Goleada alvirrubra em cima do aquário de Muricy Ramalho

Série A 2012: Náutico 3x0 Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Estancar as três derrotas consecutivas e evitar qualquer tipo de crise na Série A.

Com um sistema defensivo duramente criticado até então, o Náutico necessitava impor novamente o seu jogo, a sua cara em campo. Aliar vontade e estrutura tática.

O fato costuma ter como consequência os três pontos de bonificação…

Nos Aflitos, o time de Gallo encarou o Santos neste domingo. Um Peixe que ainda não se encontrou no aquário da elite e segue desfalcado dos olímpicos Neymar e Ganso.

Antes do ponta-pé inicial, Muricy Ramalho, torcedor confesso do Timbu, foi novamente homenageado nos Aflitos. O clima amistoso com o técnico bicampeão estadual em 2001 e 2002 parou por aí. O objetivo era vencê-lo, como nos encontros anteriores no Recife.

Com Martinez, destaque de Rosa e Silva no Brasileirão, e Elicarlos, o Náutico travou as investidas do adversário paulista, que não fez uma grande partida.

Por questões contratuais, o goleiro Felipe, com os direitos econômicos presos ao Peixe, cedeu a vaga a Gideão. De volta ao time, o goleiro demonstrou segurança.

No primeiro tempo, o Alvirrubro ficou muito perto do gol, asfixiando o Peixe. Na verdade, chegou a balançar as redes em duas oportunidades. Aos 11 minutos, através de Araújo, e no último lance da primeira etapa, aos 48, num chute de Souza.

Nos dois casos, os lances foram anulados pela arbitragem, corretamente.

Na etapa final, o Náutico deslanchou. Abriu o placar aos 13. Arisco, Araújo fintou os zagueiros e chutou forte. O ala direito e estreante Patrick pegou o rebote e marcou.

A partir daí, o jogo ficou ainda mais truncado. O Timbu procurou se expor menos.

A dez minutos do fim, um lance que mostra que a noite era mesmo alvirrubra. Se a zaga conseguiu enfim cumprir um bom papel, o contestado atacante Kim também aprontou.

Saiu costurando a zaga do Santos e tocou com categoria, vencendo o goleiro Aranha. Mas a festa terminaria em goleada, por 3 x 0. De Araújo para Kieza. De Kieza para o gol.

Série A 2012: Náutico 3x0 Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Magrão fez o possível, mas o São Paulo chegou ao gol

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: WAGNER CARMO/AE

No retrospecto, eram 14 derrotas em 14 jogos na capital paulista. O São Paulo é, sem sombra de dúvidas, o maior algoz do Leão jogando em seus domínios.

Neste domingo, o Tricolor cansou de arrematar a pelota contra a meta do Sport.

Do começo ao fim. Mas encontrou uma barreira…

Aos 12 minutos, Willian José. Aos 15, Ademílson. Nas duas oportunidades, Magrão fez grandes defesas. As primeiras da tarde, com a presença de 22 mil torcedores.

Tarde com um duelo equilibrado no primeiro tempo, com o Rubro-negro bem ajustado em campo, tanto que chegou a criar duas boas chances. Desperdiçou.

Para tentar dar mais força ao time, Mancini promoveu a estreia do meia Hugo e também o retorno do zagueiro Edcarlos, nas vagas de Marquinhos Gabriel, destoando, e de Willians, que não ajudava na marcação. Depois disso, acabaram os contragolpes.

As mudanças acabaram recuando demais o time pernambucano, aumentando de vez o sufoco do São Paulo. Aos 27, o Tricolor ainda teve um gol mal anulado, num rebote para Ademilson, que estava em posição legal. O atacante precisou chutar duas vezes.

O bombardeio seguia, com Magrão salvando o resultado para os rubro-negros.

Atacante cara a cara, chute com força, bem colocado, de todo jeito. O goleiro vinha tendo uma de suas melhores atuações desde que chegou ao clube leonino.

Mas, aos 32 minutos da etapa complementar, depois de mais uma grande defesa, Ademilson encheu o pé e finalmente abriu o placar, 1 x 0.

O lance começou em mais uma desatenção do time, ainda no meio-campo. A escrita de jamais pontuar em duelos contra o São Paulo no Morumbi continua.

Magrão, que renovou o contrato por mais uma temporada na Ilha, bem que tentou mudar a história diante do adversário paulista. Sozinho, não adianta…

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Classificação brasileira à Copa Sul-americana com anticlímax

Copa Sul-americana

Eis o critério de classificação à Copa Sul-americana de 2013.

Com o Campeonato Brasileiro já na 13ª rodada, enfim a Confederação Brasileira de Futebol chegou a um entendimento com Conmebol e com o canal Fox, detentor dos direitos de transmissão da competição internacional, de forma oficial.

Cenário até a temporada passada:

Os oito melhores colocados da Série A, do 5º lugar ao 12º, se classificavam para a disputa. Caso um um dos times com vaga na Libertadores estivesse entre essas colocações na tabela, a vaga automaticamente passava para o 13º lugar.

Tente entender a nova fórmula:

O país segue com oito vagas entre os 47 times da Sul-americana. No entanto, a classificação será através de uma equação entre Série A e Copa do Brasil (veja aqui).

Serão os oito melhores colocados do Brasileirão, mas entre aqueles eliminados até as oitavas de final da Copa do Brasil do ano seguinte. Vale lembrar que o mata-mata nacional foi reformulado e passará de 64 para 86 clubes.

Se antes era preciso vencer duas etapas para alcançar as oitavas, agora serão três.

Íntegra da CBF:

Para a Copa Sul-americana de 2013 irão se classificar os oito primeiros colocados do Brasileiro da Série A 2012, excluídos os clubes classificados para a 4ª fase da Copa do Brasil de 2013 (nessa 4ª fase estarão presentes os clubes oriundos da Libertadores).

Série B – Na hipótese de não ser completado o número de oito vagas para a Copa Sul-americana a partir do universo dos 16 clubes primeiros colocados da Série A/2012, serão então chamados sucessivamente os quatro primeiros classificados do Brasileiro da Série B de 2012; depois os quatro últimos classificados da Série A/2012.

Para um time brasileiro estabelecido ser “eliminado” da Copa Sul-americana, basta não chegar às oitavas de final da Copa do Brasil. Simples, não?

Keep Calm do Sport

Camisa "Keep Calm", do Sport. Foto: Sport/divulgação

Os memes na internet surgem em uma velocidade impressionante, sobretudo nas redes sociais. Surfar nessa onda de humor nem sempre é fácil.

Focando um tema, surgem montagens de todos os tipos em todos os cantos, criativas ou não. Paralelamente aos compartilhamentos na web, em números enormes.

Como transformar isso em receita? Camisas estampadas circulam nas ruas aos montes. Em muitas oportunidades, com fabricação simples.

Por que não aproveitar isso no futebol, como fonte de renda?

O meme Keep Calm é um dos mais populares, referente à frase “Keep calm and carry on”, ou, traduzindo, “Tenha calma e siga em frente”.

A expressão foi cunhada pelos ingleses em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial. Agora, com livre adaptação, serve para vários assuntos. Abaixo, alguns exemplos.

O próprio Sport achou o seu caminho e encomendou a produção de uma camisa oficial de algodão, por R$ 39, associando a brincadeira ao seu bordão (veja aqui).

Se alvirrubros e tricolores executassem a ideia, quais seriam as frases?

Marketing também é isso. Simples, bem humorado e rentável.

Keep Calm

A 13ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 13 rodadas. Crédito: Superesportes

Fim da décima terceira rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Os rivais centenários jogaram no domingo. À tarde, o Sport frustrou os 14.171 torcedores na Ilha com um empate em 0 x 0 com o Atlético-GO, afundado no Z4.

À noite, o Náutico começou bem diante da Portuguesa, no Canindé. Kieza marcou o seu 4º gol em 4 jogos. Porém, a Lusa dançou o vira e fez 3 x 1, com novas falhas da zaga.

A 14ª rodada da Série A para os pernambucanos:

05/08 (16h00) – São Paulo x Sport

Em São Paulo: 14 vitórias do Tricolor em 14 jogos

05/08 (16h00) – Náutico x Santos

No Recife: 5 vitórias do Timbu, 8 do Peixe e 2 empates

Abaixo da crítica, defesa timbu não colabora na elite

Série A 2012: Portuguesa 3x1 Náutico. Foto: BARRILARI/FRAME/AE

Aplicação, o Náutico teve. A apatia escancarada na passagem anterior em São Paulo, na goleada sofrida diante do Palmeiras, não se fez presente desta vez.

Contudo, faltou ao Timbu preencher os espaços no campo para voltar a somar pontos.

Neste domingo, faltou, sobretudo, um melhor desempenho defensivo.

Posicionamento, desarme e atenção na bola aérea, tão criticada na última partida, contra o Coxa. Sem nada disso, o Alvirrubro saiu derrotado pela terceira vez seguida.

Levou dez gols nesta sequência indigesta na Série A.

No plano geral, a situação é ainda pior. São 27 gols sofridos em 13 jogos, o que gera um índice superior a dois tentos por partida. É o pior rendimento ao lado do Coritiba.

Também é a equipe que mais perdeu, com oito, empatado com o Atlético-GO.

No Canindé, diante da Portuguesa, a equipe comandada por Alexandre Gallo falhou três vezes em cruzamentos. Lances fatais no 3 x 1 a favor da Lusa, na noite deste domingo.

Em todos os casos, o adversário concluiu tranquilamente para as redes de Felipe.

Após a dispensa do zagueiro Márcio Rosário, o time teria após dois meses uma formação com sua dupla principal, formada por Ronaldo Alves e Marlon.

O entrosamento visto na Série B deu lugar à falta de ritmo, à lentidão.

O Náutico até abriu o placar com Kieza, num golaço logo aos oito minutos, controlando a posse de bola. Mas sofreu a virada, através de Moisés, Ananias e Diego Viana.

Ameaçado como o rival leonino, hoje o Timbu está apenas um pontinho acima do Z4.

Trata-se de um reflexo direto da qualidade na “cozinha”. É preciso se reforçar, logo.

Série A 2012: Portuguesa 3x1 Náutico. Foto: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/AE

Quando o problema não é a defesa rubro-negra, é o ataque

Série A 2012: Sport x Atlético-GO. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Não adianta o discurso de que o Atlético-GO havia vencido dois dos seus últimos três jogos. Sem uma mudança drástica, ainda apresenta uma série deficiência técnica.

Até porque a defesa goiana havia sido vazada 25 vezes nas doze primeiras rodadas, a pior até então. Mais. Nos tais três jogos anteriores, levou nove gols.

Fora de casa, a equipe, já com o terceiro treinador, vinha sendo uma presa fácil. Um empate e seis derrotas até este domingo. Sim, até este domingo. Na Ilha do Retiro…

Em mais uma atuação abaixo da crítica, o Sport empatou em 0 x 0 com o Atlético, chegando a quatro partidas sem vitória e um número bem maior sem padrão de jogo.

No primeiro tempo, a bola parecia queimar nos pés dos leoninos, com a posse da pelota sob domínio dos visitantes. Aos poucos, o Leão conseguiu ter paciência. No último lance, uma cobrança de falta de Gilberto quase resultou no gol do Sport.

A finalização não impediu as vaias no intervalo. Na etapa complementar, Mancini promoveu a volta do atacante Henrique, ausente nas últimas três rodadas.

Talvez tenha feito isso para evitar a pressão na arquibancada. Mais arisco que Marquinhos Gabriel, Henrique não rendeu tanto. E Mancini não foi poupado.

Tampouco Gilberto, preso na marcação, sem mobilidade, sem passar a bola.

Mobilidade, aliás, faltou ao time todo durante os 90 minutos. O placar foi um retrato da tarde na Ilha, até porque o adversário também não ofereceu perigo.

Foi a segunda vez que a defesa do Sport não sofreu gols em 13 rodadas do Brasileirão desta temporada. Como na primeira, na Vila Belmiro, curiosamente o ataque também não funcionou, logo diante de uma oportunidade daquelas.

Série A 2012: Sport x Atlético-GO. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

A 12ª classificação do Brasileirão 2012

Classificação da Série A de 2012 após 12 rodadas

Fim da décima segunda rodada na divisão de elite do Brasileirão.

Em uma rodada com “confrontos diretos” envolvendo os times pernambucanos na luta para se distanciar da zona de rebaixamento, apenas um ponto conquistado. O Sport arrancou o empate em 1 x 1 com a Ponte Preta em Campinas.

Destaque para o golaço de Marquinhos Gabriel e as defesas de Magrão. Por outro lado, faltou equilíbrio ao time mais uma vez, cheio de atacantes e sem consistência defensiva.

Nos Aflitos, uma chuva de gols e de erros individuais do Náutico. Ofensivamente, o Timbu cumpriu o seu papel, balançando três vezes as redes do Coritiba. Porém, a zaga não deu conta do recado, resultando num revés por 4 x 3 nos Aflitos.

A 13ª rodada da Série A para os pernambucanos:

29/07 (16h00) – Sport x Atlético-GO
29/07 (18h30) – Portuguesa x Náutico

Cumprida a promessa de muitos gols nos Aflitos, infelizmente

Série A 2012: Náutico x Coritiba. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Até o início da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Coritiba tinha a pior defesa, com 23 gols sofridos. O Timbu aparecia com a terceira pior, com 20 tentos.

Os dois ataques até funcionaram, mas num ritmo bem mais lento. Mensurando essas estatísticas, era díficil imaginar um empate sem gols no confronto entre os dois times.

Na prática, foi imp0ssível. Em dezessete minutos já haviam sido marcados três gols!

Dois deles a favor do Náutico, com Souza e Kieza, que já balançou as redes em 30 oportundades com a camisa alvirrubra. Nesta quarta, aliás, foi o seu jogo de número 50.

Empurrado pela torcida nos Aflitos, o Timbu se portou bem no primeiro tempo, apesar do ímpeto do adversário, buscando a recuperação após seis jogos sem vitória.

Mesmo assim, a vitória parcial no primeiro tempo não escondeu os errros da equipe, com o goleiro Felipe sendo bastante cobrado pela torcida, além do beque Márcio Rosário, já marcado na arquibancada. Taticamente, não havia consistência.

No comecinho na segunda etapa, a virada a favor do vice-campeão da Copa do Brasil.

Logo no primeiro minuto, Leonardo empatou. Uma tremenda falta de atenção da equipe pernambucana. Fato repetido, pois o primeiro gol paranaense na noite também saiu no lance seguinte ao primeiro gol timbu.

Aos dez minutos, um lance daqueles. O lateral-direito Alessandro cortou uma cabeçada com a mão. Reflexo, com cCartão vermelho e pênalti… Leonardo bateu firme.

A partir daí, com um a menos, o Alvirrubro até tentou impor alguma pressão, lançando Kieza. O atacante parecia mais preocupado em cavar faltas. Faltou finalizar mais.

Com a sequência de jogos, o desgaste físico Araújo tornou-se inevitável. Não ajudou.

No fim, a zaga timbu, numa síntese do rendimento visto até aqui na Série A, ficou estática na cobrança de escanteio. Sem nada a ver com isso, Pereira subiu e testou para decretar o vexatório revés em Rosa e Silva.

No finzinho, Rico ainda marcou. Insuficiente. Náutico 3 x 4 Coritiba.

Entre gols marcados e sofridos, as 22 partidas anteriores de Náutico e Coritiba haviam registrado 73 gols, com média de 3,3. No embate nesta quarta, um jogo de sete gols.

Infelizmente, a quantidade atípica de gols não foi por acaso.

Série A 2012: Náutico x Coritiba. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Pontinho rubro-negro suado em Campinas

Série A 2012: Ponte Preta x Sport. Foto: DENNY CESARE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/AE

Pode até parecer um discurso batido, mas o sistema defensivo do Sport precisa de um ajuste urgente para o restante da temporada.

A crítica não se restringe apenas à dupla de zaga, mas a todo o setor.

A falta de confiança para sair jogando, os erros infantis na cobertura, a afaboação etc.

E assim caminha o Sport na Série A, tendo a meta vazada em quase todos os jogos. Em doze apresentações, não sofreu gol em apenas uma partida.

Com apenas cinco minutos nesta quarta, no estádio Moisés Lucarelli, a vantagem já era da Ponte Preta, num gol de André Luís após cruzamento de letra de Rildo.

Lance no lado direito da zaga leonina, uma avenida no primeiro tempo. A Macaca cansou de articular as suas jogadas por ali nesta noite, sempre com perigo.

Cicinho até vinha rendendo ofensivamente. No entanto, o fôlego não é o mesmo. Faltou cobertura. A contenção não esteve numa jornada feliz.

Mesmo sem jogar bem, o Sport empatou ainda no primeiro tempo, num golaço de Marquinhos Gabriel, de fora da área. Foi o seu quarto tento na competição, 1 x 1.

No comecinho da etapa complementar, Mancini promoveu a entrada de Moacir no lugar de Willians. Deu equilíbrio ao time.

Cicinho ficou, enfim, mais solto, flutando nos dois lados do campo. Criando.

Aos 25 minutos, uma mudança difícil de entender, pois a equipe estava estabilizada.

O técnico leonino colocou Magno Alves no lugar de Cicinho. Assim, deixou o Sport com três atacantes. Ou quatro, contando com Marquinhos Gabriel.

Deixou o Leão exposto demais, novamente. Resultou numa chuva de contragolpes.

No fim, com pelo menos três ótimas defesas de Magrão, o pontinho conquistado em Campinas ficou de bom tamanho. Mas há muito o que melhorar.

Não atrapalhar já seria um começo.

Tanto quem está no campo como quem fica na área técnica.

Série A 2012: Ponte Preta 1x1 Sport. Foto: DENNY CESARE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/AE