Copa Sul-Americana garantida até 2018, com ampliação da cota de participação

Painéis da Copa Sul-Americana. Crédito: Fox Sports/youtube

A Copa Sul-Americana de 2015 foi a primeira edição sem um contrato de naming rights desde 2003. Como exemplo, as placas de publicidade, expostas nos estádios do torneio, quase todas preenchidas só com conteúdo institucional da Conmebol. Um reflexo dessa falta de patrocinadores foi o congelamento das cotas aos 47 clubes participantes, com os mesmos valores pagos na temporada passada. Com o enfraquecimento de mercado, se iniciou um debate sobre a continuidade da Sula, carente dos maiores clubes do Brasil, como Corinthians, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro e Inter. 

Entretanto, a Sul-Americana foi confirmada até 2018, com a extensão dos direitos de transmissão ao canal Fox Sports. Com o anúncio da Conmebol, através de nota oficial, haverá a ampliação das cotas nos próximos anos, ainda em dólar. Hoje, o campeão ganha US$ 2,23 milhões. Por fim, será aberta uma licitação dos direitos de 2019 a 2022, incluindo no pacote a Libertadores e a Recopa – outro indicativo da manutenção da disputa no calendário. A notícia tem um impacto direto nos clubes pernambucanos, que têm no torneio uma chance mais clara de disputar um torneio internacional.

Apesar de uma eventual briga por um G4 da Série A, no outro caminho basta não cair no Campeonato Brasileiro, tendo ainda o título da Copa do Nordeste como opção. Não por acaso, nos últimos três anos foram três participações do Sport (2013-2015) e uma do Náutico (2013), com o Santa vislumbrando 2016. Administrar o desgaste físico da equipe entre Brasileiro e Sul-Americana – devido à limitação do elenco, claro – é um passo essencial para valorizar possíveis campanhas no exterior. Ao menos a médio prazo não veremos o processo visto na antecessora, a Copa Conmebol, criada em 1992 e extinta em 1999 pelos mesmos motivos. É bom aproveitar logo as oportunidades…

Nomenclaturas oficiais da Sula
2002 – Copa Sul-Americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-Americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana
2013/2014 – Copa Total Sul-Americana
2015 – Copa Sul-Americana
2016 – Copa Sul-Americana (em negociação)

Participantes
2002 – 21 clubes (nenhum brasileiro)
2003 – 35 clubes (12 times via Brasileiro)
2004 – 35 clubes (12 times via Brasileiro)
2005 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2006 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2007 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2008 – 34 clubes (8 times via Brasileiro)
2009 – 31 clubes (8 times via Brasileiro e o atual campeão)
2010 – 39 clubes (8 times via Brasileiro)
2011 – 39 clubes (8 times via Brasileiro)
2012 – 47 clubes (8 times via Brasileiro)
2013 – 47 clubes (8 times via Brasileiro e o atual campeão)
2014 – 47 clubes (7 times via Brasileiro e 1 do Nordestão)
2015 – 47 clubes (6 times via Brasileiro, 1 do Nordestão e 1 da Copa Verde)
2016 – 47 clubes (6 times via Brasileiro, 1 do Nordestão e 1 da Copa Verde)

Evandro Carvalho garante jogo da Seleção Brasileira na Arena até 2016

Evandro Carvalho chefiando a delegação da Seleção Brasileira no Superclássico das Américas de 2014. Foto: Fifa/twitter

A CBF divulgou em 13 de agosto os locais das duas primeiras partidas da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2018. A entidade escolheu Fortaleza (Castelão) e Salvador (Fonte Nova), deixando a FPF numa saia justa, uma vez que o presidente Evandro Carvalho apostava no estado como subsede. No entanto, o dirigente garante que haverá um jogo do Brasil por aqui até o fim de 2016. Ou pelas Eliminatórias, cuja tabela segue em formação, ou em algum amistoso. Neste caso, faria parte do Brazil Global Tour, como é chamado o giro da Canarinha pelo mundo. A informação foi repassada ao blog pelo próprio Evandro, durante a passagem em Natal, no lançamento do Nordestão.

Presidente, como você reagiu ao anúncio de que Fortaleza e Salvador seriam os primeiros palcos das Eliminatórias, no lugar do Recife?
“Normal. São nove jogos (no Brasil) e ainda tem tempo para colocar outras cidades. Em breve, Marco Polo Del Nero (presidente da CBF) virá ao Recife para confirmar um jogo aqui (em 12 de julho de 2012, o então mandatário José Maria Marin anunciou uma partida no Palácio do Campo das Princesas)”.

Qual seria o adversário em Pernambuco? E a data, já tem algum prazo?
“Primeiro, precisamos saber se será pelas Eliminatórias. Sei que será um jogo da seleção principal, de acordo com o calendário da CBF. Deve ser no ano que vem, provavelmente”.

Se for um amistoso, há risco de não ser ‘Data Fifa’, como em 2012, numa segunda-feira? Na ocasião, veio o time reserva da China…
“Ali, a data não importou, e sim o adversário. A China é um dos países que mais exporta para o estado. Era interessante fortalecer a relação comercial, num grande trabalho do governador Eduardo Campos (o blog comentou isso na época, veja aqui)”.

A última partida da Seleção no estado aconteceu no Arruda. Com a Arena Pernambuco funcionando, existe alguma dúvida sobre o local?
“Será na Arena Pernambuco, até porque a empresa que gerencia os jogos da Seleção (ISE, uma companhia árabe que comprou os direitos até 2021) exige um ‘padrão arena’ nas partidas. E a Arena é um equipamento do estado”.  

Jogos da Seleção Brasileira em Pernambuco: 5 na Avenida Malaquias (1934), 2 na Ilha do Retiro (1956 e 1969) e 10 no Arruda (de 1978 a 2012).

O necessário intercâmbio do Huracán para o cenário internacional no Recife

Delegação do Huracán recebida por representantes do governo de Pernambuco em 2015. Foto: Emiliano Villa/Huracán

Pela primeira vez o Huracán vem ao Recife. Atual campeão da Copa Argentina, o time desembarcou no Aeroporto dos Guararapes para enfrentar o Sport nas oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2015. Apesar da curta estadia, a delegação se mostrou surpresa com a recepção. Começou com as lembranças por parte da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, no hotel da delegação, em Boa Viagem. No dia seguinte, a delegação chefiada pelo diretor de futebol do Globo, Fernando Salces, foi recepcionada no Arruda pelo vice-presidente do Santa, Constantino Júnior, que cedeu o Arruda para o treino.

E olhe que o Náutico também liberou o seu centro de treinamento, mas a distância até a Guabiraba foi determinante na escolha. Ou seja, ainda que o jogo propriamente dito seja contra os rubro-negros, indiretamente a passagem dos hermanos atingiu outras três frentes, mostrando a importância de partidas internacionais, um cenário ainda raro no futebol local, sobretudo em torneios oficiais. A gentileza foi até reconhecida na página oficial do Huracán.

Time do Huracán treinando no Arruda, em 2015. Foto: Emiliano Villa/Huracá

“Al llegar a la ciudad fueron recibidos por integrantes del Gobierno de la provincia de Pernambuco y ayuntamiento de Recife quienes entregaron presentes a la delegación. Hoy su máximo rival en la ciudad, Santa Cruz, cedió gentilmente las instalaciones de su estadio para que el conjunto conducido por Eduardo Domínguez entrene por la mañana.” 

Paralelamente a isso, as informações sobre o Huracán, o Recife e o adversário (Sport), chegam aos veículos de Buenos Aires, numa exposição gratuita. Contudo, neste século, esta é apenas a 4ª partida oficial de um clube estrangeiro na capital do estado: LDU (2009), Colo Colo (2009), Libertad (2013) e Huracán (2015), todos contra o Leão, pela Libertadores e Sul-Americana. Número muito baixo, deixando claro o quão importante é a troca de experiências do tipo.

Tininho com diretor do Huracán no Arruda, em 2015. Foto: Emiliano Villa/Huracá

A fase internacional da Copa Sul-Americana 2015

Copa Sul-Americana 2015. Crédito: facebook.com/CopaSudamericanaConmebol

A chamada “fase internacional” da Copa Sul-Americana de 2015 está definida. Após duas fases preliminares, com direito a duelos regionais, restaram 16 clubes. Atual campeão, o River Plate, que desde então também ganhou a Recopa e a Libertadores, já tinha passe livre até as oitavas de final. Finalmente irá estrear, contra a LDU, campeã da Sula em 2009.

Do lado brazuca, quatro clubes seguem na disputa, incluindo o Sport, que despachou o Bahia. Nas oitavas, o Leão irá à Buenos Aires pela primeira vez em sua história, onde enfrentará o Huracán (ida na Ilha do Retiro e volta no El Palacio). Caso avance às quartas de final, ficará entre Buenos Aires (Lanús) ou Montevidéu (Defensor). Numa hipotética semi, pode cruzar com adversários tradicionalíssimos como Independiente ou Olimpia.

Essa é a segunda vez que o Rubro-negro alcança esta etapa do torneio. Em 2013 caiu logo nas oitavas, na disputa contra o Libertad, do Paraguai.

Confira o chaveamento final da Sula numa resolução maior aqui.

Em relação à premiação, eis as cotas pela participação em cada fase:
Fase brasileira: US$ 150 mil
Oitavas: US$ 225 mil
Quartas: US$ 300 mil
Semifinal: US$ 360 mil
Vice: US$ 550 mil
Campeão: US$ 1,2 milhão

Técnica e financeiramente, a Copa Sul-Americana mostra o seu valor…

Estreante na Argentina, o Sport vai ao palco do filme O segredo dos seus olhos

Estádio Tomás Ducó, do Huracán, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O Sport jogará em uma das canchas mais tradicionais de Buenos Aires. O duelo no Tomás Adolfo Ducó, contra o Club Atlético Huracán, ocorrerá na partida de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2015. O adversário leonino, conhecido como Globo, eliminou o também argentino Tigre e é o dono do imponente El Palacio, uma construção de 1949 que pode abrigar até 48.314 torcedores, com uma fachada que justifica o apelido.

Por mais que o Huracán tenha passado um bom tempo fora dos holofotes, o último dos seus cinco títulos nacionais foi em 1973, curiosamente em 16 de setembro, é possível que você já tenha visto o estádio na telona. Basta apreciar o cinema portenho. Em 2009, durante três dias e três noites, o palco de nº 2.570 na Avenida Amancio Alcorta, no obscuro bairro de Parque Patrícios, ficou sob os cuidados do renomado diretor Juan José Campanella, produzindo o seu oitavo filme. Tudo para gravar a antológica cena de O segredo dos seus olhos, que ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte.

No longa-metragem, a história ocorre em 1975, no clássico Huracán x Racing. Do céu, a abordo de um helicóptero, até a perseguição nos corredores do Palácio, uma elogiada sequência sem cortes. Em 2011, durante a cobertura da Copa América, tive o prazer de conhecer o estádio e gravar o vídeo abaixo.

Estádio Tomás Ducó, do Huracán, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O “prazer” foi basicamente pela visita, pois o traslado não é dos mais simples, com o palco fincado bem depois da última estação de metrô da linha H, numa região pouco movimentada, com várias fábricas e um clima não muito propício ao turismo. Daí, a surpresa da secretária do estádio, Myriam Santillan, com a minha presença. Creditada no filme, ela liberou o acesso ao “set” sem qualquer empecilho e relatou o repentino interesse de brasileiros.

“Desde que saiu o filme, brasileiros começaram a aparecer aqui, sempre perguntando sobre o local exato da gravação (a arquibancada “popular visitante”, na foto acima). Quase todos vêm de La Boca (onde fica a La Bombonera) e só nos visitam por causa do ‘Segredo’. Campanella deixou algo bom aqui.”

Cinema à parte, vale dizer que o Huracán seria o vice-campeão argentino de 1975, dois anos após a sua única conquista na era profissional. Por sinal, aquele time histórico de 1973 foi dirigido por César Luis Menotti , que cinco anos depois comandaria a Argentina em sua primeira Copa do Mundo. Na época da gravação abaixo, o clube acabara de ser rebaixado. Pois o Huracán retornou à elite e já ergueu a Copa Argentina de 2014. Se a sua torcida vem ganhando motivos para frequentar a arquibancada, a visitação brasileira também tende a aumentar…

Com emoção até o fim, Sport goleia o Bahia e vai pela primeira vez à Argentina

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

No futuro, o placar da partida talvez tire a tensão do jogo, da emoção nos minutos finais a cada bola disputada na Ilha do Retiro, com quase todo mundo em pé, tentando empurrar um time que não cansava de lutar. Aí, quem sabe, alguém lembre de ver algo básico, a ficha técnica. Lá, o clássico nordestino começará a ser desvendado, com o 1 x 1 até os 33 minutos do segundo tempo, em um mata-mata no qual o adversário havia vencido pelo score mínimo em Salvador, indo à loucura com o gol marcado no Recife.

E o gol de Maxi Biancucchi só não mandou todo mundo de vermelho e preto para a casa antes da madrugada porque os pernambucanos eram bem superiores. Para comprovar isso, lá na frente, basta acessar ao Youtube ou outra rede social a ser criada até lá e assistir aos melhores momentos. O Sport foi melhor de forma categórica, marcando mais, tocando mais a bola e, acima de tudo, finalizando muito mais, o jogo inteiro. O time da casa chutou nove vezes em direção ao gol, contra apenas um, letal, do visitante indigesto até então. O empate àquela altura, francamente, era um castigo, que boa parte da torcida entendeu. Tal condição pode ser comprovada por quem esteve no estádio.

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas enfim veio a reviravolta da noite. O time de Eduardo Batista partiu pra cima, acuando o tricolor, vendo uma vantagem tão grande sumir. Pela ordem, Hernane Brocador (33), Elber (41) e Brocador (49) de novo, com vaga pra mais. Os gols marcaram uma vitória maiúscula, a primeira em muito tempo contra o Baêa, diminuindo o péssimo retrospecto. Um resultado que apaga o rendimento na Fonte Nova, que era mesmo para esquecer.

O importante torneio internacional – que hoje, no “presente”, não sabemos até onde o time irá, claro – desta vez recebeu em campo a disposição tão cobrada por quem faz o clube, a sua torcida. Classificado às oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Sport carimbou o passaporte para ir à Buenos Aires pela primeira vez. Foi difícil, foi festejado, foi com o corazón. E o 4 x 1, no fim das contas, para a história, só deixa esse capítulo ainda melhor…

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Em estreia vexatória, Sport perde do Bahia na Sul-Americana sem chutar a gol

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Bahia 1x0 Sport. Foto: Raul Spinassé/Ag. A Tarde

A postura do Sport na Fonte Nova foi vergonhosa do começo ao fim, fazendo justiça ao discurso blasé de Eduardo Batista sobre a Sul-Americana. Outrora apontado como consequência positiva da última campanha na Série A, a copa internacional foi vista agora como um “desgaste” na agenda do time, na briga pelo G4 em 2015. Uma análise superficial, à parte do que diz a tabela da Sula. Começando pela curta viagem a Salvador, de 50 minutos. Lá, o Leão entrou em campo com cinco reservas. A defesa até foi a titular, mas do meio pra frente foram várias modificações e improvisações, com Ronaldo na cabeça de área, longe de ter uma saída de jogo eficiente, Elber armando (Régis, o suplente imediato do poupado Diego Souza, foi preterido) e Maikon Leite sem ritmo.

O time pernambucano foi engolido pelo misto do Bahia, com domínio no primeiro tempo. O Tricolor passou longe de uma atuação exuberante, mas jogou nos erros do adversário e pressionou bastante. Merecia ter ido para o intervalo com três gols, mas ficou no 1 x 0, com Biancucchi – após recuo mal feito de Samuel Xavier. Pior para Magrão, acuado em seu retorno, com o recorde de 571 jogos pelo clube. A única substituição na parada não foi para corrigir o meio-campo, mas para colocar André ao lado do Brocador, ambos isolados. Depois, quando Régis enfim entrou, André parecia um meia. A cara de um time desordenado.

A apatia foi tanta que uma estatística resume a estreia leonina na Sula. Em 9 jogos na Série A como visitante, o Sport balançou as redes em 8. Já contra o Bahia foi incapaz de chutar uma bola na barra! Obviamente, não havia mesmo como empatar. Por sinal, esta foi a 6ª derrota seguida do Rubro-negro na competição, desde 2013: Náutico (1), Libertad (2), Vitória (2) e Bahia (1). E o time que desistiu da Copa do Brasil para jogar a Sul-Americana, parece agora querer desistir da Sul-Americana para jogar só o Brasileiro. Nesse discurso truncado, o time foi junto. Dentro de uma semana, a partida de volta na Ilha, numa noite de incertezas, dentro e fora de campo.

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Bahia 1x0 Sport. Foto: twitter.com/CONMEBOL_CSF

A numeração oficial do Sport na Sul-Americana 2015, do 1 ao 30

Numeração oficial do Sport na Copa Sul-Americana 2015. Crédito: Conmebol

A Conmebol publicou em seu site a relação oficial de jogadores inscritos pelo Sport para a Copa Sul-americana de 2015. Cada clube pode inscrever até 30 atletas no torneio internacional. E o Leão larga com os 30 nomes inscritos, sem nenhuma grande surpresa na lista. Uma curiosidade no torneio internacional está na numeração, sem espaço para qualquer número marketeiro. Nada de Diego Souza 87 ou André 90, por exemplo.

O regulamento da Sula adota numeração fixa de 1 a 30. No caso, os dois rubro-negros citados vão vestir as camisas 30 e 28. Outros jogadores seguem com seus números clássicos, como Magrão (1) e Durval (4) e Brocador (9).

A numeração será exclusiva no torneio, a princípio em agosto, nos dias 19 em Salvador e 26 no Recife, contra o Bahia. Dá pra ir mais longe…?

As cotas congeladas da Sul-Americana, evoluindo de 2013 a 2015 através do dólar

Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Escorada na crise econômica, a Conmebol congelou todas as premiações de seus principais torneios interclubes. A Taça Libertadores e a Sul-Americana tiveram as mesmas cotas em 2014 e 2015. A diferença nesta temporada é a cotação da moeda, uma vez que a conferação paga em dólar. Fica claro que a nova edição da Sula, mesmo sem mudanças na moeda norte-americana, até que apareça um investidor, tem a avaliação mais alta em relação ao real.

Caso um time brasileiro seja campeão, largando a partir da 2ª fase (fase brasileira), irá receber 2,2 milhões de dólares. Em 2014 isso representou R$ 4,9 mi. Em 2015, com a delicada situação econômica, a conversão dá R$ 7,8 milhões, num aumento (em reais) de 58%. A polêmica quanto ao aumento absoluto do prêmio se deve à ausência de um patrocinador. Criado em 2002, o torneio só não teve um acordo de naming rights na pioneira edição. Após dois anos, a companhia francesa de petróleo Total ainda não firmou a renovação.

2002 – Copa Sul-Americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-Americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana
2013/2014 – Copa Total Sul-Americana

O regulamento oficial de 2015 não trata de valores. No capítulo XII, sobre direitos comerciais, há o seguinte trecho: “Da exploração dos direitos de patrocínio do torneio, cada clube receberá uma quantia determinada pela Conmebol, segundo os jogos em que atue como mandante e dependendo da fase que alcance. O pagamento dos prêmios será efeturado sempre que o clube cumprir com as obrigações contidas no Manuel Técnico: Direitos de Patrocínios”.

Vale lembrar que o Sport, presente na Sula pela terceira vez consecutiva, saiu da Copa do Brasil com R$ 1,33 milhão em cotas pela campanha até a terceira fase, o máximo possível para ir ao vigente torneio internacional.

As cotas da Copa Sul-Americana desde a primeira participação pernambucana:

2015 (US$ 1 = R$ 3,53)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 530 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 795 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 1,06 milhão)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 1,272 milhão)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,943 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 4,241 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2015: US$ 2,235 milhões (R$ 7.898.000)

2014 (US$ 1 = R$ 2,23)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 334,5 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 501,7 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 669 mil)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 802,8 mil)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,226 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 2,676 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2014: US$ 2,235 milhões (R$ 4.984.050)
Cota final do Sport: R$ 334,5 mil

2013 (US$ 1 = R$ 2,44)
Fase brasileira: US$ 100 mil (R$ 244 mil)
Oitavas: US$ 140 mil (R$ 342 mil)
Quartas: US$ 180 mil (R$ 439 mil)
Semifinal: US$ 220 mil (R$ 537 mil)
Vice: US$ 300 mil (R$ 732 mil)
Campeão: US$ 600 mil (R$ 1,464 milhão)

Total para o campeão da Sula de 2013: US$ 1,24 milhão (R$ 3.025.600)
Cota final do Sport: R$ 586 mil
Cota final do Náutico: R$ 244 mil

As premiações máximas a partir da definição das vagas brasileiras na Sula:

2015
Copa do Brasil – R$ 6.510.000*
Sul-Americana – R$ 7.898.000 (US$ 2,235 milhões)**
Em 06/08, o dólar foi avaliado em R$ 3,53

2014
Copa do Brasil – R$ 5.120.000*
Sul-Americana – R$ 4.984.050 (US$ 2,235 milhões)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,23.

2013
Copa do Brasil – R$ 5.000.000*
Sul-Americana – R$ 3.025.600 (US$ 1,24 milhão)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,44.

* Contando as cotas somente a partir das oitavas de final da Copa do Brasil.
** A soma das premiações a partir da fase brasileira da Sula.

Em 1.501 dias, o River Plate foi do rebaixamento ao título da Libertadores

Libertadores 2015, final: River Plate 3x0 Tigres. Foto: http://lapaginamillonaria.com

Em 26 de junho de 2011 o River Plate viveu o pior dia de sua centenária história.

O empate em 1 x 1 com o Belgrano, no Monumental de Nuñez, rebaixou o Millonario no campeonato argentino. Incredulidade nos 60 mil hinchas, testemunhas do desastre. Quatro anos depois, com alegria, o gigante de concreto recebeu 62 mil pessoas. Certamente, muitos estiveram nos dois jogos.

Numa campanha improvável, na qual chegou a ter apenas três pontos a uma rodada do fim da fase de grupos, o River conquistou a Taça Libertadores pela terceira vez. O feito alcançado com o 3 x 0 sobre o Tigres, num campo pesado, foi além do renascimento futebolístico de um gigante das Américas.

O River Plate unificou os títulos da Conmebol. Neste 5 de agosto, tornou-se detentor da Libertadores (2015), Recopa (2015) e Sul-Americana (2014).

Aquele mesmo clube rebaixado à segunda divisão 1.501 dias atrás…

E que mais alguns dias à frente irá ao Japão, rumo ao Mundial.

Curiosidade: O São Paulo é o recordista de títulos internacionais num ano. Em 1993, ganhou Libertadores, Recopa e as extintas Supercopa e Intercontinental.

Libertadores 2015, final: River Plate 3x0 Tigres. Foto: http://lapaginamillonaria.com