A 26ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 26 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da vigésima sexta rodada da Série A.

No sábado, o Náutico abriu a rodada em um confronto dificílimo contra o líder Fluminense, que ainda contou com a volta de Deco e Fred.

Sem Kieza e Araújo, o Timbu vacilou demais. Porém, quase chegou ao empate no fim. O árbitro deixou de marcar um pênalti claríssimo a favor dos alvirrubros, que deixaram o Rio de Janeiro com um revés por 2 x 1.

No domingo, o Sport, que jamais havia perdido do Coritiba no Recife, pensava em manter o tabu, mas com uma vitória. Num jogo insosso, o Leão conseguiu respirar aos 46 minutos do segundo tempo… Penalti, bem marcado, cobrado por Gilberto, 1 x 0.

A 27ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

29/09 (18h30) – Náutico x Atlético Goianiense

No Recife (2 jogos): 2 vitórias alvirrubras, nenhum empate e nenhuma derrota

30/09 (16h00) – Corinthians x Sport

Em São Paulo (9 jogos): 3 vitórias rubro-negras, 4 empates e 2 derrotas

Penalidade máxima no último minuto mantém o Leão vivo

Série A 2012: Sport 1x0 Coritiba. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Os resultados da rodada pressionaram demais o Sport.

Uma derrota na Ilha do Retiro e o Leão ficaria a quilométricos sete pontos. O empate deixaria o time estacionado, a quatro pontos da superfície.

Mas havia também o otimismo de conquistar, enfim, a sexta vitória. Em um “confronto direito”, o Rubro-negro poderia ficar a um pontinho de deixar o Z4.

Uma responsabilidade enorme na noite deste domingo. Talvez essa enorme carga de pressão tenha atrapalhado o time pernambucano no primeiro tempo.

Diante de um adversário bem retrancado, os comandados de Waldemar Lemos não encontraram espaços. Gilsinho e Felipe Azevedo, à frente, só ciscaram.

Mesmo compactado na defesa e desfalcado do atacante Deivid, uma surpresa de última hora, o Coritiba contragolpeou com perigo.

Era um festival de passes errados, um jogo insosso e torcida insatisfeita.

Ao Sport, era preciso voltar mais ligado na partida, mais rápido e com um passe mais apurado. Só assim, acelerando, seria possível superar o visitante.

Mas logo com um minuto de bola rolando na etapa complementar o Rubro-negro perdeu o seu meia de ligação, Hugo. Vaga para Gilberto e uma reorganização tática.

A partir dali, o futebol apresentado não foi um primor, mas nos 45 minutos finais o time ficou mais pertinho do gol. Foram várias oportunidades.

Gilberto aos 7; Bruno Aguiar aos 8; Felipe Azevedo aos 14; Gilberto novamente aos 28; Gilsinho aos 32, Ailson aos 44.

O desespero já tomava conta dos 17 mil torcedores no estádio quando Felipe Azevedo foi derrubado na área aos 46 minutos do segundo tempo.

Pênalti, o primeiro a favor do clube no Brasileirão. Seria o chute mais importante do Sport nesta temporada. Quem bateria? Quem teria coragem?

Com personalidade, o atacante Gilberto se apresentou para a cobrança.

Silêncio na Ilha do Retiro e… Gol. Vitória sofrida por 1 x 0, proporcionando uma série de oito jogos e apenas uma derrota, que deixa o Leão vivo.

Por mais que o jogo tenha sido de matar qualquer torcedor…

Série A 2012: Sport 1x0 Coritiba. Foto: Site Oficial do Coritiba

Sem contundência, Náutico sofre a quarta derrota no Rio

Série A 2012: Fluminense x Náutico. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Nos Aflitos, o Náutico tem a quarta melhor campanha como mandante na Série A desta temporada, com 72% de aproveitamento. Longe de Rosa e Silva, tem o segundo pior desempenho como visitante, com um pífio índice de 12% dos pontos em disputa.

Dados antes da abertura da 26ª rodada. A mudança no perfil de acordo com o mando de campo indicava que o confronto contra o líder o Fluminense, no Rio, seria uma pedreira.

Enquanto o Alvirrubro atuaria desfalcado dos atacantes Kieza e Araújo, o Tricolor contou com a volta de suas estrelas, Deco e Fred. Aumentou de vez o desnivelamento técnico.

Da mesma forma em que ocorreu nas três apresentações anteriores n Rio de Janeiro neste Brasileirão, o Alvirrubro acabou derrotado. Na noite deste sábado, 2 x 1.

O revés, o 13º do Náutico, encerra a indigesta série de jogos na qual o time de Gallo enfrentou as quatro equipes mais bem colocadas. Nos dois próximos fins de semana o clube atuará em seu domínio, contra Atlético-GO (29/09) e Corinthians (06/10).

Para cumprir a meta absoluta de conquistar no mínimo mais quatro vitórias e aniquilar qualquer chance de descenso, o Náutico precisará adotar uma postura bem diferente em relação ao jogo no estádio Raulino de Oliveira, quando faltou contundência.

O Timbu até começou tentando encurtar os espaços. Após sofrer uma pressão inicial, equilibrou o jogo e criou boas chances. Se a tática de ficar nos contragolpes não vinha dando certo fora de casa, o jeito era partir para cima. A escalação mostrava isso.

Kim perdeu uma chance incrível aos 11. Depois, mais duas com Rogério, que formou o ataque ao lado de Rhayner, dois atletas de pontaria duvidosa.

No fim do primeiro tempo, o Flu voltou a acelerar e confundir a marcação visitante.

Diante de uma torcida já impaciente, com uma produção abaixo do esperado, a equipe de Abel Braga conseguiu marcar duas vezes antes do intervalo, com Leandro Euzébio e Fred. Lances com a assinatura clássica da zaga alvirrubra: falta de atenção.

No segundo tempo, o Náutico não encontrou os mesmos espaços no campo adversário. Até porque, francamente, estava diante do líder. Faltando dez minutos, um lampejo de reação. Kim diminuiu aos 35 e só não empatou aos 43 porque Cavalieri operou um milagre na cabeçada. Sem contar o pênalti claro não assinalado, cometido por Gum.

Infelizmente, além da bronca na arbitragem, o vacilo havia sido no primeiro tempo…

Série A 2012: Fluminense x Náutico. Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.

Ligações externas nos clubes de futebol

Linha "Alma Castelhana" dos uniformes do Grêmio. Crédito: Grêmio/divulgação

De forma inegável, o estado do Rio Grande do Sul sofre uma certa influência cultural dos países vizinhos, Uruguai e Argentina.

No futebol isso é ainda mais visível, no estilo de jogo e no comportamento da torcida.

A torcida gremista foi uma das primeiras do Brasil a adotar o apoio inspirado nas ações das “barra bravas”, que dominam o cenário do hermanos.

A proximidade das capitais federais e a tradição dos clubes ajuda.

Montevidéu, terra de Peñarol e Nacional, está a 714 quilômetros de Porto Alegre.

Buenos Aires, sede de várias camisas de peso, como Boca Juniors, River Plate, Independiente e Vélez Sarsfield, fica a 852 quilômetros da capital gaúcha.

Talvez, após essa introdução, não seja tão incomum assim a linha especial de uniformes lançada pela Grêmio, chamada de “Alma Castelhana”, produzida pela Topper (veja aqui).

Inspirada nas camisa das seleções da Argentina (albiceleste) e do Uruguai (celeste).

Opine sobre a linha “estrangeira” do Grêmio…

Considerando a influência estrangeira nos clubes locais, pelo fundador, por um jogador ou mesmo pela história da cidade, até que ponto poderia ser criado algo parecido?

Ingleses na criação do Sport, atletas argentinos e uruguaios no Santa e no Náutico, Holanda na história recifense etc. Apelo desnecessário ou jogada de marketing?

A possível e inesperada despedida oficial de Kuki na Série A

Pernambucano 2004: Sport 1 x 3 Náutico. Foto: Gil Vicente/DP/D.A Press

Aos 41 anos, Kuki vai calçar novamente as chuteiras.

De forma profissional.

Com a mesma garra de quem entrou 389 vezes em campo com o uniforme do Náutico.

Ninguém em Rosa e Silva jogou tanto pelo clube quanto ele.

Nos seus últimos 90 minutos pelo Timbu, tentará voltar a balançar as redes.

Até hoje, contabiliza 179 gols com a camisa vermelha e branca, o que o coloca como quarto maior artilheiro da centenária história do clube.

Acredite, Silvio Luiz Borba da Silva assinou contrato até o fim do ano e seu nome já foi publicado no Boletim Informativo Diário da CBF (veja aqui).

Uma burocracia para que Kuki possa, quem sabe, entrar em campo nesta Série A…

Na teoria, não há uma festa oficial agendada para o ídolo.

A inscrição de novos jogadores na Série A se encerra nesta sexta-feira. Portanto, havia a pressa para a tomar a decisão, para estruturar uma ideia antiga.

Contudo, o presidente timbu, Paulo Wanderley, afirmou, em entrevista ao blog, que ainda “depende de uma série de fatores”.

O principal, sem dúvida alguma, é a permanência na Série A. Sem sustos.

“Tomei essa decisão para ter a chance de pensar em algo mais à frente. Queremos fazer uma homenagem a Kuki e estamos vendo as possibilidades.”

Ao Náutico, hoje, faltam quatro vitórias para disputar a elite no ano que vem.

Se o Timbu mantiver a regularidade na campanha, isso irá acontecer.

Como curiosidade, vale lembrar a última partida do clube nos Aflitos na competição.

Será na 38ª rodada, contra o Sport…

Série B 2004: Náutico 1x0 Marília. Foto: RICARDO FERNANDES/DP/D A PRESS

Estrago causado a longo prazo pelo calendário, em 400 jogos

Buffon e Magrão (@sportrecife)

Eles não se conhecem. Não falam a mesma língua. Nunca se enfrentaram. Na verdade, isso nunca chegou nem perto de acontecer. Ambos são pra lá de trintões.

Gianluigi Buffon, 34 anos. Alessandro Beti Rosa, o Magrão, 35. Um dos únicos aspectos em comum é a prática embaixo das traves na vida futebolística.

O goleiro italiano é um símbolo da Juventus.  O brasileiro já é apontado como o melhor camisa 1 da história do Sport. Porém, ainda existe mais um fato em comum…

O número de jogos pela Velha Senhora e pelo Leão da Ilha.

Nesta temporada ambos chegaram a 400 partidas oficiais pelos respectivos clubes. E aí entra um questionamento sobre os calendários, do Brasil e da Europa.

Magrão está no time recifense desde 2005. Buffon atua na equipe de Turim desde 2001.

Com quatro anos a menos, e considerando que a titularidade só veio no segundo semestre de 2006, Magrão chegou ao feito em 30 de agosto, no empate em 1 x 1 com o Flamengo, pelo campeonato nacional, no Rio de Janeiro.

Já o arqueiro e capitão da Juve, machucado durante quase toda a temporada 2010/20111, estabeleceu a expressiva marca nesta quarta-feira, no duelo contra o Chelsea, em Londres, na estreia da Champions League.

Mesmo caindo na segunda fase da Copa do Brasil, o Sport chegará ao fim do ano com 67 jogos oficiais. Já a Juventus, caso conquiste a Liga dos Campeões, a Copa Itália e dispute as Supercopas (Uefa e Itália), chegaria a no máximo 58 apresentações.

Em 2008, quando venceu a Copa do Brasil, o Sport jogou 72 vezes! O mínimo aqui é uma carga de 62 partidas, para quem disputa as duas primeiras divisões. Lá, 45.

Do lado de cá, os deficitários campeonatos estaduais apertam bastante o calendário, deixando uma pré-temporada de duas semanas. Isso quando ela não é antecipada por causa de algum torneio inchado. Fato que ocorre em Pernambuco, diga-se.

Nota-se que mais jogos não significa mais dinheiro. Longe disso no Brasil. Uma partida bem organizada, com qualidade técnica e boa arrecadação, vale mais no orçamento geral do que uma pilha de partidas de nível duvidoso e público mandrake.

Como já foi dito no blog, a média na taxa de ocupação dos estádios brasileiros na Série A é de 40%, baixa. Aumentar esse número paralelamente a uma revisão no calendário parece o mínimo necessário para transformar a estrutura nacional em algo viável.

Atualmente, os clubes vivem basicamente da venda de jogadores e das supercotas de TV. Ainda assim, com o profissionalismo mal das pernas, as dívidas seguem aumentando.

Ou seja, é o gato correndo atrás do rabo. Para que outros cheguem a 400 jogos (ou perto), identificados com os uniformes, os clubes precisam de mais fontes de receita.

Encher o estádio a preço justo pode ser uma, de forma regular. E não é preciso jogar 70 vezes em um ano para cumprir esta meta. Nem realizar clássicos a torto e a direito.

É preciso transformar o jogo de futebol em negócio. E não apenas a matéria-prima, os jogadores. O potencial existe e é de até 29 bilhões de dólares (veja aqui).

Buffon e Magrão realmente não se conhecem. Curiosamente, essa distância entre eles só deixa ainda mais explícita a agenda mal construída no futebol do Brasil.

Probabilidades da Série A 2012 – A 13 rodadas do fim

Projeções dos sites Infobola e Chance de Gol sobre o rebaixamento na Série A 2012 a 13 rodadas do fim

Segue a atualização da matemática na elite do Campeonato Brasileiro.

No blog, duas projeções para evitar o rebaixamento à Série B da próxima temporada. Vale a atenção dos dois representantes locais.

Os cálculos “anti-rebaixamento” são do Infobola e Chance de Gol, respectivamente.

Confira a classificação atualizada da Série A e a projeção anterior.

Tomando por base a pontuação do atual 16º colocado, o Flamengo (28 pontos), hoje a pontuação mínima para escapar do descenso seria de 43 pontos.

A projeção se manteve em relação à rodada passada.

Desta forma, o Náutico, cuja chance de cair varia entre 4% e 14,8%, precisa somar mais 12 pontos, em tese. Quatro vitórias. E ainda terá sete jogos nos Aflitos.

Já o Sport, cuja probabilidade de queda à segunda divisão vai de 73% a 85,3%, precisa de mais 19 pontos, ou 6 vitórias e 1 empate. Já sem espaço para tropeços.

Uma terceira fonte é a UFMG, com o Náutico em 10,4% e o Sport em 58,9%.

A 25ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 25 rodadas. Crédito: www.pe.superesportes.com.br

Fim da vigésima quinta rodada da Série A.

A parada era duríssima para o futebol pernambucano neste domingo. Contudo, dos seis pontos em jogo, os times do estado somaram quatro.

À tarde, o Náutico passou por cima do favoritismo do Atlético Mineiro e se saiu melhor no equilibrado jogo realizado nos Aflitos. Vitória por 1 x 0, numa cobrança de falta cirúrgica de Souza. Resultado que dá um lastro à campanha timbu.

À noite, o Sport surpreendeu demais no primeiro tempo. Jogando um grande futebol, abriu dois gols de vantagem. Mudou a postura de forma incrível e abriu mão do ataque na segunda etapa. Chamou o Inter, que veio forte. Ficou no 2 x 2. Perdeu uma chance daquelas de se aproximar da região fora do Z4.

A 26ª rodada da Série A para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:

22/09 (18h30) – Fluminense x Náutico

No Rio de Janeiro (8 jogos): 3 vitórias alvirrubras, 2 empates e 3 derrotas

23/09 (18h30) – Sport x Coritiba

No Recife (9 jogos): 5 vitórias rubro-negras, 4 empates e nenhuma derrota

Um ponto fora da casa, dessa vez sem comemoração no Sport

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Um desperdício que se repete, de forma nociva à classificação final dos rubro-negros.

Contra o Bahia, na Ilha do Retiro, uma atuação convincente no primeiro tempo. Finalizou dez vezes. Só não aproveitou tanto assim, marcando apenas um gol.

Contra o Internacional, onze chutes a gol na primeira etapa, jogando Beira-Rio. Tocando bem a bola e usando como nunca as laterais, o time teve um aproveitamento melhor, com dois gols. Nas duas apresentações, o Sport foi bastante superior aos adversários.

Até o intervalo. Quinze minutos no vestiário que mudaram profundamente a equipe.

Diante do Tricolor de Aço, passou a administrar o jogo, sem tanto empenho ofensivo. A marcação ficou mais frouxa. Mesmo sem atacar tanto, o visitante empatou no finzinho.

Neste domingo, em Porto Alegre, a situação foi ainda mais tensa, considerando a frenética luta rubro-negra para tentar deixar a zona de rebaixamento da Série A.

O Leão recuou excessivamente no pesado gramado do Colorado, castigado pela chuva durante todo o dia. Seu contragolpe foi anulado pelo Inter. Cansou. Não precisou sequer da pressão da torcida, com um estádio em obras e apenas 5.448 pessoas presentes.

Com o time pernambucano encostado na parede, sem saída de bola, o Inter pilhou a zaga rival. E o técnico Waldemar Lemos demorou além da conta para enxergar isso.

Os gols de Rithely e Gilsinho, que davam uma improvável vitória longe da Ilha, acabaram igualados pelos tentos de Cassiano, aos 17, e Leandro Damião, aos 30.

Após o empate o Leão seguiu encurrado. Por pouco não veio a virada gaúcha. De onze finalizações no primeiro tempo para apenas uma etapa complementar. Analisando friamente, esse pontinho conquistado com o 2 x 2 até poderia ser comemorado.

No entanto, o contexto parecidíssimo ao da partida contra o Bahia, na última quarta, indica que foram mais dois pontos perdidos. Jogando melhor, mas sem pontuar tanto.

Em 25 rodadas, apenas 5 vitórias. De empate em empate não se vai tão longe.

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

No mínimo detalhe, uma vitória daquelas do Timbu

Série A 2012: Náutico x Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Em 1989, o atacante Nivaldo precisou de apenas oito segundos para abrir o placar para o Náutico diante do Atlético Mineiro. Ali, nos Aflitos, era estabelecido o gol mais rápido da história do Brasileirão. Marca que se mantém até hoje. Nos mínimos detalhes, tudo deu certo. Do primeiro toque na bola à finalização.

Por muito pouco o destino não pregou uma peça daquelas neste domingo, com o mesmo jogo. Bola rolando e o primeiro ataque fulminante. Ou quase. O Timbu avança pela direita, com Rogério, que cruza rápido. Rhayner, livre, chuta por cima. Perdeu um gol incrível. Eram apenas 12 segundos!

Rhayner ficou perto da história. Afobação à parte no primeiro lance, seria preciso ter muita paciência neste domingo. E, claro, precisão nos detalhes.

O ousado 4-3-3 armado por Alexandre Gallo parecia firme para acabar com a sequência ruim dos alvirrubros, que haviam somado apenas um ponto nos últimos doze possíveis.

A pressão em Rosa e Silva realmente funciona, contando também com uma marcação consistente. No entanto, encontrou um Galo esbanjando técnica.

Více-líder da Série A, o time de Belo Horizonte foi endurecendo o jogo, com seguidas tramas articuladas por Ronaldinho e Bernard. Durante 90 minutos, um duelo parelho, decido por um triz. Ou uma cobrança de falta, rasteira, no meio da barreira, não é o puro detalhe? Aos 3 minutos, o quarto gol de Souza, surpreendendo a defesa mineira.

Vantagem que poderia ter sido maior, num pênalti desperdiçado pelo atacante Araújo. Aí, vale uma ressalva. Uma não, duas. O goleiro Victor deveria ter sido expulso na falta cometido. Na defesa, ele se adiantou de maneira absurda. Ô, seu juiz!

Não importa, não neste domingo. A vitória por 1 x 0 sobre o Atlético Mineiro, dono de uma campanha impressionante, recoloca o Timbu nos eixos na classificação após quatro jogos sem vencer. Esse detalhe basta.

Série A 2012: Náutico 1 x 0 Atlético-MG. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco