Num tempo de intolerância no futebol, tendo como triste consequência o afastamento de torcedores dos estádios, o simbólico abraço dos mascotes de Náutico e Sport na Ilha chamou a atenção. Símbolos que se confundem com os próprios clubes, com o timbu presente na vida alvirrubra desde 1934 e com o leão na história rubro-negra ainda há mais tempo, desde 1919. Exemplar a ideia em conjunto no Clássico dos Clássicos, com o Sport autorizando a entrada do mascote rival e o Náutico encampando a oportuna causa, com ambos compartilhando mensagens após o jogo, independentemente do resultado.
Dias antes, uma cena bem parecida já havia repercutido na Europa, com o urso Berni, do Bayern de Munique, sendo recepcionado em Turim pela zebra J, da Juventus, antes do duelo pela Champions League. Do aeroporto às ruas. Mesmo lá, com um nível de organização maior, a ideia também era pregar a harmonia entre os adversários. Lá, rivais de ocasião. Aqui, rivais centenários.
Sport A rivalidade, que se restringe às quatro linhas, é o que faz do futebol encantador. Rivais sim, inimigos nunca
Náutico A rivalidade é só dentro de campo. O verdadeiro espírito do futebol sempre irá nos unir: a paixão de cada torcedor
A vitória Sport sobre o Náutico foi incontestável. Diante do rival, até então 100% e há 413 minutos sem sofrer gols, os leoninos dominaram o meio-campo, com os três volantes ditando o ritmo e roubando as bolas que resultaram nos gols, numa vitória sem dificuldades, com a impressão que o 2 x 0 na Ilha ficou barato. Agora, voltemos noventa minutos. Seria difícil imaginar um jogo assim quando saiu a escalação, com Falcão tendo dois desfalques de última hora, o centroavante Túlio de Melo e o meia Gabriel Xavier, decisivos no clássico anterior.
Entraram dois jovens da base, Juninho, de 17 anos, e Everton Felipe, no embalo da convocação à Seleção Sub 20. Sobre Mark, mais do mesmo, com o chileno sem condições. À frente, portanto, apenas o colombiano Lenis à vera. Após ser deslocado no comecinho para a esquerda, o atacante fez o que quis sobre Rafael Pereira, um zagueiro escalado na lateral e ofuscado no domingo. Buscando a linha de fundo e finalizando, Lenis comandou o ataque do Sport.
O gringo abriu o placar no primeiro tempo, de fora da área, e deu a assistência para Fábio – outro da base, acionado no segundo tempo. Contratação mais cara do clube, por R$ 3,16 milhões, o atacante começa a justificar o investimento – em xeque devido ao desconhecimento do nome. Quanto ao Timbu, derrotado pela quinta vez seguida pelo maior rival, os seus problemas, camuflados pela campanha perfeita até o Clássico dos Clássicos, foram escancarados.
A linha ofensiva destoou do time. Pouca mobilidade e finalizações sem perigo. Thiago Santana, que entrou no decorrer, melhorou um pouco, tendo a principal chance, mas ficou nisso. Em uma semana, um novo confronto, desta vez na arena. Teoricamente, um cenário mais favorável ao Náutico, certo? Não. Considerando a volta das principais peças ofensivas do Sport, Dal Pozzo precisará, no mínimo, cobrar mais intensidade, pois se a bola voltar a ficar sob domínio de Rithely, Luis Antônio e Serginho, a chance de eficácia será maior.
A expectativa é de casa cheia na Arena Pernambuco. Em apenas 24 horas foram vendidos 35 mil ingressos para Brasil x Uruguai. Sem surpresa, o jogo terá um esquema operacional especial. O empenho começa já mobilidade, o maior entrave do estádio, cujo plano original de transporte não saiu. Para o jogo pelas Eliminatórias, funcionará o BRT(bus rapid transit), do Derby à Arena. Uma exigência da torcida em jogos regulares de Náutico, Santa e Sport, que contam no máximo em ônibus convencionais, dependendo do porte da partida.
Até mesmo o metrô poderá ser estendido, com uma base na estação Cosme e Damião. A rede ferroviária fecha diariamente às 23h, o que inviabilizaria a volta – pois o jogo terminará meia-noite -, mas o governo do estado está negociando a ampliação do horário junto à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Palavras das secretaria executiva das cidades, Ana Suassuna, presente na reunião de operações para a partida, que ocorreu na sede da FPF, neste 26 de fevereiro, com a presença do diretor de competições da CBF, Manoel Flores.
“Teremos BRTs funcionando na saída do Derby para a Arena Pernambuco.”
“O metrô estará em operação no dia do jogo e estamos em tratativas para que ele também esteja funcionando no final da partida.”
Essas medidas são necessárias, pois o numeroso público em 25 de março – com possível quebra de recorde, de 41.994 espectadores – merece toda a atenção. Só fica a lamentação por não haver uma esquema assim nos jogos dos clubes locais, sempre com paliativos. Entre outros motivos, talvez isso explique a taxa de ocupação do estádio, de apenas 23% em 2015.
Os três grandes confrontos do pernambucanos já passaram de 500 jogos, cada. Ao longo de cem anos, matchs, prélios, pelejas… clássicos. Hoje, cada partida tem uma denominação específica, tradicional. Você sabe quando surgiu cada uma? Há mais de seis décadas, por baixo. Não é tão fácil precisar as datas, mas eis as primeiras citações no Diario de Pernambuco, quando os jogos do Estadual deixaram de lado alcunhas como “clássicos citadinos” e versões de outras praças, como “Fla-Flu do Nordeste” para Náutico x Sport.
Clássico das Multidões
O Sport já era o maior campeão, com onze títulos, e o Santa era apontado como o mais popular no subúrbio, sempre com bons públicos. O primeiro registro encontrado pelo blog, em 4 de julho de 1943, deixa claro que os dois times proporcionavam os maiores públicos na Ilha, o maior estádio na época.
“Mesmo que a disputa de hoje não tivesse as características de uma decisão importante, estaríamos certos do seu êxito, pois o clássico Santa Cruz x Esporte tem o seu prestígio e o seu numeroso público. Foi este encontro que, em todos os tempos, assinalou os maiores records de bilheterias que temos registrado. Ainda este ano, proporcionando um encontro emocionante, o clássico das multidões rendeu a importância de vinte e um mil cruzeiros, renda esta que, desde 1940, não registrávamos.”
Resultado: Sport 3 x 0 Santa Cruz, na Ilha do Retiro
Clássico dos Clássicos
Em 12 de outubro de 1945, o jornal trazia informações sobre o jogo entre Náutico e Sport, uma partida seria disputada dois dias depois. Neste caso específico, vale registrar que o extinto Jornal Pequeno também escreveu “clássico dos clássicos” dois meses antes, em 18 de agosto.
“A grande atração da tarde de domingo, porém, será a disputa do clássico dos clássicos do futebol pernambucano. Na peleja mais sensaconal dos últimos tempos, Náutico x Esporte estarão envolvidos no estádio dos Aflitos, ansiosos por uma melhor colocação na tabela, onde aparecem com dois pontos de diferença para o líder.”
Resultado: Náutico 2 x 1 Sport, nos Aflitos
Clássico das Emoções
É o único clássico com uma assinatura. À parte do texto principal sobre o jogo, foi publicado, em 1º de novembro de 1953, um comentário de Alves da Mota, tendo como título justamente “Clássico das Emoções”. Mais direto, impossível.
“Teremos hoje, à tarde, no estádio ‘Eládio Barros Carvalho’, um ‘match’ que pela excelente forma e posição em que se encontram ambos os preliantes no presente campeonato, está fadado não só a um legítimo record de bilheteria, mas a um desfecho sensacional, numa luta cheia de lances emocionantes que tanto pode fazer vibrar a grande torcida do “clube das multidões”, para cujo lado está mais pendida a preferência do público, como resultar numa espetacular vitória dos alvirrubros.”
Resultado: Náutico 4 x 2 Santa Cruz, nos Aflitos
Confira as páginas do jornal numa resolução maior: 1943, 1945 e 1953.
Um dia após a CBF anunciar os valores dos ingressos para Brasil x Uruguai, a realidade. Na prática, todos os 38 mil bilhetes postos à venda para o público geral sofreram um acréscimo de 15%, devido à taxa de compra na internet. E esse cenário deve ser regra, pois a venda online, iniciada em 25 de fevereiro, será exclusiva durante 18 dias. Somente em 14 de março, caso sobre algo, a venda será aberta nas bilheterias dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Lembrando que mais cinco mil entradas serão repassadas aos parceiros comerciais da confederação, totalizando 43 mil espectadores na Arena Pernambuco.
Anel superior/meia – de R$ 50 para R$ 57,50 Anel superior/inteira – de R$ 100 para R$ 115 Anel inferior/meia – de R$ 80 para R$ 92 Anel inferior/inteira – de R$ 160 para R$ 184 Deck premium – de R$ 200 para R$ 230 Vip – de R$ 200 para R$ 230 Villa Mix – de R$ 250 para R$ 287,50
Veja a mensagem do Guichê Web após a confirmação da compra aqui.
Em caso de cancelamento do jogo, a taxa de conveniência não será ressarcida.
Em relação à setorização do estádio, a CBF estabeleceu um novo modelo – o quarto desde o início da operação no empreendimento, em 2013 -, com a criação do “Villa Mix”, com open bar e shows no setor sul inferior. Nas demais áreas, a setorização seguiu o modelo regular do consórcio, em vez daqueles elaborados pela Fifa nas Copas das Confederações e do Mundo. Por outro lado, no primeiro jogo da Seleção em São Lourenço os lugares serão marcados.
Após 58% dos 92 jogos previstos, finalmente o campeonato estadual de 2016 ultrapassou R$ 1 milhão em arrecadação bruta. Muito? A média por jogo é de R$ 24 mil, quase insuficiente para pagar a operação. Com direito a uma taxa de 8% sobre as bilheterias, a federação pernambucana já recolheu R$ 103.779.
A quarta rodada do hexagonal do título teve dois jogos na Ilha do Retiro, o Clássico das Multidões (o maior público até o momento, 14 mil) e a disputa entre América e Náutico, transferido do Ademir Cunha por causa do gramado. Mas não adiantou muito para melhorar os números do campeonato, pois o outro hexagonal, o da permanência, segue às moscas.
Desta forma, a média geral foi de 1.392 para 1.587 torcedores – que, hoje, ainda seria o menor índice desde que a FPF começou a contabilizar o público oficial, em 1990. No Sertão, um alento. O Salgueiro estabeleceu o maior público em partidas envolvendo interioranos no ano, com 4.214 espectadores, num reflexo da promoção de ingresso a R$ 2. É o clube buscando uma saída, ao menos com ganho “técnico”, devido à maior pressão no estádio.
Dados atualizados até 24 de fevereiro, com a 4ª rodada do hexagonal do título e a 6ª rodada do hexagonal da permanência.
1º) Sport (2 jogos como mandante, na Ilha do Retiro) Público: 17.395 torcedores Média de 8.697 Taxa de ocupação: 31,70% Renda: R$ 369.226 Média: R$ 184.613
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.786 / M: 2.786
2º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena) Público: 12.189 torcedores Média de 6.094 Taxa de ocupação: 13,29% Renda: R$ 305.385 Média de R$ 152.692
Presença contra intermediários (1 jogo): T: 2.893 / M: 2.893
3º) Santa Cruz (2 jogos como mandante, no Arruda) Público: 11.625 torcedores Média de 5.812 Taxa de ocupação: 11,49% Renda: R$ 116.800 Média de R$ 58.400 Presença contra intermediários (2 jogos): T: 11.625 / M: 5.812
4º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio de Barros) Público: 7.295 torcedores Média de 3.647 Taxa de ocupação: 30,21% Renda: R$ 27.537 Média: R$ 13.768
5º) Central (5 jogos como mandante, no Lacerdão) Público: 14.840 torcedores Média de 2.968 Taxa de ocupação: 14,84% Renda: R$ 286.655 Média de R$ 57.331
6º) América (4 jogos como mandante, sendo 3 no Ademir Cunha e 1 na Ilha*) Público: 4.319 torcedores
Média de 1.079 Taxa de ocupação: 6,65% Renda: R$ 78.830 Média de R$ 19.707 * Ainda houve mais um jogo de portões fechados
Geral – 53 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 84.122
Média: 1.587 pessoas
Arrecadação: R$ 1.297.248
Média: R$ 24.476 * Foram realizadas 54 partidas, mas 1 jogo ocorreu de portões fechados.
Fase principal – 12 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 60.172
Média: 5.014 pessoas
Arrecadação: R$ 1.085.943
Média: R$ 90.495
As médias das fases principais anteriores (hexagonal do título e mata-mata): 2015 – 10.122 pessoas (38 jogos)
2014 – 11.859 pessoas (38 jogos)
Serão 38 mil ingressos à disposição do público geral para o jogo entre Brasil e Uruguai, no dia 25 de março, às 21h45, na Arena Pernambuco. Apesar da capacidade oficial para 46 mil espectadores, o contingente foi reduzido para 43 mil por questão de segurança, como na Copa do Mundo de 2014, cuja norma também se aplica nas Eliminatórias. Além da bilheteria regular, ainda há mais cinco mil entradas, englobando gratuidades e ingressos promocionais aos parceiros da CBF, prática comum nos jogos da Seleção no país.
A venda online, a partir de 25 de fevereiro, será no site da CBF. Os pontos físicos só abrem em 14 de março, nas bilheterias dos Aflitos, Arruda e Ilha.
Os bilhetes, espalhados em cinco setores diferentes, vão custar entre R$ 50 e R$ 300, numa realidade próxima ao Mundial em São Lourenço da Mata, de R$ 60 a R$ 350. Comparando com o último jogo da Canarinha pela Eliminatórias, na Fonte Nova, com 45.558 pessoas e renda de R$ 4.186.790, os ingressos ficaram mais caros para o público geral, nas arquibancadas superior e inferior, mas com os mesmos preços nos camarotes e lounges. Efeito da disputa entre Neymar e Suárez? Estavam suspensos na rodada passada.
Esta será 18ª apresentação da seleção principal em Pernambuco, sendo a primeira na arena. Confira o retrospecto aqui.
Os valores dos ingressos na Arena e uma comparação com outras partidas…
Ingressos para Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco (25/03/2016) Arquibancada superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) Arquibancada inferior: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia) Lounge (oeste inferior): R$ 200 Deck premium (leste): R$ 200
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Setor Villa Mix: R$ 250
Última jogo pelas Eliminatórias: Brasil 3 x 0 Peru, na Fonte Nova (17/11/2015) Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Último jogo no Recife: Brasil 8 x 0 China, no Arruda (10/09/2012) Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) Arquibancada inferior: R$ 80 (inteira) e 40 (meia) Cadeira: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia)
Obs. Infelizmente, a imagem da arena é uma mera ilustração do projeto para jogos da Seleção, pois o sistema de iluminação de LED, prometido na proposta, jamais foi instalado, apesar do valor da obra, estimado em R$ 743 milhões.
Em quatro rodadas do hexagonal do título já foram marcados dois pênaltis contra o América, ambos a favor dos grandes. E o goleiro Delone – que já havia defendido uma penalidade na primeira fase, contra o Vitória, no Carneirão – espalmou os chutes de Tiago Costa (Santa) e Daniel Morais (Náutico). Afirmou, ao Superesportes, que antes dos jogos assiste às cobranças dos atacantes no youtube. Esta segunda, na Ilha, marcou a atualização do levantamento do blog sobre penalidades e expulsões na fase principal do Estadual 2016. O outro registro foi a expulsão de Ewerton Bala, também do América.
Confira a atualização apos a 4ª rodada:
Pênaltis a favor (4) 2 pênaltis – Náutico
1 pênalti – Salgueiro e Santa Cruz Sem penalidade – Sport, Central e América
Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa Cruz desperdiçou um pênalti Náutico evitou uma penalidade e desperdiçou outra
América evitou duas penalidades
Pênaltis cometidos (4) 2 pênaltis – América
1 pênalti – Santa Cruz e Náutico Sem penalidade – Salgueiro, Sport, Central e América
Cartões vermelhos 1º) Náutico – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
2º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
3º) Sport, Salgueiro e Central – sem registro
6º) América – 1 adversário expulso, 2 cartões vermelhos
Ao vencer o Clássico das Multidões, o Sport tomou o lugar do Santa Cruz na zona de classificação do Estadual de 2016. A Ilha do Retiro recebeu 14.609 torcedores, abaixo da expectativa, mas ainda assim foi o maior público da esvaziada competição. No Sertão, com 4.214 espectadores, o Salgueiro abateu a Patativa, ainda com 0% de aproveitamento. Encerrando a 4ª rodada do hexagonal, na segunda-feira, outra partida na Ilha. Diante de 2.626 pessoas, o Náutico manteve a sua campanha perfeita, superando o Mequinha.
Hoje, as semifinais seriam Náutico x América e Salgueiro x Sport.
Em 12 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 26 gols, com média de 2,16. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Cássio (Salgueiro), Ronaldo Alves e Bergson (Náutico), Alex Gaibu (América), Grafite (Santa) e Túlio de Melo (Sport) lideram com 2 gols, cada.
Salgueiro 1 x 0 Central – Mesmo com um time misto, com as atenções divididas com o Nordestão, o Carcará venceu mais uma em casa, firme no G4.
Sport 2 x 1 Santa Cruz – Dominando, o Leão venceu o seu primeiro clássico no ano, na estreia de Gabriel Xavier, o primeiro meia de ofício contratado.
América 0 x 1 Náutico – O Alvirrubro poderia ter vencido por um placar bem mais elástico, mas pecou nas finalizações e com a boa atuação de Delone
Destaque: Falcão. O técnico teve um papel decisivo na vitória no clássico, ao trocar as posições de Lenis e Gabriel Xavier. A partir dali, só deu Sport
Carcaça: Vitor. Foi uma verdadeira avenida na lateral-direita do Santa, perdendo seguidas disputas para Lenis durante mais de 40 minutos.
Próxima rodada 28/02 (16h00) – Sport x Náutico, Ilha do Retiro 28/02 (16h00) – América x Salgueiro, Arruda 28/02 (17h00) – Central x Santa Cruz, Lacerdão
A classificação atualizada do hexagonal do título após a 4ª rodada.
O Náutico segue 100% no Estadual. Chegou à quarta vitória, com a defesa ainda zerada. A arrancada atual já é a sua segunda melhor no século, só atrás dos sete triunfos em 2002. Em relação à zaga, curiosamente coube a Ronaldo Alves marcar o único gol da noite na Ilha, diante do mandante América, após o veto ao Ademir Cunha. O time de Dal Pozzo não esteve numa noite inspirada, mas foi suficiente para se impor diante do adversário, que surpreende na classificação.
O primeiro tempo foi mais amarrado, com o Timbu tentando tabelar na entrada da área, sem sucesso. A maior chance foi num pênalti aos 28 minutos, quando Daniel Morais começou a ser puxado fora da área. Esperava-se a cobrança de Ronaldo Alves, o cobrador desde a pré-temporada, mas o atacante se disse confiante e pediu bater. Parou em Delone, que já havia defendido a cobrança de Tiago Costa no Arruda. O Mequinha ainda teve dois golaços anulados (corretamente). Um de bicicleta (impedido) e de falta (sem autorização).
No intervalo, a torcida – com 2.262 pessoas, aparentando mais na arquibancada frontal – ensaiou uma vaia, mas foi abafada pelos aplausos. O incentivo recebeu a contrapartida logo na retomada, com o “preterido” Ronaldo empurrando para as redes uma bola cruzada da direita, após cobrança de falta. Em vantagem, o Náutico forçou bastante, sobretudo com Renan Oliveira municiando. A pontaria de Daniel é que não colaborou. Mesmo com a uma mais na reta final o cenário não mudou, 1 x 0. Domingo, vai de novo à Ilha. Desta vez contra o Sport.