Há exatamente 45 anos era escrita a maior página da história do Náutico.
A conquista da maior sequência de títulos do Campeonato Pernambucano.
1963, 1964, 1965, 1966, 1967 e 1968.
Em 21 de julho de 1968 o estádio dos Aflitos apanhou o maior público de sua história. Entre pagantes e não pagantes, as velhas arquibancadas ainda no tempo do Balança mas não cai receberam 31.061 torcedores.
Alvirrubros em larga maioria e também rubro-negros, buscando o fim da sina de vice, que acompanhou o Leão nos cinco anos anteriores.
Mas naquela tarde a história seria repetida pela sexta vez seguida.
Jogo duro, disputado. Até o primeiro minuto do segundo tempo da prorrogação, quando Ramos mandou um foguete na meta de Miltão.
O único gol da partida. O gol que valeria a exclusividade ainda vigente…
Como já é público, o Sport só irá para a Arena Pernambuco se o projeto de seu novo estádio, de 45 mil lugares, for aprovado no Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU). A proposta do consórcio já está formatada.
Seriam cinco anos. Um período em que o operador do empreendimento em São Lourenço teria ao menos dois “clientes”. Existe a expectativa de que o Leão assine até o início de 2014. Portanto, mandaria seus jogos na arena até 2018.
E o futuro, a partir de 2019? A Arena Pernambuco não teria mais o suporte do Sport. Na verdade, teria a concorrência de um novo estádio no Padrão Fifa. O diretor-presidente do consórcio Arena Pernambuco, Sinval Andrade, afirmou em entrevista ao Superesportes que a Arena Pernambuco não teria como abrigar todos os jogos dos grandes clubes do estado.
Considerando que no Recife são três times, um segundo estádio seria necessário. Porém, admite que – pelo menos para a Arena Pernambuco – seria melhor que a nova Ilha do Retiro tivesse até 20 mil lugares.
“O Sport terá cinco anos para pensar de forma empresarial qual será o melhor negócio. Poderia, por exemplo, desistir de construir a arena ou construir uma para 10 mil ou 20 mil pessoas e trazer alguns jogos para a Arena Pernambuco.”
Questionado sobre a continuidade do projeto original, com 45 mil lugares, o executivo reconheceu a concorrência, mas acredita que isso possa ser até benéfico para o futebol local, numa busca por serviços melhores.
“A concorrência vai existir, não há como negar. Mas isso não significa uma coisa ruim. A concorrência não precisa ser predatória. Ela pode ser saudável, aumentar a qualidade e manter a criatividade. Existem empreendimentos que ajudam a criar demanda em conjunto.”
E o Arruda? É claro que a casa tricolor está no jogo. Na visão de Sinval, entretanto, terá que passar por uma ampla reforma para se ajustar à demanda de exigências que o futebol deverá impor num futuro breve…
O Salgueiro fez história, mais uma vez. Em sua primeira participação na Copa do Brasil, o time sertanejo já está entre os 16 melhores times da competição.
Mais uma vez fora de casa, como nas duas fases anteriores, o Cacará buscou a classificação, ampliando para R$ 1,2 milhão a premiação da CBF pela campanha.
Depois de Boa Esporte e Vitória, eliminou o Criciúma no frio catatinense com um gol de Fabrício Ceará aos 41 minutos do segundo tempo.
Empate em 1 x 1 nesta quarta e vaga pelo gol qualificado, fora de casa.
Já era a primeira vez em que um time do interior do estado garantia uma colocação acima do trio de ferro em um torneio nacional de elite.
Agora, o Salgueiro igualou as melhores campanhas do Santa Cruz no mata-mata nacional. O Tricolor já alcançou esta etapa em sete oportunidades.
Mas vale uma ressalva… Numa Copa do Brasil maior, o Salgueiro avançou três fases, algo que os corais nunca conseguiram. Confira o retrospecto aqui.
Será que o time do Sertão poderá superar o histórico e chegar nas quartas?
Vai às oitavas de final com a oportunidade de enfrentar clubes como Corinthians, Flamengo, Atlético-MG, Grêmio, Cruzeiro, Fluminense… Via sorteio.
O Náutico confirmou o lucro do clube com a negociação dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Douglas Santos, ao Granada da Espanha.
O Alvirrubro tinha 60% dos direitos e recebeu R$ 4,5 milhões.
Ou seja, o lateral de 19 anos tornou-se o jogador mais rentável já envolvido numa transação do clube, de acordo com o levantamento do blog, considerando o dólar, a moeda universal no mercado.
No geral, a transação de Douglas Santos foi a quarta maior do futebol pernambucano. No ranking, o blog listou apenas as verbas recebidas pelos clubes locais. Desde a implantação o Plano Real, há quase duas décadas, 24 jogadores foram vendidos por pelo menos um milhão de reais.
Entre os jogadores milionários são 13 do Sport (US$ 15.503.082), 6 do Náutico (US$ 6.287.626), 4 do Santa Cruz (US$ 3.471.000) e 1 do Porto (US$ 2.477.639)
Evandro Carvalho tornou-se presidente da FPF em setembro de 2011.
Assumiu o posto do falecido Carlos Alberto Oliveira. O ex-presidente estava no primeiro dos cinco anos do seu quinto mandato.
Seriam quatro, mas para que Carlos Alberto ficasse no comando no ano do centenário da entidade, em 2015, os clubes deliberaram e aprovaram o aumento de uma temporada extra no mandato.
Como vice-presidente, Evandro herdou o mandato integral.
Desde os primeiros dias ele sempre se posicionou contra a reeleição, fato comum nos dirigentes do futebol em todos os cantos do país.
Manteve o quanto pôde o discurso… Mas cedeu.
Durante uma entrevista ao blog, sobre a proposta para o novo Pernambucano, com até 60 clubes, o dirigente foi questionado sobre como implantaria a ideia, uma vez que seria na “temporada 2015/2016”, fora de sua alçada.
Admitiu que irá disputar um novo mandato, de quatro anos, de 2015 a 2019.
“Vou ser candidato. Entendemos que esse modelo pode ser rentável para Pernambuco. Se eu não for é porque terei saído da FPF para a CBF”.
Para quem iria exercer um mandato-tampão, nove anos na presidência da federação parece tempo demais. E a saída será só para um voo mais alto…
O Campeonato Pernambucano deverá passar por uma grande revolução estrutural. Adiantando que não é um devaneio, pois a proposta já está no papel.
Em breve, o Estadual poderá ser iniciado na temporada “anterior”. Exatamente. A edição de 2016, data da estreia do novo modelo, começaria em 2015.
Estilo europeu? Parou aí. Dos atuais doze clubes, em uma estrutura já inchada, a FPF prevê um novo formato com até 60 clubes. Repetindo: 60!
A CBF já aprovou verbalmente a mudança no calendário local. O governo do estado já foi contatado sobre a possibilidade de estender a campanha promocional Todos com a Nota nesse modelo.
Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, a resposta teria sido positiva para o aumento no subsídio.
Portanto, não haverá mais segunda divisão. Não nos moldes tradicionais.
Todos os clubes seriam agregados em um só torneio. Novas agremiações surgiriam, com o apoio de prefeituras, a especialidade da casa. Segundo Evandro, 26 prefeitos já toparam. Abaixo, o formato estudado há um ano pela federação pernambucana de futebol em parceria com consultorias.
1ª fase – De 30 a 60 clubes, integrando os atuais participantes da segunda divisão e novos times em processo de profissionalização na entidade.
A etapa será regionalizada, com o objetivo de fomentar a rivalidade entre as cidades, além de menor gasto de deslocamento. À medida em que a competição for afunilando haverá disputa entre as microrregiões locais.
Somente o campeão irá avançar à segunda fase.
Capacidade dos estádios: a partir de 1.000 lugares
Período: entre outubro e dezembro do ano anterior à fase final.
2ª fase – Com 10 clubes, a etapa será mais um classificatório, reunindo o ganhador da etapa preliminar e os nove times previamente classificados à elite estadual (de 2015, a possível última no modelo vigente) e fora do Nordestão.
Com turno único, essa fase dará vaga aos cinco primeiros lugares.
Capacidade dos estádios: a partir de 5.000 lugares
Período: a disputa seria paralela à Copa do Nordeste, de janeiro a março.
3ª fase – Com 8 times, enfim a fase final do Campeonato Pernambucano.
Turno e returno, 14 jogos. Falta decidir apenas se os vencedores dos turnos disputarão a taça ou se os dois melhores pontuadores irão à decisão, provavelmente na Arena Pernambuco.
Capacidade dos estádios: 5.000 lugares no turno e a partir de 15 mil na final.
Período: a etapa seria agendada entre março e maio, colada no Brasileirão.
Ao blog, Evandro Carvalho justificou a decisão…
“Conversamos bastante sobre isso e essa é a fórmula ideal para movimentar todo o estado e não só num pequeno período. Não queremos estádios e times ociosos. São 60 times, mas se a ideia evoluir, por que não 100?”
Não por acaso, a FPF tem, atualmente, 93 filiados.
Imagine o Conselho Arbitral desse possível torneio, numa soma de Séries A1 e A2, além da atual Copa do Interior de seleções municipais…
Em tempo: o maior Campeonato Pernambucano, em número de participantes, aconteceu em 1994, com 16 times divididos em dois módulos.
Você concorda com essa mudança radical na competição? Comente.
Com mais de um século de paixão crescente, o futebol pernambucano tem muita história para contar. E num espaço intermitente, ela vem sendo contada. Confira alguns livros sobre o futebol no estado, disponíveis nas prateleiras das livrarias e perdidos em bibliotecas, com alguns exemplares desde a década de 1960. Outros, com edições bem antigas, só mesmo em sites de compra.
Para os fãs do futebol local, dois livros sobre o campeonato estadual formam um prato cheio de história, curiosidades e imagens. As estatísticas que dominam a imprensa esportiva atual foram colhidas nesses dois exemplares.
Ainda sobre o Campeonato Pernambucano, que em 2014 terá a sua centésima edição, mais dois títulos. Em 1999, com o apoio da FPF, Givanildo Alves lançou “85 anos de bola rolando”, com histórias e causos do futebol local. O autor faleceu um ano depois, quando foi lançada a segunda edição, com nova capa. Já José Maria Ferreira revisou o certame estadual de 1915 a 2007, com uma linguagem mais técnica sobre a competição.
A série “Reis do futebol em Pernambuco”, criada em 2011, terá cinco capítulos. No primeiro, com 300 páginas, os maiores técnicos que trabalharam no estado, de Pimenta a Nelsinho. Os próximos serão sobre atacantes, meias, zagueiros e goleiros. Ainda sobre treinadores, a biografia do olindense Givanildo Oliveira, escrita em 2006 pelo jornalista Marcelo Cavalcante, tem o histórico do jogador e técnico, campeoníssimo no Recife, desde a infância na Vila Popular.
O Náutico ganha dois livros em 2013, ambos com o selo da BB Editora. Primeiro, “Adeus, Aflitos”, com histórias e números de Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira sobre o estádio Eládio de Barros Carvalho, agora aposentado. Ainda neste ano, chegará a biografia “Kuki, o artilheiro do Nordeste”, sobre a carreira do quarto maior goleador da história do Timbu, com 179 gols em 357 partidas.
Em 1996, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro transformou a apuração de trinta anos em publicações, com uma série de livros preenchidos por estatísticas dos três grandes clubes do estado, com partidas, escalações, públicos etc. Começou com o Náutico, com as partes 1 (1909 a 1969) e 2 (1970 a 1984).
A série “Náutico – Retrospecto” continuou com mais dois volumes, de 1985 a 1999 e 2000 e 2009. O Timbu é o único com dados publicados sobre o século XXI. O pesquisador segue guardando dados sobre os jogos para futuros livros.
Em 2009 o tradicional clássico entre alvirrubros e rubro-negros chegou a cem anos de história. Com apoio da FPF, foi lançado um livro de capa dupla, “100 anos de história do Clássico dos Clássicos”, novamente com o trio de Carlos Celso/Lucídio José/Roberto Vieira. O incansável Carlos Celso ainda publicou uma edição especial sobre o Timbu com um vasto acervo fotográfico. A cada imagem, textos explicativos sobre escretes inesquecíveis.
Dessa vez, um trabalho solo do escritor Lucídio José de Oliveira, com o romance “O Náutico, a bola e as lembranças”. Em 2003, o jornalista Paulo Augusto lançou a “A guerra dos seis anos” sobre o hexacampeonato pernambucano de 1963 a 1968, com personagens e grandes jogos da saga.
Kuki terá a sua própria biografia. Contudo, esse será o segundo livro sobre o ex-ídolo alvirrubro. O pesquisador Carlos Celso já levantou todos os dados do atacante, que desembarcou nos Aflitos em 2001, na série “Grandes Goleadores”. Além do baixinho, há o exemplar sobre o Bita, o maior goleador do Náutico, com 223 gols em 338 partidas, com o tradicional apelido no título: “O Homem do Rifle”.
O próximo livro agendado sobre o trio de ferro é o do centenário do Santa Cruz, em 2014, pela BB Editora. Com um ano de produção, irá retratar a história do clube com doses de emoção. Em 2007 o Tricolor também teve a sua história revisada com resumos estatísticos, via “Retrospecto”, assim como os rivais. O trabalho nos mesmos moldes, com jogos, escalações, público e renda, vai de 1914 a 1999, em três livros distintivos.
Com o apoio do filho, Luciano Guedes, Carlos Celso conseguiu estampar capas coloridas nos três exemplares do Tricolor, fato alcançado com o apoio do clube, uma vez que a circulação do livro não contou com uma grande editora.
Editado em 1986 pela Cepe, o livro “Eu sou Santa Cruz de Corpo e Alma”, do falecido Mário Filho, conta histórias da Cobra Coral desde os anos 30, com causos sobre o povão e a formação da mística da torcida tricolor. Já em “Centrefó de Armação”, Aramis Trindade mistura realidades paralelas e ficção do futebol pernambucano de uma forma geral, mas com bastante humor. A capa foi ilustrada com um desenho do Santa Cruz.
Tendo o goleiro Magrão como personagem principal, o Sport lançou “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, com revelações de bastidores da segunda conquista nacional, como pressão de árbitro, viagens e orientações, editados por Rafael Silvestre. O Leão já contava com o levantamento de todos os seus jogos desde 1905, com três volumes. No primeiro, de 1905 a 1959, a diretoria do clube não apoiou no início e a capa, com baixo custo, foi preta e branca. A partir da segunda edição ela foi colorizada.
A série “Sport – Retrospecto” continuou, enumerando todas as partidas do Leão de 1960 a 1999, seguindo o padrão adotado por Carlos Celso Cordeiro nos demais livros estatísticos dos grandes clubes do Recife. Nas capas três fases da Ilha, com os formatos da Copa de 1950, ampliação na década de 1970 e reforma em 1982.
Durante muitos anos Fernando Bivar, irmão mais velho de Luciano e Milton Bivar, foi o curador do museu do Sport. Apreciador da história do clube, escrever alguns livros. Um deles foi “Coração Rubro-negro”, focando a importância da união do Leão em certas conquistas. Já o romance História da Garra Rubro-negra, editado pela Comunicarte, chama a atenção pela bela capa.
A publicação “100 anos de história – O Clássico dos Clássicos” é, literalmente, a mesma do Náutico. A capa e a contracapa têm ilustrações distintas, uma para o Alvirrubro e outra para o Rubro-negro. São 25 capítulos para o Sport e 25 para o Náutico. A primeira edição, esgotada, teve 500 unidades. Também com uma linha romanceada, Costa Filho lançou as memórias de um paraibano louco pelo Sport, com “Meu coração de Leão”.
Autor do gol da vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, o saudoso Haroldo Praça também foi escritor. Com diversas crônicas sobre o futebol local, ele reuniu o material no livro “Gol de Haroldo”. Já a biografia “Clécio: o Halley” conta a vida do zagueiro, encontrado morto em um quarto de hotel aos 26 anos, em 2007. Revelado pelo Sport, Clécio viveu os altos e baixos no campo e fora dele.
Na década de 1980, Manoel Heleno escreveu dois livros sobre a história do Leão. Em 1985, no octogésimo aniversário do clube, saiu a primeira parte da “Memória Rubro-negra”, focando não só o futebol, mas a construção da identidade leonina na Ilha do Retiro. Em 1988 veio a segunda parte, compilando todos os fatos ocorridos de 1956 a 1988.
Há espaço também para os clubes intermediários. Começando pelos dois mais famosos, América, seis vezes campeão estadual, e Central, o maior do interior. Em 1990 o Alviverde da Estrada do Arraial ganhou um livro de Mário Filho, “O Periquito”. Já a Patativa viu a sua história contada por Zenóbio Meneses em “Meu Central, meu orgulho, minha paixão”, num esforço grande do torcedor/escritor. O livro foi publicado em espiral.
No embalo da fama de pior time do mundo, o jornalista Israel Leal conta a história do Íbis e todo o folclore que marca o famoso clube, no “O voo do Pássaro Preto”. Já Marcondes Moreno relembra a vida do Ypiranga, que cresceu paralelamente à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, desde a era amadora.
Além do nome, claro, o escudo é um dos principais símbolos de um clube de futebol, somado às cores e ao mascote. São aspectos definitivos para a caracterização de uma agremiação. No caso do distintivo, por mais que os emblemas sejam tradicionalíssimos, é comum uma leve transformação com o tempo, evoluindo com a moda. Não foi diferente com os três principais times do estado, desde os primórdios, ainda na era amadora.
Após ganhar o hexa, em 1968, o Náutico passou a ostentar um escudo redondo – com uma breve exceção no início da década de 1970. Assim como o Boca Juniors, o Timbu colocou as estrelas dentro do distintivo. No caso, as seis referente à maior conquista estadual – fato que permanece até hoje. Só durante dois anos desde 1901 o emblema não contou os dois remos, relembrando a origem alvirrubra. Do trio, é o que passou por uma transformação drástica há menos tempo.
No Arruda, o escudo do Santa passou diversos reajustes. É o time da capital com mais mudanças. Curiosamente, em 1959 o Tricolor atuou com um escudo semelhante ao do São Paulo. Além disso, a Cobra Coral chegou a contar com estrelas no entorno, simbolizando o tri-super e o pentacampeonato estadual. Recentemente, a diretoria “limpou” o distintivo presente no uniforme.
No Sport, à parte do primeiro escudo, com elementos do remo, um dos principais esportes do clube, o distintivo rubro-negro sofreu pouquíssimas mudanças. Obviamente, passou dos traços rebuscados para uma concepção mais arrojada, como os demais. É o único que conta com estrelas acima do escudo, as douradas do Brasileiro de 1987 e da Copa do Brasil de 2008, e uma pequena estrela de prata centralizada, pela Série B de 1990.
Confira a evolução gráfica de outros escudos brasileiros no www.futbox.com.
Colecionar camisas de futebol é o hobby de muitos torcedores. Além da camisa do próprio time, o armário costuma contar com padrões de outros clubes tradicionais, grandes ou pequenos, nacionais ou internacionais.
Mas e o que dizer de uma coleção de 120 camisas apenas com agremiações pernambucanas? Um tanto rara. Em seu perfil público no álbum Picasa, Manula Galo disponibilizou toda a coleção com uniformes de 35 times desde a década de 1980. Além dos três grandes da capital, raridades de times pequenos.
Abaixo, os uniformes em ordem da esquerda para a direita. Para conferir as camisas numa resolução maior e com as respectivas descrições, clique aqui.
AGA (2), América (3), Araripina (1), Arcoverde (1), Barreiros (1), Belo Jardim (1), Cabense (1), Carpinense (1), Central (7), Centro Limoeirense (1), Chã Grande (1) e Destilaria (2), Vitória (2).
Vitória (1), Estudantes (1), Ferroviário do Cabo (1), Flamengo de Arcoverde (1) e Íbis (5), Náutico (15).
Náutico (4), Olinda (2), Paulistano (2), Pesqueira (1), Petrolina (2), Porto (4), Primeiro de Maio (1), Recife (2) e Santa Cruz (6).
Santa Cruz (13), Salgueiro (3), Sera Talhada (1), Serrano (2), Sete de Setembro (2) e Sport (3).
Sport (20), Surubim (1), Unibol (1), Vera Cruz (1) e Ypiranga (1).
Em quinze anos os grandes clubes pernambucanos contaram com doze dirigentes remunerados na gestão do futebol profissional.
O termo “remunerado” costuma causar asco nos dirigentes tradicionais, aqueles que emergiram do quadro de sócios até um lugar no alto escalão.
O cargo é quase um tabu no futebol local.
No contracheque, um salário equivalente ao de um executivo. Nos bastidores, de R$ 20 mil a R$ 50 mil. No Sudeste há quem ganhe mais de R$ 100 mil.
Nesta temporada, alvirrubros e rubro-negros iniciaram suas campanhas com dirigentes contratados, responsáveis pela procura de atletas, renovações de contratos e negociação de direitos econômicos.
Os perfis são bem diferentes. No Alvirrubro, Daniel Freitas, com passagem pelo Vasco, calejado na Série A. Demitido em julho. No Leão, Marcos Amaral, outrora diretor “tradicional” do clube, mas que acabou assumindo a função de forma exclusividade na carreira como homem de confiança do presidente.
Se tem algo em comum em todos eles é o tempo. No Recife, todos ficaram no máximo um ano. Na saída, a variação de motivos também é pequena.
Divergência de ideias, rusgas com outros diretores, jogadores e técnico, além do alto salário. Rescisão costurada quase sempre a partir da vaidade, lá e lô. E assim este modelo profissional nunca se firmou no estado.
Os dirigentes remunerados, claro, têm consciência de que são estranhos no ninho. Compreender a situação e saber agir de forma também é necessário.
Confira os nomes que já trabalharam nos Aflitos, na Ilha do Retiro e no Arruda.
Náutico
Sangaletti (2008)
Gustavo Mendes (2011)
Carlos Kila (2012)
Daniel Freitas (2013)
Sport
Rudy Machado (1999)
Cícero Souza (2012)
Marcos Amaral (2013)
Santa Cruz
José Luís Galante (1999)
Joel Zanata (2000)
José Carlos Brunoro (2001)
Antônio Capella (2008)
Raimundo Queiroz (2010)