O Náutico era o único clube das Séries A e B de 2015 com 100% de aproveitamento. A série foi quebrada somente na quarta rodada, mas, ainda assim, foi mantida a boa fase alvirrubra, com o empate diante do Sampaio Corrêa aos 45 minutos do segundo tempo. O suado pontinho deixou o Timbu em 3º lugar, firme no grupo de acesso à elite (dois pontos à frente do 5º). No lado oposto da classificação, o Santa Cruz somou a terceira derrota (ABC 1 x 0), entrando pela primeira vez na zona de rebaixamento, na 17ª posição. Ainda é cedo para comemorar ou para se desesperar, mas os momentos distintos certamente irão refletir na pontuação final da Segudona.
Na próxima rodada, uma terceira-feira com os dez jogos de uma vez, aumentando o ritmo da competição (enfim, “terças e sextas”).
No G4, um baiano (líder), um carioca, um pernambucano e um maranhense.
A 5ª rodada dos representantes pernambucanos
02/06 (19h30) – Náutico x Ceará (Arena Pernambuco)
02/06 (19h30) – Paysandu x Santa Cruz (Curuzu)
O Náutico é o único time 100% na segunda divisão nacional após três rodadas. O último resultado positivo ocorreu diante do Criciúma, 2 x 0. A liderança isolada, sem sofrer um gol sequer, é a melhor largada alvirrubra na era dos pontos corridos. Já o Santa Cruz sofreu a sua segunda derrota na Série B na condição de visitante. Desta vez, acabou goleado pelo América Mineiro, por 4 x 1, no Independência. Em 14º lugar, o atual campeão pernambucano está a quatro pontos da zona de classificação à elite.
No G4, um pernambucano (líder), um baiano, um maranhense e um carioca.
A 4ª rodada dos representantes pernambucanos
29/05 (19h30) – Santa Cruz x ABC (Arruda)
30/05 (16h30) – Sampaio Corrêa x Náutico (Castelão)
Não demorou muito para termos uma rodada totalmente positiva para os times pernambucanos. Já na segunda da Série B, vitórias de Santa Cruz (4 x 1 no Paraná, no Mundão) e Náutico (1 x 0 no Boa, no interior mineiro). A goleada deixou o tricolor na porta do G4, um pontinho atrás do Bahia. Já o Timbu, 100% até aqui, só não é o líder por causa do saldo de gols. De toda forma, já fincou os pés na zona de classificação.
No G4, um carioca (líder), um maranhense, um pernambucano e um baiano.
A 3ª rodada dos representantes pernambucanos
19/05 (21h50) – Náutico x Criciúma (Arena Pernambuco)
23/05 (16h30) – América-MG x Santa Cruz (Independência)
De 2007 a 2015, nunca o Todos com a Nota ficou tão em xeque quanto agora, com a reformulação, ou mesmo paralisação, estudada pelo governo do estado, vivendo no arrocho. Conscientes da situação (indefinição), os três grandes clubes pernambucanos logo lançaram ingressos mais baratos para suprir a demanda, de R$ 5 (Sport), R$ 7 (Santa) e R$ 15 (Náutico). Mas o ponto-chave está além. Mais do que bilhetes barateados, esses torcedores, usuários do TCN, podem migrar para os quadros de sócios dos times, com planos acessíveis.
E estamos falando de 420.698 pessoas cadastradas no programa estatal somente na região metropolitana, sendo 207 mil rubro-negros, 124 mil tricolores e 89 mil alvirrubros. Ou seja, neste momento o foco poderia ser desviado dos planos tradicionais, entre R$ 30 e R$ 60, ou mesmo os de R$ 160 e R$ 320, presentes no quase inalcançável plano lançado pelo Leão. Consultorias inglesas e portuguesas à parte, vamos aos modelos de sucesso no Brasil, com o crescimento absurdo de Palmeiras e Corinthians em 2015, passando de 100 mil associados em dia (121 mil do Verdão e 110 mil do Timão). As enormes torcidas poderiam ser a justificativa, mas em tese isso serviria para qualquer época.
Então, por que deu certo “agora”? Além do momento das equipes (estádios novos e boas campanhas recentes), um fato inerente no futebol, também pesou a criação de uma modelagem voltada para o público mais popular. Afinal, são clubes de massa, entranhados em todas as camadas da sociedade, como as equipes locais, diga-se. O Palmeiras criou o Avanti, por apenas R$ 12,99. O Corinthians foi além e oficializou um plano por apenas R$ 9,90.
Em vez de descontos em ingressos – vantagem mais plausível para quem frequenta regularmente os jogos -, a prioridade na compra num setor popular, mesmo sem desconto, pois o número de sócios já excede a capacidade das arenas, com no máximo 40 mil lugares. Além da facilidade de aquisição, descontos em supermercados, como as demais categorias – o que, se bem utilizado, pode “zerar” o gasto na mensalidade. Já o Inter, case de sucesso no país, com 136 mil sócios, tem em sua base membros com acesso garantido ao Beira-Rio, com mensalidades a partir de R$ 85. Cobra mais e oferece mais.
Voltando ao Recife, imagine se pelo menos 20% dos usuários de TCN de cada time aderissem a um plano de R$ 9,90, o mais barato entre os maiores times.
Sport
41.434 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 410.196 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 4.922.352
Santa Cruz
24.874 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 246.252 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 2.955.024
Náutico
17.830 usuários (20% do total) x R$ 9,9 = R$ 176.517 (mês)
1 ano de mensalidades: R$ 2.118.204
Abaixo, os menores planos dos principais times do país e do trio da capital.
Flamengo – R$ 29,90 (Plano Tradição tem prioridade 7 na compra de ingresso e acesso à rede de descontos) Vasco – R$ 30,00 (Vascaíno de Coração tem a preferência na compra de ingressos, sem desconto, e com clube de benefícios) Botafogo – R$ 19,90 (Botafogo no Coração tem uma rede de descontos e experiências exclusivas) Fluminense – R$ 18,00 (Guerreiro oferece um cartão personalizado com carregamento de ingresso, sem desconto, e rede de descontos)
Corinthians – R$ 9,90 (Minha Paixão dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas) São Paulo – R$ 12,00 (Sou Tricolor dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas) Palmeiras – R$ 12,99 (Avanti/Bronze dá preferência na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e promoções exclusivas) Santos – R$ 27,00 (Sócio Rei/Oficial oferece privilégio nas lojas oficiais e no museu do clube, sem desconto no bilhete)
Internacional – R$ 20,00 (Nada vai nos separar oferece prioridade na compra de ingressos, sem desconto, rede de descontos e 50% de abatimento no estacionamento e no museu do clube) Grêmio – R$ 26,00 (Sócio-torcedor/Ouro dá preferência na compra de ingresso, com desconto, direito a voto e rede de descontos)
Atlético-MG – R$ 35,00 (Galo na Veia/Prata dá cartão personalizado com carregamento de ingresso, sem desconto, compra antecipada e rede de descontos) Cruzeiro – R$ 18,00 (Papafilas tem prioridade na compra de ingressos sem desconto, no guichê ou internet, e rede de descontos)
Náutico – R$ 20,00 (Standard só oferece rede de descontos) Santa Cruz – R$ 15,00 (Sócio sem Fronteira conta com rede de descontos e promoções exclusivas) Sport – R$ 25,00 (Sócio-torcedor dá desconto de 50% na compra de ingresso, possibilidade de compra antecipada, sorteios exclusivos e rede de descontos)
O início das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro foi amplamente discutido no 45 minutos, com a gravação de dois programas de uma só vez, sendo um sobre a Série A e outro sobre a B. Cada edição com 1h30! Haja tempo para falando de futebol, analisando todos os 40 clubes participantes das competições de 2015, com o viés pernambucano, naturalmente.
Neste 127º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, Kauê Diniz (convidado) e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A CBF divulgou a tabela oficial da Série B do Campeonato Brasileiro, que nesta temporada terá mais uma vez dois times pernambucanos, Santa Cruz e Náutico. A estreia dos clubes será entre os dias 8 e 9 de maio – a data exata ainda será anunciada pela confederação, uma vez que esta foi a tabela básica. O Santa Cruz jogará fora de casa, diante do Macaé, enquanto o Náutico receberá a Luverdense na Arena Pernambuco.
Clássicos das Emoções: 12ª rodada (Arena Pernambuco) e 31ª rodada (Arruda).
Como ocorre desde 2006, os quatro primeiros colocados ascendem à elite nacional. Em 2015, a novidade é a implantação do fair play trabalhista, nos mesmos moldes da Série A, após decisão do conselho técnico, no Rio.
Acessos à Série A
Náutico – 1988 (2º), 2006 (3º) e 2011 (2º)
Santa Cruz – 1992 (4º), 1999 (2º) e 2005 (2º)
O Corinthians receberá R$ 30 milhões da Caixa Econômica Federal, em 2015, para estampar a marca do banco no peito do seu uniforme. É o chamado “patrocínio master”, comum nos grandes clubes do país. No entanto, nem todos os times conseguem encontrar investidores com facilidade… e o jeito acaba sendo submeter o padrão a sugestões incomuns.
Botafogo e Rio Claro abusaram neste domingo. No clássico carioca contra o Fla, a Estrela Solitária estampou o preço de um celular! Por R$ 179, seria possível comprar o aparelho na “liquidação maluca da Casa & Vídeo”. Tudo isso presente na camisa. O mesmo Fogão, em 2014, estampou a polêmica Telexfree, acusada de pirâmide financeira (veja aqui).
E o que dizer do Rio Claro, recebendo o São Paulo no Paulistão? No calção, na parte de trás, o clube do interior colocou o logotipo do grupo de humor Portas dos fundos. Mais objetivo, impossível. Pelo fator bizarro, o marketing funcionou nos dois casos, gerando algum dinheiro aos dois clubes. Também ficou provado que tem quem se submeta a qualquer coisa por dinheiro.
Qual foi a marca mais “incomum” já estampada na camisa oficial seu clube?
Os três grandes clubes pernambucanos chegam em dezembro de 2014 com dois milhões de pessoas envolvidas diretamente em suas redes sociais oficiais, sendo 1.205.087 no facebook e 852.177 no twitter. Boa parte é do Sport.
A análise a partir do facebook e do twitter é simples. Os dois sites representam as duas maiores redes sociais utilizadas pelos internautas brasileiros, com 89 milhões de pessoas no facebook e mais de 40 milhões no twitter.
Aqui, os levantamentos atualizados nos níveis estadual (Pernambuco), regional (Nordeste) e nacional em relação aos clubes mais poulares. Líder tanto no facebook quanto no twitter, o Leão aparece bem colocado nacionalmente, em 14º e 10º, respectivamente. Fruto do trabalho nessas mídias.
Dono do 5º maior perfil nordestino no facebook, o Santa Cruz aparece em 20º lugar nacionalmente. O Náutico, o 9º na região, não figurou entre os vinte primeiros do face. Já o twitter de ambos, abaixo dos 50 mil seguidores, estão distantes do top 20, no qual todos os integrantes possuem perfis oficiais acima de meio milhão de torcedores.
Esta temporada foi apenas a segunda da Arena Pernambuco, concebida para colocar o estado no mapa da Copa do Mundo. Com o Mundial já no passado e a operação público-privada em pleno vigor, o estádio em São Lourenço da Mata foi o palco mais utilizado no Grande Recife em 2014 em jogos de clubes de futebol. Somando as apresentações oficiais de alvirrubros, rubro-negros e tricolores, foram 43 partidas, mais que o dobro do ano passado, com 21 jogos – apesar da média bem próxima, na casa dos 12 mil espectadores.
O aumento se deve ao mando quase absoluto do Náutico (30 jogos) e às negociações mais fraquentes entre Santa, Sport e o consórcio que administra o estádio. À parte dos dois jogos “obrigatórios” no estádio para fazer parte do Todos com a Nota, os clubes, antes reticentes, firmaram acordos pontuais.
O Leão, por exemplo, levou seis jogos de uma vez, num acordo de R$ 2 milhões e mais alguns bônus na divisão das receitas. Deu tão certo que negociou mais um, na última rodada da Série A, contra o São Paulo. Por sinal, a renda de R$ 1.011.655 foi a 5ª maior do futebol local no Plano Real. Com 100 mil pessoas nos últimos três jogos, o Rubro-negro acabou estabalecendo uma média de 25.578 pessoas no estádio, quase dez mil a mais que seu índice na Ilha.
Neste ano, o mesmo cenário se aplicou ao Santa Cruz, com seis jogos – quatro deles num pacotão. Se neste ano não houve um público do porte da reta final da Série C de 2013 (60 mil pessoas contra o Betim), o Tricolor teve seu melhor público na Segundona fora do Mundão. Foram 34.396 espectadores contra o América-RN, na Arena. A média por lá foi de 19.289 pessoas – no geral, o dado coral não chegou a 13 mil pessoas. Na contramão dos rivais, o Timbu teve uma média bem modesta, pouco abaixo de oito mil pessoas. Por outro lado, a arrecadação do clube foi de R$ 6,68 milhões. Nem toda a receita foi para o cofre alvirrubro, devido ao acordo de 30 anos entre as partes.
Para 2015, a tendência é que os dois clubes mais populares sigam com contratos pontuais com a Arena. No caso do Leão, a direção já sinalizou a possibilidade de levar ainda mais jogos no Brasileirão. No Tricolor, a garantia de uma renda fixa em jogos do tipo também deve ser levado em consideração. E assim, aos poucos, a Arena Pernambuco vai ganhando o lugar que se esperava.
2014 – 93 jogos*
43 na Arena
27 na Ilha do Retiro
22 no Arruda
1 nos Aflitos *O Santa ainda disputou três partidas no Lacerdão, em Caruaru, numa punição do STJD por causa de briga de torcida.
2013 – 96 jogos
33 na Ilha do Retiro
27 no Arruda
21 na Arena*
15 nos Aflitos *Uma das partidas foi o clássico entre Botafogo e Fluminense, pela Série A.
Desempenho do trio recifense na Arena em 2014
Náutico – 30 jogos
Público: 234.361 pessoas (7.812)
Renda: R$ 6.686.855 (R$ 222.895)
Sport – 7 jogos
Público: 179.046 pessoas (25.578)
Renda: R$ 4.960.270 (R$ 708.610)
Santa Cruz – 6 jogos
Público: 115.739 pessoas (19.289)
Renda: R$ 2.820.429 (R$ 470.071)
O futebol brasileiro em 2014 pertence ao estado de Minas Gerais. Os dois gigantes de BH faturaram os dois principais títulos nacionais da temporada. Na Série A, o compacto e bem armado Cruzeiro voltou a ser campeão. Na Copa do Brasil, o Atlético mostrou-se copeiro mais uma vez, como na Libertadores. Na decisão, bateu justamente o arquirrival, no maior clássico mineiro da história.
Com as duas principais taças do país definidas, hora de atualizar o tradicional levantamento do blog com os maiores campeões nacionais de elite, numa atualização que já dura seis anos. Com o tri da Série A, o Cruzeiro – maior vencedor fora do eixo Rio-SP – empatou com o Corinthians, com oito troféus cada. Dividem a 4ª colocação da lista. Já o Galo voltou a erguer um troféu nacional após 43 anos. Foi a sua segunda conquista.
Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2014), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas nas Taça Libertadores da América (saiba mais aqui).
Portanto, existem 22 campeões nos 87 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro.
As variadas conquistas foram somadas sem distinção. O blog entende que as competições têm pesos bem diferentes, obviamente, mas a diferença nas posições envolvendo clubes com o mesmo número de títulos foi estabelecida pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.
11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
8 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005 e 2011; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)
Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).