Renda na entrevista coletiva via mídia digital

Mini drop do Náutico. Foto: Elcio Mendonça/Náutico/divulgação

As entrevistas coletivas viraram uma verdadeira fonte de renda para os clubes.

Há alguns anos, bastava apenas esperar o fim do treino para entrevistar os jogadores. Cercado por repórteres, o atleta falava na beira do gramado do campo de futebol.

Hoje em dia, o número de jogadores aptos para a entrevista coletiva é previamente definido. As declarações são dadas nas salas de entrevistas, com painéis dos patrocinadores ao fundo. Medida tomada para reforçar o caixa, claro

Até porque as coletivas pós-jogos são transmitidas ao vivo na TV por assiantura.

Quando o jogo é fora de casa, o clube leva um painel em tamanho menor e o pendura na parede do estádio adversário, de forma provisória.

O objetivo é – além de organizar as coletivas, é claro – expor os patrocinadores. No sábado, contra o Bragantino, o Náutico inovou aqui em Pernambuco.

O Timbu lançou o “mini-drop”. Trata-se de uma tela digital de sete polegadas que exibe todas as marcas que apoiam o clube. O mini-drop é preso ao microfone.

Assim, é quase impossível que as câmeras de TV não foquem as imagens…

A publicidade é feita por boas ideias. Como esta do Timbu.

Mini drop do Náutico. Foto: Elcio Mendonça/Náutico/divulgação

Sem a lição de casa, no gramado e na arquibancada

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Bragantino. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Somar três pontos em casa em uma competição tão equilibrada quanto esta Série B – ainda que nivelada por baixo – é a maior obviedade possível.

Abrir uma vantagem de dois gols sobre o vice-lanterna da competição e mesmo assim não sair com a vitória vai de encontro a essa obviedade.

Neste sábado, o Náutico sofreu um duro golpe, ainda que não tenha ido à lona. Em uma semana conturbada, o Timbu necessitava de um pouco de paz no fim de semana.

Logos nos primeiros instantes nos Aflitos, o atacante Rogério abriu o palcar para o Timbu, aproveitando uma sobra após cobrança de falta na área.

No começo do segundo tempo, tabelando, o também atacante Kieza ampliou.

O Alvirrubro passou a administrar o jogo, nada de errado nisso. Mas pecou ao dar ceder espaço demais. Começou com Quixadá, diminuindo após um corte errado da zaga.

Aos 45 minutos, como um digno castigo, Bruno armou boa jogada na meia lua e acertou o ângulo: 2 x 2. Até ali, o Náutico encostava no G4. Agora, volta para o meio da tabela.

Para completar o fiasco no dever de casa, outra fraca presença da torcida, com apenas 5.022 pessoas em Rosa e Silva. No primeiro jogo nos Aflitos foram 3.959 pessoas.

A saída do programa Todos com a Nota precisa ser repensada. Isso também é óbvio?

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Bragantino. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Faltou o passe para os três pontos

Série B 2011: ASA 1 x 1 Sport. Foto: Igor Castro / Futura Press

Em Arapiraca, com boa presença da torcida rubro-negra, o Sport voltou a campo após 11 dias de treinamento. Com novas peças, em um conjunto reforçado.

Uma vitória neste sábado deixaria o time novamente como líder isolado da Série B. Porém, o esquema 3-6-1 foi sufocado desde o início.

Em seu caldeirão, o ASA marcou logo aos 14 minutos, com Alexsandro. Como é de praxe, só aí o Leão passou a querer jogar bola. A querer a bola. Mas abusou de errar passes.

O Sport irritou até o seu torcedor mais tranquilo. Bala, isolado na frente, era peça nula.

Na segunda etapa, o Sport apresentou um volume de jogo melhor, marcando a saída de jogo, a ponto de terminar a partida com 54% de posse de bola. Era outra “partida”.

Hélio dos Anjos cedeu e fez algumas substituições, uma delas fundamental. Paulista, artilheiro do Pernambucano de 2011, mostrou que tem potencial para ser titular.

Antes disso, o volante Rithelly já havia empatado para o Leão. Depois, o ASA até assustou, mas o Rubro-negro batalhou bastante para virar o jogo… Criou, chegou perto.

Faltou justamente o entrosamento no último passe, mesmo com atletas experientes, como Marcelinho Paraíba e Saci. Falhando nisso, o placar não mudou, cravado em 1 x 1.

Neste caso, os 11 dias de treinamento não adiantaram muito…

Série B 2011: ASA 1 x 1 Sport. Foto: Igor Castro / Futura Press

Premiação sertaneja congelada no Sul

Série B 2011: Paraná Clube 1 x 0 Salgueiro. Foto: Paraná Clube/divulgação

No sonho, uma meta daquelas para os sertanejos. A liderança da Série B.

Para alcançar o sol, era preciso uma vitória por dois gols de diferença.

Mas não em qualquer lugar, e sim em Curitiba, na cidade mais distante onde o Salgueiro já pisou, a 2.460 quilômetros do Aeroporto Internacional dos Guararapes.

Como se não bastasse a distância, inédita para o clube, o frio foi demais…

Cerca de 10 graus…

Até então invicto no Campeonato Brasileiro, o agasalhado time do Carcará encarou o Paraná Clube na noite desta sexta-feira.

Camisas longas, luvas e bastante aquecimento no pré-jogo. Com um elenco jovem, com base formada na terrinha, o clima incomum atrapalhou.

Além disso, o adversário era tradicional, apesar da péssima fase administrativa em que vive. Diante de apenas 3.332 torcedores – todos de casaco -, veio o primeiro revés.

Paraná 1 x 0. O mau resultado acabou trazendo um pouco de realidade ao estreante pernambucano na Segundona.

É justo estipular uma premiação pelo acesso, apesar do valor irreal (R$ 1 milhão). Porém, é óbvio que o maior objetivo do Salgueiro em 2011 é não cair.

Esse prêmio deverá continuar congelado por enquanto…

Série B 2011: Paraná Clube 1 x 0 Salgueiro. Foto: Paraná Clube/divulgação

Portas abertas para a falta de estrutura

Alojamento da base do Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Alojamento da base do Náutico, degradado.

Localizados embaixo da arquibancada dos Aflitos, os três quartos têm capacidade para 18 pessoas. Um número baixo, já em condições apertadas e precárias. Falta higine.

Esse post não precisa de muito texto. As imagens dizem muito mais…

O blog sempre tratou a estrutura da base do futebol pernambucano como algo vital para o fortalecimento dos clubes, com a produção de jogadores de qualidade.

Por isso, as fotos do alojamento timbu mostram que existe apenas a torcida por dias melhores, pois ainda estamos muito longe. Nos rivais, a situação não é tão diferente.

Um centro de treinamento é o ponto-chave desse desenvolvimento, mas é importante oferecer boas condições aos jovens atletas…

Para completar o dia , a diretoria do Náutico ainda troca os pés pelas mãos, ao tentar censurar uma reportagem que retrata com fidelidade a nossa infeliz realidade.

Confira a reportagem assinada pelo repórter Rodolfo Bourbon no Superesportes.

Na porta de entrada, o aviso. Ninguém deveria entrar. Nem os jogadores…

Alojamento da base do Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Probabilidades da Série B 2011 – Capítulo 3

Infobola e Chance de Gol, 3a rodada da Série B 2011

Noite de sábado, jogo isolado.

Ituiutaba 0 x 0 Vila Nova. Somente às 23h a torcida do Salgueiro pode comemorar de fato. O clube encerrou a 3ª rodada no G4. Um feito e tanto para um estreante.

Segundo a matemática, a chance de acesso do Carcará subiu de 11% para 54%.

Já o Sport, líder isolado, tem 12% de chance de conquistar a estrela de prata desta temporada. Com 60%, o ABC é o “favorito”, mesmo fora do G4…

Somando pontos nas duas últimas rodadas, o Náutico ainda segue com incríveis 65% de chance de rebaixamento. Todos esses cálculos são do Chance de Gol.

O blog vai seguir publicando as projeções até a última rodada. Por enquanto, o Infobola não postou a sua, por causa do baixo número de rodadas.

Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Veja a probabilidade da rodada anterior clicando AQUI.

Agrestina, a base do sucesso do Carcará

Série B 2011: Salgueiro 2 x 0 Duque de Caxias. Foto: Júlio Jacobina/Diario de Pernambuco

Com apenas 22.680 habitantes, a cidade de Agrestina está em festa na Série B.

O município emancipado de Altinho em 11 de setembro de 1928, a 154 quilômetros do Recife, tem 54% de sua enxuta economia centrada na agricultura e na pecuária.

Mas, no futebol, esse PIB está crescendo… A prata da casa está valorizadíssima!

O atacante Fagner, 23 anos, e o meia Clébson, 25, nascidos na cidade, são os destaques do Salgueiro, invicto na Segundona do Brasileiro.

Neste sábado, em Paulista, a dupla do Planalto da Borborema marcou os gols da vitória do Carcará sobre o Duque de Caxias, por 2 x 0, a primeira do clube na competição.

No Ademir Cunha, o apoio de 6.557 pessoas, algo vital para a boa arrancada.

Na próxima rodada o Salgueiro vai encarar o Paraná Clube em Curitiba, no primeiro jogo da história do clube na região Sul. A pernambucana Agrestina nunca foi tão longe!

Série B 2011: Salgueiro 2 x 0 Duque de Caxias. Foto: Júlio Jacobina/Diario de Pernambuco

Frio “ajudou” Glédson e Náutico

Série B 2011: Criciúma 0 x 0 Náutico. Foto: Criciúma/divulgação

Frio intenso no interior catarinense. Para os padrões pernambucanos, é claro.

Com o termômetro marcando 14 graus, somente se mexendo bastante para combater a baixa temperatura no estádio Heriberto Hülse.

O Criciúma vinha no embalo da comemoração dos 20 anos do seu título na Copa do Brasil, fato que movimentou 6.853 torcedores para buscar a vitória na Série B.

Ao Náutico, estava no script evitar a pressão inicial do time da casa.

Com um jogo duro, de pouca técnica e equilibrado, o Timbu até esboçou algumas jogadas neste sábado. Elicarlos, por exemplo, quase marcou um golaço por cobertura.

Eduardo Ramos, isolado na criação, ficou sobrecarregado com a forte marcação.

Depois, o Tigre assustou, principalmente na segunda etapa. Foram várias chances, em chutes de fora da área, dentro da área, bolas cruzadas, cabeçadas…

Mas não furou a meta alvirrubra. O solitário ponto conquistado fora de casa no empate em 0 x 0 teve no goleiro Glédson o personagem principal.

Se com o frio ele já teria que se aquecer durante o jogo, com o volume catarinense o frio foi embora… Uma merecida recuperação para Glédson.

Série B 2011: Criciúma 0 x 0 Náutico. Foto: Futurapress

Guabiraba lotada. Ponto para o Náutico

Centro de Treinamento do Náutico. Crédito: Náutico/divulgação

Força na estrutura, colaborando para um futuro próximo.

A quarta-feira foi movimentada no Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba. Com vários campos oficiais de qualidade e estrutura razoável, mas sempre em expansão, o CT do Timbu recebeu quatro times profissionais ao mesmo tempo, nesta tarde.

Times A e B do Náutico, do Belo Jardim e do Salgueiro.

Ponto para os alvirrubros, que brigam para encaixar o CT da Guabiraba entre os centros oficiais da Copa do Mundo de 2014, em eleição da Fifa. O investimento para deixar o local com a estrutura máxima exigida pela entidade (imagem) deve ser de R$ 5 milhões.

Das cinco candidaturas pernambucanas, apenas uma deverá ser escolhida (veja AQUI).

Reconhecido como o melhor do estado, o Ninho do Gavião, do Porto, também costuma receber equipes profissionais simultaneamente.

No ano passado, a pré-temporada de Porto, Central e Santa Cruz ocorreu ao mesmo tempo em Caruaru em um raio de apenas 250 metros (veja AQUI).

A estrutura do Tricolor do Agreste, porém, não concorre ao próximo Mundial por causa da distância, a 130 quilômetros do Recife.