Como seria a Cacareco dos Sonhos? Um time repleto de jogadores da Seleção

Cacareco dos Sonhos, "titular" e "reserva". Arte: Joelson Né da Silva/divulgação

Cacareco foi o apelido dado pela imprensa do Sudeste à seleção pernambucana formada em 1959 para representar o país na Copa América, então chamada de “Campeonato Sul-Americano Extra”. Com o bom desempenho no torneio, terminando em 3º lugar, os pernambucanos adotaram o outrora pejorativo apelido. A partir disso, qual seria a escalação da “Cacareco dos Sonhos”?

Se antes a regra era escalar um time com jogadores presentes nos elencos de Náutico, Santa e Sport, a pergunta agora é baseada na origem de cada atleta. O designer Joelson Né da Silva criou (escalou e desenho) duas seleções (a titular, de azul, e a reserva, de branco, as cores da FPF) com este critério. Ideia iniciada a partir de um debate em São Paulo, onde mora, tratando o atacante Terto como o “melhor jogador produzido pelo futebol pernambucano”. Numa terra com Rivaldo, Ademir e Vavá, obviamente não foi, mas está na lista.

Confira os times, na formação 4-3-3, tendo Gentil Cardoso como técnico. São 22 escolhas possíveis a partir de 1940, o período da pesquisa sobre o futebol local. Apenas cinco não defenderam o Brasil, apesar do sucesso entre clubes.

Titular
Manga; Gena, Ricardo Rocha, Zequinha e Rildo; Givanildo Oliveira, Juninho Pernambucano e Rivaldo; Almir Pernambuquinho, Vavá e Ademir Menezes.

Reserva
Bosco; Carlos Alberto Barbosa, Lula Pereira, Zé do Carmo e Lúcio; Hernanes, Josué e Lula; Terto, Nado e Bita

Confira as equipes em uma resolução melhor aqui.

O blog discorda de algumas escolhas. Com fartura no meio campo, acabou havendo improvisações em outros setores. Zequinha, campeão mundial em 1962, era volante, mas acabou escalado como zagueiro. Idem com Zé do Carmo no segundo quadro. Entre os nomes que não poderiam ter sido esquecidos, o do recifense Tará, o maior artilheiro coral, com 207 gols. Jogou de 1931 a 1942 e depois em 1948. Logo, estaria no contexto.

Aprova a formação? Quais mudanças seriam necessárias?

Para apresentar a Cacareco, Joelson fez um vídeo na Arena Pernambuco.

O desabafo de Rivaldo pelo vazio na camisa 10 da Seleção Brasileira

Os camisas 10 da Seleção Brasileira. Crédito: Rivaldo/instagram (RIVALDOOFICIAL)

O pernambucano Rivaldo foi um dos maiores jogadores a vestir a camisa 10 da Seleção Brasileira após Pelé, e olhe que a concorrência foi grande. Mas os números explicam. O meia-atacante revelado no Santa foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, já no Barça, campeão mundial com a Canarinha em 2002 e autor de 37 gols em 74 jogos em uma década defendendo o país. Com esse retrospecto, o craque desabafou em sua rede social após o empate em 0 x 0 entre Brasil e Equador, na primeira rodada da Copa América de 2016.

O comentário, ilustrado por Rivaldo com a presença de Pelé, Rivelino, Zico, Ronaldinho, Kaká e o próprio, foi iniciado a partir do fato de Lucas Lima, o 10 do time atual, ser banco. Não pelo jogador, mas pelo expressivo número (hoje relegado), que historicamente se traduz como ponto alto da criatividade. Vale lembrar que nesta geração o número cabe a Neymar, que não foi chamado para poder ser utilizado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Ontem, senti uma grande tristeza quando assisti ao jogo do Brasil e vi que o camisa 10 estava no banco de reservas. Antes, esta camisa era uma referência para nossa Seleção. Já que Neymar, o nosso camisa 10, não está na Copa América, a camisa 10 ficou com Lucas Lima, um ótimo jogador, que só teve oportunidade aos 40 minutos do segundo tempo. Na minha opinião, Lucas Lima ou Ganso merecem ter mais oportunidades. Se não tiver um 10 em campo, o primeiro a ser sacrificado vai ser o Jonas, que não vai ter oportunidades de gol porque a bola não chega.”

Concorda com a análise de Rivaldo sobre o atual momento da Seleção?

O exemplo de cidadania de Rivaldo para o verão com a praia limpa em Pernambuco

Rivaldo limpando a praia em 2015. Crédito: Rivaldo/facebook

“Cheguei na minha terra, Pernambuco, e fiquei muito triste quando fui à praia. Encontrei muito lixo na areia. Eu não tive dúvida, fui limpar junto com a minha esposa e amigos que vieram de São Paulo. Precisamos mudar a nossa cabeça, não podemos só esperar pelo governo. A mudança começa em nós.”

Há vários anos o melhor jogador do mundo em 1999 aproveita o verão em sua casa na praia de Maria Farinha. Lá, Rivaldo já recebeu craques para partidas de futevôlei e sempre cultivou o amor pela terrinha, que não diminuiu mesmo com o longo tempo brilhando no exterior, sobretudo no Barcelona.

Mais uma vez aposentado, após marcar um gol pelo Mogi Mirim no mesmo jogo em que o filho balançou as redes, o craque se surpreendeu com a sujeira em frente ao condomínio onde mora, em Paulista. Num ato de cidadania e cobrança legítima ao poder público, o ex-jogador da Seleção Brasileira fez um mutirão com amigos e parentes para limpar um trecho da praia. Numa manhã, com a vassoura nas mãos, encheu sete sacos de lixo.

No dia 26 de dezembro, Rivaldo postou a ação em suas redes sociais. Em apenas um dia foram mais de 25 mil compartilhamentos, com o apoio de muitos torcedores locais. Na sequência, fotografou a mesma praia com um cenário mais adequado e encerrou o assunto com sabedoria:

“A limpeza pode fazer a diferença na vida das pessoas e evitar muitas doenças, principalmente as que estão aparecendo em todo Brasil e principalmente em nosso Pernambuco.”

Rivaldo limpando a praia em 2015. Crédito: Rivaldo/facebook

O futebol relembrado no estilo dos videogames Master System e Nintendo

Master System e Nintendo, os consoles de 8-bits nas décadas de 1980 e 1990

A nostalgia de quem jogou videogame na virada das décadas de 1980 e 1990 passa diretamente pelos consoles Master System e Nintendo, de 8-bits, na chamada “terceira geração”. Antecederam plataformas de sucesso como Mega Drive e Super Nintendo, de 16-bits. O estilo pixelizado dos gráficos contrasta frontalmente com as imagens dos modelos mais modernos, o Playstation 4 e o Xbox One, mas fez parte da história, sobretudo com os cartuchos Super Futebol e Goal!, de apenas 1 mega. A partir disso, o perfil 8bit-Football refez cenas clássicas do futebol. Além de episódios marcantes, três curiosas lembranças pernambucanas: Carlinhos Bala se destacando no Sport no título da Copa do Brasil, o raríssimo feito de Rivaldo e seu filho, balançando as redes no mesmo jogo, e Caça-Rato marcando o gol do acesso com 60 mil pessoas no Arruda.

Confira 16 imagens no estilo 8-bits. Clique no texto azul e veja a foto original.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015.

Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi, os finalistas da Bola de Ouro de 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball

O goleiro Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil de 2015 ao Palmeiras, diante do Santos.

Fernando Prass converte o último pênalti, dando o título da Copa do Brasil 2015 ao Palmeiras em cima do Santos. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Corinthians campeão brasileiro em 2015, com o goleiro Cássio à frente.

Corinthians campeão brasileiro em 2005, com o goleiro Cássio. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho conseguiram pelo Mogi, na Série B de 2015.

Pai e filho marcando gols num mesmo jogo. O craque pernambucano Rivaldo e o filho Rivaldinho, na Série B em 2015. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No empate com a Lazio, também em 2015, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o segundo com uma “selfie”.

No empate com a Lazio, o atacante Totti marcou dois gols, comemorando o seguindo com um "seflie". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

No início de 2015, Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund.

Aubameyang e Marco Reus comemorando como Batman e Robin no Borussia Dortmund. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim.

O gol de cabeça de Flávio Caça-Rato, explodindo o Arruda em 2013, no acesso do Santa Cruz à Série B, contra o Betim. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 2010, Joseph Blatter anuncia o Catar como sede do Mundial de 2022.

Blatter anuncia o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Carlinhos Bala em ação pelo Sport na Copa do Brasil de 2008.

Carlinhos Bala atuando no Sport na Copa do Brasil de 2008. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

A histórica cabeçada do craque francês Zinedine Zidane no italiano Materazzi em plena final da Copa do Mundo de 2006.

A histórica cabeçada de Zidane em Materazzi na final da Copa do Mundo de 2006. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Materazzi, da Internazionale, e Rui Costa, do Milan, no jogo paralisado por causa dos sinalizadores jogados no campo, em 2005.

Materazzi (Inter) e Rui Costa (Milan) no jogo paralisado por causa dos sinalizadores no campo em 2005. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Curva no gol de falta de Roberto Carlos pela Seleção, contra a França, em 1997.

Roberto Carlos marca de falta no jogo entre Brasil x França, em 1997. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa “escorpião”

Em 1995, num amistoso entre Inglaterra e Colômbia, em Londres, o folclórico goleiro Higuita fez a antológica defesa "escorpião". Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

De barriga, Renato Gaúcho deu o título carioca ao Tricolor no Fla-Flu de 1995.

Renato Gaúcho marca de barriga o gol do título carioca do tricolor no Fla-Flu de 1995. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Eric Cantona, astro do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace na Premier League de 1995.

Eric Cantona, do Manchester United, dando uma voadora num torcedor do Crystal Palace. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Taffarel comemora o chute pra fora de Baggio, no tetra do Brasil em 1994.

Festa de Taffarel após o pênalti desperdiçado por Baggio na final do Mundial de 1994. Crédito: 8bitfootball (twitter.com/8bitfootball)

Hernanes, o pernambucano que mais movimentou dinheiro entre clubes

Hernanes acertou com a Juventus em 2015. Foto: Juventus/twitter

O meia Hernanes é o jogador pernambucano que mais movimentou dinheiro entre clubes na história do futebol. Com o acerto na Juventus, por três anos, o atleta chegou a três transações milionárias. Ao todo, US$ 57,1 milhões. Superou um mito, Rivaldo, que também teve três transações de peso, somando 42 milhões. Hernanes foi revelado pelo Unibol, clube-empresa hoje licenciado na FPF, indo sem custo ao São Paulo. De lá, seguiu para a Lazio, depois para a Internazionale e agora chega à Velha Senhora, tudo entre 2010 e 2014.

Usando as ferramentas de cálculos monetários à disposição na web, o blog atualizou os números dos dois jogadores, com as cotações de cada época. Por mais que a moeda utilizada nas transferências de Hernanes tenha sido o euro, o levantando utilizou o dólar para fazer a comparação a Rivaldo, uma vez que na época das transferências do melhor do mundo em 1999 sequer existia o euro – que curiosamente entrou em vigor no ano em que ganhou a Bola de Ouro.

Revelado pelo Santa, Rivaldo foi para o Mogi no fim de 1991. Apesar do valor irrisório na época, a Placar publicou em 1999 que a venda teria sido firmada em 250 mil dólares (carecendo de fontes locais). Teoricamente, Rivaldo movimentou mais dinheiro que Hernanes, mas não entre clubes. Após deixar o Milan, ele passou a ser “livre”, dono dos próprios direitos federativos. Assim, recebeu integralmente no Olympiakos, AEK, Bunyodkor e Kaburscorp, entre 2004 e 2012.

Hernanes
08/2010 – US$ 17.613.000 (R$ 31 milhões), São Paulo/Lazio
01/2014 – US$ 27.234.000 (R$ 64 milhões), Lazio/Internazionale
08/2015 – US$ 12.334.000 (R$ 44,7 milhões), Internazionale/Juventus
Valor absoluto em dólares: 57.181.000
Valor absoluto em reais: 139.700.000

Rivaldo
12/1994 – US$ 2.400.000 (R$ 2.016.000), Mogi Mirim/Palmeiras
07/1996 – US$ 9.000.000 (R$ 9.045.000), Palmeiras/La Coruña
07/1997 – US$ 29.600.000 (R$ 31.672.000), La Coruña/Barcelona
Valor absoluto em dólares: 41.000.000
Valor absoluto em reais: 42.733.000

Apesar da comparação dolarizada, de acordo com a economia mundial, também vale fazer uma análise mais aprofundada no mercado nacional, com a correção da inflação, uma vez que foram seis períodos distintos. De acordo com o índice IGP-DI, em 31/08/2015, a correção seria a seguinte:

Hernanes: R$ 157.156.080
Rivaldo: R$ 174.501.309

Os primeiros contratos inscritos na FPF: Hernanes e Rivaldo.

Gols de Rivaldo e Rivaldo Júnior no mesmo jogo entram para a história

Série B 2015: Mogi Mirim 3x1 Macaé, com gols de Rivaldo e Rivaldo Júnior (2). Foto: LéO SANTOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Rivaldo não cansa de fazer história no futebol. Camisa 10 legítimo, o pernambucano foi eleito o melhor jogador do mundo em 1999, campeão da Copa do Mundo em 2002, brilhando na Ásia, além do amplo destaque enquanto vestiu a camisa do Barcelona. O currículo é extenso. E aos 43 anos o craque escreveu mais um capítulo. Há alguns anos, no Mogi Mirim, onde também exerce a função de presidente, já havia realizado o sonho de atuar ao lado do filho, Rivaldo Júnior, hoje com 20 anos e oriundo da base do clube.

Agora, em 14 de julho de 2015, os dois foram além. Se já era raro pai e filho em campo, com o episódio mais famoso ocorrido em uma partida da seleção da Islândia, em 1996, imagine com ambos marcando gols. Pois aconteceu. No 3 x 1 do Mogi sobre o Macaé, pela Série B, a dupla teve um primeiro tempo primoroso, com dois gols de Rivaldinho, nascido em São Paulo, e um de Rivaldo, natural de Paulista, cobrando pênalti no seu velho estilo.

No intervalo, já com a história escrita, ambos demonstraram plena satisfação.

“Acho que entrei para a história. Já tinha ouvido em pai e filho jogando juntos, mas nunca ouvi de pai e filho fazendo gols em uma partida oficial”, Rivaldo.

“Poucos têm a sorte de ter um campeão do mundo em casa”, Rivaldinho.

É mesmo um cenário inédito no futebol mundial? Certamente, o episódio deu trabalho às redações esportivas, no Brasil e no exterior, com os jornalistas mergulhando nos arquivos para encontrar um caso semelhante. O último encontrado, através do perfil estatístico MisterChip, ocorreu em uma liga amadora da Inglaterra, reconhecida pela Football Association. Em 14 de novembro de 2010, nos arredores de Manchester, Osman e Naeem Sidik marcaram para o Whalley Range, ajudando a equipe a ganhar a liga de Lancashire & Cheshire, uma das bases do campeonato inglês.

Posteriormente, o site Trivela achou mais um registro, na Finlândia, com o soviético Alexei Eremenko (40) e seu filho, Roman Eremenko (17), balançando as redes na vitória do Jaro sobre o Lahti por 2 x 1, pela liga nacional de 2004. Ineditismo à parte, francamente, em caso de comparação a marca de Rivaldo, revelado no Santa Cruz, merece uma consideração bem maior, proporcional ao centro estabelecido, realmente profissional…

Série B 2015: Mogi Mirim 3x1 Macaé, com gols de Rivaldo e Rivaldo Júnior (2). Foto: Mogi Mirim/Facebook

Náutico dá vexame e perde de virada para o lanterna Mogi Mirim, saindo do G4

Série B 2015, 11ª rodada: Mogi Mirim 2x1 Náutico. Foto: Denny Cesare/Código19/Agência O Globo

A campanha do Mogi Mirim era vexatória (ainda é), com três empates e sete derrotas em dez rodadas. Nenhuma vitória. A fragilidade em campo e a falta de apoio fora dele, sempre às moscas, eram indicações claras para o Náutico buscar mais um resultado positivo fora de casa, consolidando sua campanha. Neste contexto, diante do lanterna da Série B, nem o empate. Pois o Timbu chegou a ficar à frente, num gol de de Douglas aos 30 minutos, em sua primeira investida, mas o saldo final foi decepcionante, custando até o lugar no G4.

No apito final, a comemoração pernambucana foi apenas de Rivaldo, de 43 anos. Presidente do Sapão, o melhor do mundo em 1999 se escalou numa tentativa de motivar seus atletas. Fisicamente, estava muito aquém da demanda exigida na Segundona. No segundo tempo, cansou como se esperava, sendo substituído por Gustavo, seu genro (!). Com onze jogadores “efetivos” em campo, o Mogi melhorou e incomodou a meta de Júlio César, ganhando as disputas no meio (63% de posse, segundo o Footstats) e finalizando bastante (21 x 5, no geral). Coube a Serginho, aos 25 e 42 minutos, virar a partida, 2 x 1.

O grupo timbu acusou o golpe, saindo cabisbaixo, com o discurso natural (e correto) de que “ganham todos, perdem todos”. Ao mesmo plantel, vale retomar a pegada já no sábado, no Clássico das Emoções, com mais pressão em campo e fora. Um jogo no qual Lisca terá o desfalque do lateral-esquerdo Gastón, expulso em Mogi. Outro ponto negativo numa noite para esquecer.

Série B 2015, 11ª rodada: Mogi Mirim 2x1 Náutico. Foto: Denny Cesare/Código19/Agência O Globo

Rivaldo, Cafu e Hulk no Recife em eventos baseados na Copa. Sem coincidência, claro

A Copa do Mundo é um vetor fortíssimo para os negócios relacionados ao futebol. Empresas nacionais e multinacionais vêm tentando associar as suas marcas ao evento, direta ou indiretamente. Uma boa maneira é contratar um astro da Seleção Brasileira ou um campeão do mundo…

Em uma semana, três deles passaram no Recife. Todos em eventos distintos.

O atacante Hulk, convocado por Felipão para o Mundial de 2014, o lateral-direito Cafu, recordista de jogos pela Canarinha (149) e campeão em 1994 e 2002, e o meia pernambucano Rivaldo, uma das grandes estrelas do penta.

O trio veio com o pacote completo das ações de marketing: fotos, vídeos e entrevistas.

Rivaldo com a Taça Fifa o Tour da Taça no Recife. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Rivaldo / Coca-Cola (23/05)

Principal nome do evento Tour da Taça, com a apresentação da Taça Fifa aos pernambucanos, com aproximadamente 15 mil visitas no estacionamento do Shopping Recife. Como apenas campeões do mundo ou chefes de estado podem tocar no troféu, coube ao craque colocá-lo na redoma. Posou para a imprensa divulgando a marca da companhia de refrigerantes, claro.

“Já passei em Teresina, Natal e ainda vou para Fortaleza, mas levantar essa taça aqui em Pernambuco, na minha terra, e poder beijá-la, é especial.”

Evento da Vivo com Hulk. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Hulk / Vivo (20/05)

Garoto-propaganda da empresa de telefonia móvel, o atacante do Zenit recebeu fãs numa tarde de autógrafos e fotos com banners da empresa, no Shopping Riomar. Tudo antes da apresentação oficial com os outros 22 convocados da Canarinha, na Granja Comary.

“Quem não queria vez uma final entre Brasil e Argentina. É o maior clássico do mundo. E sem dúvida seria uma final histórica.”

Cafu em evento do Restaurante Week. Foto: Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.

Cafu / Restaurant Week (20/05)

O capitão do pentacampeonato participou do evento, no Tapa de Cuadril, através de uma “permuta”. O festival gastronômico recifense conta com 30 restaurantes envolvidos. A cada R$ 1 pago a mais no menu promocional em todos os locais, o valor irá à Fundação Cafu. Não por acaso, as opções nos cardápios foram batizadas de “Sabores do Brasil”, em homenagem à Copa.

“Espero que as manifestações não atrapalhem o evento, não podemos passar uma imagem ruim, o mundo está vendo o nosso país.”

O reencontro de Rivaldo com a Taça Fifa, bem no Recife

Rivaldo ergue a Taça Fifa ao conquistar a Copa do Mundo de 2002. Crédito: Fifa/Getty

Enfim, o reencontro de Rivaldo com a Taça Fifa. O craque pernambucano foi campeão mundial como uma das estrelas da Seleção Brasileira em 2002.

Na Ásia, marcou cinco gols e ajudou Ronaldo na decisão contra os alemães.

Na festa em Yokohama, também teve o seu momento com a cobiçada peça de 36,8 centímetros, com cinco quilos de ouro 18 quilates.

O meia ergueu o troféu e gritou alto, com orgulho do feito. Doze anos depois, o agora aposentado Rivaldo terá o reencontro com seu maior momento.

O troféu chegará no Recife na sexta-feira, para o tour da taça.

A famosa taça esteve na capital pela última vez em 19 de julho de 1994. Vinte anos depois, retorna com um fortíssimo esquema de segurança. Para se ter ideia, a obra criada pelo artista italiano Silvio Gazzaniga, em 1974, só pode ser tocada por jogadores campeões mundiais e chefes de estado.

Daí, a presença de Rivaldo, que terá a missão de colocar a taça na redoma.

Em Pernambuco, o troféu ficará exposto nos dias 23 e 24 de maio, das 9h às 21h, no estacionamento do Shopping Recife. A expectativa é de 20 mil visitas à Taça Fifa. Apenas uma pessoas terá a taça em suas mãos. Fez por onde…

Hernanes, o 10º pernambucano na Copa do Mundo

Hernanes em ação pela Seleção Brasileira em 2013, contra México (2x0), Itália (2x2), Zâmbia (2x0) e Suíça (0x1). Fotos: Jefferson Bernardes/Vipcom (México), Wander Roberto/Vipcom (Itália), Rafael Ribeiro/CBF (Zâmbia e Suíça)

Hernanes mantém a tradição de Pernambuco na Copa do Mundo.

Pela 7ª vez consecutiva, um jogador nascido no estado defenderá a Seleção Brasileira no Mundial. É assim de forma ininterrupta desde 1990.

O meia recifense de 28 anos é um dos 23 nomes confirmados por Luiz Felipe Scolari para o torneio no país. Fez jus à série de partidas disputadas com a camisa verde e amarela em 2013, nada menos que quinze, sempre com o número 8.

Essas atuações foram paralelas ao desempenho na Internazionale de Milão, contratado junto à Lazio. Sempre de forma versátil, com marcação forte, bom passe e apoio na criação de jogadas.

Ao todo, o “Profeta” já vestiu a camisa do Brasil em 23 oportunidades desde 2008.

Abaixo, em ordem cronológica, a lista completa dos pernambucanos, com a edição disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi ao Mundial atuando no estado.

1 – Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2 – Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3 – Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4 – Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5 – Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6 – Ricardo Rocha, 1990/1994 (zagueiro, Santa Cruz)
7 – Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8 – Juninho Pernambucano, 2006 (meia, Sport)
9 – Josué, 2010 (volante, Porto)
10 – Hernanes, 2014 (meia, Unibol)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Hernanes!

Relembre os primeiros contratos de todos os mundialistas do estado aqui.