A 62ª edição do podcast 45 minutos traz um debate acalorado sobre até onde pode chegar o Sport na Série A. G4, “G5”, zona intermediária? Também foi analisado o desempenho de Náutico e Santa nos tropeços no sábado, na Série B. Finalizando, o registro da classificação do Central ao mata-mata da Série D.
A nova edição teve 1h17min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A Série D foi criada em 2009. Lá, o Central sofre há tempos. Nesta temporada, chega pela terceira vez ao mata-mata. Sempre com o acesso pertinho, mas escapando no drama que faz parte da vida da Patativa.
Em 2009 foi eliminado pelo Alecrim, para a decepção dos quase dez mil espectadores no Lacerdão no jogo de volta.
Em 2013 foi ainda pior, com a saída da competição na disputa de pênaltis, após a cobrança desperdiçada por Andrezinho, contra o Botafogo, lá no Almeidão.
Agora, uma nova chance, numa verdadeira obsessão do cube, que há alguns anos vê o Salgueiro ocupar o rótulo de maior time do interior do estado.
Para fazer frente a isso, só mesmo deixando a quarta e última divisão do país – fato que o Carcará conseguiu. Acesso, aliás, não ocorre há quase trinta anos. Desde 1986, no Torneio Paralelo, quando o clube de Caruaru ascendeu à elite nacional no mesmo ano. Voltando ao presente, o time passou em 2º lugar, após uma campanha com três vitórias, três empates e duas derrotas.
Na última rodada, precisava vencer em casa. Não pipocou diante da torcida como em outras oportunidades. Pelo contrário. Não tomou conhecimento do Baraúnas, cravando 5 x 0 – com gols de quatro jogadores diferentes, Tiago Lima, Sinval, Jailson (2) e Adriano. Agora, precisa superar dois mata-matas.
O primeiro será contra o Confiança. De Caruaru para Aracaju… 180 minutos.
O cearense Oliveira Canindé começou a ganhar destaque no futebol nordestino em 2010, ao comandar do Guarany de Sobral na conquista do título brasileiro da Série D. Na campanha, eliminou o Santa Cruz, garantindo em seguida o primeiro título nacional da história do futebol alencarino.
Desde então, o técnico faturou mais dois títulos, também na região, sempre com seu discurso popular, ganhando o time e a torcida.
Atuando no Nordeste desde o início da carreira, em 2004, nesta temporada já passou pelo CSA e pelo América de Natal. Agora, chega pela primeira vez a Pernambuco, no Santa Cruz. Irá substituir Sérgio Guedes, cuja oratória não conseguia mais extrair nada da equipe.
Vale relembrar as entrevistas do treinador em seus títulos mais recentes…
O programa Todos com a Nota foi criado em 1998 na gestão do governador Miguel Arraes. O projeto pernambucano de subsídio ao esporte voltou em 2007, nas mãos do neto de Arraes, Eduardo Campos.
Na vizinha Paraíba, a lotação dos estádios pernambucanos em 1998 ganhou uma cópia no segundo semestre do mesmo ano, com o Vale Legal, seguindo a mesma premissa de trocar notas fiscais por ingressos.
Em 2014, oura cópia paraibana, no bom e mau sentido. O TCN ganhou uma versão paralela chamada Gol de Placa.
Se em 2013 o TCN pernambucano investiu R$ 13 milhões no futebol local em oito competições, a versão paraibana garantiu R$ 3 milhões para quatro torneios nesta temporada.
Por aqui, R$ 100 em notas fiscais valem um ingresso. Lá, basta juntar R$ 50.
Até aí, ótimo. Como o programa foi importante para fomentar o futebol do estado, o mesmo deve servir na Paraíba – como ocorreu em 1998, com jogos com até 30 mil pagantes.
No entanto, outro fator parece ter sido exportado…
…o público fantasma.
No jogo entre Campinense e Central, que encerrou a campanha da Raposa na Série D, o borderô oficial aparece com a troca absoluta das 5 mil entradas. Nota-se na foto da partida que não havia tudo isso.
Explica-se: a troca acontece no próprio clube. Nada muito diferente do modelo adotado no interior pernambucano, ainda sem os cartões magnéticos…
Claro que não é regra. Porém, a falta de fiscalização é grande. Lá e lô.
Um balanço completo dos times pernambucanos no Brasileiro, com as partidas de sexta a domingo, da Série A até a Série D. O destaque no novo 45 minutos é a análise dos triunfos de Santa, Sport e Central sobre Atlético Goianiense, Criciúma e Jacuipense, respectivamente. No fim, uma discussão sobre a nova pesquisa de torcida do Ibope.
O 55º podcast teve 1h25min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
O incomum formato do Campeonato Pernambucano, iniciado em dezembro do ano anterior à edição vigente, foi implantado nesta temporada.
As equipes do interior começaram a jogar em 8 de dezembro de 2013, enquanto os grandes só entraram em 9 de fevereiro de 2014, dois meses depois.
No entanto, desde a concepção deste regulamento houve a dúvida sobre como seria a realização do Estadual caso um grande tivesse que disputar a primeira fase, paralela à reta final do Campeonato Brasileiro.
Bastaria não obter a classificação ao Nordestão no ano anterior e o buruçu estaria armado. Dito e feito, logo na pioneira edição desta fórmula.
Como o Santa Cruz terminou em 4º lugar no certame local, o clube não conseguiu a vaga à Copa do Nordeste de 2015.
Disputará o Troféu Miguel Arraes (o 1º turno estadual)? Não exatamente…
Ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, adiantou que já foi criado um esboço para evitar que isso aconteça – valendo também para Náutico e Sport em caso de fiasco no Estadual dos próximos anos.
Assim, o Campeonato Pernambucano de 2015 terá um regulamento diferente pelo quarto ano seguido, bem diferente do que preza o Estatuto do Torcedor.
A partir de agora, o time que disputar as Séries A, B ou C já garantirá a presença na segunda fase local, mesmo fora do Nordestão.
A 1ª fase agora só tem um sentido: oferecer um lugar na Série D. Todos os envolvidos passariam automaticamente à 2ª fase, se juntando ao time de uma divisão superior que esteja fora do regional. Aí sim, uma etapa classificatória (e com chance de rebaixamento).
O Campeonato Pernambucano de fato, incluindo os participantes do regional, seria portanto a terceira fase (anteriormente era a segunda).
Só depois viria o mata-mata tradicional, com semifinal e final.
Sobre o número de partidas e datas, a FPF deve divulgar mais detalhes até setembro. Contudo, o esboço já está na mesa… Passa no arbitral?
A cidade de Caruaru será duplamente representada na Série D.
Os rivais Central e Porto confirmaram presença após as vagas alcançadas no Estadual deste ano. No entanto, os times ficaram em grupos diferentes.
A3 – Central, Coruripe/AL, Jacuipense/BA, Baraúnas/RN e Paraíba 1 (a definir)
A4 – Porto, Vitória da Conquista/BA, Betim/MG, Globo/RN e Sergipe 1 (a definir)
Em 2014, a quarta divisão nacional será dividida em cinco fases, com 41 clubes. Na primeira, a partir de 20 de julho, serão oito grupos, sendo uma chave com seis clubes e outras sete chaves com cinco times.
Avançam os dois primeiros de cada grupo, compondo as oitavas de final. A partir daí, mata-mata até a decisão, sempre no formato clássico da Copa do Brasil…
Ao contrário das edições anteriores, o chaveamento não será regionalizado. Como se sabe, sobem os quatro primeiros. Acesso na mira pernambucana?
Confira a tabela básica divulgada pela diretoria de competições da CBF.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, surgiu em 1971.
No mesmo ano foi criada a segunda divisão nacional, intermitente. A terceirona teve a sua primeira edição disputada em 1981.
O quarto degrau do nosso futebol, já batizado de Série D, foi implantado em 2009. Por enquanto, o modelo profissional, via CBF, segue com quatro divisões.
Mas há quem imagine uma quinta divisão oficial. Sim, a Série E!
Somando todas as divisões, essa proposta totalizaria 664 times em ação. Já pensou?
De acordo com os dados do movimento Bom Senso FC, em apenas 22% dos jogos das Séries C e D os times se deslocam de ônibus. No restante das partidas, ou 78%, as viagens ocorrem de avião, elevando bastante o custo. Não por acaso, a despesa de cada jogo fica em R$ 100 mil, a partir do subsídio da Confederação Brasileira de Futebol.
O Bom Senso estipula um gasto bem menor para a CBF, de R$ 10 mil, desde que em 91% das partidas os clubes façam viagens de ônibus.
O investimento bruto da CBF seria o mesmo, de R$ 40 milhões, mas podendo incluir até mesmo uma quinta divisão. Nas últimas três séries (C, D e E), os campeonatos seriam “microrregionalizados”, algo como grupos com Pernambuco/Paraíba e Alagoas/Sergipe.
Somente na reta final haveria cruzamento com outras áreas, ainda assim, de forma regionalizada. Nada de clube atravessando o país para jogar. Só nas duas primeiras divisões, já estruturadas financeiramente (patrocínio e tevê).
Segundo o movimento dos jogadores, essa (enorme) mudança poderia evitar que 16 mil dos 20 mil atletas profissionais do país ficassem seis meses parados no ano. O mesmo ocorre com 583 dos 684 clubes do Brasil.
Confira as propostas do Bom Senso para as cinco divisões do Brasileirão.
1968 – Torneio Norte-Nordeste
1987 – Campeonato Brasileiro (Série A)
1990 – Campeonato Brasileiro (Série B)
1994 – Copa do Nordeste
2000 – Copa do Nordeste
2008 – Copa do Brasil
2014 – Copa do Nordeste
Não há outro clube nordestino que possua tantos títulos regionais, interregionais e nacionais oficiais, no futebol, quanto o Sport Club do Recife.
A condição de maior campeão da região já existia, pois os gigantes baianos Bahia e Vitória somam quatro troféus neste contexto.
7 – Sport (Séries A e B, Copa do Brasil, Norte-Nordeste e 3 Copas do Nordeste)
4 – Bahia (Série A, Taça Brasil e 2 Copas do Nordeste)
4 – Vitória (4 Copas do Nordeste)
4 – Sampaio Corrêa (Séries B, C e D e Copa Norte)
1 – América-RN (Copa do Nordeste)
1 – Campinense (Copa do Nordeste)
1 – Ceará (Norte-Nordeste)
1 – Fortaleza (Norte-Nordeste)
1 – Santa Cruz (Série C)
1 – ABC (Série C)
1 – Guarany (Série D)
1 – Botafogo-PB (Série D)
Parabéns ao Rubro-negro de Pernambuco.
Observações:
1) Oficialmente, o Nordeste já teve 14 torneios regionais oficiais, entre Copa do Nordeste e Torneio Norte-Nordeste. Porém, já foram realizadas outras 18 competições regionais desde 1946, sem a chancela da CBF (entenda aqui).
2) Central e Treze se consideram campeões brasileiros da Série B de 1986, que ainda teria como campeões, também, Criciúma e Inter de Limeira (todos juntos). Contudo, a CBF ainda não oficializou a conquista.