Nordestão com 7,8 mil pessoas no estádio e mais 1,65 milhão de torcedores na TV

Nordestão 2015, final no Castelão: Ceará 2x1 Bahia. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

Paralelamente à média de 7.818 pagantes, a maior entre os torneios do país no primeiro semestre, a audiência televisiva da Copa do Nordeste de 2015 registrou um leve aumento sobre a edição anterior, apesar da restrição de sinal no país.

Considerando os dados projetados a partir do Ibope Parabólicas, cresceram as médias de audiência (3,1%) e de pessoas sintonizadas na televisão (2,4%), via Esporte Interativo, detentor dos direitos na tevê paga, aberta (parabólicas) e plataformas digitais (modelo não computado na audiência). O aumento também foi absoluto, pois neste ano foram 74 partidas, contra 62 do ano passado.

Na tabela geral, cada jogo teve um alcance na televisão de 1.650.000 pessoas. Nas duas finais, entre Ceará e Bahia, com 100 mil torcedores presentes no Castelão e na Fonte Nova, o número na telinha subiu para 5,4 milhões. Isso corresponde ao telespectador que em algum momento dos 180 minutos das partidas sintonizou no canal. Levando em conta o total de pessoas ligadas simultaneamente, a decisão regional chegou a reunir 934 mil telespectadores.

2015
Audiência média: 1,65 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 323.576

2014
Audiência média: 1,60 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 315.987

Em todo o Brasil, mais de 20 milhões de pessoas viram o Nordestão através do EI, fora celulares e tablets. Em 2014 o alcance geral chegou a 19,4 milhões.

Além deste quadro, a Lampions League também foi transmitida em sinal aberto tradicional nas afiliadas da Globo. A título de comparação, com a Globo Nordeste, o Campeonato Pernambucan tem um audiência média de 696 mil telespectadores de acordo com o Ibope Media Workstation.

Portanto, sobre a transmissão da Copa do Nordeste vale destacar que a exibição fechada alcança apenas 20% dos assinantes do país – fora as parabólicas, naturalmente – e que não há sinal aberto para fora da região. Ou seja, ainda há bastante mercado pela frente…

Nordestão 2015, final no Castelão: Bahia 0x1 Ceará. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

Em noite sofrível, Sport cai em Chapecó e aumenta a preocupação para a Série A

Copa do Brasil 2015, 2ª fase: Chapecoense x Sport. Crédito: Chapecoense/Flickr/divulgação

A Copa Sul-Americana é um objetivo no Sport, que, por causa do regulamento estapafúrdio da CBF, precisa ser eliminado precocemente na Copa do Brasil para obter a vaga internacional. Porém, esta desculpa não serve para o rendimenento em Chapecó, em confronto pela 2ª fase. Sem qualquer volume ofensivo, sem criar uma chance real sequer, o Rubro-negro tentou controlar a partida, mas acabou vendo o time da casa avançar duas vezes pelo lado direito, com Hyoran e Maranhão mandando no cantinho de Magrão, 2 x 0.

Paradoxalmente ao fato de ter ficado “perto” da vaga na Sula, o time pernambucano deixou a torcida preocupada com a sequência de mau futebol, com o Brasileirão a seguir, já no próximo domingo. O que torna esse jogo contra a Chapecoense mais emblemático é o fato de ter sido o primeiro adversário da Série A nesta temporada, isso na 27ª apresentação oficial.

Samuel, Elber, Joelinton, Mike. Peças (acionadas) que não vem correspondendo no ataque só aumentam o questionamento sobre o trabalho do técnico Eduardo Batista – ou da diretoria, que parece negligenciar o setor, à parte de Hernane, que deve demorar a estrear. Os dois times voltam a se enfrentar dentro de uma semana, na Ilha do Retiro. Antes disso, e obviamente bem antes da Sula, o Sport terá o Figueirense pela frente. A postura na Arena Condá foi uma aula do que não fazer para ser competitivo. E olhe que esse contexto é repetitivo.

Copa do Brasil 2015, 2ª fase: Chapecoense x Sport. Crédito: Chapecoense/Flickr/divulgação

A elevada projeção de faturamento, sem sentido, e a realidade econômica da Arena

Receita real sobre a receita projetada da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Com cerca de três mil páginas, o relatório sobre o faturamento e a projeção de receita da Arena Pernambuco apresenta números alarmantes sobre a operação do estádio em São Lourenço da Mata. O quadro, com dados até outubro de 2014, mostra um percentual ínfimo sobre a previsão, superestimada. O documento foi solicitado pelo deputado estadual Edilson Silva (Psol) ao governo do estado e apresentado no plenário da Assembleia Legislativa (Alepe).

Vale lembrar que antes da licitação foi feito um estudo de viabilidade com oito opções de mercado, da versão mínima, sem time algum, à máixma, com os três grandes clubes – hoje, apenas o Náutico faz parte efetivamente. Do pior ao melhor cenário, a previsão de faturamento anual iria de R$ 5,7 mi a R$ 86,2 milhões. Com jogos esporádicos de Sport e Santa, o cenário 5 sofreu um ajuste. Insuficiente para alcançar sequer 1/3 da previsão geral, de R$ 9 milhões/mês.

Quadro de viabilidade da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Um dos problemas para a receita ser tão baixa em relação à previsão é a própria “previsão”, bastante elevada. De forma regular, cada temporada teria 56 jogos, com público médio de 23.360 pessoas (50,54% de taxa de ocupação). Apenas cinco jogos teriam públicos reduzidos. E o tal dado inferior seria de 9.684 torcedores – lembremos que algumas partidas, no futebol real, tiveram menos de mil espectadores. Ainda segundo o quadro, 46 jogos (82% do calendário) teriam uma assistência de 22.747 torcedores. No ponto alto, com cinco partidas, 42 mil! Até hoje, o maior público em jogos de clubes foi de 37 mil.

Projeção de público da Arena Pernambuco

O documento repassado à equipe do parlamentar respondeu 13 dos 17 tópicos questionados. O próximo passo deve ser questionar a parceria público-privada entre governo e Odebrecht no Ministério Público e na Justiça. Saiba mais aqui.

Aos poucos, a caixa-preta da arena vai sendo aberta…

Receita real sobre a receita projetada da Arena Pernambuco. Crédito: divulgação

Podcast 45 (127º) – Prévia das Série A e B

O início das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro foi amplamente discutido no 45 minutos, com a gravação de dois programas de uma só vez, sendo um sobre a Série A e outro sobre a B. Cada edição com 1h30! Haja tempo para falando de futebol, analisando todos os 40 clubes participantes das competições de 2015, com o viés pernambucano, naturalmente.

Neste 127º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, Kauê Diniz (convidado) e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Série A (Sport)

Série B (Náutico e Santa Cruz)

Os logotipos oficiais do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2015

Logotipo do Brasileirão de 2015. Imagem: CBF/divulgação

Pela 9ª vez, o Campeonato Brasileiro terá um nome atrelado a uma empresa, através de um contrato de naming rights. A diretoria de marketing da CBF apresentou o logotipo da Série A de 2015, com traços do novo troféu, instituído na edição anterior, e com o nome da montadora responsável pelo patrocínio da competição, a Chevrolet. O contrato, aliás, tem duração de quatro anos.

A marca da empresa estará presente nos 380 jogos da competição, incluindo os 19 do Sport como mandante, sendo 12 na Ilha e 7 na Arena Pernambuco.

O contrato anterior, com a Petrobrás, era de R$ 18 milhões/ano. Agora, o acordo subiu para R$ 21 milhões por temporada. O outro torneio nacional de elite organizado pela CBF, a Copa do Brasil, teve o seu nome foi negociado pela 7ª edição seguida. Nos dois casos, os nomes ainda não têm tanto apelo junto às torcidas do país. Nem na imprensa. Há chance de reverter o quadro?

Enquanto isso, na Inglaterra, o Barclays Bank patrocina cada edição da Premier League por 50 milhões de euros (R$ 172 mil), com direito à imagem da empresa nos vídeos de abertura das transmissões oficiais dos jogos.

Campeonato Brasileiro
Visa (2002)
Nestlé (2005)
Petrobrás (2009-2013)
Chevrolet (2014-2017)

Copa do Brasil
Kia (2009-2012)
Perdigão (2013)
Sadia (2014-2015)

Logotipo oficial da Copa do Brasil 2015

 

As salas de imprensa dos clubes pernambucanos

Nas coletivas com jogadores, técnicos e dirigentes, a imagem é fechada no rosto do interlocutor, com um painel logo atrás, contendo o escudo do clube e seus patrocinadores. Ao redor, o ambiente específico para a imprensa esportiva, com a sala de entrevistas. Ampliando um pouco a imagem, é possível conferir a infraestrutura à disposição para a cobertura jornalística do futebol, com casos bem distintos. Aqui, exemplos das salas dos três grandes clubes do Recife e do Central de Caruaru, todas repaginadas e climatizadas. Mas, mesmo assim, com pendências nas condições básicas para um nível profissional.

Confira também a estrutura das cabines destinadas à imprensa escrita no Arruda, na Ilha do Retiro e nos Aflitos clicando aqui.

Náutico – Sala de Imprensa Rômulo Capela Pontes – (CT Wilson Campos)
Nos Aflitos há uma sala de imprensa, hoje em desuso pela falta de jogos no estádio. Assim, a maioria das entrevistas do Alvirrubro ocorre na sala construída no CT, em janeiro de 2012, ao lado do campo principal. Lá, há um espaço para as câmeras de televisão, com sistema de iluminação especial. O clube, claro, também utiliza o centro de imprensa da Arena Pernambuco.

Sala de imprensa do CT do Náutico. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz – Sala de Imprensa Alexandre Severo (Arruda)
O Tricolor foi o primeiro a disponibilizar mesas para os repórteres, em maio de 2015. A estrutura é necessária, tamanha a quantidade de laptops nas coberturas. Todas as mesas têm saída de energia para os equipamentos. Contudo, não há sistema de áudio na mesa do entrevistado – ruim para a gravação nas rádios e tevês. A sala fica embaixo das cadeiras do Mundão.

Sala de imprensa do Arruda. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Sport – Sala de Imprensa Haroldo Praça (Ilha do Retiro)
Inagurada em novembro de 2001, a sala é a única entre os clubes locais a possuir um painel digital para expor os patrocinadores (desde novembro de 2012), em vez de um banner na parede. Porém, o espaço, localziado embaixo da geral do placar, é apertado para o trabalho da imprensa, sobretudo a escrita. Também não há nivelamento para as câmeras de televisão.

Sala de imprensa da Ilha do Retiro. Foto: Ricardo Luís (twitter.com/ricardoreporter)

Central – Sala de imprensa Severino de Souza Pepeu (Lacerdão)
Mesmo num tamanho reduzido em relação ao trio da capital, a sala do estádio alvinegro segue o padrão dos principais clubes, de forma customizada, com telão para os patrocinadores, espaço exclusivo para radialistas e painel sobre o clube (uma foto ampla do estádio). O espaço, inaugurado em agosto de 2011, ocupa uma das salas embaixo do tobogã do estádio Luiz Lacerda.

Sala de imprensa do Lacerdão, em Caruaru. Foto: Central/divulgação

Betinho e Elber, os artilheiros de 2015, com 5 gols. À frente de Kiros, com 19

Betinho e Elber, artilheiros do Campeonato Pernambucano de 2015, com 5 gols. Foto: DP/D.A Press

Em 14 jogos disputados por Santa Cruz e Sport, os atacantes Betinho e Elber marcaram apenas 5 gols. Pouco? Pois ambos terminaram o campeonato estadual dividindo a artilharia, de forma histórica. A última vez que o goleador máximo marcara tão poucos gols havia sido em 1927, quando Chiquito e Piaba, ambos do extinto Torre, balançaram as redes 9 vezes em 12 rodadas.

O que torna a “artilharia” de 2015 ainda mais curiosa é o fato de que a federação anunciou a mudança de critério no último dia da competição, 3 de maio. Tão em cima da hora que a diretriz técnica da FPF ficou para o dia seguinte.

Até então, a entidade considerava os dois hexagonais e o mata-mata. Porém, a decisão no apagar das luzes retirou o hexagonal que definiu os dois rebaixados à segundona – o que, de certa forma, contemplou só a fase principal. Pior para o centroavante Kiros, do Porto, que terminou a competição geral com 19 gols, nenhum deles na lista final do Pernambucano. Isso porque fez 10 no primeiro turno (Taça Eduardo Campos) e outros 9 no hexagonal da permanência.

Respeitando a (nova) regra, Betinho e Elber escreveram seus nomes na artilharia, sendo o 31º do Tricolor e o 23º do Leão. Haja contraste em relação ao recorde em uma edição, de 40 gols, uma marca dividida entre o alvirrubro Baiano (1982 e 1983) e o rubro-negro Luís Carlos (1984). Oito vezes mais.

Obs. Segundo o pesquisador Carlos Celso Cordeiro, em 13 edições locais, entre 1915 e 1932, não há registro sobre o artilheiro.

Os 20 clubes de maior faturamento no Brasil em 2013 e 2014

Os 20 clubes brasileiros de maior receita em 2013 e 2014. Imagem: Rafal Soares/divulgação

As receitas dos vinte clubes de maior faturamento no Brasil, em 2014, vão de R$ 30 milhões a R$ 347 milhões, do Avaí ao Flamengo. Um levantamento feito pela revista Exame após a divulgação de todos os relatórios em abril, como exige a lei, mostra a disparidade do Fla em relação aos demais.

Se nos anos anteriores a disputa econômica no futebol nacional parecia polarizada com o Corinthians, na última temporada o time carioca teve uma receita operacional 34% maior que o Timão. A diferença bruta foi de R$ 88,8 milhões, o que já seria suficiente para a ser a 14ª maior receita do país.

Com o maior poder financeiro no estado, o Sport figurou em 3º lugar entre os nordestinos, com 60 milhões de reais. Como estava na segunda divisão em 2013, os leoninos foram um dos poucos times a registrar um acréscimo no balanço seguinte. Já tricolores (R$ 16,5 milhões) e alvirrubros (R$ 15,9 mi) ficaram distantes do top 20, uma casta cada vez mais rica.

Confira os balanços pernambucanos: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Da Série A de 2015, não figuraram Ponte Preta, Joinville e Chapecoense.

CBF, a responsável pelo Nordestão. Quando não quis, acabou sem dó

Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Antes do ponto de vista do blog, é preciso ler a nota de esclarecimento da CBF, publicada nesta segunda sem um motivo aparente.

“A Confederação Brasileira de Futebol e a Liga do Nordeste gostariam de esclarecer que a CBF é a única responsável pela organização e coordenação da Copa do Nordeste, apoiada na operação pelas Federações de cada Estado envolvido na competição. O modelo é o mesmo para todas as 13 competições oficiais da CBF das quais a Copa do Nordeste é integrante.

Cabe à Liga do Nordeste a responsabilidade pelos aspectos comercial, de marketing e promoção da competição. Mesmo assim, todas essas ações são desenhadas e planejadas em conjunto pela CBF, Liga do Nordeste e empresas de TV e marketing contratadas.

CBF, Liga do Nordeste e Federações comemoram a realização e o sucesso de mais uma edição da Copa do Nordeste, a terceira consecutiva. Aproveitam para parabenizar os clubes pelo desempenho na grande competição que disputaram e agradecem o apoio e incentivo da imprensa, dos torcedores, patrocinadores e apoiadores.”

O sucesso do Nordestão chama a atenção, fato. A necessidade de a CBF chamar para si esta visibilidade é que causa surpresa. É sempre bom lembrar que foi a própria entidade que implodiu o torneio em 2003, ao retirá-lo do calendário oficial, após pressão das federações – e tendo a implantação dos pontos corridos no Brasileirão como desculpa perfeita. Voltando àquela época, a Lampions League vivia o seu auge, com 16 times no formato de turno.

Em 2001 e 2002, o faturamento foi de R$ 26 milhões. Apesar do contrato assinado com a tevê e patrocinadores, o torneio ruiu. Sem datas em 2003, Bahia, Sport, Santa e Náutico ficaram de fora. Com isso, o torneio teve 12 times (o Vitória topou a briga) e apenas 14 jogos. A Liga do Nordeste, a mesma parceira na atualidade, foi à justiça para recuperar o dano e o caso se arrastou por uma década – intercalado por outro torneio sem calendário, em 2010. O imbróglio virou uma indenização de R$ 30 milhões. Derrotada, a CBF articulou um acordo para evitar o pagamento e aceitou organizar dez edições.

Em 2015, o regional teve a maior movimentação financeira de sua história, na ordem de R$ 29 milhões, com a maior média de público do primeiro semestre (7.818). A ponto de clubes como Flamengo e Goiás quererem participar – francamente, não cabe a presença de times de outras regiões. Com o interesse consolidado no público e os times priorizando a Lampions em detrimento dos estaduais, a competição passou ser tratada como “modelo”.

A CBF organiza a competição? Não há discussão nisso. Mas é impossível esquecer que essa relação só começou após uma batalha nos tribunais, à parte do que era melhor para o futebol da região. A partir de 2023, sem obrigação de chancela, a confederação só realizará a Copa do Nordeste se quiser. Quando não quis, acabou sem dó. Portanto, não há garantias.

Tricolor campeão estadual no campo e nas arquibancadas em 2015

Pernambucano 2015, final: Santa Cruz 1x0 Salgueiro. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Os 46.370 torcedores presentes na finalíssima no Arruda credenciaram o Santa Cruz a mais uma liderança no campeonato das multidões. O clube terminou com uma média superior a 20 mil espectadores, mesma situação ocorrida durante o recente tricampeonato estadual. Por sinal, esta foi a sexta vez em onze anos que o Tricolor teve a maior presença de torcida no Campeonato Pernambucano, segundo os números do blog, desde 2005.

A média elevada, porém, não condiz com o restante da competição. Em 2º lugar no quesito assistência na arquibancada, o Sport teve um índice de 12 mil. Já o Náutico pela primeira vez ficou fora do pódio (completado pelo Salgueiro). Aliás, o time vermelho e branco ficou bem longe, na 5ª posição.

No geral, a 101ª edição do Estadual teve 555 mil espectadores computados no borderô, com uma média de 4.590 pessoas, a pior marca dos últimos oito anos. Este número foi puxado para baixo por causa da Taça Eduardo Campos e do hexagonal do rebaixamento. Na fase principal (hexagonal do título e mata-mata), passou de 10 mil – ainda assim, abaixo de 2014, quando ficou em 11.859.

Média de público dos grandes clubes no Campeonato Pernambucano de 2005 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em relação à arrecadação, a renda bruta após as 121 partidas “abertas” ao público foi de R$ 7,6 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da bilheteria. Logo, a federação pernambucana já abocanhou R$ 612.551.

Abaixo, os números dos principais clubes e os dados da competição de 2015:

1º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, 6 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 142.874 pessoas
Média: 20.410
Taxa de ocupação: 35,14%
Renda: R$ 2.682.552
Média: R$ 383.221
Presença contra intermediários (5): T: 104.017 / M: 20.80

2º) Sport (7 jogos como mandante, 4 na Ilha e 3 na Arena)
Total: 87.723 pessoas
Média: 12.531
Taxa de ocupação: 32,41%
Renda: R$ 1.704.797
Média: R$ 243.542
Presença contra intermediários (5):T: 56.189 / M: 11.237

3º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 51.168 pessoas 31.735
Média: 7.309
Taxa de ocupação: 59,42%
Renda: R$ 530.995
Média: R$ 75.856

4º) Central (14 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 85.715 pessoas
Média: 6.122
Taxa de ocupação: 31,43%
Renda: R$ 978.775
Média: R$ 69.912

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

Geral – 121 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 555.501
Média: 4.590 pessoas
Arrecadação: R$ 7.656.893
Média: R$ 63.280
* Foram realizadas 124 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 384.649
Média: 10.122 pessoas
Arrecadação total: R$ 6.343.719
Média: R$ 166.939

Média de público do Campeonato Pernambucano de 1990 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press