Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Waldemar Lemos foi demitido do Sport. O anúncio ocorreu neste sábado.
Ele encontrou a equipe leonina em uma situação crítica. Na Ilha, foram dez jogos, com três vitórias, quatro empates e três derrotas. Sai consciente de que não é o problema.
O post, contudo, vai focar a guerra fria entre psicólogos e estragistas no futebol.
O índice de Waldemar, 43,3%, foi insuficiente para tirar o time na zona de rebaixamento. Nos Aflitos, onde comandou o Timbu durante 60 jogos, o aproveitamento foi de 56,6%.
Nos dois rivais, o mesmo perfil. Tranquilo, focado, agregador. Sempre trabalhando o lado psicológico dos atletas, dia a dia, de forma individual. Era uma prioridade o bem-estar.
Tecnicamente falando, realizou alguns treinos pouco ortodoxos. Pelo menos externamente. No grupo, parecia ter apoio nos dois elencos em relação às atividades.
Taticamente, tentou extrair características distintas das peças à disposição.
Um atacante de área fora da área, outro atacante limintando-se a fechar os espaços pelas alas, como um marcador etc. A ressalva, plausível, é que no futebol atual “todo mundo marca”, citando nada menos que o Barcelona na explicação.
De fato, esta é a atitude do Barça. Porém, o brilhante time montado por Pep Guardiola não foi obra do acaso, mas um trabalho desde as categorias de base.
Para impor isso na escala profissional, do marco zero, é preciso haver um plantel técnico, homogêno. Nem sempre será possível converter um atleta desta forma.
Nem mesmo trabalhando o lado emocional, diante da limitação com a bola nos pés.
A passagem de Waldemar Lemos no futebol pernambucano deixou evidente a importância de uma base forte no comportamento do grupo. A necessidade de confiança.
Não se vive apenas de estatísticas e projeções. O lado psicológico é fundamental.
Assim como também é uma preparação tática apurada, antenada à modernidade, sem esquecer das diferenças técnicas encontradas em cada plantel.
A estratégia no esporte jamais pode ser deixada de lado ou subjugada. De opções em contragolpes à compactação da defesa. Sim, com a participação de todos em campo.
Uma organização fundamentada na capacidade da equipe e na formação do adversário.
Isso vale no Camp Nou, Aflitos e Ilha do Retiro…