As cotas da Sul-Americana de 2017, com até US$ 3,925 milhões para o campeão

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Conmebol congelou a premiação da Copa Sul-Americana de 2017, em decisão tomada no conselho executivo realizado em dezembro, em Luque. Portanto, as cotas são as mesmas de 2016. Ainda assim, para os seis times brasileiros classificados, a campanha pode render mais. Explica-se: com a reformulação da competição, acabou a “fase nacional”, que no chaveamento correspondia à segunda fase. Ou seja, os brazucas agora largam nas mesmas condições de todos os outros países – o mesmo ocorreu com os argentinos. Por outro lado, em vez de 10 jogos para levantar a taça, agora são 12 apresentações.

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Nos quadros acima, a evolução das premiações (em dólar) nas campanhas finais desde 2013, quando o Sport estreou – agora, já vai na 5ª participação consecutiva. Neste ano, avançar duas fases significa quase US$ 1 milhão.

Embora as verbas individuais sejam as mesmas da edição passada, vencida pela Chape, no geral o montante aumentou 11%, chegando a 35,4 milhões. Afinal, são sete equipes a mais, com 54 ao todo. No novo formato, são 44 clubes na primeira fase. Avançam 22, que se somam a 10 eliminados da Libertadores vigente. Logo, os outros oito brasileiros na Liberta ainda podem disputar a Sula. No caso, com cotas a partir da segunda fase (diferença de 250 mil dólares).

Abaixo, os valores de cada mata-mata da Sula e a cotação atual na moeda brasileira. Lembrando que a premiação é paga pela simples participação.

Cotas de cada fase (US$ 1 = R$ 3,14)
1ª fase – US$ 250 mil (R$ 785.650)
2ª fase – US$ 300 mil (R$ 942.780)
Oitavas – US$ 375 mil (R$ 1.178.475)
Quartas – US$ 450 mil (R$ 1.414.170)
Semifinal – US$ 550 mil (R$ 1.728.430)
Vice – US$ 1 milhão (R$ 3.142.600)
Campeão – US$ 2 milhões (R$ 6.285.200)

Total para o campeão (todas as fases): US$ 3,925 milhões (R$ 12.334.705)
Total para o campeão (a partir da 2ª fase): US$ 3,675 milhões (R$ 11.549.055)

Brasileiros na 1ª fase
Sport x Danubio (Uruguai)
Corinthians x Universidad de Chile (Chile)
São Paulo x Defensa y Justicia (Argentina)
Cruzeiro x Nacional (Paraguai)
Fluminense x Liverpool (Uruguai)
Ponte Preta x Gimnasia y Esgrima (Argentina)

Sport pagou R$ 5,23 milhões por André, somando Sporting e Galo. Recorde no NE

André com as camisas de Sporting, Sport Recife e Atlético-MG

Ao anunciar a aquisição do atacante André, com a compra de 70% dos direitos econômicos para um contrato de cinco anos, o Sport deixou uma lacuna de informação, uma vez que o Sporting de Lisboa só havia revelado o valor dos 50% cedidos de sua parte, R$ 4 milhões. Apesar da política de sigilo dos leoninos, o mistério sobre os 20% restantes não durou muito. Segundo o Uol, o Galo vendeu a sua parte por R$ 1,2 milhão – lembrando que o Corinthians, também presente, manteve o seu ativo de 30%. No dia, a projeção do blog já apontava que, em caso de proporcionalidade nos percentuais, o Sport teria que pagar R$ 1,6 mi ao Atlético. Portanto, conseguiu reduzir a pedida em R$ 400 mil.

Finalmente, o valor exato da compra, considerando a conversão em euros da parte portuguesa (1,2 mi) e a cifra paga pelo clube mineiro, é o seguinte: R$ 5.235.033. Em reais, é a maior quantia bruta já paga por um clube do Nordeste a um jogador de futebol, superando o sérvio Petkovic, que custou R$ 5 milhões ao Vitória, há vinte anos. Naquela transação, o passe (formato da época) foi custeado pelo parceiro do rubro-negro baiano, o banco Excel-Econômico.

Claro, é possível observar por outros formatos, como a lista em dólar, também levantada (neste caso, André está em 3º, custando US$ 1,67 mi), e até mesmo com a correção inflacionária, mas o blog manteve o critério adotado há tempos.

As 10 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real*
1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 5,23 milhões por 70%
2º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100%
3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100%
4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100%
5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%
6º) Jackson (2016, do Inter para o Bahia – R$ 3,00 milhões por 70%
7º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 25%
7º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,50 milhões por por 50%
7º) Diego Souza (2016, do Flu para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 100%
10º) Bebeto Campos (1998, do Flu para o Bahia) – R$ 1,7 milhão por 100%

* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.

Nike, Topper e Penalty, as bolas oficiais dos pernambucanos na temporada 2017

Neste ano, quatro bolas distintas serão usadas em torneios oficiais envolvendo clubes pernambucanos. No caso do Sport, modelos exclusivos no Estadual (S11), no Nordestão (Asa Branca), na Série A/Copa do Brasil (CBF Ordem) e na Sula (Ordem). Santa e Náutico também terão quatro pelotas, somando a versão diferenciada na Série B, a KV Carbon 12, a mesma da Primeira Liga.

Embora com características próprias, como naming rights e cores, as bolas dos torneios da CBF e da Conmebol são da mesma versão produzida pela Nike. Já a Topper desbancou a Umbro como fornecedora oficial da Lampions League, com a produção de 500 bolas para os 74 jogos do torneio em 2017. Enquanto isso, no Pernambucano, uma década de Penalty. A marca é a maior fornecedora dos estaduais desde 2008, variando entre 10 e 16 campeonatos.

Em abril, deverá haver um revezamento entre todas as bolas oficiais, com datas para torneios estaduais, regionais, nacionais (Copa do Brasil) e internacionais. Será que esse revezamento a cada quatro dias atrapalha? Bronca para os goleiros. Só no Clássico das Emoções, por exemplo, serão usados três tipos.

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana
Bola: Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: indisponível
Clube: Sport (Sula)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da Conmebol. Foto: Copa Sul-Americana/facebook

Campeonato Brasileiro (Série A) e Copa do Brasil
Bola: CBF Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: R$ 499
Clubes: Sport (A e Copa); Santa Cruz, Náutico e Salgueiro (Copa)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da CBF. Foto: Fernando Torres/CBF

Séries B, C e D 
Bola: KV Carbon 12, da Topper (a confirmar)
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada
Preço: R$ 299
Clubes: Santa Cruz e Náutico (B); Salgueiro (C); América, Central e Serra Talhada (D)

Descrição: “A bola oferece maior grip, aderência e precisão. Possui doze gomos costurados e traz textura em formato de cavidades redondas, garantindo aerodinâmica e velocidade perfeitas para o arremate”

A bola da Primeira Liga 2017, possivelmente a mesma da Série B 2017. Crédito: Topper

Copa do Nordeste
Bola: Asa Branca IV, da Topper
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada

Preço: indisponível
Clubes: Náutico, Santa Cruz e Sport

Descrição: “A bola possui laminado com textura similar à de uma bola de golf. As cavidades do material reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância, o que ajuda na aerodinâmica durante os jogos”

Bola "Asa Branca", da Topper, para o Nordestão. Foto: Esporte Interativo/divulgação

Campeonato Pernambucano (e outros 9 estaduais)
Bola; S11, da Penalty
Material: Laminado em poliuretano

Preço: R$ 459
Clubes: Afogados, América, Atlético, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Salgueiro, Santa Cruz, Serra Talhada, Sport e Vitória

Descrição: “Com 0% de absorção de água, a tecnologia permite o uso da bola em condições de chuva intensa, garantindo a precisão e leveza na hora do chute. É Feita de Neogel, a matéria-prima exclusiva da Penalty”

Bola S11, da Penalty, para o Campeonato Pernambucano. Crédito: Penalty/facebook

A audiência do Super Bowl na TV dos EUA, há 8 anos com mais de 100 milhões de telespectadores. Segue atrás da Copa

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

O Super Bowl de 2017, em Houston, foi um dos mais emocionantes da história, com o Patriots, do quarterback Tom Brady, revertendo um placar improvável. De 3 x 28 para 34 x 28, na maior virada em uma decisão, que pela primeira vez só foi definida no overtime. O suficiente para atrair a atenção de 1/3 da população norte-americana, no maior evento esportivo do país. De acordo com o instituto Nielsen, que há tempos mede a audiência do evento, foram 111,3 milhões de telespectadores, em média, no canal Fox. Outros 2,4 milhões assistiram no aplicativo Fox Go e no canal para o público hispânico.

Embora gigantesco, não foi o recorde, com 600 mil a menos em relação à edição 50, em 2016. Por outro lado, manteve a escrita desde 2010, com todas as decisões do futebol americano ultrapassando a marca de 100 milhões de telespectadores, num raio de interesse que vai bem além. Em escala global, o dado sobe para 172 milhões. Basta medir o interesse no Brasil. Antes do Super Bowl 51, o Ibope Repucom divulgou uma pesquisa no país, com 15,2 milhões de aficionados na modalidade, ou 20% da população. Gente que viu a final nos cinemas e, sobretudo, na ESPN e no Esporte Interativo..

Audiência televisiva do Super Bowl nos EUA
2010 – 106,4 milhões (New Orleans Saints 31 x 17 Indianapolis Colts)
2011 – 111,0 milhões (Green Bay Packers 31 x 25 Pittsburgh Steelers)
2012 – 111,3 milhões (New York Giants 21 x 17 New England Patriots)
2013 – 108,4 milhões (Baltimore Ravens 34 x 31 San Francisco 49ers)
2014 – 111,5 milhões (Seattle Seahawks 43 x 9 Denver Broncos)
2015 – 114,4 milhões (New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks)

2016 – 111,9 milhões (Denver Broncos 24 x 10 Carolina Panthers)
2017 – 111,3 milhões (New England Patriots 34 x 28 Atlanta Falcons)

% da população dos EUA que assistiu ao Super Bowl (população estimada)
2010: 34,4% (308.745.538)
2011: 35,7% (310.792.611)

2012: 35,5% (313.100.430)
2013: 34,3% (315.368.796)
2014: 35,1% (317.655.775)
2015: 35,7% (320.004.267)
2016: 34,7% (322.260.431)
2017: 34,3% (324.485.597) 

Apesar da franca exibição internacional – somente no Brasil são cinco jogos por semana na temporada regular -, a NFL segue bem atrás do futebol.

Copa do Mundo (final)*
2010 – 909 milhões (Espanha 1 x 0 Holanda)
2014 – 1,013 bilhão (Alemanha 1 x 0 Argentina)
* Pessoas que assistiram pelo menos 1 minuto da partida

Eurocopa (final)**
2012 – 300 milhões (Espanha 4 x 0 Itália)
2016 – 300 milhões (Portugal 1 x 0 França)
** Audiência média

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking mundial de audiência na tevê. Em 3º lugar, a Champions League já passa de 200 milhões, com a Euro e a Copa do Mundo em escalas bem maiores. Por sinal, 1/7 da população da Terra sintonizou a televisão na decisão mundial no Maracanã em algum momento. Mesmo analisando só a média, aquela partida segue imbatível, com 700 milhões de pessoas assistindo à vitória da Alemanha sobre a Argentina. Também no overtime.

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

Sport paga R$ 4 milhões ao Sporting por André, na maior compra de Pernambuco

André ao chegar no Sporting de Lisboa. Foto: Sporting/divulgação

A negociação durou mais de um mês, mas chegou-se ao desfecho pretendido pelo Sport. Autor de 13 gols no Brasileirão de 2015, André volta a vestir a camisa 90 do Leão, em um contrato de cinco temporadas. Não vem barato. O Sporting de Lisboa comprara 50% dos direitos econômicos por 1 milhão de euros, junto ao Corinthians (que ainda detinha 30%), e, mesmo com o mau aproveitamento do atacante (3 gols em 15 jogos), repassou por € 1,2 milhão. Convertendo em reais, R$ 4.035.033. Seguindo a política interna de transparência, como deveria ser aqui, o valor foi confirmado pela direção do Sporting. Com isso, trata-se da compra mais cara da história de Pernambuco. E o valor pode ser maior, pois o Sport adquiriu 70% dos direitos, sem precisar o valor dos 20% restantes – se for proporcional, chegaria a R$ 5,6 mi.

A cifra superou a compra do colombiano Reinaldo Lenis, há um ano. No cenário regional, considerando o Plano Real, o pesado investimento só está abaixo dos R$ 5 milhões do Vitória para adquirir o passe (formato na época) de Petkovic junto ao Real Madrid. Entretanto, aquele negócio, há vinte anos, foi bancado pelo Banco Excel-Econômico, então parceiro do clube baiano. Sobre o Sport, esta foi 7ª compra milionária em pouco mais de dois anos. Somando essas negociações, R$ 16,8 milhões. Em termos de resultados, a permanência na elite.

As compras milionárias do futebol pernambucano no Plano Real*
1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 4,03 milhões por 50%
2º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%

3º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 50%
3º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 25%
3º) Diego Souza (2016, do Fluminense para o Sport) – R$ 2,5 milhões por 100%
6º) Ronaldo Alves (2016, do Náutico para o Sport) – R$ 1,1 milhão por 100%
7º) Kieza (2012, do Al Shabab para o Náutico) – R$ 1 milhão por 30%
7º) Agenor (2016, do Joinville para o Sport) – R$ 1 milhão por 50%

As 5 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real*
1º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100%
2º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 4,03 milhões por 50%
3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100%
4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100%
5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – 3,16 milhões por 50%

* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.

André em ação no Sport, em 2015. Foto: Paulo Paiva/DP

Raúl Bentancor, ídolo no Danubio e no Sport através de 534 jogos em 16 anos

Raúl Betancor, ídolo no Danubio e no Sport

O confronto entre Sport e Danubio do Uruguai, pela Sula, reúne também a idolatria por um mesmo jogador, Raúl Bentancor. O meia uruguaio jogou onze temporadas na Franja e cinco no Leão, entre 1947 e 1963. Marcado em ambos.

No site do Danubio, o jogador é descrito da seguinte forma: “Está entre los más grandes goleadores danubianos de la historia”  Começou no juvenil, ganhando a titularidade no segundo ano e ficando até 1957. Segundo o clube, marcou uma “infinidad de goles”, numa estatística não contabilizada. Chegou a ser vice-campeão nacional em 1954, época na qual já defendia a seleção celeste.

Bentancor no Danubio
11 temporadas (1947-1957)
280 jogos
Vice-campeão uruguaio em 1954

Em 1959, o Sport procurava um reforço internacional com a raça característica de argentinos e uruguaios. Indicado pelo conterrâneo Morel, campeão estadual um ano antes, Bentancor se encaixava no perfil. Na Ilha, vindo do Montevideo Wanderers, ele foi além, virando referência técnica e apelidado de “O Bigode que Joga”. Em 2011 foi eleito para a seleção histórica do Leão, quase unânime. Segundo dados de Carlos Celso Cordeiro, foi titular em quase toda a passagem, ou 250 jogos (98%), sendo um dos principais meias goleadores do clube.

Bentancor no Sport
5 temporadas (1959-1963)
254 jogos
91 gols
Campeão pernambucano em 1961 e 1962

Após pendurar as chuteiras, Bentancor seguiu no futebol. Tornou-se treinador, comandando, também, Sport e Danubio. O ex-craque faleceu em 4 de maio de 2012, aos 82 anos. Em 2017, espera-se uma (justa) homenagem dupla…

Sport x Danubio do Uruguai, um inédito confronto na primeira fase da Sula 2017

Copa Sul-Americana 2017: Sport x Danubio

A Copa Sul-Americana de 2017 marca o primeiro confronto oficial entre clubes pernambucanos e uruguaios. O Sport foi sorteado na 18ª chave, junto ao Danubio Fútbol Club, de Montevidéu, que curiosamente divide um ídolo com o rubro-negro, Raúl Bentancor, meia uruguaio de sucesso nas décadas de 1950 e 1960. Com quatro títulos nacionais, La Franja terminou a última liga uruguaia em 3º lugar. Vai para a sua 9ª participação na Sula, enquanto o Leão encara a 5ª campanha internacional, tendo chegado no máximo às oitavas de final.

Considerando o calendário oficial, os jogos devem acontecer em 6 de abril, na Ilha do Retiro, e 10 de maio, na capital uruguaia. No mítico Centenário ou na casa do rival Defensor, o Luiz Franzini, com capacidade para 18 mil hinchas. 

O sorteio da Sula aconteceu na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. Os 44 participantes (ignorando Santa e Paysandu, limados numa canetada da entidade) foram divididos em 22 chaves (abaixo), sem distinção de país. Esta etapa vai até 1º de junho, com os classificados se juntando a dez clubes eliminados até a fase de grupos da Libertadores. Com 32 clubes na segunda fase, será feito um novo sorteio, com o chaveamento definitivo do torneio.

Os confrontos dos representantes brasileiros
G10 – Universidad de Chile (Chile) x Corinthians (define fora)
G12 – Gimnasia y Esgrima (Argentina) x Ponte Preta (fora)
G18 – Danubio (Uruguai) x Sport (fora)
G20 – Nacional (Paraguai) x Cruzeiro (fora)
G21 – Defensa y Justicia (Argentina) x São Paulo (casa)
G22 – Liverpool (Uruguai) x Fluminense (fora)

Agenda da Sula para os brasileiros (12 datas)
1ª fase – 06/04 e 10/05
2ª fase – 05/07 e 26/07
Oitavas – 13/09 e 20/09
Quartas – 25/10 e 01/11
Semifinal – 22/11 e 30/11
Final – 06/12 e 13/12 

A Conmebol não divulgou uma atualização nas premiações. Portanto, repetindo os valores de 2016, eis as cotas de cada fase da Sula nesta temporada.

(US$ 1 = R$ 3,15, a cotação de 31/01/2017)
1ª fase: US$ 250 mil (R$ 787 mil)
2ª fase: US$ 300 mil (R$ 945 mil)
Oitavas: US$ 375 mil (R$ 1,18 milhão)
Quartas: US$ 450 mil (R$ 1,41 milhão
Semifinal: US$ 550 mil (R$ 1,73 milhão)
Vice: US$ 1 milhão (R$ 3,15 milhões)
Campeão: US$ 2 milhões (R$ 6,30 milhões)

Campeão (soma de todas as cotas): US$ 3,925 milhões (R$ 12,36 milhões)

Sorteio da Copa Sul-Americana de 2017, em Luque, no Paraguai. Foto: Conmebol/twitter

Em jogo solidário, Brasil vence Colômbia com Diego Souza atuando em 64 minutos

Amistoso 2017: Brasil 1 x 0 Colômbia Foto: CBF/twitter (@CBF_Futebol)

Atualização: o resultado não recolocou o Brasil na liderança do ranking da Fifa, como havia sido noticiado, uma vez que houve descarte de pontos

O Engenhão recebeu 18.695 torcedores para o amistoso solidário em prol da Chapecoense, ou 45% dos ingressos colocados à venda, com renda de R$ 1,2 milhão. Com um time formado só por jogadores que atuam no país, o Brasil, com apenas um treinamento, venceu a Colômbia por 1 x 0. O resultado manteve Tite com 100% de aproveitamento no comando técnico do time verde e amarelo. Sete jogos, sete vitórias. O resultado manteve a Seleção em 2º lugar no ranking da Fifa, próxima da liderança, o que não ocorre desde maio de 2010.

No jogo disputado no Rio de Janeiro, o meia Diego Souza vestiu a camisa 9, entrando como titular, o que não ocorria no futebol nordestino desde 2001, com Leomar, também do Sport. DS atuou durante 64 minutos, mais até que o programado (45 min). Escalado como centroavante, ele teve uma atuação discreta, mas participou diretamente das duas melhores oportunidades.

Na primeira, enfiou a bola entre dois colombianos e deixou Dudu livre (desperdiçou). Na segunda, no primeiro minuto da etapa complementar, iniciou a jogada do gol e ainda finalizou, com Dudu marcando de cabeça no rebote. Pouco depois, foi substituído por Luan, atacante do Grêmio. Saiu aplaudido.

Amistoso 2017: Brasil 1 x 0 Colômbia Foto: CBF/twitter (@CBF_Futebol)

O balanço dos clássicos na Arena PE de 2013 a 2016, com média de 11 mil pessoas

Clássicos pernambucanos na Arena Pernambuco. Fotos: Arquivo/DP

Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 16 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2016. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 4 mil (ou 10% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 181.884 torcedores. Em quatro temporadas de clássicos, portanto, a média é de 11.367. Em relação à arrecadação, números melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 4.382.275, com um índice de R$ 273.892.

Para 2017, ao menos quatro clássicos estão garantidos, todos com mando do Náutico. Dois pelo Estadual, contra tricolores (29/01) e rubro-negros (05/03), com o primeiro já na abertura da fase principal, um Clássico das Emoções na Lampions (12/03) e outro pela Segundona, em data a definir. Como nos anos anteriores, negociações entre o governo estadual e Santa e Sport podem resultar em mais duelos – além de fases mata-matas com o Náutico presente.

A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2016.

Náutico x Sport
O primeiro clássico da história da Arena foi logo um duelo internacional, pela Sula. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, quatro foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à decisão do Estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.

7 jogos (6 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro)
2 vitórias do Náutico (28%)
1 empate (14%)
4 vitórias do Sport (57%)

86.850 torcedores, média de 12.407
R$ 2.248.625 de renda absoluta, média de R$ 321.232

Os clássicos dos Clássicos na Arena Pernambuco entre 2013 e 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Santa Cruz x Náutico
Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, o Clássico das Emoções apresenta mais regularidade nos públicos, com cinco acima de 10 mil espectadores. Destoa o jogo pela primeira fase do Estadual 2015, com 4,6 mil espectadores, a menor assistência até hoje.

7 jogos (6 mandos alvirrubros e 1 tricolor)
3 vitórias do Santa Cruz (43%)
2 empates (28%)
2 vitórias do Náutico (28%)

82.947 torcedores, média de 11.849
R$ 1.959.725 de renda absoluta, média de R$ 279.960

Os clássicos das Emoções na Arena Pernambuco entre 2013 e 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Sport x Santa Cruz
O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década.

2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor)
0 vitória do Sport (0%)
1 empate (50%)
1 vitória do Santa Cruz (50%)

12.087 torcedores, média de 6.043
R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962

Os clássicos das Multidões na Arena Pernambuco entre 2013 e 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os 44 times da primeira fase da Sula 2017

Os participantes da Copa Sul-Americana de 2016

O sorteio da Copa Sul-Americana de 2017 será em 31 de janeiro. Os 44 clubes classificados através dos campeonatos nacionais já foram confirmados pela Conmebol, via site oficial, com outros dez participantes entre os futuros desclassificados até a fase de grupos da Libertadores. No âmbito local, o Sport está presente pela 5ª vez consecutiva. Até hoje, chegou no máximo às oitavas (2x), avançando um mata-mata. A partir deste ano, para alcançar esta fase será preciso passar por duas eliminatórias. O clube representará o Brasil com Corinthians, Ponte, São Paulo, Cruzeiro e Flu, classificados nesta ordem.

Com a divulgação dos seis brasileiros, a oito dias do sorteio, agendado em Luque, no Paraguai, fica a indefinição quanto à participação de Santa Cruz e Paysandu, que, juntos, reivindicam as vagas por direito. O país tinha direito a oito classificados, mas a entidade reduziu para seis, autorizando apenas clubes via Campeonato Brasileiro, à parte das copas regionais. Que a justiça parece o caminho, é fato, desde a canetada da Conmebol, em 30 de novembro…

Sobre a Sula 2017: a entidade não adiantou o formato do sorteio (como também não fez na Liberta, num sinal de desorganização), mas agora deve acabar as disputas nacionais e/ou regionais, com chaveamentos abertos a qualquer rival. 

Entre os estrangeiros mais tradicionais, destaco os argentinos Independiente (7 Libertadores), Arsenal (campeão da Sula 2007), Huracán (vice da Sula 2015) e Racing (1 Libertadores), o Universidad de Chile (campeão da Sula 2011); a LDU (1 Libertadores) e o Cerro Porteño (semifinalista da Sula 2016). 

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