Sem dificuldades, o Figueirense venceu o Náutico no Orlando Scarpelli. Dominou o jogo inteiro e construiu as melhores jogadas, sem dar espaço ao visitante, que chega à segunda rodada zerado no ataque. Rebaixado no último ano, o time catarinense entrou na Série B num processo de reformulação, mas com lastro financeiro para reforços pontuais acima da média na competição. Como nos casos dos atacantes Jorge Henrique e Luidy, vindos de Vasco e Corinthians. Exatamente o oposto do alvirrubro, que não vem conseguindo honrar os salários do grupo atual. Após perder Marco Antônio, mantém Maylson e Anselmo no limite, com novas promessas a cada semana. No restante do time, jovens valores e atletas de clara limitação.
Na estreia da Série B, quando empatou com o América Mineiro numa arena de portões fechados, o mérito do time foi a disposição, a partir do técnico Waldemar Lemos. Convenhamos, é muito pouco para um campeonato tão longo quanto este Brasileiro. De fato, um revés em Florianópolis não pode ser encarado com um tropeço fora da cartilha, mas a falta de futebol, sim. Tecnicamente, o timbu mostrou muito pouco. O Figueira marcou duas vezes ainda no primeiro tempo, sempre envolvendo o visitante. Após tomar o segundo gol, aos 32, Waldemar fez duas trocas. Saíram David e Cal Rodrigues e entraram Joazi e Alison. E o período até o intervalo foi o único momento de lucidez alvirrubra, com Maylson encostando no ataque.
Sem conseguir diminuir o placar, o time sofreu um duro golpe logo no começo da etapa complementar, com a expulsão de Darlan – em dez jogos no clube o volante recebeu seis cartões. O jogo acabou ali, com o Náutico limitando-se a evitar um placar mais dilatado, o que não conseguiu, pois o dono da casa transformou a vitória em goleada, 3 x 0. Com o time atual, a expectativa por um futebol competitivo não parece das maiores…