A suposta grande diferença entre Lionel Messi e Neymar

Messi e Neymar em ação. Crédito: Youtube

O título do post dá nome ao vídeo produzido pelo doentesporfutebol.com.

Em 3 minutos e 40 segundos, uma compilação de imagens com lances recentes de Lionel Messi, pelo Barcelona e na seleção argentina, e Neymar, pelo Santos e com a camisa da Canarinha.

Enquanto o argentino não desiste das jogadas, o brasileiro acaba preferindo cavar alguma falta, segundo o vídeo. Vale destacar a atuação da arbitragem brasileira. Aí sim, uma grande diferença em relação apito europeu.

Assista e comente…

Você concorda com a tal “grande diferença” entre os dois craques?

A Paraíba tem time para torcer. E é um campeão nordestino

Copa do Nordeste 2013, final: Campinense 2x0 ASA. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Há muito tempo a Paraíba vê o futebol local à margem das grandes equipes nacionais em termos de torcida.

No Nordeste como um todo, o processo de comunicação via rádio consolidou torcidas nacionais de clubes do Sudeste, sobretudo os cariocas.

Contudo, no estado vizinho a transformação foi bem mais acentuada. Em 2011, uma pesquisa produzida pelo instituto Data Vox, com 4.213 entrevistados, apontou que 62% do público tem um time nacional.

Destes, 49,67% são Flamengo. Metade do estado. Na capital João Pessoa, o maior reduto, times locais como Botafogo e Auto Esporte pararam no tempo.

Em Campina Grande, de porte econômico semelhante, o Clássico dos Maiorais é a grande bandeira numa tentativa de manter acesa a paixão no futebol do estado.  A disputa entre Campinense e Treze movimenta a cidade desde 1957.

Com poucas realizações além da fronteira do estado, seja qual for a divisão nacional ou torneio regional, a Paraíba acabou sofrendo um certo preconceito dos próprios irmãos nordestinos.

Obviamente, qualquer pessoa tem o direito de torcer pelo time que quiser e aqui não se discute isso. E de fato a reação dos vizinhos não era nada educada.

Quantas vezes não ecoou em estádios pernambucanos, baianos, cearenses e potiguares o seguinte grito.

“Arerê, na Paraíba não time pra torcer”.

O objetivo nada nobre era ferir o orgulho do torcedor. Podemos agora afirmar que tal grito de guerra cairá drasticamente em desuso.

Com uma campanha histórica, o Campinense ergueu neste domingo o troféu de campeão do Nordeste. Em um Amigão com quase vinte mil pessoas numa tarde já marcada para sempre na memória da torcida, o time venceu o ASA por 2 x 0.

Campeão sobre pernambucanos, baianos, cearenses, potiguares etc.

Fora da Série D até agora, a Raposa quebrou uma escrita impressionante na galeria de campeões nordestinos. Nas nove edições anteriores, desde 1994, os vencedores sempre integraram a elite nacional no ano da conquista.

Subvertendo as lógicas conhecidas no futebol da região, goleando o Santa Cruz, eliminando o Sport na Ilha, silenciando o Castelão contra o Fortaleza e faturando o prêmio de R$ 1 milhão, o Campinense colocou a Paraíba no mapa da bola.

Um troféu que exige respeito. E tem mesmo que respeitar…

Copa do Nordeste 2013, final: Campinense 2x0 ASA. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Antes do depoimento no STJD, no Rio de Janeiro, visita à CBF, no Rio de Janeiro

Luciano Bivar, presidente do Sport. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press

A revelação de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a um lobista para facilitar a ida do volante Leomar à Seleção Brasileira entrará no campo jurídico.

No Recife, o presidente rubro-negro se mostra tranquilo, apesar da gravidade do episódio. O seu vice é um dos mais renomados advogados do Nordeste.

No entanto, ao contrário do que o dirigente poderia imaginar, o ato, caso configurado como crime, não está prescrito. Segundo o código brasileiro de justiça desportiva, o prazo é de 20 anos. A ida de Leomar à Seleção foi em 2001.

O seu depoimento já está marcado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD, cuja sede está localizada no Rio de Janeiro. Será em 21 de março.

Antes, nos dias 15 e 16, outra viagem do empresário à Cidade Maravilhosa.

Mas ao coração do futebol brasileiro, até a CBF. No primeiro encontro, conversa com o diretor de competições da entidae, Virgíliso Elísio. Segundo a breve nota no site oficial do Sport, o contato “discutiu assuntos de interesse do clube”.

Em seguida, almoço com presidente da confederação, José Maria Marin.

Ambos experientes, Marin com 81 anos e Bivar com 69. Por mais que o discurso seja cortês de ambos os lados, será difícil convencer alguém que o episódio de 2001 não tenha sido o prato principal.

Até porque, conforme mostrado no Diario de Pernambuco, a história tem vários pontos soltos, como o fato de Leomar ter sido o jogador que mais atuou com Emerson Leão, enquanto este era treinador do Sport, deixando claro o quanto era desnecessário um lobista e o tal marketing esportivo.

Ou o fato de que o volante estava com salários atrasados quando foi convocado, e mais tarde deixaria o clube de graça após ação na  justiça do trabalho.

Revoltados, Leão e Antônio Lopes, integrantes da comissão técnica daquela Canarinha, articulam ações na justiça, ao contrário das primeiras declarações.

Sem terem sido citados, acharam num primeiro momento que não haveria necessidade. Depois, perceberam que indiretamente são, sim, relacionados.

Calejado, Bivar antecipa que o Sport não sofrerá punição. Por sinal, qual teria sido o benefício ao clube? O lobby veio do seu cofre? Não se sabe. Ganhou algo com a passagem de Leomar com a camisa verde e amarela?

Na verdade, posteriormente o clube teve um prejuízo de R$ 2,5 milhões devido à má gestão nos direitos do atleta.

Então, até o momento, vale ressalvar, o alvo da inevitável investigação é o próprio Bivar. Ou jogará no ventilador ou recuará no discurso, o mais provável.

A resposta já está no Rio de Janeiro.

José Maria Marin

Os jogadores mais ricos do futebol, ainda nos gramados

Os 10 jogadores de futebol mais ricos em atividade em 2013. Montagem: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A jornada profissional de um jogador de futebol começa no fim da adolescência. Em alguns casos, ainda com 16 anos vem a responsabilidade, já com multidões nas arquibancadas. Em situações normais, a carreira segue até os 37, 38 anos. Em casos raríssimos, a bola segue rolando já com quatro décadas.

Aos mais vitoriosos, essas duas décadas de profissionalismo resultam em fortunas quase incalculáveis. Quase. O site goal.com enumerou os cinquenta atletas mais ricos em atividade no futebol, ou uma projeção próxima (veja aqui).

Abaixo, os dez primeiros. O blog enumerou as idades e o tempo de boleirada. Dono de um patrimônio impressionante, o pernambucano Rivaldo trouxe uma curiosidade à lista, com o uniforme do São Caetano diante de gigantes.

Cinco craques foram eleitos pela Fifa como o melhor do mundo: Messi, CR7, Kaká, Ronaldinho e Rivaldo. Veja ainda os dados Neymar, o prodígio.

1º) David Beckham (PSG), 37 anos, 20 de carreira – R$ 612,5 milhões
2º) Lionel Messi (Barcelona), 25 anos, 9 de carreira – R$ 404,3 milhões
3º) Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 28 anos, 11 de carreira – R$ 392 milhões
4º) Kaká (Real Madrid), 30 anos, 12 de carreira – R$ 232,7 milhões
5º) Ronaldinho (Atlético-MG), 32 anos, 15 de carreira – R$ 220,5 milhões
6º) Samuel Eto’o (Anzhi), 32 anos, 16 de carreira – R$ 182 milhões
7º) Rooney (Manchester United), 27 anos, 11 de carreira – R$ 175 milhões
8º) Zlatan Ibrahimovic (PSG), 31 anos, 14 de carreira – R$ 164,5 milhões
9º) Rivaldo (São Caetano), 40 anos, 22 de carreira – R$ 159,2 milhões
10º) Ferdinand (Manchester United), 34 anos, 18 de carreira – R$ 147 milhões

33º) Neymar (Santos), 21 anos, 4 de carreira – R$ 70 milhões

As primeiras camisetas da Copa das Confederações e a pressão da pirataria

Camisas oficiais da Copa das Confederações 2013. Crédito: Adidas

As camisas oficiais da Copa das Confederações de 2013 já estão no mercado.

Os modelos de malha criados pela Adidas chegam a partir de R$ 79 (veja aqui).

Consigo, o primeiro teste do país contra a pirataria visando os torneios da Fifa.

Uma vez divulgadas as estampas, e outras serão lançadas, o mercado paralelo deverá se mexer, repetindo as ações com uniformes dos clubes de futebol.

A Lei Geral da Copa dá amplos direitos à Fifa em relação ao combate à pirataria, à venda nas áreas próximas aos estádios.

O poder público deve evitar a proliferação de produtos “genéricos”, com preços mais baixos. Veremos a partir de agora o rigor deste controle.

O que você achou das camisetas? O preço estipulado deve conter a pirataria?

Camisas oficiais da Copa das Confederações 2013. Crédito: Adidas

Campeonatos estaduais esvaziados país afora, uma lacuna em busca de solução

Médias dos campeonatos estaduais em 2012. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

O elevado número de transmissões de ligas europeias na televisão brasileira escancara cada vez mais o estágio dos campeonatos estaduais acerca do interesse do público. Com raras exceções, os certames levam pouquíssimos torcedores aos jogos. Num estudo mais amplo, os dados assustam.

O borderô oficial dos 2.090 jogos das dezenove competições estaduais em 2012 somaram 6,8 milhões de torcedores, com média de 3.273. No ano passado, Pernambuco se destacou, com a maior média e o maior público absoluto.

Este ano, devido a uma série de fatores, o índice deve cair bastante, derrubando de vez os índices gerais, pois não houve uma mudança no perfil fora daqui. O último Pernambucano correspondeu a 18% do público total dos estaduais.

Dos 27 torneios, em oito não foi possível obter os dados junto às federações, mostrando a organização, com caráter semiamador em alguns. No caso, Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima. e Tocantins. Apenas 14 campeonatos passaram de mil pessoas por jogo! Pífio.

Enquanto as federações lutam para não largar o osso, os torcedores optam por novos produtos do futebol. Como remodelar os torneios sem abrir mão da tradição, sem a extinção? Eis o desafio, da FPF à federação amapaense.

Cerveja liberada parcialmente no futebol carioca. Medida no foco pernambucano

Latas de Sport, Náutico e Santa Cruz. Crédito: Brahma

Não faz muito tempo e o discurso era quase unânime sobre o foco da violência no futebol. A bebida alcoólica seria o ponto de partida de tudo.

Há quatro anos, um movimento nacional resultou na proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios nos principais centros.

Veto com leis estaduais e decisões das respectivas federações locais. Em Pernambuco a medida aconteceu em 24 de março de 2009, com o decreto oficializado na assinatura do governador sobre o projeto de lei nº 932/2009, de autoria de Alberto Feitosa, após a Lei Seca iniciada pelo Juizado do Torcedor.

O tempo passou e os números da violência não corresponderam à expectativa de redução com o veto à cerveja. Já a receita dos clubes diminuiu neste setor.

Os problemas, ainda vigentes, se mostraram bem mais complexos.

A proximidade da liberação da cerveja nos torneios oficiais da Fifa no país, em 2013 e 2014, só aumentou a pressão pela revogação das leis estaduais.

O Rio de Janeiro deu o primeiro passo, ainda que de forma adaptada, numa resolução da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

A venda começa a duas horas antes do jogo, sendo suspensa a quinze minutos do pontapé inicial. Retorna só no intervalo. Nada de venda após a partida.

Será este o caminho a ser seguido por Pernambuco? Aqui, vale lembrar, o ato está referendado como lei estadual. Trata-se de um processo mais trabalhoso.

Certamente, o ato carioca deve respingar no futebol local…

A ciranda de técnicos na Ilha do Retiro na fase de repetição com Sérgio Guedes

Técnico Sérgio Guedes em ação no Sport no Brasileirão de 2012. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Geninho, Hélio dos Anjos, Paulo César Gusmão, Mazola Júnior, Vágner Mancini, Waldemar Lemos, Sérgio Guedes e Oswaldo Alvarez. Fora os interinos.

A lista de técnicos no Sport é extensa. A de insucessos é ainda maior. Salvo o acesso conquistado na bacia das almas, a vida rubro-negra tem sido difícil.

No âmbito estadual, perdeu a soberania nos últimos dois anos, mesmo com um orçamento muito superior ao dos rivais tradicionais.

No cenário nacional, uma coleção de frustrações, incluindo a perda do poder na Ilha do Retiro, outrora demolidor nessas campanhas.

Jogadores descompromissados, diretoria batendo cabeça, torcida em fúria. E os técnicos foram passando no Sport. Caindo um a um.

Ora pelo esquema tática travado, ora pela insistência em peças infrutíferas, ora pelo discurso afobado, trazendo para si uma pressão desnecessária. Etc. Etc.

Técnicos do Sport nos últimos dois anos: Sérgio Guedes, Hélio dos Anjos, Mancini, Waldemar Lemos, Mazola, PC Gusmão, Geninho e Vadão. Fotos: Diario de Pernambuco

Nesse embalo, a volta de Nelsinho Batista acabou se tornando no sonho de dias melhores. O campeão da Copa do Brasil de 2008 segue no Japão, sossegado.

Talvez consciente de que, neste momento, nem ele seja o nome certo.

A quantidade de nomes é tão grande que chega à repetição. Sérgio Guedes ganha agora outra chance após a frustrante passagem no XV de Piracicaba.

A sua última participação no Leão foi no jogo que culminou no rebaixamento leonino na temporada passada, nos Aflitos. Mesmo com poucos jogos e o histórico resultado final, o time evoluiu em suas mãos, por um momento.

Com mais calma (será mesmo?), Sérgio Guedes chega com o tom apaziguador no Leão. Com ele, algumas peças terão uma última chance. Sobretudo, Hugo.

Ao torcedor do Sport, a hora de recomeçar. De novo. Mais uma vez. Até quando? Caberá a Sérgio Guedes evitar a continuidade desta ciranda.

Técnico Sérgio Guedes em ação no Sport no Brasileirão de 2012. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O primeiro ano sem Ricardo Teixeira na presidência da CBF. Evoluímos?

Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. Foto: CBf/divulgação

Aniversário de Olinda e Recife à parte, o dia 12 de março ficará celebrado no futebol nacional com a data em que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, após 23 anos quase intermináveis no poder.

Pressionado por seguidas denúncias de corrupção, o dirigente acabou passando a bola e embarcou para Miami, onde segue a vida tranquila.

Assim, o futebol brasileiro, agora sob o comando de José Maria Marin, chega a um ano sem o dirigente que marcou época, sem que isso tenha sido positivo.

Vale um balanço desta primeira temporada pós-Teixeira. A organização mudou? O regime ficou mais claro? A estrutura dos campeonatos nacionais progrediu? A Seleção Brasileira está mais bem cuidada? Entre outras inúmeras perguntas no rol de atividade inerentes à confederação. Vamos à enquete.

Um ano após a renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, como você avalia a entidade agora?

  • Sport - Na mesma (28%, 353 Votes)
  • Náutico - Na mesma (16%, 195 Votes)
  • Náutico - Melhorou (13%, 166 Votes)
  • Santa Cruz - Na mesma (13%, 159 Votes)
  • Sport - Piorou (11%, 137 Votes)
  • Sport - Melhorou (8%, 105 Votes)
  • Santa Cruz - Melhorou (5%, 62 Votes)
  • Santa Cruz - Piorou (4%, 44 Votes)
  • Náutico - Piorou (2%, 28 Votes)

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