A CBF nunca encomendou uma pesquisa de torcida. Por mais que Ibope, Datafolha, Gallup, Pluri, Paraná Pesquisas, entre outros institutos, já tenham lançados inúmeros estudos, desde 1983, a entidade segue à parte do assunto. Talvez para evitar qualquer tipo de controvérsia, nos âmbitos nacional, regional e estadual. Por isso, chama a atenção o texto publicado pela confederação sobre os 111 anos do Sport, completados neste 13 de maio de 2016. Como costuma fazer, não só com clubes tradicionais, a entidade cita títulos e ídolos. Está lá o Campeonato Brasileiro de 1987, sem qualquer menção à polêmica do assunto. Por outro lado, esqueceu dos títulos da Copa do Nordeste de 1994 e 2000, chancelados pela própria. No trecho seguinte vem o verdadeiro vespeiro:
“Considerado o clube de maior torcida da região Norte-Nordeste”
Não há citação sobre qual instituto considera ou desde quando considera. Por sinal, sobre a declaração, é preciso fazer algumas considerações. Começando pelo fato de que o Flamengo é o mais popular nas duas regiões, segundo todos os levantamentos. Porém, levando em conta só os clubes do Norte e Nordeste, de fato o Sport já aparece à frente (Ibope 2010, Pluri 2013 e Paraná 2013), se revezando com o Bahia. Na pesquisa mais recente deu Baêa (Paraná 2016).
Atualização: a polêmica acabou sendo mesmo grande, tanto que horas depois a CBF editou a frase sobre o tamanho da torcida. Ao menos listou o tri regional.
Os melhores nordestinos nas pesquisas nacionais mais recentes:
Paraná 2016 1,8% – Bahia 1,5% – Sport
Ibope 2014 1,7% – Bahia 1,3% – Vitória 1,2% – Sport 1,0% – Santa Cruz
0,8% – Ceará
Com três edições, a Copa Verde mantém com ponto alto a classificação à Copa Sul-Americana. Foi assim com os campeões Brasília, Cuiabá e Paysandu, assegurando participações internacionais nos anos seguintes. Financeiramente, porém, o mata-mata segue com um investimento bem modesto. Idealizado pela CBF em 2014, a partir do sucesso do Nordestão, cuja transmissão é feita pelo mesmo canal, o torneio tem uma cota de apenas 6% em comparação à matriz.
Em 2016, somando as cotas das oitavas, quartas, semi e título, o Papão ganhou R$ 275 mil. Isso corresponde a 11% da premiação do Santa Cruz, o campeão nordestino na mesma temporada. O valor repassado ao bicolor paraense é um pouco mais da metade da cota da primeira fase do Nordestão. A disparidade (técnica?) entre os torneios de integração se mantém em todas as etapas. Mais. Enquanto a premiação absoluta do Nordestão subiu 33% em um ano, na Copa Verde o valor foi congelado, devido ao painel de patrocínios mais enxuto.
À parte de Paysandu e Remo, o torneio carece de forças populares. A entrada do Vila Nova, na terceira edição, ajudou. Por outro lado, o Goiás, o único “cotista” da tevê nas regiões, não quis participar, preferindo seguir em busca de um lugar na própria Copa do Nordeste (possibilidade já rechaçada) ou na Primeira Liga.
Veja as cotas, somando as fases, das campanhas finais nas Copas Verde e do Nordeste. Entre parênteses, o percentual da Verde sobre a etapa no Nordestão.
Copa Verde 2016 (18 times) Campeão – R$ 275 mil (11%), Paysandu Vice – R$ 145 mil (7%), Gama Semifinalista – R$ 95 mil (6%), Remo e Aparecidense Quartas de final – R$ 45 mil (5%), Rio Branco, Nacional, Cuiabá e Vila Nova Primeira fase (oitavas) – R$ 15 mil (3%) Total: R$ 910.000* (6%) * Exceto para os eliminados na fase preliminar
Copa do Nordeste 2016 (20 clubes) Campeão – R$ 2,385 milhões, Santa Cruz Vice – R$ 1,885 milhão, Campinense Semifinalista – R$ 1,385 milhão, Bahia e Sport Quartas de final – R$ 935 mil, Ceará, Fortaleza, CRB e Salgueiro Primeira fase (grupos) – R$ 505 mil* Total: R$ 14.820.000 * Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
Quais são os maiores clubes do Nordeste? Para responder a pergunta é preciso definir um recorte, naturalmente. Vamos lá, enumere sete. Para o tal G7 algum time tomaria o lugar na lista acima? Bahia e Vitória, Náutico, Santa Cruz e Sport, Ceará e Fortaleza. Os clubes mais populares da região, representantes dos três maiores centros de futebol, Salvador, Recife e Fortaleza. Donos de 11 dos 13 títulos regionais e com os melhores resultados nacionais, com histórico de disputa de títulos e eventuais conquistas. A tudo isso, considere também as maiores receitas, com o maior potencial de investimento técnico. Em 2015, os sete balanços somaram uma receita operacional de R$ 311 milhões.
Demorou, mas os dirigentes dos sete times se reuniram para uma demanda em bloco, fazendo valer a força de um nicho superior a 13 milhões de torcedores, segundo pesquisa do Ibope de 2014. Em um hotel no Recife, sem alarde, ocorreu um encontro com Arnaldo Barros (vice do Sport), Constantino Júnior (vice do Santa), Kleber Medeiros (vice de marketing do Náutico), Marcelo Sant’Ana (presidente do Bahia), Manoel Matos (vice do Vitória), Evandro Leitão (ex-presidente do Ceará) e Ênio Mourão (vice do Fortaleza).
A reunião não definiu um grupo à parte, como o Clube dos 13, com os times ainda representados pela Liga do Nordeste. O objetivo era propor. Conforme já comentado na imprensa, ocorreu uma articulação para reformular a Copa do Nordeste a partir de 2018. Vários modelos foram especulados, um deles considerando até uma segunda divisão. Ao podcast 45 minutos, Tininho comentou sobre o formato analisado, reforçando a ideia de expansão divisional:
Como é o Nordestão 20 clubes, com cinco grupos de quatro, quartas, semi e final (12 datas)
Como quer o G7 12 clubes, com turno único, semifinal e final (15 datas)
Nota-se um grupo formado por sete clubes querendo enxugar a competição para doze participantes. Logo, apenas cinco vagas ficariam “abertas” aos demais times da região. Ao menos numa primeira edição, composta através de um ranking histórico. Depois, normalizando, teria acesso e descenso anualmente.
O próprio grupo entende que a proposta, repassada à liga, pode ser rechaçada pela CBF, mas já aguarda a contraproposta para firmar uma composição. Questionado se essa postura, a la G12, não daria uma cara de “Copa União”, o dirigente reconheceu a semelhança, mas tratou de indicar a convergência para um critério técnico. O qual poderá englobar os sete maiores times nordestinos…
Menos de 24 horas após a decisão estadual, os técnicos de Santa e Sport já estavam reunidos no Rio, na sede da CBF. Milton Mendes e Oswaldo de Oliveira chegaram juntos ao 2º Encontro de Técnicos da Série A, com a presença da maioria dos participantes de 2016, como Muricy Ramalho (Fla), Levir Culpi (Flu), Tite (Corinthians), Dorival Júnior (Santos) e Eduardo Baptista (Ponte).
Além do debate sobre novas práticas, táticas e demandas dos treinadores, o encontro serve também para “virar a chave” dos torneios estaduais. Campeão nordestino e pernambucano, recuperando o tricolor nas duas frentes, Milton tem, agora, o seu maior desafio no clube, com o piso das cotas de tevê em um torneio longo, muito mais técnico. Deve ter até oito reforços, incluindo um de peso, bancado pelo patrocinador. Quanto a Oswaldo, que comandou rubro-negro apenas na decisão local, o trabalho vai na remontagem do time, após o caminhão de contratações infundadas em janeiro. A seu favor, poderá contar com Diego Souza, que voltou após o prazo de inscrições do estadual.
Lá na confederação, uma reunião aberta aos vinte da elite e aos quatro últimos rebaixados. Como na primeira edição, que resultou na padronização dos campos (105m x 68m), o dia contou com mesas redondas e palestras, uma delas proferida por Dunga. Até aí, ok. Contudo, com a rápida rotatividade da função, vale registrar a reunião e compará-la ao desfecho do Brasileirão.
De preferência, com Milton e Oswaldo cumprindo seus objetivos…
Se existe uma música que se confunde com um campeonato, sem dúvida alguma, é o hino da Champions League, presente na abertura de qualquer jogo do torneio europeu. A música, cantada em inglês, francês e alemão, é uma adaptação de Tony Britten com a Orquestra Filarmônica Real, da Inglaterra, em 1992, inspirada no hino de coração “Zadok, o Padre”, de George Handel. Pois é, inspirado nesse sucesso absoluto, a CBF resolveu adotar a ideia no Campeonato Brasileiro, que agora tem uma música oficial.
A canção, composta por Marquinhos Osócio, mistura percussão, violinos e saxofones. Se a música vai se popularizar, só o tempo dirá. Apresentada no lançamento oficial da Série A de 2016, em São Paulo, com direito a Ricardo Rocha representando o Santa e Carlinhos Bala o Sport, a música tema irá marcar o protocolo de todas as 380 partidas da competição, como ocorre na Liga dos Campeões. Abaixo, assista ao clipe oficial da música.
O que você achou da música tema do Brasileirão?
Chegou a hora Esse é o nosso momento De mostrar toda nossa ousadia No campeonato mais disputado do mundo Com garra, paixão e alegria Força e raça, com a bola no pé São os frutos dessa nossa arte Despertando em cada coração O sonho vivo de é campeão Vamos jogar, vamos lutar Vamos em frente A festa vai começar
2x E é pra ferver E é pra ganhar É bola na rede Eu sei que dá Levanta essa taça Agita a torcida Por todo o Brasil
Um recomeço para as ambas as partes. Ao Náutico, que apostou as fichas no Pernambucano, tentando findar um duradouro jejum, e ao próprio Gallo, que após uma passagem nas seleções de base acabou tendo que voltar ao mercado, por baixo. Assim, o técnico desembarca pela terceira vez nos Aflitos, substituindo Dal Pozzo, cuja saída foi mal administrada pela direção. Após a eliminação na semifinal local, o treinador balançou, sendo mantido pelo presidente Marcos Freitas, a contragosto de alguns diretores.
Na terça, Dal Pozzo ainda fez um treino, com a notícia da saída do executivo Alexandre Faria repercutindo à noite. Ao meio-dia da quarta, enfim o comunicado oficial, com a saída dos dois. Três horas depois veio o novo nome, articulado desde a segunda. Indo além dos bastidores, vamos ao trabalho de Gallo.
A sua última passagem foi proveitosa, com o 12º lugar na Série A de 2012 e a vaga na Sula. Montou um ataque consistente, com Kieza. Dois anos antes, foi vice estadual, mas deixou o clube alegando salários atrasados (justo), com a equipe quase despencando à Série C depois. Sem sucesso na CBF – onde era cotado para comandar a Seleção Olímpica -, ainda não voltou a trabalhar no Brasileirão. Ajudar o Timbu a se reerguer será uma autoajuda na carreira.
Alvirrubro, o que você achou da contratação do técnico Alexandre Gallo?
Gallo comandando o Náutico:
2012 (Estadual e Série A) – 42 jogos 15 vitórias 9 empates 18 derrotas
42,8% de aproveitamento
2010 (Estadual e Série B) – 44 jogos 21 vitórias 8 empates 15 derrotas
53,7% de aproveitamento
A CBF divulgou a tabela detalhada sobre as 11 primeiras rodadas da Série A, com locais, horários e transmissões na tevê. Com o Maracanã reservado para os Jogos Olímpicos, o Flamengo segue negociando o seu mando de campo, o que influenciou na estreia do Sport. O jogo entre os rubro-negros será às 16h de um sábado, 14 de maio. Ainda com local “a definir” (deve ser no Mané Garrincha). Já a volta do Santa Cruz à elite, após dez anos, será num horário incomum para o futebol local. Receberá o Vitória às 11h. Por sinal, serão três jogos neste horário no Recife (Sport x Corinthians e Santa x Santos).
O Clássico das Multidões, o primeiro em 15 anos no Brasileirão, acontecerá no Arruda em 1º de junho, às 21h de uma quarta. Será exibido só no pay-per-view.
Confira as 110 partidas já programadas pela confederação, de um total de 380.
A primeira janela de transferências do futebol brasileiro em 2016 foi de 28 de janeiro a 20 de abril, mantendo a ordem das negociações dos últimos anos. Mais jogadores voltando do que saindo e mais receita nos clubes locais do que gasto no exterior. Ainda que a curva de entrada (399) e saída (186) tenha se mantido descendente, os números seguem altos. Ao todo, 585 atletas foram registrados no Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da Fifa, criado em 2011, para cadastrar oficialmente todas as negociações internacionais.
Considerando as últimas três temporadas, nunca se gastou tanto no Brasil, crise econômica à parte. Foram investidos US$ 35 milhões, ou R$ 124 milhões – o Sport colaborou com o processo, sobretudo com as contratações do chileno Mark González e do colombiano Lenis, este por 790 mil dólares, a mais cara do clube. O saldo geral da balança segue positivo devido ao montante oriundo do mercado estrangeiro, US$ 82 milhões (ou R$ 292 mi).
Confira os balanços anuais de transferências internacionais no futebol aqui.
A próxima janela brasileira será de 22 de junho a 21 de julho.
A Copa do Nordeste passaria por um estágio de obervação de 2015 a 2017, com a presença de clubes do Piauí e do Maranhão, finalmente inseridos no torneio. A condição de “ouvintes” se refletia nas finanças, sem cotas na primeira fase. Somente a partir das quartas os clubes dos dois estados receberiam as verbas acordadas. Conforme dito pela Liga do Nordeste na época, após o triênio haveria uma avaliação dos resultados técnico e econômico com os novos participantes. Logo, 2018 poderia marcar um novo Nordestão, inclusive com a projeção de outra ampliação. Ao que parece, a mudança é muito mais drástica, enxugando a competição de 20 para 16 times. Trata-se de uma disputa entre as federações mais fortes (Bahia, Ceará e Pernambuco) e os sete clubes mais populares (Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza, Náutico, Santa e Sport). Clubes dos 7?!
Enquanto as entidades brigam por mais datas nos campeonatos estaduais, hoje numa clara condição de coadjuvantes, os times almejam um regional ainda mais rentável, sem espaço para surpresas. Neste caso, entende-se a recorrente ausência dos grandes, perdendo as vagas em campanhas ruins no Estadual – Náutico, Santa, Vitória, Fortaleza e, agora, Ceará, passaram por isso.
Inicialmente, a ideia seria implantar uma classificação via ranking – no caso dos clubes, essa ideia seria apenas a ponte para uma reforma maior, com participantes fixos (detalhes abaixo). A federações também alegam um melhor nível técnico com menos jogos, com uma consequente melhor distribuição das receitas. Difícil é não relacionar isso ao aumento dos respectivos campeonatos, a fonte absoluta de receita das federações. O Pernambucano, por exemplo, só tem 14 datas, e a taxa sobre as rendas dos jogos é de 8%.
Outro entrave para o enxugamento passa no vigente acordo judicial (Liga/CBF), com a garantia de dez edições da Lampions (até 2022) e contrato de tevê assinado pelo mesmo período. Com a receita crescente – de R$ 5,6 milhões em 2013 para R$ 14,8 milhões em 2016 -, qualquer mudança redutiva torna-se arriscada sobre o acordo nos tribunais. Ainda mais se passar pela grade de transmissão, até 25% menor. Como aumentar o faturamento com uma exposição menor? Em tese, a aposta dos articuladores é baseada na presença dos maiores clubes, com mais clássicos regionais, em vez de partidas sem tanto apelo. O que não pode ficar de fora é a execução de um justo critério técnico, para que o tal Clube dos 7 não lembre os ideais do Clube dos 13…
Vamos aos possíveis modelos trabalhados nos bastidores:
Copa do Nordeste, como é hoje… 20 clubes, oriundos dos estaduais (3 vagas para PE e BA e 2 para os demais) 5 grupos de 4 times Os cinco líderes e os três melhores vice-líderes avançam às quartas Quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta 12 datas
74 jogos (14 no mata-mata, 18%)
Obs 1. Se falou até em uma reformulação já em 2017, mas não há base legal, pois as vinte vagas do torneio já foram asseguradas via estaduais de 2016.
Copa do Nordeste, como as federações querem em 2018 16 times, com nove campeões estaduais e sete via Ranking da CBF 4 grupos de 4 times Os dois melhores de cada chave avançam às quartas Quartas de final, semifinal e final em jogos únicos 9 datas
55 jogos (7 no mata-mata, 12%)
Obs 2. O formato seria permanente, mantendo os campeonatos estaduais como torneios de acesso ao regional, sem nenhuma participação fixa.
Copa do Nordeste, como os sete maiores clubes querem em 2018 16 times, com nove campeões estaduais e sete via Ranking da CBF 4 grupos de 4 times Os dois melhores de cada chave avançam às quartas Quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta 12 datas
62 jogos (14 no mata-mata, 22%)
Obs 3. A edição de 2018 seria uma transição para compor o torneio da nova fase, a partir de 2019, com a mesma fórmula, mas com a participação via acesso/rebaixamento com uma segunda divisão, esta formada pelos estaduais.
Na visão do blog, os dois modelos especulados reduzem a importância do Nordestão, em calendário e mérito esportivo. A proposta dos clubes para 2018, sem a participação fixa, parece a melhor, desde que se mantenha assim. Ao jornal O Povo, o presidente da federação cearense de futebol, Mauro Carmélio, confirmou a articulação, inclusive junto à CBF e à Liga do Nordeste. Ao Diario de Pernambuco, o mandatário da federação pernambucana, Evandro Carvalho, se esquivou do assunto e disse que somente depois do regional de 2016 o futuro regulamento será discutido. Para entender melhor esse posicionamento, é preciso dizer que o dirigente vem participando do Grupo de Reformas da CBF.
Você concorda com a possível mudança? Qual é a melhor proposta?
De forma quase secreta, a premiação do Nordestão de 2016 dobrou. Agora, o campeão irá ganhar vaga na Copa Sul-Americana de 2016 e 2017. Isso mesmo. Por um ajuste de calendário, como vem ocorrendo com a Série D, classificando os clubes para os dois próximos anos, a CBF também estendeu a mudança à Copa do Nordeste, que a partir de 2017 classificará o vencedor para a Sula do ano seguinte (como já é na Copa Verde), em vez da participação na mesma temporada, como é hoje. Para isso, era preciso indicar logo a vaga de 2017.
O ajuste passou quatro meses despercebido. O site esportivamente.com notou uma sutil mudança no regulamento original, divulgado no site oficial da confederação em 15 de dezembro de 2015. Até ali, o cenário óbvio, com o campeão regional de 2016 disputando a Sula de 2016. Porém, três dias depois a página 17, até então limpa, foi retificada com o ofício DCO/GER-894/15, atualizando o artigo 4º. Um texto mínimo, mas de grande importância, assegurando ao campeão duas vagas seguidas – veja os documentos abaixo.
Como algo tão importante passou tanto tempo à revelia da imprensa, torcida e dos próprios clubes? Ponha na trapalhada da CBF. A direção de competições da entidade esqueceu de trocar os regulamentos na chamada oficial da Lampions no site da CBF. Ou seja, ao abrir o link o leitor se depara com a versão antiga, já em desuso. Agora, Santa e Campinense, que se enfrentam em 27/04 e 01/05, vão jogar por mais R$ 500 mil (cada um já ganhou R$ 1,885 milhão) e duas vagas internacionais de uma só vez… Ambos nunca jogaram. Vale demais.
Confira o link onde é possível ver a divulgação da nova fórmula aqui.
A versão original do regulamento do Nordestão em relação à vaga na Sula
A retificação sobre o regulamento, feita três dias após a divulgação original.
A nova versão do regulamento, dando duas vagas na Sula ao campeão regional.