Representantes da Conmebol na Copa do Mundo de 2010:
Brasil, pentacampeão (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e duas vezes país-sede (1950 e 2014, a próxima edição).
Argentina, bicampeã (1978 e 1986) e uma vez país-sede (1978)
Uruguai, bicampeão (1930 e 1950) e uma vez país-sede (1930).
Chile, uma vez país-sede (1962).
Paraguai.
A nata do futebol sul-americano viajou até a África do Sul. Como nota-se acima, apenas o Paraguainão tem algum fato marcante no Mundial. Nem título nem sede. E dificilmente isso irá mudar nos próximos anos…
Mas o time guarani quer repetir pelo menos as campanhas de 1998 e 2002, quando chegou à segunda fase da Copa. Neste domingo, os paraguaios venceram a Eslováquia por 2 x 0 e deram um grande passo para avançar às oitavas de final, repetindo o bom desempenho dos rivais do Río de la Plata na competição.
Além da vitória, o Paraguai manteve a invencibilidade dos times da Conmebol no Mundial. São 6 vitórias e 2 empates. E todos os cinco países tem boas chances de passar de fase. A Copa do Mundo é “aqui”. Técnica, garra, espírito de equipe… Qual é o motivo? Talvez seja a mistura, 100% latina. Além da tradição!
Nas primeiras 16 partidas do Mundial da África do Sul (1ª rodada) foram apenas 25 gols, com uma baixíssima média de 1,56 gol por jogo. Muito abaixo do índice mais econômico da história, registrado em 1990. Há duas décadas, o Mundial da Itália viu apenas 115 gols em 52 partidas, com uma média pífia de 2,21.
Mas a segunda rodada da Copa de 2010 está dando um alento ao principal ato do futebol, o gol. Foram 8 gols em 2 partidas. Primeiro, o chocolate uruguaio de 3 x 0 sobre os sul-africanos, que já saiu do lugar comum até agora, o insosso 1 x 0.
Nesta quinta-feira, a Argentina, grande rival da Celeste no Río de la Plata, foi além e cravou 4 x 1 sobre os sul-coreanos. Com direito a 3 gols de Higuaín, que também tomou o posto de artilheiro do uruguaio Forlán, que havia feito dois.
Com esse poder de fogo um pouco maior, a média da Copa do Mundo subiu para 1,83. Ainda está longe de pelo menos passar 1990 – e fugir do recorde negativo -, mas um acréscimo de 0,27 com apenas dois jogos foi animador.
Em tempo: o duelo entre Argentina e Uruguai tem grande chance de acontecer já nas oitavas de final. Para sacudir Buenos Aires e Montevidéu, como em 1930…
Mas não seriam 4…? Seriam. Caso fosse a Copa do Mundo. Antes da África do Sul, a bola vai rolar mesmo é na Copa do Nordeste.
O pontapé inicial será nesta terça, e já com um clássico estadual. O choque potiguar entre ABC e América, no estádio Frasqueirão, em Natal, abre a 9ª edição do Nordestão.
Desde a esvaziada edição de 2003 que a Liga do Nordeste vinha tentando retomá-lo. Conseguiu após um acordo com CBF, que se livrou de uma multa de R$ 25 milhões por ter tirado o competição do calendário.
O regional já volta com transmissão da TV Esporte Interativo. O período, porém, está longe de ser o ideal. Por mais que os dirigentes digam o contrário, a verdade é que o regional vai “competir” com a Copa do Mundo em interesse do público. Ainda mais com as principais forças da região utilizando times mistos! Serão 15 torcidas na reedição.
De Pernambuco, Timbu e Cobra Coral querem um título inédito. O Náutico com um expressinho e o Santa Cruz com a sua força máxima, numa prévia da Série D. Ao Sport, o papel de desertor. Medida desagregadora? Talvez. Mas pelo menos a posição do clube foi claríssima: a prioridade é a Série B. Que seja, então…
Boa sorte aos clubes pernambucanos, mas, sobretudo, boa sorte ao Nordestão!
Enquete: Até qual fase Pernambuco chegará no Nordestão de 2010?
Abaixo, números de 2001 (capa da revista Placar) e 2002, as mais bem sucedidas, e com o mesmo formato deste ano. Saiba mais sobre as edições anteriores AQUI.
Média de público
2001 – 8 mil (Série A: 11.401)
2002 – 11 mil (Série A: 12.866)
Faturamento
2001 – R$ 11 milhões
2002 – R$ 15 milhões
Cota de TV (média) por clube
2001 – R$ 600 mil
2002 – R$ 750 mil
Enquanto o voo do Brasil já chegou na África, a seleção da Alemanha segue uma rotina mais amena… Os tricampeões mundiais estão treinando nos Alpes Italianos.
Assim como os brazucas da Internazionale (Júlio César, Lúcio e Maicon), dois alemães só se apresentaram agora. Philipp Lahm e Schweinsteiger, do Bayern de Munique, também jogaram a final da Liga dos Campeões e puderam se “ausentar”. A decisão europeia era a única exceção permitida pela Fifa após o anúncio dos convocados.
Com a chegada recente, Lahm, um lateral-esquerdo de 26 anos (à direita na foto), pôde dar uma voltinha de mountain-bike. Tranquilo, tranquilo… Mas frieza mesmo ele terá que ter após o anúncio do técnico Joachim Löw.
Após o corte de Michael Ballack, por lesão, Lahm deve ser o novo capitão (veja AQUI).
Lahm estreou no time principal da Alemanha em 2004, aos 21 anos. Desde então, já fez 64 jogos e marcou 3 gols. Número respeitável, mas jogar com a braçadeira de capitão num Mundial será a prova de fogo. Principalmente por representar a nata do seu país.
Capitães germânicos que ergueram a taça da Copa: Fritz Walter, em 1954; Franz Beckenbauer, em 1974; e Lothar Matthaus, em 1990. Pedala, Lahm! 😯
A revista da Conmebol existe desde agosto de 1989 e é atualizada a cada dois meses.
A edição deste mês, que corresponde a maio e junho, traz 39 páginas sobre as cinco seleções do continente na Copa do Mundo de 2010 (veja AQUI). Dados completos de Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai.
A revista conta ainda com entrevistas com os ex-jogadores Iván Zamorano (atacante chileno), Carlos Aguilera (atacante uruguaio) e Carlos Alberto Torres (lateral-direito brasileiro e capitão o tricampeonato em 1970).
A nova edição, de número 119, chegará a 208 países. Nas versões em espanhol e inglês.
E em português? Para a Conmebol, isso é desnecessário. Inclusive em seu site oficial…
Afinal, existem apenas 13 milhões de jogadores registrados no Brasil, em todas as categorias possíveis, espalhados em 29.208 clubes, entre amadores e profissionais.
E os cinco títulos da Copa do Mundo?! É melhor nem avisar a Conmebol de que o Mundial de 2014 será aqui no Brasil. E em português… 😈
A Seleção Brasileira já vive sob pressão há poucos dias da Copa do Mundo. O time treinado por Dunga já inicicou a preparação para a África do Sul.
O Brasil é favorito? Demais. Ganhou tudo. Copa América (2007), Copa das Confederações (2009), liderança nas Eliminatórias da Copa… É o favorito!
Por isso, e porque seríamos “parciais” na votação, o Brasil está fora da nova enquete do blog. Desta vez, a pressão será do outro lado. Com as outras potências do futebol.
Tirando a Seleção Brasileira da enquete, qual é o país favorito para conquistar o Mundial de 2010? Participe!
Última enquete: Qual é o ataque ideal para a Seleção na Copa do Mundo de 2010?
Luís Fabiano e Robinho (38%, 77 votos)
Luís Fabiano e Nilmar (32%, 64 votos)
Nilmar e Robinho (10%, 21 votos)
Robinho e Grafite (9%, 19 votos)
Luís Fabiano e Grafite (7%, 14 votos)
Nilmar e Grafite (4%, 6 votos)
Total de votos: 201. Eu votei junto com a maioria! Porém, acho que a segunda opção da galera também tem chance.
Em 2010, a Série C terá um modelo com 20 clubes pelo segundo ano seguido. Mas, ao contrário da ideia inicial, que deveria ser o formato idêntico ao da elite nacional, a CBF optou por regionalizar a competição. Uma Terceirona enxuta.
Assim, acabou criando o caminho mais fácil para o acesso no futebol brasileiro.
São 4 grupos de 5 clubes. Ou seja, oito jogos para cada time na primeira fase. Os dois melhores avançam para as quartas de final. E quem se classificar neste mata-mata consegue, também, o acesso! Voo rápido. Digno de um carcará…
Ao todo, apenas 10 jogos.
O modelo poderá mudar em 2011.
Por isso, essa é a “chance” para o Salgueiro. O Carcará já conheceu os seus adversários (veja a tabela AQUI). Demais times do grupo B: ABC/RN, Alecrim/RN, Campinense/PB e CRB/AL.
Possíveis adversários na segunda fase (mata-mata de acesso): Paysandu, São Raimundo e Águia (todos do Pará), Rio Branco/AC e Fortaleza (todos do grupo A).
O Salgueiro, campeão da Taça do Interior Pernambucano de 2010, tem uma chance de ouro de sonhar com a Série B do ano que vem. Para isso, precisa de investimento no elenco (algo que não houve no Estadual). É uma aposta válida… A cidade precisa apoiar, como costumava acontecer. O retorno está garantido na Segundona.
Se existe uma discussão interminável no futebol, esta é sobre o tamanho das torcidas rivais. Mas sobre o tamanho real, longe das simulações de pesquisas, com as suas margens de erros de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Essa chatice tem que ficar para as eleições mesmo. E olhe lá.
No dito País do Futebol, até hoje não se sabe o peso agregado das torcidas espalhadas pelo Brasil “continental”.
Em todos os censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a questão não foi colocada em pauta. E não será neste ano, pois o formulário do censo (feito detalhadamente a cada 10 anos) não consta a simples pergunta:
“Para qual time você torce?”
Seja lá qual for a desculpa (economia, estrutura ou realmente falta de interesse), o IBGE perde mais uma vez a chance de fazer algo revolucionário, de interesse de qualquer clube, de qualquer torcida. Resumindo: interesse de milhões.
Enquanto isso, somos obrigados a ler pesquisas de simulação até o fim dos tempos. Nesta terça foi divulgada mais uma, do Instituto Datafolha (veja aqui). Com todo respeito ao instituto (que entrevistou 2.600 pessoas em 144 cidades, em 15 e 16 de abril, através do método científico de abordagem), mas realmente bate aquela dúvida após a análise dos dados: “Alguém foi mesmo perguntado?”
Vejamos os dados de Pernambuco.
Sport – 1.330.000 torcedores
Náutico – 600 mil
Santa Cruz – 520 mil
Isso mesmo, o Tricolor teria menos torcida que o Timbu. O povão coral teria uma massa menor que a população de Jaboatão.
E alvirrubros e tricolores teriam menos torcida que a Portuguesa/SP, que tem 880 mil. Aquela Lusa que não coloca 5 mil pessoas no estádio do Canindé.
Somadas, as torcidas dos 3 grandes do Recife chegam a 2.450.000 torcedores!
Isso corresponde a 65% da população da Região Metropolitana do Recife (de 3,75 milhões). Um número levando em consideração que NINGUÉM mais goste desses clubes no interior do estado ou mesmo fora de Pernambuco. No estado, aliás, a porcentagem é de apenas 27,8% num universo de 8,8 milhões de habitantes.
Francamente… Tantas pessoas assim que andam nas ruas do estado estão tão à parte do futebol (ou do futebol local)? Será que o leitor tem a mesma impressão?
Como curiosidade, vale lembrar uma pesquisa do Ibope de 1993, na qual o Sport teria 3,2 milhões de fanáticos enquanto o Santa teria 2,9 mi (veja aqui). Naquele ano, a população pernambucana não passava dos 7 milhões. Ou seja, só com os dois clubes, a porcentagem seria de 87%.
Qual pesquisa está mais próxima da realidade? Pois é, IBGE. A “culpa” é sua. A discussão sobre torcidas vai continuar.
Diante do primeiro adversário com nível de Série A, o Rubro-negro sucumbiu na competição que o consagrou em 2008. O limite chegou.
Vitória tranquila do Atlético Mineiro. No placar eletrônico: 0 x 2. Sem apelação.
O time rubro-negro, aliás, tentou impor o mesmo ritmo de 2008, quando os gols saíam logo no início dos confrontos. Mesmo contra os gigantes. Deu certo, ali.
Na noite desta quarta-feira, na Ilha do Retiro, a mesma empolgação, com a Ilha em Chamas. A qualidade do time, porém, esteve distante.
Se há 2 anos o lateral-direito Luizinho Netto cansou de cruzar com veneno para os gols de Romerito e cia, desta vez o time fraquejou na bola parada.
Somando os jogos em Belo Horizonte e no Recife, o Leão teve 24 escanteios. Um a cada 7 minutos e 30 segundos. Um número altíssimo, certo? Ok…
Mas os rubro-negros não conseguiram mandar uma bola na meta de Aranha após essas 24 cobranças de escanteio. O goleiro atleticano não fez uma defesa sequer. Pior, lá atrás o time não soube conter os contra-ataque.
Na frente, Ciro não chutou uma vez. O artilheiro do time não finalizou!
A Ilha se apagou ainda no primeiro tempo.
Há uma semana, o título do post sobre o revés por 1 x 0 no Mineirão havia sido “Reversível?” (veja AQUI). A resposta está clara: não. Abaixo, o trailer do filme com o mesmo nome deste novo post, sobre mais um triunfo mineiro…
Vale o registro fora das quatro linhas. Na arquibancada, um misto de tristeza (pelo resultado), apreensão (pelo futuro) e nostalgia (pelo passado). Foram 28.002 torcedores lotando o estádio, com uma festa como nos velhos tempos. É curioso saber, no entanto, que o número foi exatamente a metade do recorde de público. Como?! 😯
Sobre a eliminação: o Sport deixou de arrecadar R$ 700 mil nas quartas de final (premiação e bilheteria). Com um cofre tão enxuto, fica difícil tocar o restante do ano.
Nesta sexta-feira, o Sport completa 2 anos sem derrota no Pernambucano. A última derrota foi em 26 de março de 2008, em Serra Talhada. Sob um toró naquela noite no estádio Pereirão, o Leão foi superado pelo Jumento, que venceu por 1 x 0 (foto), com um gol do volante Ivson aos 36 minutos do segundo tempo.
Daquele time, restam apenas Magrão, Igor e Daniel Paulista.
Desde então uma campanha construída com a “ajuda” de 100 gols marcados!
Abaixo, um levantamento desta série invicta que será testada no aguardado Clássico das Multidões, no domingo, na Ilha do Retiro. Em tempo: o recorde no estado pertence ao próprio Rubro-negro, que ficou 49 jogos sem perder entre 1997 e 1999. Coube ao Santa Cruz acabar aquela marca…
44 jogos: 33 vitórias e 11 empates. Aproveitamento: 83,3%
100 GP e 27 GC
Na Ilha, 22 jogos: 17 vitórias 5 empates (47 GP e 13 GC). Aproveitamento: 84,8%
Fora de casa, 22 jogos: 16 vitórias e 6 empates (53 GP e 14 GC). Apt.: 81,8%
Artilharia:
25 gols – Ciro
9 – Wilson
6 – Eduardo Ramos
5 – Dairo, Luciano Henrique e Vandinho
4 – Fumagalli, Paulo Baier e Guto
3 – Nádson, Durval e Igor
2 – Júlio César, Ricardinho, Enilton, L. Netto, Weldon, César, Moacir e Sandro Goiano
1 – Juninho, Eduardo Ratinho, Romerito, Leandro Machado, Kassio e Bruno Teles
Para fechar a conta, é preciso somar 2 gols contra… Até os rivais ajudaram! 😯