Scout internacional para todos os clubes pernambucanos nas Séries A, B, C e D

Scout contratado pela CBF para o futebol brasileiro em 2015

Uma plataforma internacional de scout foi contratada pela CBF para o uso de todos os clubes inscritos nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro. Logo, seis clubes pernambucanos foram contemplados com o sistema elaborado por uma empresa italiana: Sport na A, Náutico e Santa Cruz na B, Salgueiro na C e Central e Serra Talhada na D. Trata-se de uma ferramenta de análise de desempenho técnico e tático para o auxílio na montagem dos elencos.

No mercado desde 2004, a Wyscout enumera os perfis de 273 mil jogadores mundo afora, com mais de 124 mil partidas analisadas em 150 campeonatos diferentes. Ao todo, 80 países entraram no raio de acompanhamento, incluindo o Brasil, naturalmente. O trabalho principal ocorre a partir da cobertura de vídeo, detalhando as atuações de todos os jogadores. Claro, nem todos os torneios possuem registros dos 90 minutos em todas as partidas (vide a Série D). Assim, as fichas de alguns atletas são filtradas, contando com jogos, gols, registro de lesões, idade e histórico de transferências, um ponto importante.

Num scout completo, contudo, há dados como percentual de passes certos, finalizações, assistências, mapa de atuação, tempo em campo e estilo dos gols marcados. Neste caso, as Séries A e B, com os 760 jogos televisionados, cabem perfeitamente. O curioso é que entre os 379 clubes/clientes do Wyscout, pagando mensalidades para obter a planilha, já estavam Náutico e Sport, juntamente a potências como Barcelona, Bayern de Munique, Milan, Manchester United, Boca Juniors e Porto. Agora, adicione até o Serra Talhada…

Scout contratado pela CBF para o futebol brasileiro em 2015

Esvaziada, reunião de técnicos discute impasse de datas no Estadual, 14 ou 18

Reunião com os técnicos para o debate sobre o Campeonato Pernambucano de 2016, na sede da FPF, em 14/07/2015. Foto: FPF/twitter

O objetivo da FPF era promover, em julho, um encontro entre os técnicos dos dez clubes garantidos no Estadual de 2016. Em tese, os outros dois treinadores seriam conhecidos só após a segunda divisão, no segundo semestre. Mas bastava um pouco de atenção para ver que a concepção da ideia foi falha.

Primeiro porque apenas seis clubes estão em atividade, nas Séries A, B, C e D do Brasileiro, com os demais parados, sem um calendário oficial, sem técnicos de fato. E entre os seis clubes com treinadores efetivos, apenas três foram representados no evento na sede da federação, na Boa Vista: Eduardo Batista (Sport), Sérgio China (Salgueiro) e Cícero Monteiro (Serra Talhada).

Martelotte e Lisca até estavam no Recife, mas, corretamente, preferiram comandar os treinos de Santa e Náutico. Já Celso Teixeira, do Central, ficou em Caruaru. Esvaziada, a reunião perdeu bastante peso. Ainda assim, houve o debate sobre a competição, focando formato e estrutura – mesmo que os nomes presentes eventualmente mudem até o início do torneio.

De mais proveitoso, na opinião do blog, a discussão sobre o impasse de datas para o próximo ano, entre 14 e 18. No calendário da CBF de 2015 foram cedidas 19 aos campeonatos estaduais, com um número menor para os estados com torneios regionais (Copa do Nordeste e Copa Verde). A “exceção” foi aplicada no Nordeste (12), no Norte e no Centro-Oeste (ambos com 15). Politicamente, Pernambuco ainda adquiriu mais duas, saltando para 14, mas o pedido para aumentar para 18 em 2016 parece inviável tendo o Nordestão de forma paralela.

Com a preferência dos técnicos (e até dirigentes) pela Copa do Nordeste, parece difícil que essa opinião seja levada em conta neste assunto…

Livros de Carlos Celso com um século de história do Campeonato Pernambucano

Livros com o histórico do Campeonato Pernambucano de 2015. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Disputado desde 1915, o Campeonato Pernambucano chegou a 101 edições em 2015, ano marcado pelo centenário da FPF. Levantando todo o histórico do futebol local no arquivo público, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro completou o ciclo com o terceiro livro sobre a competição.

Com dados de 2001 a 2015, o 21º livro lançado por Carlos Celso traz todos os jogos, públicos, artilheiros, classificações, arbitragem, entre outras curiosidades relacionadas ao Estadual, seguindo o modelo visto nos dois exemplares anteriores, de 1915 a 1970 e de 1971 a 2000. Tive o prazer de ser convidado pelo historiador para fazer o prefácio (íntegra na lista de comentários).

O trabalho, como quase sempre, se deve à paixão de Carlos Celso pela história do nosso futebol, bancando do próprio bolso a publicação de 122 páginas, sem qualquer apoio. Nem mesmo da federação, que alegou um mau momento financeiro após o fim do Todos com a Nota, por parte do governo do estado

A enxuta tiragem, com apenas vinte livros, pode ser ampliada à medida em que os leitores se interessem pelo projeto. Para adquirir o livro (R$ 42), eis o contato do autor: ccelsocordeiro@oi.com.br.

A Carlos Celso, fica a torcida pelo sucesso. Trata-se do maior pesquisador do futebol pernambucano, um verdadeiro banco de dados.

Os 100 anos entre a Liga Sportiva e a Federação Pernambucana de Futebol

Logotipo oficial em homenagem aos 100 anos da FPF. Crédito: divulgação

A Federação Pernambucana de Futebol completou 100 anos de fundação. Há exatamente um século, em 16 de junho 1915, o Diario de Pernambucou publicou o seguinte texto sobre a organização da entidade:

“Hoje, às 18 horas, haverá reunião das comissões representativas dos clubes esportivos desta capital, a fim de discutirem o melhor de organização de uma Liga de Futebol. Pede-se o comparecimento das comissões de todos os clubes à dita reunião, que se efetuará na Estrada de João de Barros, número 19-A”.

A criação vinha se desenhando há alguns anos, após as frustradas tentativas da direção do João de Barros (atual América) com a Liga Pernambucana de Football e a Liga Recifense, em 1912 e 1913, respectivamente.

Aparando as arestas, a bola começou a rolar de forma organizada. Participaram da pioneira reunião os dirigentes do João de Barros, Peres, Flamengo, Santa Cruz e Agros de Socorro. O debate começou logo em relação à escolha do nome. Liga Pernambucana de Esportes e Liga Pernambucana de Esportes Atléticos foram os primeiros postos na mesa. Ambos rejeitados, terminando a noite com o nome “Liga Sportiva Pernambucana “, proposto não por acaso pelo primeiro presidente, Aristheu Accioly Lins. Em 1915, aliás, a presidência passou de mão quatro vezes, seguindo com Alcebíades Braga, Henrique Jacques e Melchior do Amaral. Aquele ano ainda ficaria marcado também pelo primeiro Campeonato Pernambucano, vencido pelo Flamengo do Recife, hoje extinto.

Evolução do logotipo da FPF. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Nesse tempo todo, a federação mudou de nome algumas vezes.

1915 – Liga Sportiva Pernambucana (LSP)
1918 – Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT)
1931 – Federação Pernambucana de Desportos (FPD)
1955 – Federação Pernambucana de Futebol (FPF)

Com a nomenclatura atual, de 60 anos, o distintivo também foi repaginado.

Em relação ao endereço, a última mudança foi em 1952, no local onde seria erguido duas décadas depois o tradicional Palácio dos Esportes, de nº 871 da Rua Dom Bosco, na Boa Vista. Nos bastidores do prédio de vidraça azulada já circularam 93 filiados, entre clubes e ligas municipais. Gente demais fomentando o trabalho da federação, um verdadeiro cartório do futebol, tendo como resultado um patrimônio líquido de R$ 11,5 milhões. Sob o comando de seu 31º presidente, Evandro Carvalho, a FPF organiza a cada ano nove torneios: Pernambucano, Estaduais Sub 23, Sub 20, Sub 17, Sub 15 e Feminino, Campeonato Amador, Copa do Interior e Taça Recife de Comunidades.

Politicamente, a FPF mantém há tempos um diálogo polêmico com os grandes clubes, Náutico, Santa Cruz e Sport. Trata-se de um traço recorrente em outras federações estaduais. Seja por decisões unilaterais, regulamentos esdrúxulos ou o não cumprimento de regras básicas, como o Estatuto do Torcedor, a entidade acabou sendo vista de relance pelos torcedores no estado.

Isso dificilmente mudará a curto prazo, ainda mais com a vigente a luta entre Estadual x Nordestão, na qual o melhor modelo aos times de massa parece em segundo plano para a direção. De toda forma, a FPF, que se confunde com os nomes de Rubem Moreira (1954-1982) e Carlos Alberto Oliveira (1995-2011), se mantém de pé como uma das mais ricas federações do Brasil. Que no segundo século de existência esse poder seja equivalente ao de seus filiados.

Sede da Federação Pernambucana de Futebol. Foto: FPF/divulgação

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2016

Copa do Nordeste 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Os 20 clubes da Copa do Nordeste de 2016 já estão definidos. Após o desfecho do quadrangular final do campeonato paraibano, o Botafogo garantiu a última vaga na 13ª edição do regional, ao terminar como vice estadual, uma vez que o Campinense já havia garantido o título por antecipação. Ao todo, 13 times estiveram entre os participantes do Nordestão passado, vencido de forma invicta pelo Ceará. Serão quatro estreantes, o baiano Juazeirense, o maranhense Imperatriz, o piauiense Flamengo e o sergipano Estanciano.

A fórmula de disputa será a mesma, com cinco grupos de quatro equipes, avançando às quartas de final os cinco líderes e os três melhores segundos colocados. Somando primeira fase e mata-mata, 74 partidas. O sorteio das chaves, com transmissão na tevê, acontecerá em setembro, em Natal, a quarta cidade a receber o evento, após Fortaleza, Salvador e Recife, respectivamente.

Em 2015, a Lampions League teve uma receita de R$ 22.269.796, considerando a bilheteria (R$ 11,12 milhões) e as cotas de participação (R$ 11,14 milhões). Como vem ocorrendo há três edições, a cota deverá aumentar em 2016.

Entre os times tradicionais, as principais ausências são Vitória e Náutico.

Participantes via estadual e campanhas regionais (1994-2015)

Alagoas
CRB (campeão alagoano): 11 participações, com 1 vice
Coruripe (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Bahia
Bahia (campeão baiano): 11 participações, com 2 títulos, 3 vices e 2 semifinais
Vitória da Conquista (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos
Juazeirense (3º lugar): estreante

Ceará
Fortaleza (campeão cearense): 8 participações, com 2 semifinais
Ceará (vice): 11 participações, com 1 título, 1 vice e 2 semifinais

Maranhão
Imperatriz (campeão maranhense): estreante
Sampaio Corrêa (vice): 1 participação, com 1 fase de grupos

Paraíba
Campinense (campeão paraibano): 3 participações, com 1 título
Botafogo (vice): 11 participações, com 1 semifinal

Pernambuco
Santa Cruz (campeão pernambucano): 9 participações, com 2 semifinais
Salgueiro (vice): 2 participações, com 1 quartas de final
Sport (3º lugar): 10 participações, com 3 títulos, 1 vice e 3 semifinais

Piauí
River (campeão piauiense): 1 participação, com 1 fase de grupos
Flamengo (vice): estreante

Rio Grande do Norte
América/RN (campeão potiguar): 12 participações, com 1 título e 2 semifinais
ABC (vice): 10 participações, com 1 vice e 1 semifinal

Sergipe
Confiança (campeão sergipano): 8 participações, com 8 fases de grupos
Estanciano (vice): estreante

Os fornecedores de material esportivo dos 40 clubes das Séries A e B de 2015

Marcas de material esportivo nas Séries A e B de 2015. Crédito: http://www.mantosdofutebol.com.br

Da produção de uniformes com limitação de modelos e distribuição à venda massiva de até cinco padrões refinados por temporada, atrelada às cotas de até R$ 35 milhões anuais, as marcas de material esportivo vêm travando uma disputa ferrenha pelo mercado do futebol brasileiro. Os 40 clubes inscritos nas Séries A e B de 2015 estão divididos entre 13 fornecedoras.

Curiosamente, a marca com mais times é uma fábrica de menor porte, a Kanxa, criada em São Paulo em 1986. São sete agremiações com camisas produzidas pela empresa, mas todas na Série B. Considerando a elite, a disputa é mais uma sequência do clássico mundial Adidas x Nike. Quatro times têm contrato com a marca americana e cinco, incluindo o Sport, com a alemã.

No Brasileirão ainda há uma terceira via, através da Umbro. São cinco times com a estampa inglesa. A Umbro também patrocina o Náutico, único na segundona. Situação inversa vive a Penalty, com três clubes na segunda divisão, incluindo o Santa Cruz, e apenas um na elite, o Cruzeiro. O levantamento foi elaborado pelo site Mantos do Futebol se estende à Série C. Lá, o Salgueiro veste a Rota do Mar, uma empresa local.

As 760 partidas das duas divisões serão transmitidas na televisão. Logo, o alcance da exposição das marcas dependerá da audiência de cada clube…

Marcas das Séries A e B
7 Kanxa, 6 Umbro, 5 Adidas, 4 Nike, 4 Puma, 4 Penalty, 2 Lupo Sport, 2 Kappa, 2 Super Bolla, 1 Under Armour, 1 Fila, 1 Errea e 1 Wilson.

Maiores contratos
R$ 35 milhões/ano – Flamengo (10 anos, até 2022)
R$ 30 milhões/ano – Corinthians (10 anos, até 2015)
R$ 27 milhões/ano – São Paulo (5 anos, até 2019)
R$ 19 milhões/ano – Palmeiras (2 anos, até 2016)

Nordestão com 7,8 mil pessoas no estádio e mais 1,65 milhão de torcedores na TV

Nordestão 2015, final no Castelão: Ceará 2x1 Bahia. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

Paralelamente à média de 7.818 pagantes, a maior entre os torneios do país no primeiro semestre, a audiência televisiva da Copa do Nordeste de 2015 registrou um leve aumento sobre a edição anterior, apesar da restrição de sinal no país.

Considerando os dados projetados a partir do Ibope Parabólicas, cresceram as médias de audiência (3,1%) e de pessoas sintonizadas na televisão (2,4%), via Esporte Interativo, detentor dos direitos na tevê paga, aberta (parabólicas) e plataformas digitais (modelo não computado na audiência). O aumento também foi absoluto, pois neste ano foram 74 partidas, contra 62 do ano passado.

Na tabela geral, cada jogo teve um alcance na televisão de 1.650.000 pessoas. Nas duas finais, entre Ceará e Bahia, com 100 mil torcedores presentes no Castelão e na Fonte Nova, o número na telinha subiu para 5,4 milhões. Isso corresponde ao telespectador que em algum momento dos 180 minutos das partidas sintonizou no canal. Levando em conta o total de pessoas ligadas simultaneamente, a decisão regional chegou a reunir 934 mil telespectadores.

2015
Audiência média: 1,65 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 323.576

2014
Audiência média: 1,60 milhão
Pessoas sintonizadas por minuto: 315.987

Em todo o Brasil, mais de 20 milhões de pessoas viram o Nordestão através do EI, fora celulares e tablets. Em 2014 o alcance geral chegou a 19,4 milhões.

Além deste quadro, a Lampions League também foi transmitida em sinal aberto tradicional nas afiliadas da Globo. A título de comparação, com a Globo Nordeste, o Campeonato Pernambucan tem um audiência média de 696 mil telespectadores de acordo com o Ibope Media Workstation.

Portanto, sobre a transmissão da Copa do Nordeste vale destacar que a exibição fechada alcança apenas 20% dos assinantes do país – fora as parabólicas, naturalmente – e que não há sinal aberto para fora da região. Ou seja, ainda há bastante mercado pela frente…

Nordestão 2015, final no Castelão: Bahia 0x1 Ceará. Crédito: Esporte Interativo/youtube/reproduçã

Os logotipos oficiais do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2015

Logotipo do Brasileirão de 2015. Imagem: CBF/divulgação

Pela 9ª vez, o Campeonato Brasileiro terá um nome atrelado a uma empresa, através de um contrato de naming rights. A diretoria de marketing da CBF apresentou o logotipo da Série A de 2015, com traços do novo troféu, instituído na edição anterior, e com o nome da montadora responsável pelo patrocínio da competição, a Chevrolet. O contrato, aliás, tem duração de quatro anos.

A marca da empresa estará presente nos 380 jogos da competição, incluindo os 19 do Sport como mandante, sendo 12 na Ilha e 7 na Arena Pernambuco.

O contrato anterior, com a Petrobrás, era de R$ 18 milhões/ano. Agora, o acordo subiu para R$ 21 milhões por temporada. O outro torneio nacional de elite organizado pela CBF, a Copa do Brasil, teve o seu nome foi negociado pela 7ª edição seguida. Nos dois casos, os nomes ainda não têm tanto apelo junto às torcidas do país. Nem na imprensa. Há chance de reverter o quadro?

Enquanto isso, na Inglaterra, o Barclays Bank patrocina cada edição da Premier League por 50 milhões de euros (R$ 172 mil), com direito à imagem da empresa nos vídeos de abertura das transmissões oficiais dos jogos.

Campeonato Brasileiro
Visa (2002)
Nestlé (2005)
Petrobrás (2009-2013)
Chevrolet (2014-2017)

Copa do Brasil
Kia (2009-2012)
Perdigão (2013)
Sadia (2014-2015)

Logotipo oficial da Copa do Brasil 2015

 

O selfie tricolor para o título de 2015

Charge do Santa Cruz campeão pernambucano de 2015. Arte: Samuca/DP/D.A Press

Uma imagem marcante no Arruda, após a conquista coral sobre o Salgueiro, foi a quantidade de câmeras registrando o feito do Santa Cruz, com os flashes iluminando a arquibancada. Na base do selfie, rubro-negros e alvirrubros tiveram que aguentar a gozação sobre o título de 2015. E o Carcará também, claro.

A charge é de Samuca, do Diario de Pernambuco.

Tricolor campeão estadual no campo e nas arquibancadas em 2015

Pernambucano 2015, final: Santa Cruz 1x0 Salgueiro. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Os 46.370 torcedores presentes na finalíssima no Arruda credenciaram o Santa Cruz a mais uma liderança no campeonato das multidões. O clube terminou com uma média superior a 20 mil espectadores, mesma situação ocorrida durante o recente tricampeonato estadual. Por sinal, esta foi a sexta vez em onze anos que o Tricolor teve a maior presença de torcida no Campeonato Pernambucano, segundo os números do blog, desde 2005.

A média elevada, porém, não condiz com o restante da competição. Em 2º lugar no quesito assistência na arquibancada, o Sport teve um índice de 12 mil. Já o Náutico pela primeira vez ficou fora do pódio (completado pelo Salgueiro). Aliás, o time vermelho e branco ficou bem longe, na 5ª posição.

No geral, a 101ª edição do Estadual teve 555 mil espectadores computados no borderô, com uma média de 4.590 pessoas, a pior marca dos últimos oito anos. Este número foi puxado para baixo por causa da Taça Eduardo Campos e do hexagonal do rebaixamento. Na fase principal (hexagonal do título e mata-mata), passou de 10 mil – ainda assim, abaixo de 2014, quando ficou em 11.859.

Média de público dos grandes clubes no Campeonato Pernambucano de 2005 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Em relação à arrecadação, a renda bruta após as 121 partidas “abertas” ao público foi de R$ 7,6 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da bilheteria. Logo, a federação pernambucana já abocanhou R$ 612.551.

Abaixo, os números dos principais clubes e os dados da competição de 2015:

1º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, 6 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 142.874 pessoas
Média: 20.410
Taxa de ocupação: 35,14%
Renda: R$ 2.682.552
Média: R$ 383.221
Presença contra intermediários (5): T: 104.017 / M: 20.80

2º) Sport (7 jogos como mandante, 4 na Ilha e 3 na Arena)
Total: 87.723 pessoas
Média: 12.531
Taxa de ocupação: 32,41%
Renda: R$ 1.704.797
Média: R$ 243.542
Presença contra intermediários (5):T: 56.189 / M: 11.237

3º) Salgueiro (7 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 51.168 pessoas 31.735
Média: 7.309
Taxa de ocupação: 59,42%
Renda: R$ 530.995
Média: R$ 75.856

4º) Central (14 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 85.715 pessoas
Média: 6.122
Taxa de ocupação: 31,43%
Renda: R$ 978.775
Média: R$ 69.912

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

Geral – 121 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 555.501
Média: 4.590 pessoas
Arrecadação: R$ 7.656.893
Média: R$ 63.280
* Foram realizadas 124 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 384.649
Média: 10.122 pessoas
Arrecadação total: R$ 6.343.719
Média: R$ 166.939

Média de público do Campeonato Pernambucano de 1990 a 2015. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press