou pela empolgação criada pelo clube, nas palavras do presidente e do técnico, que chegou a falar em favoritismo ao título. O investimento em jogadores caros como Diego Souza e Ibson faziam parte do processo. Claro, foram contratações dignas de elogio, mas que mal tiveram tempo no foco principal de suas negociações.

Derrotado duas vezes pelo time reserva do Vitória, o lanterna do Brasileirão, com falhas gritantes na defesa, o Leão sequer saiu do país.

No Barradão, num vazio do tamanho do interesse dos baianos pelo torneio, o Sport até fez uma partida superior àquela tenebrosa apresentação na Ilha. Contudo, mostrou pela enésima vez uma deficiência nas conclusões.

Finalizaram com perigo Ibson, Wendel, Rithely, Felipe Azevedo e Érico Júnior. Rithely ainda teria outra oportunidade, marcando o único gol leonino, mas insuficiente para evitar o revés por 2 x 1, nesta quarta.

Nota-se que quem não finalizou com perigo foi justamente o centroavante do time, Neto Baiano, em outra jornada apagada, chegando atrasado nos lances. No seu único chute, a bola quase foi para a lateral.

A Sula era a prioridade rubro-negra no segundo semestre. Já era. Agora, “resta” conduzir a campanha na Série A, até aqui histórica. Mas é preciso ver o quanto o moral do elenco será abalado pelo sonho paralelo (e distante)…

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: Eduardo Martins/A Tarde/Futura Press

A história da Fifa no cinema, com o corte do diretor

Filme "United Passions", sobre a história da Fifa. Crédito: Youtube/reprodução

A história da fundação da Fifa e a consequente globalização do futebol está sendo contada no cinema. Na versão da Fifa, obviamente.

O filme United Passions, estrelado por Gérard Depardieu, Sam Neill e Tim Roth, conta os primórdios da organização, desde 21 de maio de 1904, numa era bem romântica do esporte, ao sucesso inesgotável da Copa do Mundo, hoje vista por bilhões de pessoas.

A direção da entidade considerava a ideia de uma produção do tipo desde 2004, quando chegou ao seu centenário. O projeto só tornou-se real há seis anos, quando a Leuviah Films foi contratada.

No filme, espaço para a recriação do Maracanazo e o surgimento da Taça Fifa.

Apesar de relatar bastante os bastidores da entidade, como na escolha das sedes dos Mundiais e de outras de sucesso, como lançamento de bolas e mascotes exclusivos, dificilmente veremos algo sobre a investigação de corrupção. Talvez nas cenas deletadas…

Índice de eficiência na gestão com retratos distintos em Pernambuco

Ranking de gestão no futebol brasileiro em 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Entre tantas competições e tantos clubes distintos, como mensurar o nível do desempenho? Uma consultoria criou um índice que compara os resultados dos times nas competições oficiais num ano e o gasto no mesmo período.

O índice de eficiência na gestão, elaborado pela Pluri Consultoria, distribuiu os pontos dos torneios com clubes brasileiros. Veja aqui.

O Pernambucano, por exemplo, está junto de Bahia, Paraná e Santa Catarina.

Sem surpresa, o Atlético Mineiro, campeão da Taça Libertadores, ficou na liderança de 2013, com 1,95. Foi seguido pelo Atlético Paranaense, que com 81 milhões de reais em receitas foi vice-campeão da Copa do Brasil e 3º lugar na Série A. Fechando o pódio, o Cruzeiro, campeão brasileiro.

A surpresa vem na 4ª colocação, com o Santa. E faz sentido. Com um faturamento de apenas R$ 14 milhões – numa queixa do presidente Antônio Luiz Neto -, o Tricolor foi campeão estadual e brasileiro da Série C. Índice de 1,06.

Nos anos anteriores, também foi campeão estadual, o clube ficou em 10º (2012), 9º (2011). Em relação aos rivais, o Leão apareceu em 11º lugar, com o acesso à elite e o vice local, enquanto o Timbu ficou em 27º, com um índice negativo (-0,2), resultado direto do rebaixamento e da ausência na final estadual.

A consultoria tem levantamentos desde 2008. O maior índice já alcançado num ano foi do Sport em 2008 (títulos da Copa do Brasil e do Pernambucano), com 6,26. Na ocasião, a receita do clube foi de R$ 19 milhões, 1/3 da atual.

Confira o estudo completo sobre o índice de gestão aqui.