O América não vencia o Santa desde 12 de maio de 1990, quando fez 1 x 0 no Arruda. Desde então, a grande derrocada do alviverde, que chegou a ficar sem jogar profissionalmente em alguns anos. E quando entrou em campo viveu uma seca daquelas. Não por acaso, eram 23 jogos sem superar o tricolor, com quem, outrora, fazia o ‘Clássico da Amizade’. No Ademir Cunha, a casa do mequinha, o time se aproveitou da vantagem numérica no 2º tempo, após a expulsão do lateral-direito Ítalo, e forçou o ataque, cravando 2 x 0.
Assim, o América completou o rito de vitórias sobre os grandes nesta década, após o 4 x 2 sobre o Náutico, em 2011, e o 1 x 0 sobre o Sport, em 2016. Este resultado alivia a decepção do clube da Estrada do Arraial em relação à estreia, quando jogou lá e cá com o timbu, perdendo nos descontos. No lado coral, a maratona cobrou o seu preço. O ponta Augusto, titular na terça, na quinta e no domingo, sentiu a coxa e foi subsituído com apenas 16 minutos. Entrou Robinho Mota, que vinha entrando bem, não desta vez.
Taticamente o cansaço também fez diferença. No gol, Tiago Machowski foi substituído por Ricardo Ernesto para melhorar o seu condicionamento físico. Com isso, mudou a saída de jogo do time, tendo bastante ligação direta. Já a posse de bola levemente maior (56%) não se traduziu em chances claras. O equilíbrio sumiu após o segundo amarelo tomado por Ítalo, com os corais questionando a primeira advertência. A partir dali, o América foi inteligente. Utilizou os espaços e abriu o placar aos 10, com Billy. Ainda mandou uma no travessão antes de ampliar, aos 23, com Thiago Bagagem. Sem qualquer reação efetiva, o visitante perdeu, além do tabu, a primeira partida em 2018.
Clássico da Amizade – América x Santa Cruz
316 jogos
196 vitórias tricolores (62,0%)
55 empates (17,4%)
64 vitórias alviverdes (20,2%)
1 resultado desconhecido (0,3%)