Os maiores salários da boleirada em Pernambuco

Liseu...

Salário mínimo do Brasil em 2012: R$ 622. É o de maior poder de compra desde 1983.

Obviamente, ainda é muito pouco, considerando que o país agora ocupa o 6º lugar entre as maiores economias do mundo. E a desigualdade chega ao futebol.

Confira abaixo os maiores salários já firmados por grandes clubes pernambucanos a jogadores no Plano Real, desde 27 de fevereiro de 1994, com valores absolutos.

O alvirrubro Derley, após um mês de negociação, acertou por um contracheque recorde nos Aflitos, abaixo apenas de treinadores como Roberto Fernandes e Waldemar Lemos.

Sport – R$ 120 mil ao meia Marcelinho Paraíba, em 2011.

Náutico – R$ 75 mil ao volante Derley, em 2012.

Santa Cruz – R$ 40 mil ao meia Iranildo, em 2004.

Agora, algumas curiosidades sobre valores históricos no Recife:

Em sua segunda passagem no Náutico, há dois anos, o uruguaio Acosta veio recebendo R$ 125 mil. No entanto, o Timbu bancou apenas metade. O restante ficou com o Corinthians, detentor dos direitos econômicos do gringo.

A ausência da elite entre 1994 e 2007 colaborou para que o recorde timbu fosse recente. Para ser uma ideia, Kuki chegou ganhando R$ 3.600 e luvas de R$ 500. Subiu para R$ 7 mil após o título de 2001. O auge foi em 2006, no acesso, com R$ 40 mil.

Em 1999, o argentino Mancuso assinou um contrato com o Santa em dólar, por US$ 22 mil. A cotação era de R$ 1,75 (R$ 38,5 mil). Após a dispensa do jogador, no segundo semestre, a cotação subiu para R$ 1,90. O salário poderia ter subido para 41.800 reais.

Nem em 2001 e 2006, quando jogou a Série A, o Tricolor conseguiu superar o valor de Iranildo, contratado para o Estadual. O zagueiro Paulão foi o dono do maior salário em 2001, com R$ 38 mil. Carlinhos Bala, no ápice em 2005, ganhava R$ 27 mil…

O Rubro-negro segue como o único a bancar mais de 100 mil reais a atletas. Também estão na lista os meias Paulo Baier (R$ 110 mil) e Paulinho (R$ 100 mil), ambos em 2009.

O primeiro salário de grande porte do Sport foi o do zagueiro Wilson Gottardo, em 1999, com R$ 70 mil, causando problemas com o ídolo Leonardo, que ganhava R$ 60 mil.

É importante lembrar que há míseros quatro anos, o Leão, clube de maior poder aquisitivo do estado, tinha como teto para novos contratados a quantia de R$ 40 mil.

Quatro temporadas depois, essa realidade é quase inviável até para reservas…

No Brasil, a maior cifra paga por um clube pertence ao Flamengo, com R$ 1,8 milhão a Ronaldinho Gaúcho. Também em 2011, o prodígio Neymar ganhou R$ 3 milhões do Santos, mas o valor inclui patrocinadores, com 50% de todos os vencimentos.

O maior salário pago a um atleta de futebol nesta temporada foi o do camaronês Samuel Eto’o, de inacreditáveis R$ 3,9 milhões, no obscuro Anzhi, da Rússia.

Sobre o supracitado salário mínimo, vale destacar que 8.944 dos 14.678 jogadores registrados na CBF ganham apenas isso, o que representa 60% do empregados da bola.

Confira um post sobre o crescimento descontrolado nos salários do futebol aqui.

Dinheiro

Mercado super-hiper-mega-inflacionado, de novo

Dragão

Pela primeira vez na história, a economia do Reino Unido foi ultrapassada por um país da América do Sul. No caso, o Brasil, agora em 6º lugar e com um PIB de US$ 2,4 trilhões.

Foi mais um passo da economia que cresce num ritmo acelerado, abaixo apenas dos insuperáveis chineses. Esse crescimento, porém, acaba explicando o nosso futebol…

O produto interno bruto mais avantajado significa, em parte, um maior poder de compra para o consumidor, inserido em uma classe média maior, apesar da miséria geral.

Poder de compra que acirra a concorrência, a visibilidade midiática e uma série de outras coisas que Tatiana Nascimento sabe explicar muito bem (veja aqui).

Falando em exposição, eis a TV. No caso, a Rede Globo, que, para manter a exclusividade da transmissão aberta da Série A, desembolsou uma cifra bilionária.

Criou as já chamadas “supercotas”. Flamengo e Corinthians, por exemplo, vão ganhar R$ 100 milhões por temporada apenas da televisão… Padrão europeu, na conta corrente.

Em menor grau, Sport e Náutico também foram contemplados com esse aumento, acompanhado de novos patrocínios e receitas renovadas, como quadro de sócios.

Não por acaso, a dupla centenária terá o maior orçamento da história, com mais de R$ 55 milhões para os rubro-negros e R$ 40 milhões para os alvirrubros.

Valores que levam esse contexto econômico a outro estágio, o do trabalhador. No caso do futebol, diante de uma inflação muito acima da média, com pedidos astronômicos.

Jogadores medianos, com dificuldades para armar e desarmar, mas de cabelo “estiloso” e correntes de ouro, pedem sem pestanejar 100 mil reais, fora as luvas de 300 mil.

No caso recifense, somente uma loucura financeira levaria algum dirigente, leonino ou timbu, a acertar bases desse tipo. O problema é a massificação das propostas.

O mercado futebolístico está, sim, super-hiper-mega-inflacionado. Somando salários e marcas agregadas, o santista Neymar já acumula R$ 3 milhões a cada 30 dias.

No entanto, é preciso ter muita calma, sobretudo pelo histórico de valores irreais.

Vale lembrar de 2000, ano em que o país possuía 33 bilhões de dólares em reservas internacionais, contra os atuais 390 bilhões, mas se recuperava após uma crise mundial.

Em janeiro, no Mundial de Clubes, o Vasco acertou por uma temporada com a fenomenal dupla de ataque Romário e Edmundo. Cada um ganhava R$ 450 mil!

O próprio Sport ultrapassou a sua barreira e bancou R$ 120 mil por mês a Celso Roth. Não suportou a carga (de críticas também) e recuou. Tanto que só voltaria a pagar mais de R$ 100 mil por um contratado nove anos depois, com o meia Paulo Baier.

Aquela bolha em 2000, com vários clubes firmando parcerias milionárias (Vasco/Bank of America e Flamengo e Grêmio com a ISL) acabou explodindo. A base era rasa demais.

É óbvio que isso não indica que a atual bolha salarial também vá explodir em breve. Fica, apenas, o aprendizado de que a economia não é eternamente linear, com imaginam jogadores e, principalmente, seus empresários.

A economia de base, commodities, serviços e “futebol” pode ser afetada pelos mais diversos motivos. Então, o superaquecimento via cotas de TV precisa ser contido.

Ou então jamais haveria um crescimento sustentável… Correto, Rei Arthur?

Rei Artur

Brasileirão à parte, qual é a sua prioridade em 2012?

Dardo

Fica mais claro a cada ano que o Campeonato Brasileiro é a prioridade dos clubes, em relação à formação de elencos, investimentos, visibilidade, calendário etc.

Portanto, questionar a importância dessa disputa é irrelevante. Vale a permanência na elite, ou “algo mais”, para Náutico e Sport e o acesso à Série B para o Santa Cruz.

Considerando a participação no Nacional como hors concours, vamos, então, à enquete sobre a prioridade de alvirrubros, tricolores e rubro-negros para 2012.

Pergunta separada para cada torcida e com quatro opções.

No âmbito local, o Náutico busca acabar com o jejum desde 2004, enquanto o Santa quer voltar a ser bicampeão após 25 anos. O Sport quer alcançar a marca de 40 títulos.

Na Copa do Brasil, a “última” oportunidade de brigar sem os clubes que estão na Libertadores. Obviamente, a tabela pode ser complicada de todo jeito…

Na infraestrutura, os três clubes enxergam o ano como o período definitivo para a evolução dos centros de treinamento. Timbu e Leão querem finalizar a obra. Já a Cobra Coral vai lançar a pedra fundamental, para não ficar muito atrás.

Por último, mas não menos importante, o quadro de sócios. Somados, os três rivais têm 27,5 mil sócios em dia. Querem chegar a 80 mil até o fim do próximo ano. Trata-se de uma renda vital para a saúde financeira dos clubes de massa…

Tirando um bom desempenho no Brasileirão, qual é a prioridade do seu clube em 2012?

  • Sport - Copa do Brasil (43%, 434 Votes)
  • Náutico - Copa do Brasil (10%, 107 Votes)
  • Santa Cruz - Construção do CT (7%, 70 Votes)
  • Náutico - Título estadual (7%, 69 Votes)
  • Santa Cruz - Título estadual (6%, 62 Votes)
  • Sport - Mais sócios (6%, 60 Votes)
  • Sport - Título estadual (5%, 56 Votes)
  • Santa Cruz - Copa do Brasil (5%, 54 Votes)
  • Sport - Construção do CT (4%, 44 Votes)
  • Santa Cruz - Mais sócios (3%, 26 Votes)
  • Náutico - Construção do CT (3%, 26 Votes)
  • Náutico - Mais sócios (1%, 13 Votes)

Total Voters: 1.020

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Agressividade no marketing, resultados à vista

Publicidade

Impossível não perceber a mudança na postura do marketing do Sport.

Agora com campanhas publicitárias agressivas utilizando a força do clube rubro-negro nas redes sociais, com 63 mil adeptos no Facebook e 57 mil no Twitter.

Não por acaso, a produção de vídeos caprichados vem se tornando uma rotina.

Um dia após o vídeo da campanha de sócios, o lançamento de outra peça, agora voltada para o uniforme especial com fotos dos torcedores.

Ponto para o Sport num campo cada vez mais vasto no mercado clubístico.

Santa Cruz e Náutico também precisam usufruir desses mesmos meios de exposição.

Até porque o Tricolor tem 9 mil torcedores no Facebook e 7,5 mil no Twitter, enquanto o Alvirrubro tem 6,6 mil e 10,3 mil, respectivamente.

O público consumidor existe, mas precisa ser estimulado.

Cumprindo as exigências do contrato de Zé

Academia de musculação do Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/divulgação

Zé Teodoro protelou bastante para assinar a renovação do seu contrato.

Além da questão financeira, pesava, e como, a precária estrutura do Santa Cruz.

Nem mesmo o ótimo rendimento da equipe foi suficiente para demover do treinador a sensação de que o clube do povo devia bastante em relação às condições de trabalho.

Nada de centro de treinamento ou, pelo menos, uma academia de ginástica equipada.

Pode-se dizer que a Cobra Coral conquistou o título pernambucano e o acesso nacional na base da superação e com uma equipe bem entrosada, compacta.

Pois, fora de campo, a luta parece ter sido ainda maior…

Após 26 dias negociando, Zé Teodoro assinou por mais um ano e segue no Arruda.

Recebeu do presidente tricolor, Antônio Luiz Neto, a garantia de empenho total para tentar suprir as várias necessidades do departamento de futebol profissional.

Exigências que só beneficiam o próprio Santa Cruz, por sinal.

O centro de treinamento terá a sua pedra fundamental lançada, enfim, em 4 de fevereiro, em Paratibe, num processo contra o longo tempo perdido.

Antes, uma academia de musculação completamente renovada e aparelhada, servindo de base para o início da temporada 2012.

Mais organizado, o Santa começará o ano longe do estigma de coadjuvante.

Ainda que diante rivais mais uma vez em condições melhores, o clube vai brigar pelo bicampeonato estadual, feito que não alcança há 25 anos.

Esta foi a contrapartida da assinatura de Zé Teodoro para a fiel torcida.

Academia de musculação do Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/divulgação

Do vídeo para o boleto de sócio

Foi iniciada nesta sexta-feira a campanha publicitária do Sport para conseguir novos sócios, em um agressivo plano de marketing para toda a temporada…

Campanha para novos sócios em 2012, lançada em 23 de dezembro deste ano, acima.

Campanha para novos sócios em 2011, não-oficial, de 10 de janeiro deste ano, abaixo.

Qual foi o vídeo oficial mais emocionante?

Com 13.500 sócios em dia, atualmente, o Leão projeta chegar na casa dos 30 mil em dezembro do ano que vem. Agora, é com a torcida.

Saiba mais sobre os planos para novos sócios rubro-negros aqui.

Timbu visita a nova casa, quase uma mansão

Diretoria do Náutico visita a Arena Pernambuco. Foto: Luis Henrique Charamba / Agência Náutico

Primeira viagem do Timbus ao futuro…

Com contrato assinado junto à Odebrecht, o Náutico ganhará R$ 500 mil por mês para jogar na Arena Pernambuco, fora a receita de bilheteria do estádio.

Hora, então, de começar a se “entrosar” com a nova casa pelas próximas três décadas, a partir do segundo semestre de 2013.

Nesta sexta-feira, a cúpula alvirrubra esteve no canteiro de obras em São Lourenço da Mata, já com 1/3 das obras executadas (veja aqui).

Na comitiva, o atual presidente, Berillo Júnior, e o futuro mandatário, Paulo Wanderley. Eles foram recebidos pelo diretor de contrato da Arena Pernambuco, Bruno Dourado.

A atual casa alvirrubra, de 19.800 lugares, será substituída por uma de 46.214.

Em vez da alta renda per capita nos Aflitos, uma nova centralidade urbana.

Vale lembrar que, pelo mesmo acordo, a Odebrecht também vai bancar uma modernização completa no centro de treinamento do Timbu. Daí, tantos sorrisos…

Diretoria do Náutico visita a Arena Pernambuco. Foto: Luis Henrique Charamba / Agência Náutico

Feliz Ano Novo após oito meses de espera

Natal do Central

Enquanto os grandes clubes seguem na montagem dos elencos para 2012, com o freio de mão um pouco puxado, os clubes do interior já não aguentam mais de ansiedade.

O hiato sem jogos para quase todos vem desde o Pernambucano deste ano, uma vez que apenas Salgueiro e Porto participaram do Brasileiro, nas Séries B e D.

Da final do último campeonato estadual até a abertura da próxima edição, em 15 de janeiro, serão exatamente oito meses sem qualquer atividade profissional.

Portanto, nada mais justo que desejar Feliz Ano Novo a esses (bravos) clubes.

Para Central e América, 2011 já acabou faz tempo. Agora, ambos desejam boas festas.

O reveillon da dupla tradicional poderia ter acontecido desde 16 de maio…

Natal do América

Originalidade à parte, vale o lucro 3 x 4

Camisa "Timão é a sua cara", de 2008

Marketing de lá, cópia de cá e lucro proporcional para todos…

Em 2008, durante a sua primeira passagem na Série B, o Corinthians lançou uma forte campanha de marketing, potencializada pela camisa com fotos de torcedores.

O projeto “O Timão é a sua cara” comercializou 750 imagens por R$ 1.000 cada uma. Detalhe: na camisa só há espaço para pouco mais de 300 fotos. Portanto, foram criados dois modelos para dar conta da procura da Fiel.

No Sport, também no embalo do acesso à elite, apenas um lote foi lançado por enquanto, com 300 fotos estampadas no uniformes, por R$ 230 (veja aqui).

O Corinthians faturou só com a venda do espaço R$ 750 mil.

Caso o Leão negocie todos os “lotes”, a arrecadação será de R$ 69 mil.

Se a procura for grande, como foi com o clube paulista, a expectativa é de chegar a pelo menos R$ 150 mil, até porque o valor de uma segunda camisa seria mais alto.

Só a camisa de Magrão ficou de fora… Marketing, marketing, goleiro à parte.

Por sinal, a camisa abaixo poderá ser diferente. Mudança aprovada ou não?

Camisa do Sport com foto de torcedores para 2012