Os maiores clássicos do Nordeste, na visão da imprensa esportiva

Os 6 maiores clássicos nordestinos, segundo votação do site Verminosos por Futebol. 1º) Bahia x Vitória (Felipe Oliveira/EC Bahia), 1º) Sport x Santa Cruz (DP/D.A Press), 3º) Ceará x Fortaleza (Christian Alekson/cearasc.com), Sport x Náutico (DP/D.A Press), Náutico x Santa Cruz (DP/D.A Press) e ABC x América-RN ( Frankie Marcone/Comunicação ABC F.c.)

Quais são os maiores clássicos do Nordeste? Mensurando rivalidade, tradição, nível técnico e torcidas, o site Verminosos por Futebol, editado por Rafael Luis Azevedo, elaborou uma votação com 23 jornalistas, incluindo representantes dos nove estados nordestinos e membros da imprensa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O blog foi convidado e enviou a sua lista (publicada no primeiro comentário deste post). A regra consistia em escolher os 25 maiores clássico, conferindo 25 pontos para o 1º lugar, 24 para o 2º e assim sucessivamente, até a 25ª colocação, com 1 ponto.

Em tempo: apenas clássicos municipais entraram na conta.

O Ba-Vi venceu com certa facilidade, sendo apontado como o maior da região por 19 dos 23 participantes (incluindo o blog). Os demais votos para o 1º lugar: Sport x Santa (2), Ceará x Fortaleza (1) e Sampaio Corrêa x Moto Club (1!)

Por sinal, segundo a crítica esportiva, os três clássicos centenários do Recife figuram entre os cinco maiores do futebol nordestino, com destaque para o Clássico das Multidões, atrás apenas do confronto soteropolitano.

Top 20
1º) Bahia x Vitória (569 pontos)
2º) Sport x Santa Cruz (545)
3º) Ceará x Fortaleza (522)
4º) Náutico x Sport (498)
5º) Santa Cruz x Náutico (474)
6º) ABC x América (455)
7º) CRB x CSA (416)
8º) Treze x Campinense (402)
9º) Moto Club x Sampaio Corrêa (400)
10º) Confiança x Sergipe (322)
11º) River x Flamengo (299)
12º) Ceará x Ferroviário (279
13º) Central x Porto (265)
14º) Fortaleza x Ferroviário (255)
15º) Potiguar x Baraúnas (176)
16º) Botafogo x Auto Esporte (159)
17º) Icasa x Guarani (153)
18º) Maranhão x Sampaio Corrêa (147)
19º) Moto Club x Maranhão (135)
20º) River x Piauí (97)

Entre os 42 confrontos elencados, com clássicos municipais envolvendo times profissionais em atividade, foram oito pernambucanos: Sport x Santa (2º), Náutico x Sport (4º), Santa x Náutico (5º), Central x Porto (13º), América x Sport (26º), América x Santa (31º) Náutico x América (33º) e Vitória x Vera Cruz (42º).

Confira o ranking completo e os votos de todos os jornalistas aqui.

Final com mais de 100.000 torcedores, somando ida e volta, cada vez mais rara

Castelão, em Fortaleza. Crédito: Portal da Copa/Ministério do Esporte

Até a década de 1980 não era incomum ver uma decisão no Brasil com mais de 200 mil pessoas somando os dois confrontos. A limitação da capacidade nas arquibancadas e a recente modernização dos estádios reduziu bastante a lotação. Tanto que a última decisão com mais de 100 mil espectadores, com ida e volta, aconteceu em 2009, no Estadual do Rio de Janeiro.

Na ocasião, o Botafogo levou a Taça Guanabara e o Flamengo ganhou a Taça Rio. Na finalíssima do futebol carioca, dois empates em 2 x 2 no Maracanã, com o Mengão conquistando o título nos pênaltis. Na primeira partida, 63.063 pessoas. No domingo seguinte, mais 84.027, totalizando mais de 147 mil torcedores. Na prática, só é possível superar a marca em dois jogos no Maracanã ou um no Maraca e outro no Mané Garrincha, em Brasília.

Recorde à parte, a barreira dos 100 mil torcedores pode voltar a ser quebrada na final da Copa do Nordeste de 2015, entre Ceará e Bahia. A decisão da Lampions começa em Salvador, em 22 de abril, com 50.223 lugares à disposição na Fonte Nova. No dia 29, em Fortaleza, mais 64.846 assentos no Castelão.

Abaixo, num levantamento a partir da última final com 100 mil pessoas, confira todas as decisões no país (ida e volta) nos 13 campeonatos nos quais havia a possibilidade de um público gigantesco – tendo estádios inscritos com capacidade superior a  50 mil espectadores. Teoricamente, Maranhão (Castelão), Goiás (Serra Dourada) e Pará (Mangueirão) também poderiam registrar marcas próximas, mas não obtiveram públicos suficientes.

Obs. As Séries A e B não têm final, funcionando nos pontos corridos.

Recopa Sul-Americana
2013 – 67.741 (Corinthians x São Paulo)

Copa do Brasil
2009 – 87.724 (Corinthians x Inter)
2010 – 48.171 (Santos x Vitória)
2011 – 49.508 (Vasco x Coritiba)
2012 – 46.375 (Palmeiras x Coritiba)
2013 – 73.485 (Flamengo x Atlético-PR)
2014 – 58.364 (Atlético-MG x Cruzeiro)

Copa do Nordeste
2013 – 26.712 (Campinense x ASA)
2014 – 86.785 (Sport x Ceará)

Copa Verde
2014 – 71.843 (Brasília x Paysandu)

Série C
2009 – 20.292 (América-MG x ASA)
2010 – 16.032 (ABC x Ituiutaba)
2011 – 35.188 (Joinville x CRB)
2012 – 11.245 (Oeste x Icasa)
2013 – 59.788 (Santa Cruz x Sampaio Corrêa)
2014 – 41.539 (Macaé x Paysandu)

Série D
2009 – 16.579 (São Raimundo x Macaé)
2010 – 8.930 (Guarany x América-AM)
2011 – 68.998 (Tupi x Santa Cruz)
2012 – 41.127 (Sampaio Corrêa x Crac)
2013 – 23.643 (Botafogo-PB x Juventude)
2014 – 11.258 (Tombense x Brasil)

Pernambucano
2009 – sem final
2010 – 50.878 (Sport x Náutico)
2011 – 92.412 (Santa Cruz x Sport)
2012 – 76.080 (Santa Cruz x Sport)
2013 – 65.007 (Santa Cruz x Sport)
2014 – 56.234 (Sport x Náutico)

Baiano
2009 – 56.957 (Vitória x Bahia)
2010 – 55.394 (Vitória x Bahia)
2011 – 33.012 (Bahia de Feira x Vitória)
2012 – 63.420 (Bahia x Vitória)
2013 – 51.909 (Vitória x Bahia)
2014 – 59.404 (Bahia x Vitória)

Cearense
2009 – 80.131 (Fortaleza x Ceará)
2010 – 77.682 (Fortaleza x Ceará)
2011 – sem final
2012 – 30.564 (Ceará x Fortaleza)
2013 – 57.861 (Ceará x Guarany)
2014 – 60.981 (Ceará x Fortaleza)

Paulista
2009 – 54.119 (Corinthians x Santos)
2010 – 68.355 (Santos x Santo André)
2011 – 48.869 (Santos x Corinthians)
2012 – 93.895 (Santos Guarani)
2013 – 53.245 (Corinthians x Santos)
2014 – 64.167 (Ituano x Santos)

Carioca
2009 – 147.090 (Flamengo x Botafogo)
2010 – sem final
2011 – sem final
2012 – 43.544 (Fluminense x Botafogo)
2013 – sem final
2014 – 75.381 (Flamengo x Vasco)

Mineiro
2009 – 85.675 (Cruzeiro x Atlético)
2010 – 71.704 (Atlético x Ipatinga)
2011 – 35.113 (Cruzeiro x Atlético)
2012 – 31.705 (Atlético x América)
2013 – 69.140 (Atlético x Cruzeiro)
2014 – 71.160 (Cruzeiro x Atlético)

Gaúcho
2009 – sem final
2010 – 86.681 (Grêmio x Inter)
2011 – 65.673 (Inter x Grêmio)
2012 – 35.070 (Inter x Caxias)
2013 – sem final
2014 – 52.713 (Inter x Grêmio)

Fonte Nova, em Salvador. Crédito: Governo da Bahia

Podcast 45 (119º) – Revés e sequelas no Leão e a crescente imagem do Nordestão

O 45 minutos fez um raio x da movimentada semifinal nordestina entre Bahia e Sport, finalizada com a classificação dos baianos. Qual é o “tamanho” da culpa de Elber pelo gol perdido na Fonte Nova? E de Eduardo? Analisamos a necessidade de reforços para a Série A. Por fim, também entrou na pauta a crescente imagem da Copa do Nordeste, consolidada como principal torneio da região, apesar de ainda ignorada por parte da imprensa do Sul-Sudeste.

Nesta 119ª edição, com 1h26min, gravada logo após a partida, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Ceará x Bahia, uma final inédita e de invictos no Nordestão de 2015

A final da Copa do Nordeste 2015: Ceará x Bahia. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A final da 12ª edição da Copa do Nordeste será entre Ceará e Bahia.

A finalíssima, inédita, reúne os últimos invictos da Lampions League.

Os times estabeleceram campanhas praticamente iguais, restando apenas o saldo de gols para definir o mando de campo no jogo de volta. No caso, as partidas serão nos dias 22 (Fonte Nova) e 29 de abril (Castelão). Promessa de 100 mil torcedores em campo no confronto.

Teremos uma final de grande porte, com o Vozão na briga pelo segundo ano seguido. A taça dourada segue como o maior sonho do clube alvinegro.

Enquanto isso, o Baêa, sob nova gestão, quer voltar a comemorar uma grande conquista depois de 13 anos, desde o bicampeonato nordestino.

Ao campeão desta temporada, a vaga na Copa Sul-Americana e uma premiação absoluta de R$ 2,74 milhões. O vice ficará com R$ 1,24 milhão.

Ceará (11ª participação, vice em 2014)
5 vitórias, 5 empates, nenhuma derrota, 13 gols marcados, 7 gols sofridos

Bahia (11ª participação, campeão em 2001 e 2002)
5 vitórias, 5 empates, nenhuma derrota, 13 gols marcados, 9 sofridos

Quem será o campeão da Copa do Nordeste de 2015?

  • Bahia (55%, 1.206 Votes)
  • Ceará (45%, 980 Votes)

Total Voters: 2.185

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Souza marca três vezes na Fonte Nova e o Bahia elimina o Sport mais uma vez

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Bahia 3x2 Sport. Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia/divulgação

O Bahia manteve a escrita em mata-matas contra o Sport, ampliando o histórico para 6 x 1. Numa Fonte Nova tomada por 40 mil torcedores, neste domingo, o meia Souza, ex-Náutico, marcou três vezes e comandou a virada do tricolor de aço sobre o atual campeão nordestino. Com direito a um segundo tempo movimentadíssimo no placar, Bâea 3 x 2, avançando à grande final.

A eliminação do Rubro-negro, que chegou a ficar pertinho da vaga em Salvador, tem inúmeras explicações, sem nem precisar voltar ao jogo de ida, na Ilha. Analisando apenas o jogo de volta, alguns pontos foram fundamentais.

1) A chance desperdiçada por Elber, aos 30 minutos, deixaria 2 x 0 favor do Leão, que já vencia após cabeçada certeira de Diego Souza. Seria uma vantagem muito difícil de reverter no formato com gol qualificado fora de casa, ainda mais com o mandante tão mal em campo até então.

2) A mudança de Neto Moura por Danilo. A escalação do jovem meia foi surpreendente, mas Neto fez valer a confiança do técnico, com um ótimo primeiro tempo, protegendo a intermediária. Já a entrada do lateral/volante/meia/etc, no intervalo, tirou a estabilidade tática do time – Neto saíra por opção técnica. Fora o fato de que Danilo entrou nervoso além da conta.

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Bahia 3x2 Sport. Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia/divulgação

3) Dois gols sofridos em dez minutos. Em um chute de fora da área (falha de Magrão) e um pênalti polêmico (bem marcado, apesar de inúmeros outros lances parecidos serem ignorados – foto acima), o versátil Souza virou o jogo. Era visível no rosto dos leoninos a incredulidade pelo resultado.

4) Nem mesmo após o novo empate (2 x 2), com Renê cobrando falta e Douglas Pires falhando bisonhamente, o time colocou a bola no chão. O segundo tempo do Sport foi praticamente nulo na criação de jogadas. Mas o terceiro gol baiano também teve uma cota de azar, com Vitor desviando para a própria meta. Magrão ainda salvou, mas o dia era mesmo Showza.

5) A pontaria de Felipe Azevedo. As duas últimas grandes oportunidades caíram nos pés do atacante, que voltou após duas semanas de molho. Apesar da força imposta nas finalizações, ele sequer acertou a barra.

6) Eduardo Batista. O técnico conseguiu a proeza de desconstruir a sua própria proposta de jogo, que estava funcionando. Após a saída de Neto, a entrada de Régis no lugar de Mancha (e não de Danilo, perdido em campo) só completou o serviço. Eduardo tem crédito, mas o erro foi fatal.

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Bahia 3x2 Sport. Foto: MARLON COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Podcast 45 (118º) – Empate entre Sport e Bahia e expectativa para Salvador

A edição que marcou o primeiro aniversário do 45 minutos analisou ponto a ponto a semifinal da Copa do Nordeste entre Sport e Bahia – curiosamente, a estreia do podcast foi no dia da finalíssima do regional de 2014. O empate sem gols deixou a disputa aberta, apesar da pressão esperada na Fonte Nova. É possível, ao Sport, buscar a classificação em Salvador? Seria inédito.

Nesta 118ª edição, com 1h28min, gravada logo após a partida, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser!

Sport passa em branco contra o Bahia e, pela final, terá que suportar a Fonte Nova

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Sport x Bahia. Foto: Paulo paiva/DP/D.A Press

A vitória não veio na Ilha do Retiro e o Sport terá que se desdobrar na Fonte Nova, onde não vence há onze jogos, desde 18 de outubro de 1989, quando fez 2 x 1 no Brasileirão. Na abertura da semifinal da Copa do Nordeste, o Leão atuou bem e teve duas grandes chances, ambas com o atacante Samuel, cara a cara. Na primeira, chutou por cima da barra. Na segunda, acertou a coxa do goleiro tricolor, 0 x 0, mesmo placar da outra disputa, entre Ceará e Vitória.

No Recife, o duelo teve dois tempos distintos. O primeiro correu num ritmo muito veloz, num jogo eletrizante, mesmo em branco. O Sport começou com mais intensidade, surpreendendo pelo lado direito, com Vitor (geralmente cansado). Em um lance que deixou a defesa baiana desmontada, Samuel ficou livre, mas aí já viu. A partir dos 25 minutos o Bahia, com um time consistente, posicionou a sua marcação à frente, pressionando demais a saída de bola pernambucana, com Kieza pela esquerda e Gamalho na direita. No meio, o argentino Biancucchi driblou meio time na meia lua e chutou forte, com Magrão salvando.

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Sport x Bahia. Foto: Paulo paiva/DP/D.A Press

Na volta do intervalo, já com Ronaldo (dinâmico) no lugar de Wendel (amarelado, suspenso) e Joelinton (disperso) no lugar de Mike (frágil diante dos armários), o ritmo diminuiu, nos dois times. A própria equipe de Sérgio Soares – técnico vice em 2014, quando perdeu o título no jogo de ida, na Ilha – passou a cadenciar a suas ações, com a formação tática mais recuada. Mas nem por isso os dois rivais pararam de buscar o gol – com muita luta do mandante. Já nos descontos, Kieza usou o último fôlego e arrancou, sendo desarmado por Durval na hora H. Aos 50 minutos – acréscimo justo diante da cera visitante -, o Leão ainda teve uma chance para levantar a Ilha, com a bola teimando em não entrar.

De uma forma ou de outra, o Leão terá que marcar gols em Salvador para ir à final. Um novo empate sem gols leva a decisão para os pênaltis. Em caso de empate com gols, o Leão passa, assim como uma possível vitória, algo bem distante contra o Baêa fora de casa. O tabu está aí à disposição do Sport…

Copa do Nordeste 2015, semifinal: Sport x Bahia. Foto: Paulo paiva/DP/D.A Press

Bola personalizada na semifinal do Nordestão, na sequência do marketing

Bola da semifinal da Copa do Nordeste 2015, Sport 0x0 Bahia. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Nas quartas de final da Copa do Nordeste, todos os times entraram em campo com um patch no uniforme, a marca oficial do torneio estampada. Na semifinal, mais uma ação de marketing, com bolas personalizadas.

Na Ilha do Retiro, para Sport e Bahia.
No Castelão, para Ceará e Vitória.

Em cada estádio a Asa Branca II, produzida pela Penalty, ganhou uma versão com os escudos dos semifinalistas, o nome do estádio e a data (veja aqui).

Antes da disputa, a bola ficou exposta em um púlpito na beira do gramado. Em cada palco, um ídolo local foi chamado para dar o ponta-pé inicial.

Leonardo no Leão e Sérgio Alves no Vozão. Nos confrontos de volta, ambos em Salvador, a ação deve se repetir, assim como na decisão.

O trabalho de marketing no Nordestão de 2015 tem sido recorrente. Válido.

Bola da semifinal da Copa do Nordeste 2015, Ceará 0x0 Vitória. Foto: Esporte Interativo/cortesia

Sport x Bahia, 83 anos de história, 80 partidas e vantagem baiana

Sport e Bahia já se enfrentaram 80 vezes desde o primeiro duelo, em 25 de fevereiro de 1932, no antigo Campo da Avenida Malaquias, a primeira casa rubro-negra. O Leão tem vantagem sobre quase todos os clubes do Nordeste, mas tanto no histórico geral quanto nos mata-matas oficiais, o Tricolor de Aço se apresenta como o maior algoz pernambucano na região. Disparado.

O retrospecto absoluto entre os maiores clubes nordestinos aponta 33 vitórias do Bahia, 20 vitórias do Sport e 27 empates. Os próximos jogos serão na semifinal do Nordestão de 2015. A partir disso, relembre os mata-matas, com uma vantagem não menos indigesta (5 x 1) para os tricolores de Salvador.

Taça Brasil de 1959 – quartas de final 
Taça Brasil de 1959, quartas de final: Sport 6x0 Bahia. Foto: Arquivo/DP/D.A Press

O primeiro duelo oficial, na pioneira edição da Taça Brasil, foi na verdade uma melhor três. Após a derrota em Salvador, o Leão devolveu com juros na Ilha, com um 6 x 0, o maior placar da história do confronto. Como saldo de gols não era critério de desempate, houve um terceiro jogo, também no Recife. E aí entra em cena o folclórico dirigente baiano Osório Villas Boas, que ofereceu uma festa aos rubro-negros pelo “grande resultado”. A farra cambaleou o time – reza a lenda – e o Baêa passou por cima 2 x 0. Depois, conquistaria o título nacional.

27/10/1959 – Bahia 3 x 2 Sport
30/10/1959 – Sport 6 x 0 Bahia
03/11/1959 – Sport 0 x 2 Bahia

Taça Brasil de 1963 – quartas de final 
Taça Brasil de 1963, quartas de final: Bahia 1x0 Sport. Foto: Arquivo DP/D.A Press

Mais um confronto decidindo a fase Norte-Nordeste da competição nacional, com status de “Campeão do Norte”. O Tricolor de Aço já havia construído uma imagem nacional, com o título de 1959 e o vice de 1961. Chegou à terceira final eliminando o Leão mais uma vez, vencendo na Fonte Nova.

25/09/1963 – Sport 2 x 2 Bahia
29/09/1963 – Bahia 1 x 0 Sport

Brasileirão de 1988 – quartas de final
Brasileirão de 1988, quartas de final: Bahia 0x0 Sport. Imagem: reprodução/Bobô

Os rivais se enfrentaram três vezes naquele Campeonato Brasileiro, com três empates. Nas quartas, que garantiria um nordestino entre os quatro melhores, públicos gigantescos, com 39 mil na Ilha e 58 mil na Fonte Nova. A disputa só acabou na prorrogação, com o empate sem gols favorecendo os baianos. No tempo extra, os leoninos tiveram uma chance incrível, com Nando Lambada perdendo o gol cara a cara com o goleiro Ronaldo.

29/01/1989 – Sport 1 x 1 Bahia
01/02/1989 – Bahia 0 x 0 Sport

Copa do Nordeste de 1994 – semifinal

Copa do Nordeste 1994, semifinal: Sport (4) 1x1 (3) Bahia. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

No Rei Pelé, em Maceió, os clubes fizeram o único jogo oficial fora do Recife ou de Salvador. Após o empate nos noventa minutos, o desempate ocorreu numa disputa de pênaltis, com Jefferson, o goleiro rubro-negro, salvando. Aquela foi a única vez que o Sport despachou o Bahia. Depois, o time pernambucano conquistaria a primeira Copa do Nordeste da história.

13/12/1994 – Sport (4) 1 x 1 (3) Bahia

Copa do Nordeste de 1997 – semifinal
Copa do Nordeste 1997, semifinal: Sport 1x1 Bahia. Foto: Clemilson Campos/DP/D.A Press

Na volta do Nordestão, o Vitória era o time mais badalado, com Bebeto e Túlio, mas a rivalidade entre os campeões nacionais chamou a atenção na outra chave. Com o formato da Copa do Brasil, o Bahia avançou devido ao gol fora de casa, festejando mais uma vez na Ilha do Retiro.

26/03/1997 – Bahia 0 x 0 Sport
23/04/1997 – Sport 1 x 1 Bahia

Copa do Nordeste de 2001 – final
Final do Nordestão de 2001: Bahia 3x1 Sport. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

O público por si só já transformaria a partida em um capítulo à parte, com 65.924 pagantes (dos quais 2 mil rubro-negros), o recorde no Nordestão até hoje. O público total foi de 69 mil. Em campo, jogo único na decisão, com o Baêa jogando bem melhor e vencendo sem dificuldades.

28/04/2001 – Bahia 3 x 1 Sport

Podcast 45 (117º) – Estadual, Nordestão, violência no clássico e crise no Náutico

Haja assunto no fim de semana. Última rodada do Campeonato Pernambucano com Clássico das Multidões, eliminação do Náutico, semifinal do Nordestão batendo a porta e a recorrente violência na chegada e na saída dos estádios na capital. Tudo isso entrou na pauta do 45 minutos, mas em duas edições distintas. Estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Na primeira parte do podcast, com 1h02min, o desfecho do hexagonal do título tomou boa parte do tempo, já projetando os confrontos Sport x Salgueiro e Central x Santa Cruz – sem pipocar, indicamos os favoritos. O aguardado duelo entre Sport x Bahia, pela Copa do Nordestão, também teve vez.

Com 56 minutos, a segunda parte tratou apenas do Náutico, que neste 7 de abril chegará a 114 anos. Aniversário em um momento turbulento, eliminado de forma precoce do estadual e do regional, além do ambiente político instável. A discussão foi do passado ao futuro do Alvirrubro.