Final da Libertadores em campo neutro, na volta ao passado da Conmebol

Congresso Extraordinário da Conmebol em 2013. Foto:  Ricardo Alfieri/Conmebol

A mais nova ideia da pouco ortodoxa Conmebol, que certa vez colocou o Japão para disputar a Copa América, é realizar a final da Libertadores em apenas uma partida, em campo neutro. O modelo é semelhante ao da Liga dos Campeões da Uefa, cuja fórmula vem desde a sua primeira edição, em 1956.

Lá, os estádios são escolhidos antes. Ou seja, um time do país da arena, ou mesmo o mandante do tal estádio, pode disputar a final. Na América do Sul, no entanto, sempre houve a disputa de ida e volta. E aqui a proposta é que o local decisivo seja realmente em um país neutro.

Provavelmente, pesou o fato de que ultimamente todas as finalíssimas ocorreram no Brasil. Desde 2005 o segundo jogo é realizado aqui, num reflexo direto das melhores campanhas dos clubes brasileiros. Nota-se que a proposta apresentada neste sábado, no 63º Congresso Extraordinário da Conmebol, no Paraguai, deverá fazer com que boa parte das finais não ocorram no Brasil daqui por diante. Além disso, é uma espécie de volta ao passado.

De 1960 a 1987, a final da Libertadores foi decidida por pontos. O título só vinha em caso de duas vitórias ou uma vitória e um empate. Uma vitória para cada lado, independentemente do saldo, ou dois empates, levava a decisão a um jogo extra em campo neutro. E isso aconteceu em 14 das 28 edições no período.

1962 – Buenos Aires (Monumental, 60 mil) – Santos 3 x 0 Peñarol
1965 – Santiago (Nacional, 40 mil) – Independiente 4 x 1 Peñarol
1966 – Santiago (Nacional, 39 mil) – Peñarol 4 x 2 River Plate
1967 – Santiago (Naciona, 50 mil) – Racing 2 x 1 Nacional
1968 – Montevidéu (Centenário) – Estudiantes 2 x 0 Palmeiras
1971 – Lima (Nacional, 41 mil) – Nacional 2 x 0 Estudiantes
1973 – Montevidéu (Centenário, 50 mil) – Independiente 2 x 1 Colo Colo
1974 – Santiago (Nacional) – Independiente 1 x 0 São Paulo
1975 – Assunção (Defensores, 55 mil) – Independiente 2 x 0 Unión Española
1976 – Santiago (Nacional, 40 mil) – Cruzeiro 3 x 2 River Plate
1977 – Montevidéu (Centenário, 60 mil) – Boca Juniors (5) 0 x 0 (4) Cruzeiro
1981 – Montevidéu (Centenário, 30,2 mil) – Flamengo 2 x 0 Cobreloa
1985 – Assunção (Defensores) – Argentinos Juniors (5) 1 x 1 (4) América de Cali
1987 – Santiago (Nacional, 25 mil) – Peñarol 1 x 0 América de Cali

Congresso Extraordinário da Conmebol em 2013. Foto:  Ricardo Alfieri/Conmebol

Reta final dos seis palcos restantes do Mundial, acima dos 70%

Seis dos doze estádios brasileiros selecionados para a Copa do Mundo de 2014 já estão em franca operação. Outros seis correm contra o tempo para alcançar o prazo estipulado pela Fifa, até dezembro deste ano.

Confira a situação dos seis empreendimentos restantes para o Mundial, com imagens de julho de 2013, todos eles acima de 70% de avanço físico.

Arena Corinthians (São Paulo) – 82%

Arena de São Paulo em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

Beira-Rio (Porto Alegre) – 74%

Beira-Rio em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

Arena da Baixada (Curitiba) – 71%

Arena da Baixada em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

Arena das Dunas (Natal) – 78%

Arena de Natal em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

Arena Amazônia (Manaus) – 70,9%

Arena de Manaus em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

Arena Pantanal (Cuiabá) – 73%

Arena de Cuiabá em julho de 2013. Crédito: Arena/Fifa

As meninas de Pernambuco com os melhores resultados do país na piscina

Etiene Medeiros (Mundial 2013) e Joanna Maranhão no Mundial de Natação (Olimpíada 2004). Fotos: Satiro Sodre/CBDA

Os dois melhores resultados da natação feminina na tradicional piscina de 50 metros foram obtidos por atletas pernambucanas.

As duas foram treinadas na infância por João Reinaldo, o Nikita (veja aqui).

Na Olimpíada de 2004, Joanna Maranhão foi 5º lugar na prova de 400 metros em quatro estilos (medley). Tinha 17 anos na disputa em Atenas, na Grécia.

1º) 4min34s83 – Yana Klochkova (Ucrânia)
2º) 4min34s71 – Kaitlin Sandeno (EUA)
3º) 4min37s51 – Georgina Bardach (Argentina)
4º) 4min39s29 – Eva Risztov (Hungria)
5º) 4min40s00 – Joanna Maranhão

No Mundial de 2013, Etiene Medeiro chegou em 4º lugar na prova de 50 metros costas. Em Barcelona, na Espanha, a nadadora de 22 anos ficou com a três décimos da medalha de bronze. A prova não é olímpica, mas certamente servirá de base para a disputa dos 100 metros costas no Rio de Janeiro, em 2016.

1º) 27s29 – Zhao Jing (China)
2º) 27s39 – Fu Yuanhui (China)
3º) 27s53 – Aya Terakawa (Japão)
4º) 27s83 – Etiene Medeiros

Não é uma tarefa fácil revelar talentos na natação, sobretudo com a escassa quantidade de piscinas olímpicas na cidade, o que só engrandece as marcas…

Pernambucanos entre as maiores médias de público do mundo, de novo

Ranking com as 100 maiores médias de público nos campeonatos nacionais em 2012. Crédito: Pluri Consultoria

Apenas oito clubes brasileiros estão entre as 200 maiores médias de público nos campeonatos nacionais de todo o planeta em 2012. Dois deles do Recife.

No Top 100 estão Corinthians, Santa Cruz e São Paulo. É o segundo ano seguido que os corais aparecem, agora em 95º. Na lista anterior produzida pela Pluri Consultoria também foram três times do país entre os cem. Na ocasião, o Santa foi em 39º lugar. A diferença foi o Bahia no lugar do São Paulo (veja aqui).

O Sport figurou pela primeira vez no Top 200, considerando o levantamento, com o 194º lugar. Subiu vinte posições em relação à tabela passada. Já o Náutico não apareceu na lista mundial. A Arena deve alavancar o Timbu na próxima lista.

Média de público no Campeonato Brasileiro de 2012;
24.347 – Santa Cruz (Série C)
17.811 – Sport (Série A)
12.894 – Náutico (Série A)

No topo, o Borussia Dortmund segue na liderança. O futebol europeu, por sinal, conta com 77 representantes entre os cem melhores.

Saiba mais sobre as ligas nacionais com mais torcedores aqui.

Mais um nome oficial para a Copa Sul-americana

Naming rights da Copa Sul-americana

A Copa Sul-americana foi criada em 2002. Na sua segunda edição, a Conmebo fechou um contrato de naming rights com a Nissan, montadora de automóveis do Japão, associando a empresa ao nome oficial do torneio.

O acordo durou até 2010, quando a Bridgestone entrou na parada. A fabricante de pneus, também japonesa, fechou por apenas duas edições.

Agora, mais um contrato bienal, com a Total, companhia francesa de petróleo. A marca será utilizada nos jogos dos times pernambucanos.

2002 – Copa Sul-americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-americana
2013/2014 – Copa Total Sul-americana

A Conmebol também aplica este modelo de patrocínio na Libertadores, que conta com uma empresa associada há quinze anos. Já passaram Toyota (1998/2007), Santander (2008/2012) e Bridgestone (2013/2017).

Será que algum torcedor costuma chamar o torneio desta forma?

Saiba mais sobre o naming rights de outras competições aqui.

Naming rights da Taça Libertadores da América

Todos os caminhos de alvirrubros e rubro-negros na Copa Sul-americana

Diagrama da Copa Sul-americana 2013. Crédito: Superesportes

Foi dada a largada para a 12ª edição da Copa Sul-americana. Neste ano, com 92 jogos de futebol agendados entre 30 de julho e 11 de dezembro.

Confira os possíveis caminhos de Náutico ou Sport no torneio internacional. Para ver o chaveamento numa resolução maior, clique aqui.

Ao todo serão 47 clubes, mas com estreias divididas em três frases.

A primeira fase terá 32 times de oito países: Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e Venezuela.

Os 16 vencedores do primeiro mata-mata irão se juntar na segunda fase a mais 14 clubes, sendo oito brasileiros e seis argentinos. Desta nova etapa, quinze irão avançar às oitavas de final, se juntando ao São Paulo, o atual campeão.

O regulamento da primeira fase até a semifinal é o mesmo da Copa do Brasil, com o gol fora de casa como critério de desempate após a igualdade no saldo.

Na decisão, no entanto, só valerá o número de pontos e o saldo nos dois jogos. Em caso de empate, prorrogação. Só depois haverá a disputa de pênaltis.

Qual é a sua expectativa para a participação pernambucana no torneio?

Limitação de dois mil ingressos para os visitantes no duelo internacional

Copa Sul-americana 2013: Náutico x Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O clássico pernambucano pela Copa Sul-americana terá uma limitação diferenciada em relação à quantidade de ingressos para as torcidas visitantes.

Nos torneios nacionais a carga é de 10% dos estádios. No Campeonato Pernambucano o número sobe, por força de uma regra da FPF, para 20%. No torneio da Conmebolm contudo, não há um percentual, mas sim um dado fixo independentemente do tamanho do estádio.

Os clubes são obrigados a ceder 2 mil bilhetes ao clube visitante. O número só aumenta na semifinal e na decisão, com o dobro de entradas.

Regulamento da Copa Sul-americana 2013

Portanto, cai por terra qualquer possibilidade de torcida única a inédita versão internacional do Clássico dos Clássicos.

Considerando as capacidades oficiais da Ilha do Retiro e da Arena Pernambuco, com 32.983 e 46.214 lugares, os números de ingressos para as torcidades visitantes correspondem a 6,0% e 4,3%, respectivamente.

Qualquer carga acima disso terá que ser através de um acordo entre as diretorias de Náutico e Sport. Ainda em relação aos ingressos, vale informar a capacidade mínima de público nos estádios da Copa Sul-americana.

10.000 – 1ª e 2ª fases
20.000 – Das oitavas à semifinais
40.000 – Final

Confira o regulamento completo do torneio clicando aqui.

Náutico x Sport, um confronto definitivo na Copa Sul-americana

Copa Sul-americana de 2013. Crédito: Conmebol

A Conmebol confirmou a tabela da Copa Sul-americana, com 47 clubes.

O clássico entre Náutico e Sport está mantido na edição de 2013.

Mesmo contra a vontade da FPF, cujo presidente Evandro Carvalho manifestou interesse em mudar o duelo pernambucano, a confederação sul-americana reafirmou nesta segunda a tabela previamente definida (veja aqui).

As datas das duas partidas, marcadas para a Ilha do Retiro, ida, e Arena Pernambuco, volta, ainda serão divulgadas.

Mas é fato, o Clássico dos Clássicos terá a sua inédita versão internacional. O vencedor avançará às oitavas de final.

E a FPF, de forma inacreditável, conseguiu sair desgastada nesse episódio, mesmo fora de sua alçada. A entidade já aceitou a tabela.

Tabela da Copa Sul-americana 2013, com a Zona da Brasil. Crédito: Conmebol

A maior multidão dos últimos tempos na Libertadores

Ranking de público na Taça Libertadores de 2013. Crédito: Conmebol/divulgação

A Taça Libertadores da América desta temporada registrou a maior média de público dos últimos tempos na competição. Em 2013 o índice ficou próximo dos 25 mil espectadores a cada partida. Eliminado na semifinal, o Newell’s Old Boys teve uma média de 41 mil pessoas num estádio com 42 mil lugares!

Por outro lado, seis equipes não chegaram sequer a dez mil torcedores, com a lanterna para o Anzoátegui. No post, as médias dos 38 clubes que participaram da Libertadores conquistada de forma brilhante pelo Atlético Mineiro.

Com a limitação de público no Independência em 20 mil pessoas, o Galo acabou apenas em 14º lugar. Só a decisão aconteceu no Mineirão, com o triplo de gente.

Vale destacar da lista os dados de Barcelona do Equador e Libertad do Paraguai, os favoritos à vaga contra o vencedor do clássico entre Náutico e Sport, num duelo agendado para a terceira fase da Copa Sul-americana.

Das sete edições abaixo, apenas uma não teve 138 partidas. Em 2009 foram 134 jogos. Confira os públicos absolutos e as médias, entre parênteses.

2007 – 2.198.919 (15.934)
2008 – 2.959.178 (21.443)
2009 – 2.416.216 (18.031)
2010 – 2.377.325 (17.227)
2011 – 2.162.615 (15.671)*
2012 – 2.443.756 (17.708)
2013 – 3.425.911 (24.825)
* Dado não confirmado

A misteriosa vidraça da federação pernambucana de futebol

Vidro quebrado

A insistência da FPF para evitar o inédito clássico pernambucano na Copa Sul-americana teve a seguinte explicação.

“É natural que a imprensa e a opinião pública não tenham conhecimento de todos os aspectos. Futebol é negócio. O jogo em si não é só um jogo. Envolvem negociações de patrocínios, de televisionamento e outras questões que não têm porque irem a público. É obrigação da Federação fazer o melhor para os clubes, independentemente da opinião pública e da imprensa.”

Antes fosse ficção, mas a inacreditável declaração é real, dada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, ao repórter João de Andrade, do Superesportes (veja aqui).

O duelo entre Náutico e Sport está marcado pela Conmebol. Porém, nota-se um apelo fora dos critérios desportivos no pleito da entidade local.

Sem revelar nomes, mas insinuando bastante, Evandro diz estar servindo de vidraça, passando por cima da necessária transparência no futebol.

Na prática, estaria absorvendo todas as críticas por alguém. Por quem?

Governo do estado? Arena Pernambuco? Emissora de televisão? Um clube? Os dois clubes? Mas pelo menos o recado foi dado na atual gestão…

O jogo em si não é só um jogo. Sobretudo nos bastidores.