História reescrita

O cronômetro do árbitro Ricardo Marques marcava 36 minutos do segundo tempo. Até ali, o Sport vencia o Flamengo por 1 x 0, no Maracanã, com gol de Roger (que agora tem 9 na Série A). O time pernambucano jogava com muita raça, assim como o Fla. Por sinal, os dois times lutavam bastante, principalmente contra o campo encharcado, após um sábado inteiro de chuva no Rio de Janeiro.

O placar naquele momento acabava com o jejum de seis partidas sem vitória do Sport sobre o rival carioca. Uma vitória que deixaria o Leão na 8ª colocação no Brasileiro, a apenas um ponto do São Paulo, em 4º.

Ah… Até ali, o goleiro Magrão estava há 467 minutos sem sofrer um golzinho sequer. O último havia sido no mesmo estádio. No Mário Filho. Tão gigante que mesmo com 40 mil pagantes a impressão é de que caberia o triplo.

Mas foi tudo por água abaixo. Bastaram 8 minutos. Tempo suficiente para mudar a direção da arrancada leonina no Campeonato Brasileiro.

Primeiro, o bom ala Juan, após uma bela jogada pelo lado esquerdo, tocou na saída de Magrão, decretando o empate e o fim da invencibilidade do goleiro. Pressão no Maraca. Pressão na partida. Clima de clássico. De fato, tornou-se um clássico. Desde 1987.

E aos 44, quando o empate parecia um resultado justo, Vandinho aproveitou uma desatenção da defesa e cabeceou bem, mostrando que o futebol não é linear. Não é justo nem injusto. Não é lógico nem ilógico. É, na verdade, uma mistura de tudo isso.

É real e surreal.

O 0 x 1 era o céu… O 2 x 1 foi o inferno…

O jejum está mantido.

Já são 7 jogos sem vitória diante do Flamengo. Um incômodo grande para a torcida do Sport em um ano tão glorioso como vem sendo este 2008.

Quem sabe o troco não tenha ficado para a Taça Libertadores de 2009… O Rubro-negro carioca ainda luta pela sua vaga lá, mas uma vitória como a deste sábado credenciou de vez o Mengão a uma vaga no G-4.

Obs. Paulo César segue, então, como o goleiro recordista do Sport no Brasileirão. Ele ficou 756 minutos seguidos sem sofrer gol na edição de 1985.

Jejum em duas cores

Cores da confusão...Depois de Santa Cruz e Náutico, o principal rival para os torcedores do Sport é, sem dúvida alguma, o Flamengo.

O motivo, como não poderia deixar de ser, é a polêmica sobre o título do Campeonato Brasileiro de 1987, conquistado oficialmente pelo Rubro-negro… Pernambucano. A “taça das bolinhas” (foto), aliás, está no museu da Ilha.

Por isso, o atual jejum de quase oito anos sem vitória (3 empates e 3 derrotas no período) vem incomodando os leoninos. Curiosamente, o último triunfo do Sport foi justamente no palco da partida de logo mais (18h20). Na tarde do dia 14 de outubro de 2000, o Leão venceu por 2 x 1, de virada, com gols de Taílson, que fazia a sua estréia no Maracanã.

Jejum carioca
15/08/2001 – Flamengo 2 x 1 Sport
21/05/2003 – Sport 0 x 1 Flamengo
28/05/2003 – Flamengo 0 x 0 Sport
03/06/2007 – Sport 2 x 2 Flamengo
01/09/2007 – Flamengo 1 x 1 Sport
29/06/2008 – Sport 1 x 2 Flamengo

Sport x Flamengo – 35 jogos
12 vitórias do Sport (42 gols)
7 empates
16 vitórias do Flamengo (54 gols)

Pirmeiro jogo: Sport 3 x 3 Flamengo, em 18 de janeiro de 1925, no Recife.

Os melhores do Brasil

Ex-alvirrubro Acosta recebe o prêmio de melhor atacante do Brasileirão de 2007Os indicados para o prêmio Craque do Brasileirão 2008 serão divulgados no próximo dia 12 de novembro. A festa com a entrega da premiação acontecerá no dia 8 de dezembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dia após a 38ª rodada do campeonato.

Apesar do Campeonato Brasileiro da Série A ser disputado desde 1971, a CBF organizou a festa com os melhores do ano apenas em 2005, quando o argentino Carlos Tevez venceu o prêmio de craque daquele ano com folga.

No ano passado, o atacante Acosta, do Náutico, ganhou o troféu de melhor atacante e ainda foi apontado como o segundo melhor jogador da Série A, ficando atrás apenas do goleiro são-paulino Rogério Ceni, atual bicampeão do prêmio. O técnico Muricy Ramalho é o único tricampeão.

O júri da eleição é formado por jogadores, técnicos, ex-jogadores e jornalistas. Os três mais bem votados em cada posição se classificam para a final do prêmio.

2005
Seleção: Fábio Costa (Corinthians); Gabriel (Fluminense), Lugano (São Paulo), Gamarra (Palmeiras) e Gustavo Nery (Corinthians); Marcelo Mattos (Corinthians), Tinga (Internacional), Roger (Corinthians) e Petkovic (Fluminense); Tavez (Corinthians) e Rafael Sóbis (Internacional). Técnico: Muricy Ramalho (Internacional)
Melhor jogador: Tevez (Corinthians); Troféu Rei do Gol: Romário (Vasco), 22 gols

2006
Seleção: Rogério Ceni (São Paulo); Souza (São Paulo), Fabão (São Paulo), Fabiano Eller (Internacional) e Marcelo (Fluminense); Lucas (Grêmio), Mineiro (São Paulo), Zé Roberto (Botafogo) e Renato (Flamengo); Souza (Goiás) e Fernandão (Internacional). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo)
Melhor jogador: Rogério Ceni (São Paulo); Craque da torcida: Renato (Flamengo); Troféu Rei do Gol: Souza (Flamengo), 17 gols

2007
Seleção: Rogério Ceni (São Paulo); Leonardo Moura (Flamengo), Breno (São Paulo), Miranda (São Paulo) e Kléber (Santos); Hernanes (São Paulo), Richarlyson (São Paulo), Ibson (Flamengo) e Valdivia (Palmeiras); Acosta (Náutico) e Josiel (Paraná). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo)
Melhor jogador e craque da torcida: Rogério Ceni (São Paulo); Troféu Rei do Gol: Josiel (Paraná), 20 gols; Torcida de ouro: Flamengo; Revelação: Breno (São Paulo)

Ranking de premiações
16 – São Paulo
6 – Corinthians e Flamengo
5 – Internacional
3 – Fluminense
2 – Palmeiras e Paraná
1 – Botafogo, Goiás, Grêmio, Náutico e Santos

Desigualdade futebolística

Cash!Após seis meses de negociações, o Clube dos 13 bateu o martelo e aceitou a proposta da Rede Globo para a transmissão do Brasileirão no próximo triênio (2009/2011). No acordo divulgado na quarta-feira, a emissora pagará a bagatela de R$ 1,4 bilhão no período, para as transmissões em TV aberta, fechada e pay-per-view.

Os valores para os times ainda não foram divulgados, mas caso seja mantida a proporção atual (com vários subgrupos), o Sport ganharia R$ 16,3 milhões, enquanto o Náutico receberia R$ 7,4 milhões. Para chegar a esse dado, basta calcular a divisão de cotas em relação à Série A deste ano, que custou R$ 314,9 milhões.

Como não foram revelados maiores detalhes sobre a futura distribuição da verba, nem mesmo por temporada, tomei então a liberdade de calcular em 3 partes iguais para os próximos anos. Assim, o valor anual seria de R$ 466,6 milhões, um aumento de 48,19%.

2008 – No bolo deste ano, até mesmo os clubes que estão fora da elite receberam parte da verba, pois no acordo do C-13 todos os integrantes da entidade (são 20 associados) têm direito a uma parte do montante. Segundo a norma, no primeiro ano fora da elite, o clube recebe 50% (no caso do Corinthians, na Série B).

A partir da segunda temporada longe da Série A, esse número cai para 25% (Bahia, na B, e Guarani, na C). Fora do C-13, o Alvirrubro precisou lutar bastante para subir em 2008 a sua cota de R$ 3,4 para R$ 5 milhões. De acordo com o presidente timbu, Maurício Cardoso, parte do aumento veio através de uma reunião entre o ex-superientende do clube, Marcelo Sangaletti, e o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho (de grande influência no Clube dos 13).

“Projeção” das cotas de transmissão pela TV da Série A em 2009* (entre parênteses, o valor de 2008)

R$ 31,1 milhões (R$ 21 mi) – São Paulo, Flamengo, Corinthians (50%), Vasco e Palmeiras
R$ 26,6 milhões (R$ 18 mi) – Santos
R$ 22,2 milhões (R$ 15 mi) – Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e Botafogo
R$ 17 milhões (R$ 11,5 mi) – Bahia (25%)
R$ 16,3 milhões (R$ 11 mi) – Sport, Guarani (25%), Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Portuguesa e Vitória
R$ 7,4 milhões (R$ 5 mi) – Figueirense e Náutico
R$ 5 milhões (R$ 3,4 mi) – Ipatinga

* Trata-se apenas de uma livre especulação…

Obs. Santos e Bahia foram avaliados de formas distintas. O primeiro nem foi considerado “top” nem segundo escalão (mais por sua tradição do que por sua torcida), e por isso ficou numa categoria isolada. Já o segundo foi um dos fundadores do Clube dos 13, em 1987.

Os dois piores gramados do Brasil

O gramado dos Aflitos é o pior da Série A?Os gramados dos estádios pernambucanos utilizados na Série A estão realmente em baixa. Em uma eleição feita pela equipe de reportagem do Globo Esporte – exibida nesta quarta-feira -, os 20 capitães dos clubes quem disputam o Brasileirão apontaram os piores (e melhores) campos da competição.

O resultado foi o pior possível para o estado (apesar de previsível). A Ilha do Retiro era apontada como barbada, mas quem “venceu” foi o estádio dos Aflitos, que teve 45% dos votos (9).

Mas em 2º lugar não teve jeito. A casa rubro-negra ganhou a prata, com 5 votos, sendo um deles surpreendente, mas aos mesmo tempo sincero. O zagueiro Durval não teve dúvidas e votou na Ilha. Desde 2006 no clube, ele até conhece os buracos do campo, mas isso não quer dizer que esteja satisfeito…

Apesar de feio, o campo da Ilha não "venceu" a enquete...“O pior é o nosso, mas depois vem os Aflitos” , disse o capitão do Sport. Já o melhor campo do Brasileirão, segundo a enquete, é o Beira-Rio, do Inter, que teve 25% (5 votos), numa disputa apertada com o Morumbi e Palestra Itália, ambos com 4.

Curiosamente, a Arena da Baixada, considerada por muitos como um verdadeiro tapete, chegou a ter um voto na escolha do pior gramado.

Você concorda com a eleição? OPINE!

Fotos: Alcione Ferreira/DP (Aflitos) e Edvaldo Rodrigues/DP (Ilha). Post com a colaboração de André Albuquerque.

“Ganhamos o vice-campeonato”

Durante o programa Lance Final, exibido pela Rede Globo no domingo, o técnico do Náutico, Roberto Fernandes – um dos convidados do debate -, deu uma curiosa declaração sobre a perda do título pernambucano, no primeiro semestre, e a conseqüente saída do Timbu. Veja a declaração abaixo.

“Nós não perdemos o Estadual. Nós ganhamos o vice-campeonato.O Sport tinha uma qualidade técnica e uma estrutura muito maior. A prova disso foi a campanha do Sport na Copa do Brasil, quando ele bateu os melhores times do país. Mas mesmo assim, alguns diretores (do Náutico) não gostaram e passaram a olhar diferente. Por isso eu achei que era o momento certo da saída para o Atlético-PR (quando recebeu o convite após a 2ª rodada na Série A)”.

Sinceramente? Roberto Fernandes tem razão…

E você, o que acha? Opine.

Ninguém disse que seria fácil…

Atlético-MG 2 x 1 NáuticoQue o Campeonato Brasileiro é um dos torneios nacionais mais difíceis do mundo, todo mundo sabe. Enquanto as ligas da Itália, Espanha e Inglaterra têm um número reduzido de candidatos ao título, no Brasil existem pelo menos “12”. Pelo menos é o que sempre se disse, num discurso já ensaiado há anos.

Com o Corinthians ainda na Série B, esse subgrupo foi reduzido para 11. Mesmo assim, os outros participantes – sendo boa parte deles com vários títulos, de massa e tradicionais – sempre “furam a fila”. Esse é o caso de Sport e Náutico, que seguem caminhando bem para representar o estado mais uma vez em 2009.

Sport 0 x 0 Sã PauloA posição do Sport (10º lugar) é confortável e ainda permite que o Leão sonhe com algo melhor. Já o Náutico luta contra todos os prognósticos e mostra que tem, sim, condições de se manter na elite.

Se no ano passado a missão era quase impossível – até mesmo por causa da cota de apenas R$ 3 milhões -, agora, com mais experiência e uma receita um pouco maior (R$ 5 milhões), o Timbu poderá fincar o seu nome na Série A.

Mas apesar do bom momento, ainda existem os percalços…

Atlético-MG 2 x 1 NáuticoNas duas últimas rodadas, Sport e Náutico haviam vencido na Série A. Mas na 26ª rodada, a boa fase da dupla deu uma paradinha. No sábado, o Náutico perdeu de virada para o Atlético-MG, por 2 x 1, em uma partida na qual teve tudo para arrancar um bom resultado, principalmente no primeiro tempo.

No domingo, o Sport não saiu do 0 x 0 contra o São Paulo, em um jogo bastante truncado e com poucas chances de gol. Tanta marcação que deixou a partida “morna”. O Leão não sofre um golzinho sequer há 360 minutos.

Sport 0 x 0 Sã PauloAgora, o Náutico jogará duas partidas seguidas em casa (Palmeiras e Flamengo), enquanto o Sport irá atuar longe da Ilha nas duas próximas rodadas (Flamengo e Cruzeiro).

Fotos: Estado de Minas (Atlético-MG 2 x 1 Náutico) e Hélder Tavares/DP (Sport 0 x 0 São paulo

Timão sobe a ladeira

Aceita, Corinthians...Com 55 pontos em 25 rodadas, o Corinthians está 13 pontos acima do 5º lugar na Série B. Como quatro equipes serão contempladas para a Série A de 2009, o Timão – líder isolado – segue em franca recuperação após o desastre do ano passado, quando não faltou gozação dos rivais. A volta do time mais popular de São Paulo, e atual vice-campeão da Copa do Brasil, é questão de tempo.

Uma festa do acesso já está programada para o dia 24 deste mês, na 27ª rodada, contra o Bragantino, no Pacaembu. Outros grandes clubes, porém, já passaram pela Segunda Divisão, incluindo o maior rival do Timão, o Palmeiras (em 2003).

Assim, depois da lista com os clubes que foram rebaixados na Série A, agora vai um post com os times que conseguiram o acesso à elite nacional. Como no post anterior, aqui os dados começam em 1988, quando foi introduzido o acesso e o descenso no Campeonato Brasileiro. Por que não antes? Vou dar um exemplo… Os campeões das Séries B de 1971 e 1972 não foram promovidos. É suficiente?

Depois, a Segundona voltou a ser realzada apenas em 1980, com os clubes que não se classificaram à elite atráves dos Estaduais. A competição era chamada de Taça de Prata (enquanto a Série A era, obviamente, a Taça de Ouro). Com regulamentos confusos, as equipes subiam no mesmo ano, para a fase final da Primeira Divisão, ou para ano seguinte. Sport (em 1980), Náutico (1981) e Central (1986) conseguiram o acesso no mesmo ano.

Clubes que conseguiram o acesso para a Série A (1988/2007)

Pedala, Robinho!1988 -Inter de Limeira e Náutico
1989 – Bragantino e São José
1990 – Sport e Atlético-PR
1991 – Paysandu e Guarani
1992 – Paraná Clube, Vitória, Criciúma, Santa Cruz, Coritiba, Desportiva/ES, Ceará, Fortaleza, Remo, União São João, Grêmio e América/MG
1993 – não houve acesso
1994 – Juventude e Goiás
1995 – Atlético-PR e Coritiba
1996 – União São João e América/RN
1997 – América/MG e Ponte Preta
1998 – Gama e Botafogo/SP
1999 – Goiás e Santa Cruz
2000* – São Caetano e Paraná Clube
2001 – Paysandu e Figueirense
2002 – Criciúma e Fortaleza
2003 – Palmeiras e Botafogo
2004 – Brasiliense e Fortaleza
2005 – Grêmio e Santa Cruz
2006 – Atlético-MG, Sport, Náutico e América/RN
2007 – Coritiba, Ipatinga, Portuguesa e Vitória

* Rebaixado em 1999, o Botafogo/SP disputou o Módulo Amarelo da Copa João Havelange no ano seguinte. Em 2001, quando o Brasileirão voltou a ser organizado pela CBF, o time disputou a Série A. Já o Remo participou do Módulo Azul (o principal) da Copa JH naquele ano, mas não disputou a elite na temporada seguinte.

Crédito da montagem: Newsfut

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8… Gol do Náutico!

Atlético-MG x Náutico, neste sábado, às 18h, no MineirãoO Náutico enfrentará o Atlético-MG neste sábado, no Mineirão, em busca da afirmação nessa retomada na Série A. De cara, terá pela frente o Galo, que eliminou o Timbu na Copa do Brasil deste ano. O time mineiro, por sinal, despachou o Alvirrubro na mesma competição em 1989 e 2003. Mas apesar disso, o cofronto entrou para história por causa de um curto espaço de 8 segundos. Foi simplesmente o gol mais rápido da história da Série A.

Esse foi o tempo gasto pelo meia Nivaldo para abrir o placar em 18 de outubro de 1989, pela Série A, quando o Náutico venceu por 3 x 2, nos Aflitos. Diante de 5.266 pagantes (renda de Cr$ 59.671), o Timbu jogou com Mauri; Levi, Freitas, Romildo e Junior Guimarães; Gena, Erasmo, Leo e Nivaldo; Bizu e Augusto. O técnico era Paulo César Carpeggiani. Vídeo da vitória alvirruba abaixo.

Retrospecto geral (30 jogos)
8 vitórias do Náutico
4 empates
18 vitórias do Atlético-MG

O futebol-arte estava aqui

Juninho, iniciando a carreira no SportSport e São Paulo irão se enfrentar no domingo em um jogo que deverá marcar o maior público do Leão neste Brasileiro. São esperados cerca de 30 mil torcedores. Essa será a 39ª vez que os dois times irão se enfrentar (contabilizando todas as competições e amistosos). Já ocorreram grandes jogos, como a vitória rubro-negra por 4 x 3 em 2000, com um gol de Nildo nos instantes finais.

Mesma situação em 1998, quando o atacante Robson marcou aos 48 minutos do segundo tempo, incendiando os 48 mil presentes na Ilha. Mas de todas essas partidas, a fantástica goleada por 5 x 2, em 1994, é mesmo um marco na história do clube. O São Paulo tinha um timaço e havia vencido os dois últimos Mundiais Interclubes. Já o Sport realizava um bom Brasileirão, com uma safra ainda melhor de jovens jogadores, como Leonardo e Juninho Pernambucano.

E eles brilharam naquele 1º de novembro de 1994, quando 30 mil pessoas pagaram ingresso para ver uma das maiores exibições do Sport Club do Recife na última década. Os gols do Leão foram marcados por Fábio (2 vezes), Dedé (um golaço), Leonardo e Juninho (apontado pela imprensa na época como o melhor em campo). Descontaram para o adversário Axel e Caio.

Juninho, com 17 anos, já suando na IlhaCom apenas 19 anos, Juninho – hoje no Lyon, da França – já mostrava personalidade de gente grande. “Enfrentamos a melhor equipe do mundo, que é o São Paulo, e que tem jogadores do nível de Seleção Brasileira. Mas é sempre bom fazer os gols e aproveitar as oportunidades”, afirmou o eterno reizinho da Ilha, no final da partida.

Abaixo, veja os gols da partida, em uma matéria de Stênio José, hoje colunista do Diario de Pernambuco, mas que naquele ano trabalhava na Rede Globo.

Sport 5 x 2 São Paulo – 01/11/1994

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Dacildo Mourão. Gols: Dedé aos 8, Leonardo aos 28, Axel aos 44 e Fábio aos 45 do primeiro tempo; Fábio aos 11, Juninho aos 28 e Caio aos 38 do segundo tempo. Público: 30.249 pagantes
Sport: Jefferson; Givaldo, Adriano, Gilton e Dedé; Dário (Borçato), Chiquinho, Juninho e Zinho; Fábio (Wender) e Leonardo. Técnico: Givanildo Oliveira
São Paulo: Zetti; Cafu, Junior Baiano, Murilo (Ailton) e André Luiz, Doriva, Alemão, Axel e Palhinha (Toninho), Euller e Caio. Técnico: Telê Santana

Retrospecto geral – 38 jogos
8 vitórias do Sport
9 empates
21 vitórias do São Paulo

Últimos jogos na Ilha do Retiro:
1992 – Sport 0 x 0 São Paulo
1994 – Sport 5 x 2 São Paulo
1996 – Sport 2 x 1 São Paulo
1998 – Sport 1 x 0 São Paulo
2000 – Sport 4 x 3 São Paulo
2001 – Sport 1 x 0 São Paulo
2007 – Sport 1 x 2 São Paulo

Fotos: arquivo pessoal de Juninho